Akai Ito escrita por Karol Montblanc


Capítulo 30
Fallin for you


Notas iniciais do capítulo

Ooláá fofuras, como estão?
Pati-chan e eu ficamos imensamente felizes por cada comentario. Agradecemos de coração as leitoras lindas e fofas. Bem... Chega de enrolação.... Graças a cada uma de vocês que pediu, implorou com um grande fervor, acho que fizeram ate uma reza fortíssima, pois, hoje tem SASUSAKU O/

Bora ler!!!



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Capítulo XXX

"O fantástico da vida

É estar com alguém que sabe

Fazer de um pequeno instante,

Um grande momento"

(Desconhecido)

Me apaixonando por você

Naruto acordou com uma forte luz incomodando seus olhos, espreguiçou sentindo seu corpo dolorido protestar fazendo com que se contorcesse. Piscou várias vezes na tentativa de se acostumar com a claridade, notando por fim a figura feminina sentada em um dos degraus da escada, observando silenciosamente.

─ Oe! - saltou assustado - Mãe? O que você está fazendo? - a olhou desconfiado.

─ Estou vendo meu bebê dormir - sorriu docemente - E pensar que a pouco tempo você cabia em meus braços, tão pequenino... E agora está aqui, lutando pelo amor de uma garota - levantou caminhou em direção ao loiro o envolvendo com seus braços. Na ponta do pé, sussurrou no ouvido do garoto provocando um sorriso - Você ficou tão parecido com seu pai.

Naruto não podia almejar palavras melhores, Minato era o homem mais valente, engraçado, amoroso que já conhecerá. Trabalhou duramente a vida toda, sem jamais abandonar sua família. Se lembrava do patriarca chegando cansado de mais uma de suas jornada, com um largo sorriso no rosto, tomava o filho nos braços e não o soltava mais até que todos fossem dormir.

Permaneceram abraçados até que a campainha os obrigasse a se separar.

─ Você está esperando alguém, mãe? - olhou curioso em direção a porta.

─ Sim, estou esperando o seu treinador.

─ Treinador? Mas você não é minha treinadora? - a olhou incrédulo.

─ Não - sorriu.

─ Então, você quase me matou ATOA? - caminhava de um lado para o outro enquanto resmungava consigo mesmo.

─ Não foi atoa querido, seu treinador queria ter certeza que estava pronto para enfrentar o que fosse - tentou acalma-lo, mas era inútil, seu filho poderia ser parecido em alguns aspectos com o pai, no entanto, era o seu temperamento que havia herdado.

─ Como é? Eu vou quebrar a cara desse... - caminhou em direção a porta abrindo furioso, porém, grande foi sua surpresa ao ver o rapaz que estava parado a sua frente - Ne-Neji?

─ Naruto - cumprimentou com um aceno - Posso entrar?

Surpreso, não foi capaz de responder, com dificuldade moveu seu corpo lhe dando passagem.

─ Você vai me treinar? - questionou com descrença.

─ Sim – respondeu calmamente enquanto se aconchegava no sofá.

─ Por que? - arqueou a sobrancelha loira.

─ Porque eu amo minha prima, Hinata é adorável e merece ser feliz. Mesmo que a felicidade dela esteja em um loiro bobão e escandaloso - não apoiava aquela loucura, mas, em consideração a prima que, conviveu e cresceu como irmãos, estaria disposto em ir contra as regras do clã.

─ Oe! - fechou a cara emburrado.

─ E também... Ninguém nunca foi capaz de enfrentar meu tio. Você é um homem de coragem ou mais provavelmente um idiota que não sabia o que estava fazendo. Enfim, decidi te ajudar, mas antes precisava ter certeza que você faria tudo o que mandasse, por isso pedi a sua mãe que o testasse.

─ Espera aí... Então tudo isso foi mentira, um teste? Eu passei a noite toda limpando e encerando, pra nada? Eu não acredito que me preocupei tanto com umas coisinhas velhas e sem valor - ergueu o braço indignado fazendo um vaso se espatifar no chão.

─ Nem tudo era mentira filho. A parte do dono dessa casa ser milionário e colecionador de arte era verdade.

Ao ouvir tais palavras, Naruto sentiu seu corpo tremer. Ele havia acabado de quebrar o vaso de um ricaço? E agora? Sua família iria a falência? Onde eles iriam morar? O que fariam da vida?

