Sorvete de Limão escrita por Sannin
Notas iniciais do capítulo
Obrigado por acompanharem e comentarem nessa pequena história o/
Boa leitura~~
Na cidade:
Ruby volta a procurar emprego. Nas primeiras entrevistas:
— Acha que consegue fazer?
— Não.
Ruby ainda não consegue passar da primeira pergunta. Mas ela estava determinada. Não desistiria.
— Acha que consegue fazer? — A mulher perguntou.
— N... — Ela engoliu a palavra e respirou fundo. — S-sim...
ELA CONSEGUIU!
— Tem certeza?
— Não.
Ruby não conseguiu.
Na praça:
Jake estava andando sozinho, pensando na vida, no futuro.
— Esse ano eu me formo... E não sei o que fazer depois disso. — Disse desanimado. Parou na barraquinha de sorvete e fitou o homem. — Ei, como se descobre o que fazer no futuro?
— De que sabor?
— Eu não pedi sorvete...
— Oh... De que sabor?
— Eu... Ah... Ok. Me vê um de creme.
O homem pegou uma casquinha, colocou uns cubos de gelo e tacou spray de chantilly. Entregou para Jake.
— Isso... Ok, deixa pra lá. E então, o que faço com meu futuro?
— Do que você gosta?
— Mulher.
— Eu gostava de sorvete, aqui estou eu, sorveteiro. Você gosta de mulher, vira gigolô.
—... — Jake fitou o homem com incredulidade e respondeu: — GENIAL!
Jake saiu de lá pensando em como começar essa carreira.
Achou que seria uma boa ideia para começar, ir se vender para Maya na casa dela.
Na casa de Lola:
Lola colocou alguns eletrodos em Alfie e prendeu bem ele na cadeira.
— Tudo certo, Alfie. Estamos prontos para dar início ao super experimento “Mudança de Atitude do Estômago”. — Ela anunciou. — Eu, como aspirante a neurologista, irei estudar seu cérebro enquanto você come e assim elaborar um plano para ajudá-lo a se controlar na comida.
— Uhuuul, aí eu poderei trabalhar em restaurantes sem comer a comida que devo servir! — Comemorou Alfie.
— É... Tenho certeza disso. — Lola deu uma risadinha gelada. — Se você sobreviver. — Disse mexendo em alguns utensílios em uma assadeirazinha daquelas de dentista.
— So-sobreviver?... Q-que tipo de experimentos nós estamos prestes a fazer?
— Uhum. — Ela só confirmou colocando as luvas.
— Que tipo de experimento, Lola?
— Isso aí. — Lola pegou uma sonda e uma espátula fina.
— QUE TIPO DE EXPERIMENTO, LOLA?!!!!
No trabalho de Noah:
Noah trabalha no estoque de uma loja de quadrinhos.
— Eu terminei de organizar as últimas caixas. — Ele disse para sua chefa.
— Certo... Quer um? — A mulher usa um boné, tem olheira e puxou um cigarro.
— Já disse que não fumo. E você também deveria parar. — Aconselhou Noah.
A chefa dele o fitou por um momento.
— Virgem.
— Ei!
— E como vão as coisas com aquela garota da qual me falou?
— Mas... Eu nunca falei de qualquer garota para você. — Respondeu Noah.
—... Sim, eu sei. Deprimente não? Você precisa se esforçar mais.
— Não preciso ouvir isso de uma solteirona passada dos trinta!
—...
— AH! — Guinchou Noah.
A chefa dele o levantou pelos tornozelos, deixando-o de ponta cabeça no ar.
— QUEM PASSA DE TRINTA, MOLEQUE? EM? — Ela gritou. Apesar de uma mulher tapada, não se pode brincar com a idade e os relacionamentos dela.
— D-d-d-desculpa. — Noah choramingou balançando.
— SÓ SOU SOLTEIRA PORQUE EU QUERO E NÃO PORQUE OS HOMENS CORREM DE MIM!
— E-eu não disse nada isso... Peço perdão!
Ela soltou Noah.
