My Dear Doctor escrita por Desnecessária


Capítulo 1
Capítulo 1 - O dia que mudou a minha vida


Notas iniciais do capítulo

ESPERO QUE GOSTEM!!
#Desnê



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Cá estou eu, deitada na cama tentando pegar no sono, mas é difícil, já que Gale ainda não chegou em casa. Olho no relógio: 4h da manhã. Coloco um roupão e desço para preparar um café para tentar me manter acordada, quando ouço um barulho na porta. "Até que enfim", penso.

Largo a xícara e voo para a porta. Por mais que odeie essas chegadas tarde da noite em casa, eu ainda o amo. Afinal, ele é meu namorado.

Gale entra em casa com uma garrafa de Heineken na mão, um corte na cabeça sangrando e com os olhos vermelhos. Imagino o que mais ele pode ter usado dessa vez.

– Que merda é essa na sua cabeça? - pergunto

Ele larga a garrafa na mesa de centro e avança pra cima de mim. Ele agarra meus braços com força.

– TÁ FALANDO ASSIM COMIGO POR QUE HEIN? - ele berra

– EU NÃO DISSE NADA DEMAIS SEU IDIOTA! - grito, tentando sair

Ele dá um tapa na cara e me empurra, fazendo com que eu me choque com a parede. Consigo me levantar e corro para o quarto. Ele me segue, mas consigo chegar nele primeiro e tranco a porta.

Escorrego por ela e começo a chorar, colocando as mãos no rosto. A lágrima fria toca a minha bochecha que está vermelha e quente.

Tiro o roupão e me enfio embaixo das cobertas, sem me importar com o barulho de Gale na porta, me berrando. Durmo chorando e com uma dor no coração maior do que eu.

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Acordo no dia seguinte e entro no banho. Um banho demorado e gostoso, com direito a sais de banho e muita espuma. Saio e coloco uma roupa bem simples: short e camiseta.

Desço e me deparo com um Gale totalmente diferente da noite anterior. Vejo a mesa de café arrumada e ele está terminando de fritar algo que amo: ovos com bacon.

– Bom dia amor! - Ele diz, tirando a frigideira do fogão levando-a a mesa.

Não respondo. Apenas pego um prato, coloco os ovos com bacon e subo novamente para o quarto. Paro na escada sem ele ver e olho pra mesa. Gale está de cabeça baixa, chateado. Fico com pena, mas não posso dar o braço a torcer.

*

Depois de terminar, coloco o prato no criado mudo e ligo a tv em um canal qualquer. Gale entra no quarto com cara de "me perdoa?".

– Posso falar com você, Catnip? - ele diz, sabendo que não resisto ao ouvir esse apelido

– Humpf... Fala logo - falo debochada

– Olha Cat, eu sei que eu errei. De verdade. Me perdoe. Eu te amo com todas as forças que eu tenho e não sei o que faria sem você. Você me desculpa?

– VOCÊ TODAS AS NOITES CHEGA TARDE DA NOITE EM CASA, SEMPRE BÊBADO. QUANDO VOU DIZER ALGUMA COISA, ME BATE COMO SE EU FOSSE A SUA VADIA. O QUE VOCÊ QUER QUE EU FAÇA HEIN? O QUE EU FAÇO COM ESSA DISPUTA DE AMOR E ORGULHO DENTRO DE MIM? - levanto da cama berrando e me recosto na parede com as mãos na cabeça.

Ele se levanta e caminha até mim lentamente. Ele chega bem perto do meu rosto, mas viro a cara, bufando

– Cat, olha pra mim - ele sussura no meu ouvido

Olho em seus olhos.

– Me perdoa, por favor. Eu faço o que você quiser pra que você me perdoe.

– Vai mesmo?

– Vou

– Então para com isso tudo. De beber. De chegar tarde da noite.

– Ok Cat. Qualquer coisa pra te fazer feliz.

Ele beija minha bochecha, que ainda está vermelha do tapa, e segue com beijinhos até a minha boca. Seus beijos são ardentes, que te fazem querer ficar ali pra sempre. Sua língua é doce e percorre a minha com perfeição. Ele me levanta e eu entrelaço minhas pernas em sua cintura. Ele me joga na cama, me fazendo sorrir de orelha a orelha. Como eu o amo!

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Chego em casa do trabalho tarde da noite e jogo minha bolsa no sofá. Vejo garrafas de bebida que seguem até o quarto. "Droga, Gale bebeu de novo.", penso, chateada. Até que me deparo com isso: roupas de Gale e de uma mulher fazendo uma trilha até o nosso quarto. Há uma pequena brecha da porta, onde é possível se ouvir gemidos agudos e altos. Muito altos.

Escancaro a porta e vejo Gale em cima de Cashmere, nossa vizinha peituda. Sinto uma dor no coração que me corrói de dentro pra fora. Gale para e olha pra porta.

– Katniss! - Ele me chama.

Fico sem reação e saio correndo dali, só parando para pegar minha bolsa e as chaves do carro.

Entro no carro e só consigo fazer uma coisa: chorar.

Ligo o rádio e coloco no volume máximo. Estava tocando Love The Way You Lie. Saio com o carro e consigo ver pelo retrovisor Gale me vendo partir. Isso só me faz chorar mais.

Quando levanto os olhos, só vejo consigo ver os faróis ardentes do caminhão. Já era tarde demais.


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Notas finais do capítulo

Esse foi curto, mais o próximo já está vindo. Acompanhe, recomende e favorite!
#Desnê



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