Agachada próxima ao vaso, Kushina recolhia os cacos quando achou a etiqueta com o preço do objeto - 5 mil dólares...

─ O que? - aproximou-se da ruiva na tentativa de ouvir melhor.

─ 5 mil dólares, esse é o valor do vaso que você quebrou - levantou levando a sujeira consigo - Ainda bem que você não danificou nenhum dos quadros, se não teríamos que vender tudo que temos para reembolsa-lo.

─ 5 mil dólares mais isso dá... - contou nos dedos - 619,903.86 ienes.

─ Não se preocupe querido, vamos descontar esse valor da sua mesada - beijou o topo da testa do garoto, saindo logo em seguida.

Naruto se atirou no chão choramingando ao pensar o quanto de ramen deixaria de comer, por causa daquele vaso horrível.

Neji observou toda a cena em silêncio, por mais que tentasse não era capaz de entender o porque de sua prima gostar tanto daquele cara. Ele era escandaloso, chorão, irritante, hiperativo, comparar-se-ia a uma criança de quase dois metros de altura, que sabia usar o banheiro sozinha. Ao menos era o que ele esperava.

Quando o choro do loiro cessou. Neji se levantou e caminhou em direção a saída, sendo seguido por olhos azuis curiosos. Ainda de costas, declarou em alto e bom som se fazendo ouvir.

─ Esteja aqui amanhã as 6hs da manhã. Se você se atrasar será castigado, te treinarei como um Hyuuga – se preparava para fechar a porta atrás de si, quando teve sua atenção chamada.

─ Mas... Esse horário eu tenho aula - sussurrou.

─ Pois então transfira seus horários - respondeu sem rodeios - Se você quer ser um lutador de verdade deverá se dedicar, nós Hyuugas começamos a treinar aos 5 anos de idade, o que quer dizer que você está pelo menos 12 anos atrasado.

Naruto olhou para o chão pensativo, sua vida estava virando de ponta cabeça, será que era isso mesmo que ele queria? Pensou por alguns instantes, ao lembrar do doce sorriso da garota de cabelo azulado, teve a confirmação que sim. Estar ao lado dela era tudo o que ele queria, e se ela o aceitasse, ele largaria tudo por ela.

Decidido ergueu os olhos, mas o rapaz não estava mais lá. Neji havia ido embora sem sequer esperar por uma resposta. Talvez, ele já soubesse antes mesmo dela ser dita.

Levantando-se do chão, pousou a mão sobre o peito onde deveria estar o colar que ganhou do seu avô. Desejou em pensamentos poder toca-lo, assim como aquela que o detém. Com os lábios dela em sua mente, ergueu o punho aos céus decidido a abandonar tudo, desde que ela estivesse o esperando no final daquela jornada.

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Duas semanas se passaram após o recrutamento dos seguranças, Ori, durante este tempo acompanhou rigorosamente o desempenho de Hidan que, hora ou outra soltava alguma de suas provocações. Ambos travavam uma guerra constante com um ódio mútuo, parecia não ter fim, no entanto Ori estava começando a se cansar daquela brincadeira.

Em uma manhã de quarta-feira, Orochimaru chegou a mansão Uchiha com sua Picape lotada por mudas de flores. Adentrou pelos portões sendo cumprimentado por Kisame, caminhou pela lateral da casa ate encontrar o homem de chamativos cabelos platinados e músculos expostos encharcados de suor, resultado de horas de trabalho a finco. Aproximou-se com seu rebolado equilibrando-se em um salto de 13cm, se posicionou ao lado do segurança fazendo sombra em boa parte de onde o mesmo plantava algumas rosas.

─ Hidan - silabou entediado - Trouxe mais uma remeça para o seu servicinho.

─ Será que devo saltitar feliz como um unicórnio? - ironizou, Ori o encarava em pé de braços cruzados.

─ Já o avisei, se quiser brigar será de igual pra igual! - controlou-se para não desferir um soco e arrancar aquele maldito sorriso, estava chegando ao seu limite.

─ O fato é; Que não somos iguais, florzinha - sorriu provocando o outro - E saiba que, quando essa merda acabar, vou lhe devolver o presente - apontou para o olho roxo.

─ Vem cá, o que foi que eu te fiz em? - apoiou as mãos na cintura - Este preconceito o levara a ruina! Ao menos me conhece para julga o que sua mente tenebrosa vê? Quanta ignorância - balançou a cabeça negativamente.