— Hrumf! — Ela bufou. Ficou um momento de silêncio. E então ela puxou outro cigarro. — Quer um? — Perguntou indiferente.
— Já disse que não. — Ele negou de novo. Noah se levantou e foi até a porta. — Eu me enganei. Você não passa dos trinta. É uma bela... Quarentona passada, isso sim. — E saiu correndo.
— FEDELHO MISERAVÉL! QUANDO EU TE PEGAR, VOU FAZER VOCÊ SER MEU PRÓXIMO CIGARRO!
Na casa de Noah:
Leo vai até a cozinha beber água e encontra Noah que retornou pra casa.
— Oh, olá irmão... Que merda aconteceu com seu cabelo?
— Tacaram fogo. — Noah choramingou. Do cabelo ainda saia fumaça.
Como dito, não se mexe com a idade de uma solteirona.
Na casa de Maya:
Maya ganhou a câmera fotográfica nova do seu pai. Ela ficou encantada encarando a câmera. Maya ama fotografia e quer trabalhar com isso no futuro.
— É linda... — Suspirou. E então olhou para seu pai. Ele era um policial e estava com o uniforme. — O que você quer de mim em troca?
— Que maldade! Só porque te dei um presente quero alguma coisa em troca? — Retrucou o pai dela.
— Exatamente isso.
— Isso não é verdade filha, eu te amo... Mas já que tocamos no assunto, conheci um empresário muito descente, que tem um filho de futuro brilhante e-
— Não quero. Manda ele comer merda. — Maya negou de uma vez.
— Ah... Então... Então nada de câmera!
Maya fitou o pai dela furiosa, com os lábios trêmulos e depois olhou para câmera. Oh, ela queria muito aquela câmera.
— Deixe a câmera com ela seu careca miserável. Cabeça de dedão. — Gritou a mãe de Maya aparecendo na sala. Usava roupas rasgadas, tinha algumas tatuagens e um monte de piercings.
Maya olhou para a mãe dela ainda irritada.
— Não. — Maya negou antes que a mãe pudesse dizer qualquer coisa. — Nenhum filho de empresário e nem filho de mafioso. Vão os dois para o inferno! — Maya foi embora pro quarto resmungando.
— Olha só o linguajar dela. Viu o exemplo que você dá seu... Seu... Pokémon de metal. — Gritou o pai para a mãe dela.
— Pokémon? Você conhece esse tipo de palavra? Que fofinho. — Ela falou ironicamente.
— Não sei por que ainda não coloquei você na prisão.
— É porque eu conheço todo mundo da cadeia, é tudo brother!
A família de Maya é muito maluca. Não me pergunte como esses dois se casaram.
A mãe de Maya pegou a câmera, pois na caixa e colocou no chão. — Toma Preto, leva para nossa coisinha fofa. — Ela pediu e o gato saiu empurrando a caixa para o quarto de Maya.
— Só espero que quando ela encontrar um homem, ele não seja um idiota. — Bufou o pai de Maya.
Na rua:
Jake seguia em direção da casa de Maya cantando:
— Eu serei um gigolô! Um gigo gigo gigo gigolô!
Na loja de quadrinhos:
Ruby entrou na loja a procura de emprego. A dona da loja era uma mulher com olheiras, usava boné e fumava.
— Se-senhora... — Ruby a chamou.
— Me chama de senhora de novo e boto fogo em você.
— M-m-m-m-me desculpe! — Choramingou Ruby querendo sair correndo.
— E então?
— Eu... Eu...
— Ruby? — Noah apareceu saindo do fundo da loja.
— Hm? Noah trabalha aqui?
— Trabalha?... Hm... Não sei se chamo o que ele faz de trabalho. Tá mais para um cachorrinho favelado semimorto que veio pedir comida e eu de bom grado lhe dei.
— Oi! — Exclamou Noah.
Ruby ficou perdida. Ela bem parecia um cachorro semimorto querendo comida.
— Mas que interessante Noah, uma garota sabe seu nome. Quem diria... É o mais próximo de se casar na vida que você pode chegar.
