My Dear Doctor escrita por Desnecessária


Capítulo 6
Capitulo 6 - Reconciliação?


Notas iniciais do capítulo

(FINALMENTE!) Não demorei pra postar o Capitulo 6. Estou super feliz pela quantidade de gente acompanhando e gosto muito de ver que vocês estão curtindo.
Beijos, seus(uas) lindos(as)!!
#Desnê

P.S.: Eu te amo (Brinks)
P.S.: TEM TRETA!! :3



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"Estou feliz em ver você me fazer explodir como faíscas

Você acende todas as cores dentro do meu coração

À porta, como se nunca estivéssemos longe um do outro

Espero que você saiba que estou feliz em ver você"

A música ainda tocava alta enquanto Gale e Peeta estavam rolando no chão, se socando.

Uma multidão se formou em volta dos dois e eu estava desesperada. Não sabia se tentava apartar a briga ou corria pra pedir ajuda.

– SE SOLTEM AGORA!! - grito, tentando separar os dois, o que não adianta muito.

Seus rostos já estavam sangrando muito. Gale estava com o nariz jorrando sangue e Peeta estava com o olho esquerdo roxo.

Os seguranças do hospital chegam e abrem caminho por entre a multidão. Eles levantam os dois e cada um segura um. Eles se chacoalham tentando se soltar dos braços dos seguranças, ainda querendo espancar a cara um do outro.

– SE ACAAALMEEEEM!! - vejo Clove dando um grito muito alto, fazendo todos pararem de falar e Peeta e Gale olharem pra ela. - Pelo amor de Deus! Quantos anos vocês tem? 3? Estão brigando pelo carrinho um do outro? - ela diz, cruzando os braços.

– ESSE IDIOTA XINGOU A KATNISS!! - Peeta se exalta de novo, chacoalhando-se novamente nos braços do segurança.

– E eu não tô errado! Bastou alguns dias pra ela já querer dar pra outro cara! - ele me olha como se eu fosse uma vadia

Até eu tenho vontade de dar na cara dele agora, mas Clove faz isso por mim.

Ela dá um tapa na cara de Gale e aponta o dedo na cara dele.

– OLHA O JEITO COMO VOCÊ FALA DA KAT!! - ela já estava berrando novamente - QUEM QUER COMER A PRIMEIRA AQUI É VOCÊ!!

– Posso saber o que está acontecendo aqui? - um senhor de barba e cabelos brancos abre espaço na multidão e olha pra toda aquela situação.

Os seguranças soltam os dois e Peeta se ajeita, nervoso.

– Desculpe, Sr. Snow. Foi apenas um mal entendido. - ele diz, calmo e tenta limpar o sangue do rosto com a manga do terno.

– Você, na minha sala - ele aponta para Peeta - e você, saia daqui e não volte mais. Não quero sujar o nome do hospital - ele aponta pra Gale e depois para a saída.

Ele olha com raiva para Snow e para Peeta. Pega o buquê de rosas e joga aos meus pés.

– Espero que goste - ele diz cabisbaixo e com um pouco de raiva e vai saindo lentamente dali.

Aquelas palavras perfuram meu coração de uma ponta à outra. Vê-lo daquele jeito, triste e pra baixo, partia meu coração.

Por mais que meus momentos com Peeta fossem ótimos e fantásticos, não podia simplesmente jogar 5 anos de namoro no lixo, de uma hora pra outra.

De certa forma, por mais que Gale já tivesse feito tudo aquilo, eu me via em débito com ele, já que cuidou de mim todos esses anos.

Estava perdida em meus pensamentos quando percebi que estava sozinha ali. Peeta e Snow já haviam sumido, assim como Gale, Clove e toda a multidão.

A festa ainda estava rolando quando decido (tentar) acertar de uma vez por todas esse meu débito com ele.

Corro em direção à saída, sentindo, pela primeira vez, os pontos da minha cirurgia no fígado doendo. Parecia que ele sabia o que estava por vir.

Encontro Gale no estacionamento, apoiado com os braços em cima do carro e com a cabeça sobre eles. Parecia estar chorando.

Chego e coloco a mão no seu ombro. Ele levanta a cabeça e me olha. Um olhar que misturava muitos sentimentos: arrependimento, raiva, pena...

– Podemos conversar? - digo, sentindo meu coração se partir em mil e um pedaços naquele momento.

Ele limpa as lágrimas com o dorso da mão e assente com a cabeça.

Vou andando na frente e ele me segue. Queria um lugar sossegado, para conversar, afinal, tínhamos muita coisa pra pôr em dia.

Vou em direção ao meu quarto. Ninguém vê Gale, já que os seguranças estão não sei aonde.

Entro, me sento na cama e deixo a luz apagada, fazendo com que apenas a luz da lua que entrava pela janela iluminasse aquele lugar. Ele entra atrás de mim e se senta ao meu lado.

Olho minhas mãos, não querendo tocar no assunto e já sinto que meus olhos estavam ficando marejados.