─ Foda-se - levantou-se mostrando a grande diferença de altura - Gente como você deve... maldição! Eu não sou pago pra ficar ouvindo via...

O soco veio certeiro no nariz, como se não bastasse, outro soco veio a seguir acertando a boca do estomago. Ori estava possesso, passou a rasteira em Hidan não lhe dando chance para uma reação, ficou por cima e desferiu mais alguns socos ate ter seus punhos segurados. Hidan inverteu as posições prendendo as mãos de Ori acima da cabeça do mesmo, sorriu zombeteiro achando graça da maneira que o outro se debatia furioso, pronto para mata-lo.

─ ME SOLTA! - gritou Orochimaru ao engrossar a voz - SEJA HOMEM, SEU COVARDE!

─ Você quem pediu - murmurou sarcástico, com uma das mãos continuou segurando e com a outra fechou em punho colidindo com o maxilar de Ori, que gemeu de dor - Quer mais? Em? - socou mais uma vez devolvendo o olho roxo.

Orochimaru ofegava irritadiço, tanto pela dor quanto pela vontade de devolver o soco. Hidan ria de suas tentativas inúteis, pois ele era mais forte poderia segura-lo o dia todo.

─ Me solta - pediu em um muxoxo - ME SOLTA!

Com um sorriso irónico Hidan o soltou, levantou-se encarando-o com superioridade fazendo questão de demonstrar seu desprezo. Ori se sentou com dificuldade na grama massageando o local onde ainda doía, seus olhos marejaram de raiva, estava cansado de ser humilhado. O homem imponente que não escondia seu ar de provocador continuava observando satisfeito.

Orochimaru tentou se levantar com um pouco de dificuldade, antes que estivesse em pé percebeu uma protuberância na calça de Hidan, arregalou os olhos perplexo não contendo o susto. Hidan estava pronto para soca-lo novamente quando percebeu o motivo do espanto do outro, seu sorriso foi sumindo, seu rosto tomou uma coloração avermelhada em meio a raiva e a vergonha sua face estampou um misto de horror e nojo.

─ Você esta...

Antes que pudesse dizer algo, Hidan sumiu de seu campo de visão. Após aquele episodio Orochimaru emudeceu, o que havia acontecido ali? Sua mente tornou-se uma completa bagunça, tudo se resumia a inusitado, estranho e sem sentido. Aguardou ate que estivesse com os pensamentos em ordem e pediu para que Deidara, Tobi e Pain descarregassem a Picape, logo tratou de leva-los ao centro para que assim pudessem comprar o restante das decorações.

Por um longo tempo Ori apenas pegava o que via de mais chamativo pela frente e entregava a um dos seguranças. Desde enfeites cristalizados para mesa a luminárias extravagantes, nada escapava de seus olhos. A decoração para o casamento iria exalar luxuria e a riqueza de um amor de conto de fadas. Ori tinha tudo em mente, exatamente cada detalhe.

─ Senhor Orochimaru - Pain o chamou.

─ Senhor? - virou-se emburrado - Isso lá é jeito de tratar uma dama!?

─ Desculpe, senhora... - foi interrompido antes que pudesse terminar sua frase.

─ Senhorita. Pois não sou casada, ainda - lançou uma piscadela sugestiva em direção ao ruivo.

─ Telefone - lhe entregou o objeto se afastando para longe em seguida.

─ Quem fala? - atendeu curioso.

─ Orochimaru o que pensa que esta fazendo? - a voz grave soou furiosa.

─ Ah! É você bebê. Sobre o que esta falando Ita-kun?

─ O casamento esta se transformando em um caos! Céus, a onde estava com a cabeça quando deixei você cuidar disso! - Itachi estava irritado, Ori não havia feito nada do que pediu, pelo contrario. Sua ordem era que o jardim se transformasse em um lugar suave, romântico e cativante, mas, tudo que viu foi brilho, o arco era envolvido por purpurina rosa e penas de alguma ave qualquer, as mesas se encontravam no mesmo estado, as árvores tinham enfeites estranhos de animais em momentos íntimos. Itachi quando viu se segurou para não ter um enfarte.

─ Não tem nada de errado com a decoração, darling. Você pediu romantismo, tem coisa mais fofa do que bichichos se amando? E rosa então? É a cor do amor - explicou empolgado, certo de que suas escolhas eram mais do que perfeitas.

─ Orochimaru, me escute bem - começou se controlando para não despejar toda sua fúria.

─ Diga, bebê. Estou ouvindo.

