Sorvete de Limão escrita por Sannin


Capítulo 9
Capítulo 09 – Garotos e garotas e trabalho


Notas iniciais do capítulo

Obrigado por acompanharem e comentarem nessa pequena história o/

Boa leitura~~



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Na cidade:

Ruby volta a procurar emprego. Nas primeiras entrevistas:

— Acha que consegue fazer?

— Não.

Ruby ainda não consegue passar da primeira pergunta. Mas ela estava determinada. Não desistiria.

— Acha que consegue fazer? — A mulher perguntou.

— N... — Ela engoliu a palavra e respirou fundo. — S-sim...

ELA CONSEGUIU!

— Tem certeza?

— Não.

Ruby não conseguiu.


Na praça:

Jake estava andando sozinho, pensando na vida, no futuro.

— Esse ano eu me formo... E não sei o que fazer depois disso. — Disse desanimado. Parou na barraquinha de sorvete e fitou o homem. — Ei, como se descobre o que fazer no futuro?

— De que sabor?

— Eu não pedi sorvete...

— Oh... De que sabor?

— Eu... Ah... Ok. Me vê um de creme.

O homem pegou uma casquinha, colocou uns cubos de gelo e tacou spray de chantilly. Entregou para Jake.

— Isso... Ok, deixa pra lá. E então, o que faço com meu futuro?

— Do que você gosta?

— Mulher.

— Eu gostava de sorvete, aqui estou eu, sorveteiro. Você gosta de mulher, vira gigolô.

—... — Jake fitou o homem com incredulidade e respondeu: — GENIAL!

Jake saiu de lá pensando em como começar essa carreira.

Achou que seria uma boa ideia para começar, ir se vender para Maya na casa dela.


Na casa de Lola:

Lola colocou alguns eletrodos em Alfie e prendeu bem ele na cadeira.

— Tudo certo, Alfie. Estamos prontos para dar início ao super experimento “Mudança de Atitude do Estômago”. — Ela anunciou. — Eu, como aspirante a neurologista, irei estudar seu cérebro enquanto você come e assim elaborar um plano para ajudá-lo a se controlar na comida.

— Uhuuul, aí eu poderei trabalhar em restaurantes sem comer a comida que devo servir! — Comemorou Alfie.

— É... Tenho certeza disso. — Lola deu uma risadinha gelada. — Se você sobreviver. — Disse mexendo em alguns utensílios em uma assadeirazinha daquelas de dentista.

— So-sobreviver?... Q-que tipo de experimentos nós estamos prestes a fazer?

— Uhum. — Ela só confirmou colocando as luvas.

— Que tipo de experimento, Lola?

— Isso aí. — Lola pegou uma sonda e uma espátula fina.

— QUE TIPO DE EXPERIMENTO, LOLA?!!!!


No trabalho de Noah:

Noah trabalha no estoque de uma loja de quadrinhos.

— Eu terminei de organizar as últimas caixas. — Ele disse para sua chefa.

— Certo... Quer um? — A mulher usa um boné, tem olheira e puxou um cigarro.

— Já disse que não fumo. E você também deveria parar. — Aconselhou Noah.

A chefa dele o fitou por um momento.

— Virgem.

— Ei!

— E como vão as coisas com aquela garota da qual me falou?

— Mas... Eu nunca falei de qualquer garota para você. — Respondeu Noah.

—... Sim, eu sei. Deprimente não? Você precisa se esforçar mais.

— Não preciso ouvir isso de uma solteirona passada dos trinta!

—...

— AH! — Guinchou Noah.

A chefa dele o levantou pelos tornozelos, deixando-o de ponta cabeça no ar.

— QUEM PASSA DE TRINTA, MOLEQUE? EM? — Ela gritou. Apesar de uma mulher tapada, não se pode brincar com a idade e os relacionamentos dela.

— D-d-d-desculpa. — Noah choramingou balançando.

— SÓ SOU SOLTEIRA PORQUE EU QUERO E NÃO PORQUE OS HOMENS CORREM DE MIM!

— E-eu não disse nada isso... Peço perdão!