Ele percebe isso e pega uma mão de cada vez, beijando minhas palmas. Deixamos algumas lágrimas escaparem.

– Katniss... - ele começa a falar com a voz falha.

– Gale... - digo, com a voz chorosa.

– Primeiramente eu quero te pedir perdão por ter te chamado de... - ele pára de falar e suspira - eu sei que você não é isso e, sabe... Eu fui pego num momento de raiva. Te ver com aquele cara me fez perder a cabeça.

Ele estava chorando muito e era possível até ouvir alguns soluços.

– Olha Kat, eu sei que o que eu fiz foi muito errado. Muito mesmo. Se eu fosse você não me perdoaria jamais.- ele chega perto de mim e coloca uma mecha de cabelo meu atrás da orelha. - Eu vou te entender se quiser me largar e cair nos braços daquele médico. Mas... Por favor. Pense... Seria bom largar tudo de bom que deixamos pra trás e chutar o balde?

Ele pára de falar, esperando uma resposta minha. Fico um tempo sem falar, o que faz ele virar o rosto para o chão, um pouco frustrado.

– Quantas foram? - digo, com a voz falha.

Ele olha pra mim um pouco incrédulo, franzindo as sombrancelhas.

– Foi só ela, Katniss... Eu te juro. - sua voz soava um pouco desesperada.

– Guarde suas mentiras para outro dia. Não hoje. - me levanto e ando até a janela, querendo evitá-lo ao máximo.

Ele pára um tempo, como se estivesse pensando.

– 3.

Sinto as lágrimas escorrendo novamente pelas minhas bochechas.

– Quando pretendia me contar?

– De verdade? - viro-me para ele e vejo que já estava atrás de mim - Nunca.

Me jogo na cama de Clo, agarrando o travesseiro e chorando desesperadamente.

Sinto o colchão afundando ao meu lado, sabendo que ele havia se sentado ali.

– Por favor, fala alguma coisa. - ele diz, chorando tanto quanto eu.

Me sento na cama e olho pra ele.

– O que você quer que eu diga? Quer que eu te aceite de volta, como se nada tivesse acontecido? - ele olha choroso pra mim - E o que eu faço com essa sensação de sempre estar te devendo por você ter cuidado de mim todo esse tempo? Hein? E o que eu faço com esse amor que foi nutrido durante todo esse tempo que você esteve comigo?

Limpo as lágrimas e tento parar de chorar. Não queria parecer fraca demais.

– Não quero te perdoar por enquanto e não quero tomar a decisão errada. Eu só quero um tempo. Só isso... Preciso organizar minhas ideias e ver qual decisão irei tomar.

Ficamos em silêncio um longo tempo.

– Posso te pedir uma coisa? - ele diz. Já tinha parado de chorar.

– Fala.

– Podemos dar o nosso talvez último beijo? Porque não sei que decisão você vai tomar e quero ter pelo menos uma despedida...

Penso um pouco e me decido. Ele estava certo. Merecia isso.

Chego mais perto dele e coloco meus braços ao redor do seu pescoço, enquanto ele pega minha cintura, sorrindo. Queria que não estivéssemos nos beijando nessa situação... Queria que fosse diferente.

O beijo com toda vontade e força, agarrando seu cabelo. Ele me beija com aquela destreza que só ele tem, fazendo uma onda de calor passar pelo meu corpo.

Ele segura minha cabeça com a mão enquanto começa a descer beijos e chupões pelo meu pescoço, me fazendo arfar alto. Depois, volta à minha boca.

Ele me deita lentamente no travesseiro sem parar os beijos e de repente pára e me olha nos olhos.

– Que saudades de você, Kat. - ele passa o olho pelo meu corpo. - Do seu corpo - ele passa o dedão nos meus lábios. - e principalmente dos seus beijos...

Ele volta a me beijar, mas dessa vez com mais intensidade.

Sua mão que estava na minha cintura sobe até o fecho do meu vestido e ele o abre lentamente.

– O que você tá fazendo? - o empurro

– Que foi, Catnip? É só uma despedida. - ele se aproxima de mim para voltar a me beijar, mas eu o empurro novamente e levanto da cama.

– Exatamente! Era SÓ uma despedida. Ou você realmente achou que a gente ia transar aqui? - digo, tentando segurar meu vestido no lugar.

Ando até a porta e a abro.

– Sai daqui. E só volta pra trazer minhas coisas. Minhas roupas e tudo mais. Não quero voltar naquela casa.

Ele me olha com raiva e se levanta, bufando. Até que pára na porta.

– Só espero que você não se arrependa disso tudo. - ele diz sério e vai embora.

Me jogo no travesseiro e grito. Isso estranhamente sempre me faz bem.

Queria, mais do que qualquer coisa, que aquilo tudo não tivesse acontecido.

Jamais.


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Notas finais do capítulo

Curtiram, quiridos(as)? NÃO ESQUEÇAM de comentar, favoritar, acompanhar, espalhar prazamiga... Enfim.
#Desnê



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