─ Eu vou sair para resolver algumas coisas. Você tem exatamente UMA HORA para arrancar essa.... essa coisa daqui - ordenou.

─ O QUE? Mas eu...

─ Eu disse uma hora - sua voz soou ríspida, fria como gelo.

─ Não vou - contrapôs.

─ Oro...

─ Acha que esta falando com quem? Eu me matei, fiz das tripas coração para fazer esta decoração, e agora você resolve soltar a franga? Olha aqui meu bem, não é fora dos trilhos que o trem anda, não!

─ Você não fez nada do que pedi, nada - respondeu mais calmo.

─ Então vamos resolver de maneira civilizada, darling. Tudo bem?

─ Certo...

─ Ótimo, beijinhos - encerrou a ligação - Que homem difícil, que minha deusa não ouça mas, o que tem de bom da mãe tem de péssimo do pai.

─ Algum problema? - indagou Pain.

─ Vamos voltar, o deus grego beta decidiu fazer algumas mudanças - revirou os olhos entediado, deu meia volta caminhando em direção a Picape, quando um dos seguranças o chamou.

─ O que vamos fazer com tudo isso, hm? - Deidara mal conseguia andar, em suas mãos continham diversas sacolas, assim como os outros dois seguranças.

─ Coloque no carro, querido. Agora vamos.

Ori chegou a mansão deparando-se com a carranca mau humorada do primogênito. Por esta razão ao menos lhe dirigiu a palavra, apenas pediu para que os seguranças retirassem tudo e deixassem o jardim livre de tudo.

A face de Itachi suavizou quando viu que agora ocorreria exatamente como queria, ordenou a Ori que utilizasse apenas branco e dourado nas decorações de mesas e cadeiras. Seus olhos direcionaram as árvores a sua volta tendo uma ideia.

─ Orochimaru - chamou o outro com um sorriso nos lábios.

─ No que esta pensando, hã? Este sorrisinho seduzente não me engana.

─ Você vai ver - Itachi reuniu os seguranças explicando o que havia imaginado, disse com detalhes para que não houvesse erros. Ori sorria encantado contemplando o deus do romantismo que o primogénito demonstrava ser. Quando enfim acabou de dizer, ate mesmo os seguranças gostaram prontificando a iniciar o quanto antes.

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Sasuke observava a grande sala ao redor, seu pai deixou que ocupasse o escritório de Itachi, já que ele deixará bem claro que sua estadia ali seria temporária. Caminhou pelo ambiente, aquela era a área mais aconchegante de toda a empresa, com toda certeza havia sido seu irmão o responsável pela decoração.

Todos os móveis eram de madeira, distribuídos em locais específicos davam um ar rustico e requintado ao ambiente. Uma larga estante ocupava a parede dos fundos, possuía todas as suas prateleiras preenchida por livros, Itachi sempre fora um amante da literatura. Logo a frente a mesa de trabalho era ocupada por uma montanha de papéis e algumas fotos da família. Adiante, uma pequena mesa de centro acompanhada por duas cadeiras e uma poltrona, formavam um ambiente perfeito para negociações, ou apenas um lugar para tomar um bom drink. Próximo a estante uma longa janela iluminava cada canto da sala, dispensando assim iluminação artificial durante o dia. Abaixo da janela um sofá branco, acompanhado de uma mesinha de canto e um abajur de chão criavam o local ideal para se ler, era fácil imaginar seu irmão sentado ali absorto nas páginas de um bom livro.

Andou em direção a mesa, onde acomodou-se confortavelmente, estar ali não era tão desagradável quanto achou que seria, porém, algo o incomodava. Seu humor não era dos melhores nos últimos dias, tudo o deixava irritado e cansado. Sentia falta de algo, talvez de alguém.

Na tentativa de ocupar a cabeça, começou a trabalhar em toda aquela papelada. Precisava contatar fornecedores, separar encomendas, anotar tudo que foi vendido e pago, para que assim o caixa pudesse ser fechado corretamente no final do mês. Para ele nada era novidade, pelo menos sua faculdade tinha alguma serventia ali. Distraído, mal viu o tempo passar, quando se deu conta chegará a hora de seu almoço. Jamais imaginou desejar algo assim, contudo naquele instante preferia continuar trabalhando a ter que sair e libertar seus pensamentos. Se não fosse a maldita regra de seu pai, na qual não era permitida a permanência de nenhum funcionário na empresa durante o horário de almoço, ele com certeza continuaria ali.