Ela soltou Noah.

— Hrumf! — Ela bufou. Ficou um momento de silêncio. E então ela puxou outro cigarro. — Quer um? — Perguntou indiferente.

— Já disse que não. — Ele negou de novo. Noah se levantou e foi até a porta. — Eu me enganei. Você não passa dos trinta. É uma bela... Quarentona passada, isso sim. — E saiu correndo.

— FEDELHO MISERAVÉL! QUANDO EU TE PEGAR, VOU FAZER VOCÊ SER MEU PRÓXIMO CIGARRO!


Na casa de Noah:

Leo vai até a cozinha beber água e encontra Noah que retornou pra casa.

— Oh, olá irmão... Que merda aconteceu com seu cabelo?

— Tacaram fogo. — Noah choramingou. Do cabelo ainda saia fumaça.

Como dito, não se mexe com a idade de uma solteirona.


Na casa de Maya:

Maya ganhou a câmera fotográfica nova do seu pai. Ela ficou encantada encarando a câmera. Maya ama fotografia e quer trabalhar com isso no futuro.

— É linda... — Suspirou. E então olhou para seu pai. Ele era um policial e estava com o uniforme. — O que você quer de mim em troca?

— Que maldade! Só porque te dei um presente quero alguma coisa em troca? — Retrucou o pai dela.

— Exatamente isso.

— Isso não é verdade filha, eu te amo... Mas já que tocamos no assunto, conheci um empresário muito descente, que tem um filho de futuro brilhante e-

— Não quero. Manda ele comer merda. — Maya negou de uma vez.

— Ah... Então... Então nada de câmera!

Maya fitou o pai dela furiosa, com os lábios trêmulos e depois olhou para câmera. Oh, ela queria muito aquela câmera.

— Deixe a câmera com ela seu careca miserável. Cabeça de dedão. — Gritou a mãe de Maya aparecendo na sala. Usava roupas rasgadas, tinha algumas tatuagens e um monte de piercings.

Maya olhou para a mãe dela ainda irritada.

— Não. — Maya negou antes que a mãe pudesse dizer qualquer coisa. — Nenhum filho de empresário e nem filho de mafioso. Vão os dois para o inferno! — Maya foi embora pro quarto resmungando.

— Olha só o linguajar dela. Viu o exemplo que você dá seu... Seu... Pokémon de metal. — Gritou o pai para a mãe dela.

— Pokémon? Você conhece esse tipo de palavra? Que fofinho. — Ela falou ironicamente.

— Não sei por que ainda não coloquei você na prisão.

— É porque eu conheço todo mundo da cadeia, é tudo brother!

A família de Maya é muito maluca. Não me pergunte como esses dois se casaram.

A mãe de Maya pegou a câmera, pois na caixa e colocou no chão. — Toma Preto, leva para nossa coisinha fofa. — Ela pediu e o gato saiu empurrando a caixa para o quarto de Maya.

— Só espero que quando ela encontrar um homem, ele não seja um idiota. — Bufou o pai de Maya.


Na rua:

Jake seguia em direção da casa de Maya cantando:

— Eu serei um gigolô! Um gigo gigo gigo gigolô!


Na loja de quadrinhos:

Ruby entrou na loja a procura de emprego. A dona da loja era uma mulher com olheiras, usava boné e fumava.

— Se-senhora... — Ruby a chamou.

— Me chama de senhora de novo e boto fogo em você.

— M-m-m-m-me desculpe! — Choramingou Ruby querendo sair correndo.

— E então?

— Eu... Eu...

— Ruby? — Noah apareceu saindo do fundo da loja.

— Hm? Noah trabalha aqui?

— Trabalha?... Hm... Não sei se chamo o que ele faz de trabalho. Tá mais para um cachorrinho favelado semimorto que veio pedir comida e eu de bom grado lhe dei.

— Oi! — Exclamou Noah.

Ruby ficou perdida. Ela bem parecia um cachorro semimorto querendo comida.

— Mas que interessante Noah, uma garota sabe seu nome. Quem diria... É o mais próximo de se casar na vida que você pode chegar.