— Sua... Na verdade, já estou bem mais perto do que você então!
— Vou pegar o isqueiro lá nos fundos. — A chefa dele se retirou e ele engoliu seco.
— Ruby, você por acaso está procurando emprego? — Perguntou Noah.
— Ah... Eu... Sim.
— Fica aqui na loja então. — Recomendou Noah. A mulher já voltava com o isqueiro na mão. — A mulher idosa dona desse lugar não aguenta fazer mais nada, precisa da ajuda dos mais jovens para suprir sua dor na coluna.
— Acho que dessa vez uso o maçarico. — A chefa mudou de ideia retornando para os fundos e Noah ficou realmente apreensivo, suando frio.
— Mas... Eu... — Ruby estava prestes a pifar.
— Não se preocupe, eu ajudo você. Nós realmente precisamos de mais uma mão por aqui e... É só não chamar a senhora ali de velha que ela não põe fogo em você. Agora, se me dá licença, preciso correr.
Noah saiu correndo.
Na casa de Maya:
A campainha toca.
Maya vai atender, pois os pais dela parecem estar querendo começar alguma guerra.
— Olá, Maya! — Cumprimentou Jake.
— Jake? O que faz aqui?
— Eu vim me vender.
—... — Maya foi para fechar a porta na cara de Jake.
A mãe de Maya aparece na porta e segura.
— Ui, quem é o bonitão? — Ela perguntou cheia de malícia.
— Olá, eu sou Jake. Amigo da Maya. Decidi virar gigolô. Por isso vim me vender para ela primeiramente.
— Linda escolha de emprego. — A mãe dela elogiou. Maya estava tremendo e a qualquer momento poderia explodir em socos e chutes para todo lado. — Que privilégio Maya, ser a primeira. — A mãe dela comentou fitando a filha. — Entre Jake, vamos tomar um café e discutir o preço.
— UMA OVA! — Maya explodiu.
— O que está acontecendo aqui? — O pai de Maya apareceu, estava armado por algum motivo.
— Veja, nossa filha achou uma maneira de conseguir um parceiro! — Comentou a mãe dela.
— Meu nome é Jake, quero ser gigolô. — Mal Jake falou e arma foi apontada na cara dele. — Ou posso ser um homem morto, se o senhor insiste. — As pernas de Jake até bambearam.
— CHEGA!!!!! — Gritou Maya. — Papai, vai para o quarto e guarda essa merda!
— Eu-
— AGORA! Ou eu vou sair e encher a cara de bebida e confraternizar com mafiosos.
— Tá, eu estou indo. — O pai dela saiu rapidamente, cabisbaixo. Maya lançou o olhar dela para a mãe, cheio de fúria.
— Vou denunciar você e cada um dos seus amiguinhos e todos os pontos de encontros daqueles estúpidos se não ir lavar louça agora!
— Mas...
— Não tem ‘mas’, mamãe, É AGORA!
— Tá bom, aí, que mandona. — A mãe dela saiu.
Jake olhou para Maya, por fim.
— Bem, voltando ao assunto, estou em promoção.
Maya fez balé... E nós não sabemos de Jake poderá ter filhos.
No Coffe House:
Todos se reúnem. Alfie chega por último, exausto e com cara de morto.
— O que aconteceu, garoto — Indagou Maya.
— Eu... Eu vi Jesus. Oh, sim, eu vi. — Alfie se sentou e ficou ali, petrificado.
— Ele tá bem, não se preocupem. — Comentou Lola friamente.
—||—
Nome: Preto
Aparência: Um gato... Preto.
Gosta de: Maya, mijar na cama e bolinhas.
Não gosta de: Não ser alimentado na boca.
Resposta para a pergunta “Você está andando no deserto e vê uma tartaruga virada de barriga para cima, o que faz?”: Miau!
Devaneio: Fazer ‘miau-miau’ com uma gatinha.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham se divertido o/
Críticas, elogios, puxões de orelhas e pedidos de seções cirúrgicas com Lola são bem-vindos nos comentários!
Até mais o/