Levantou calmamente da cadeira, alongou todo o corpo para assim evitar dores indesejadas, pegou seu casaco e andou em direção a saída. Não estava com fome, então decidiu por esticar um pouco as pernas e talvez comer um lanche qualquer mais tarde, somente para se manter em pé. Ao chegar a porta principal, ouviu seu nome ser chamado, fazendo com que parasse subitamente.

─ Sasuke - Fugaku descia as escadas caminhando em direção ao filho.

─ Pai - cumprimentou com um aceno de cabeça, iniciando em seguida sua caminhada.

─ Eu quero falar com você, me acompanhe - seguiu em direção ao seu escritório sem esperar por uma resposta.

Sasuke acompanhou o pai em silencio, estava decidido a sair dali o mais rápido possível e só conseguiria isso se fingisse concordar com o que era dito. Ao chegar a sala da presidência, sentaram um de frente para o outro. Fugaku olhou seu filho por longos minutos, quando enfim com um suspiro pesaroso iniciou seu discurso.

─ Sasuke, sei que você é um homem de grande opinião, mas apenas deixe seu pai terminar de falar, entendeu? - inclinou-se para frente, diminuindo a distância entre ambos.

Com um aceno positivo, Sasuke permitiu que prosseguisse.

─ Nunca fui um bom pai, fiz parecer que não me importava com vocês e por isso não o culpo por me odiar, mas, sou seu pai Sasuke, e eu me importo com você - suspirou cansado.

─ Belo jeito de demonstrar isso - bufou irritado.

─ Desde o dia que você voltou da casa dos Haruno não é mais o mesmo, sempre foi estressado e mal humorado, entretanto, dessa vez parece estar pior.

─ Ah, claro ... - revirou os olhos.

─ Me deixe terminar Sasuke - lançou ao rapaz um olhar repreendedor.

─ Você não é mais o mesmo... Agora é um homem e sabe que tudo o que fizer gera consequências, da qual nem mesmo sua mãe pode te livrar. Lute pelo que você quer meu filho, não deixe que o orgulho Uchiha te faça perder o que mais ama. Pense bem Sasuke, em tudo - levantou, deu leves batidinhas no ombro do filho e saiu sem dizer mais nada.

Surpreso, Sasuke permaneceu parado no mesmo lugar, não sabia ao certo o que acabará de acontecer ali. Contudo, algo dentro de si se remexia, como se a qualquer momento pudesse sair. Sacudiu a cabeça espantando qualquer tipo de pensamento e saiu para sua tão desejada caminhada, parou apenas para comprar um sanduiche em uma lanchonete qualquer, retomando seu caminho em seguida. Não sabia a quanto tempo andava, seguiu a trilha que seus pés almejaram, enquanto ouvia as palavras de seu pai repercutir por sua mente. Distraído, andou por grande parte da cidade despertando apenas ao notar o local onde havia chego. Era a casa dos Haruno, a casa de Sakura.

Ele não tinha ideia de como chegou ali, ou melhor, ate tinha, mas jamais admitiria em voz alta. O motivo para todo seu transtorno se encontrava naquela pequena e aconchegante casa, ausente de qualquer luxo ou regalia moderna, simples de tudo assim como seus moradores. No entanto, foi naquele lar que encontrou um sentimento que havia se perdido no tempo, sua família que devia ao grande exemplo era envolta por uma teia ilusória onde os sorrisos falsos eram tão transparentes quanto a mentira que seus pais ainda eram um casal.

Tal sentimento traçou seus caminho ate ali, lhe deu coragem para tocar a campainha e não correr quando Mebuki o encarou surpresa.

─ Olá Sasuke, o que faz aqui querido? - observou que ele aparentava estar incomodado com algo, seu olhar perdia-se fixo ao chão - Querido?

─ Sakura. Ela está? - suas mãos enfiadas nos bolsos suavam de modo incomum, seus pés pareciam ter formigas, se sentia inquieto e ansioso. Por meses passou seus dias ali e mesmo quando foi expulso, ainda sim, por mero acaso encontrava-se ali outra vez. Contudo, hoje era diferente, pela primeira vez chegou ali guiado por seus instintos, por sua própria livre e espontânea vontade.