— Sua... Na verdade, já estou bem mais perto do que você então!

— Vou pegar o isqueiro lá nos fundos. — A chefa dele se retirou e ele engoliu seco.

— Ruby, você por acaso está procurando emprego? — Perguntou Noah.

— Ah... Eu... Sim.

— Fica aqui na loja então. — Recomendou Noah. A mulher já voltava com o isqueiro na mão. — A mulher idosa dona desse lugar não aguenta fazer mais nada, precisa da ajuda dos mais jovens para suprir sua dor na coluna.

— Acho que dessa vez uso o maçarico. — A chefa mudou de ideia retornando para os fundos e Noah ficou realmente apreensivo, suando frio.

— Mas... Eu... — Ruby estava prestes a pifar.

— Não se preocupe, eu ajudo você. Nós realmente precisamos de mais uma mão por aqui e... É só não chamar a senhora ali de velha que ela não põe fogo em você. Agora, se me dá licença, preciso correr.

Noah saiu correndo.


Na casa de Maya:

A campainha toca.

Maya vai atender, pois os pais dela parecem estar querendo começar alguma guerra.

— Olá, Maya! — Cumprimentou Jake.

— Jake? O que faz aqui?

— Eu vim me vender.

—... — Maya foi para fechar a porta na cara de Jake.

A mãe de Maya aparece na porta e segura.

— Ui, quem é o bonitão? — Ela perguntou cheia de malícia.

— Olá, eu sou Jake. Amigo da Maya. Decidi virar gigolô. Por isso vim me vender para ela primeiramente.

— Linda escolha de emprego. — A mãe dela elogiou. Maya estava tremendo e a qualquer momento poderia explodir em socos e chutes para todo lado. — Que privilégio Maya, ser a primeira. — A mãe dela comentou fitando a filha. — Entre Jake, vamos tomar um café e discutir o preço.

— UMA OVA! — Maya explodiu.

— O que está acontecendo aqui? — O pai de Maya apareceu, estava armado por algum motivo.

— Veja, nossa filha achou uma maneira de conseguir um parceiro! — Comentou a mãe dela.

— Meu nome é Jake, quero ser gigolô. — Mal Jake falou e arma foi apontada na cara dele. — Ou posso ser um homem morto, se o senhor insiste. — As pernas de Jake até bambearam.

— CHEGA!!!!! — Gritou Maya. — Papai, vai para o quarto e guarda essa merda!

— Eu-

— AGORA! Ou eu vou sair e encher a cara de bebida e confraternizar com mafiosos.

— Tá, eu estou indo. — O pai dela saiu rapidamente, cabisbaixo. Maya lançou o olhar dela para a mãe, cheio de fúria.

— Vou denunciar você e cada um dos seus amiguinhos e todos os pontos de encontros daqueles estúpidos se não ir lavar louça agora!

— Mas...

— Não tem ‘mas’, mamãe, É AGORA!

— Tá bom, aí, que mandona. — A mãe dela saiu.

Jake olhou para Maya, por fim.

— Bem, voltando ao assunto, estou em promoção.

Maya fez balé... E nós não sabemos de Jake poderá ter filhos.


No Coffe House:

Todos se reúnem. Alfie chega por último, exausto e com cara de morto.

— O que aconteceu, garoto — Indagou Maya.

— Eu... Eu vi Jesus. Oh, sim, eu vi. — Alfie se sentou e ficou ali, petrificado.

— Ele tá bem, não se preocupem. — Comentou Lola friamente.

—||—

Nome: Preto

Aparência: Um gato... Preto.

Gosta de: Maya, mijar na cama e bolinhas.

Não gosta de: Não ser alimentado na boca.

Resposta para a pergunta “Você está andando no deserto e vê uma tartaruga virada de barriga para cima, o que faz?”: Miau!

Devaneio: Fazer ‘miau-miau’ com uma gatinha.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham se divertido o/

Críticas, elogios, puxões de orelhas e pedidos de seções cirúrgicas com Lola são bem-vindos nos comentários!

Até mais o/



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