─ Sim, ela está no quarto. Acabou de chegar do hospital - Mebuki viu quando ele direcionou os olhos a sua face procurando por algum resquício de preocupação ou desespero, mas tudo que viu foi uma expressão suave e despreocupada - Suba rápido e tome cuidado, Kizashi esta na cozinha - um sorriso brotou nos lábios da Haruno em conjunto com uma piscadela, ela lhe deu passagem e ele ainda que hesitante adentrou a casa.

Passou direto pela sala subindo os poucos degraus, virou a esquerda encontrando duas portas, uma delas era o quarto que ele ocupou e a outra o quarto de Sakura. Bateu na porta, mas nada ouviu, Mebuki tinha lhe dito que ela estaria ali e ao abrir nada encontrou. Seus olhos voltaram ao seu antigo quarto e como suspeitou ela estava ali, dormindo como um anjo.

Ele fechou a porta atrás de si e voltou a observa-la, o sol do meio dia atravessava as frestas colidindo parcialmente com o rosto sereno. Tomando cuidado para não fazer qualquer ruído que pudesse acorda-la, Sasuke se aproximou, sentou no chão e debruçou seu corpo no pequeno espaço da cama, cruzou os braços apoiando sua cabeça com o intuito de poder admira-la melhor.

A conversa recente com seu pai o atingiu como um soco no estômago, suas dúvidas foram sanadas no instante que chegou aquela casa. Como ele poderia ter sido tão burro? Todos enxergavam o que estava estampado em sua cara, somente ele lutava para não ver o óbvio.

Seus dedos dedilharam a palma da mão pequena formando desenhos imaginários, a mão dela era sempre tão macia, e ele desejou segura-la para sempre. Foi quando traçava um caminho até a ponta dos dedos que a mão dela segurou a sua, seus olhos se chocaram e em seguida veio o radiante sorriso acalentador.

─ O que está fazendo aqui? - murmurou baixinho, estava cansada. O tratamento vinha consumindo suas forças de maneira monstruosa.

─ Nada, finja que é um sonho - já havia admitido muitas coisas somente em estar ali espontaneamente.

─ Um sonho bom ou ruim? - questionou entrando na brincadeira.

─ Um sonho delicioso e sexy - ela riu ao corar as bochechas e ele adorou cada expressão - Morango - a chamou, desta vez não havia malícia ou resquícios de divertimento em sua voz, apenas o tom rouco e grave.

─ Hm? - com a inútil tentativa de esconder seu sorriso mordeu os lábios. Sasuke parecia diferente, oposto ao garoto idiota que vagava por suas lembranças, memórias estas que, com a ajuda de Gaara vinha surtindo resultados. Em todo caso, estava curiosa para saber o que o Uchiha fazia ali aquela hora.

Ele não era do tipo que cogitava, antes mesmo de pensar. sejam palavras rudes ou maliciosas, saltavam de sua boca. Entretanto, diante dos olhos verdes ansiosos hesitou.Talvez não fosse o momento certo, ou apenas precisava de tempo para se acostumar com aquele sentimento que, assim como Itachi dizia; Era inexplicável.

Sob a curiosidade de Sakura, se levantou aturdido com seus pensamentos. Virou-se para ir embora sendo impedido por mãos pequenas e quentes.

─ O que quer me dizer? - no fundo guardava a súplica por uma resposta. Os olhos cor de ébano pareciam estar perdidos em um mar de confusão, os lábios abriam e fechavam como se travassem uma guerra entre; dizer ou calar-se.

Sasuke suavizou sua expressão quando elevou os dedos indicador e dedo médio ao centro da testa dela, seus lábios curvaram-se em um sorriso de canto com a pronuncia de uma promessa.

─ Até a próxima vez, Sakura - substitui seus dedos pelos lábios em um beijo cálido, sorriu contra a pele dela controlando sua vontade de lhe roubar alguns milhões de beijos. No entanto, se afastou e saiu daquela casa não sendo capaz de conter sua felicidade.


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Notas finais do capítulo

QUEM GOSTOU LEVANTA A MÃOZINHA O/ O/
Não teve beijo u.u Pois temos planos de um momento propicio. (Não nos matem T.T)
Vocês pediram e o pedido dos leitores é uma ordem hehe
Mais uma vez obrigada fofuras, pedimos desculpas se demoramos muito para responder, mas saibam que sempre estamos morrendo de ansiedade para ver a opinião de vocês *///*
Naruto, Ori e Sasusaku, o que acharam? Próximo capitulo preparem os lencinhos que lá vem casamento!

Música de hoje: Fallin for you - Colbie Caillat



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