Fantasmas do passado escrita por Bookaholic
Notas iniciais do capítulo
Obrigada a todoos que estão acompanhandoo!!
Quando Annabeth sentou no carro de Luke, caiu a ficha. O que ela estava fazendo sentada no carro do garoto que mais destruiu seu coração? O garoto que a jogou no lixo há tantos anos? Agora o que ele quer? Voltar a ser o que era?
– Para onde você está me levando?- ela perguntou receosa
– Para sua casa.
– Minha casa fica na rua que você acabou de passar.
– Você precisa estragar a surpresa?
– Eu não quero surpresa, Luke! Eu quero voltar para casa!
– Por que você está gritando comigo, Chase?- ele perguntou virando em uma pequena rua.
– Porque eu não deveria estar aqui! Você sabe muito bem que...
Ele ignorou o que a loira estava falando e saiu do carro. Annie bufou enquanto abria a porta.
– Eu vou pegar um táxi e... - ela parou quando viu o que estava na sua frente.
Uma construção com colunas gregas e com os dizeres:
Biblioteca Enciclopédia.
Criada por: Luke Castellan
“Uma homenagem a garota que roubou meu coração, assim como os meus livros”
Para Annabeth Chase.
– Você não fez isso.
– Eu queria que você visse o que eu pedi para o meu pai fazer antes de eu chegar. É um presente para você.
Sem perceber, a loira adentrou a biblioteca e ficou maravilhada quando olhou para cima. Andares com centenas, ou melhor, milhares de estantes repletas de livros. Ela olhou para a porta que a levava para as inúmeras estantes e correu até ela. Colocou a mão na maçaneta, mas parou quando percebeu o que o loiro estava tentando fazer.
– EU NÃO ACREDITO!- ela gritou fazendo Castellan ficar surpreso- VOCÊ REALMENTE ACHA QUE PODE ME COMPRAR ASSIM? É SÓ ISSO QUE VOCÊ SABE FAZER?
– Annie.
– ANNIE NADA! VOCÊ SABE MUITO BEM O QUE FEZ COMIGO E VOCÊ ACHA QUE LIVROS VÃO REPARAR TUDO ISSO?
– Faz tanto tempo. Eu achei que você poderia me perdoar. - ele disse aproximando da loira.
– Nem tente, Castellan. Nunca mais se aproxime de mim. Ouviu?
Ela não ficou para ouvir a resposta que o loiro teria. Correu pelas ruas de Nova York às 04h30min enquanto as poucas estrelas iluminavam as suas lágrimas. A loira entrou em um táxi, encostou a cabeça na janela e esperou que tudo o que tinha acabado de acontecer fosse um fruto de um sonho.
...
Percy desistiu de tentar chamar a irmã quando ela colocou a música no máximo e gritou pela centésima vez para que ele fosse embora. Ele realmente havia mudado e se arrependido pelo o que fizera. Mas a morena não queria acreditar nele de jeito nenhum. Ele bufou e desejou que nada daquilo tivesse acontecido.
O celular do moreno tocou.
– Alô?
– E aí, Jumento?
– O que você quer, Nico?
– Que foi? Ta de TPM?
– O que você quer?
– Eu vou para Nova York. Eu estou no aeroporto.
– Sério?- Percy se animou.
– Aham. Minha irmã mora aí e ela falou que eu podia morar lá. Comprei uma passagem imediatamente.
–Legal.
– Animação 100. Estou até sentindo sua felicidade. – Percy pode sentir que Nico estava revirando os olhos- Preciso ir. A gente se vê.
Ele desligou e foi até a cozinha pegar uma bebida. Sim, Percy estava feliz que, pelo menos, seu melhor amigo estaria ali para lhe dar apoio. Mas Thalia ainda estaria o ignorando e o odiando. Isso o matava por dentro. Ele bufou enquanto pegava um refrigerante na geladeira. Voltou para a sala com medo do que poderia acontecer no tempo que ficaria ali.
O barulho da chave na porta o tirou de seus pensamentos. Thalia? Eu achei que ela estava no quarto. Ele foi em direção a porta para abri-la, o que foi uma ação estúpida já que a pessoa do outro lado estava prestes a destrancá-la. Quando a porta se abriu, ele se chocou contra alguém e derrubou toda sua bebida em cima da pessoa que estava a sua frente.
A pessoa do outro lado bufou e disse sem verificar quem estava a sua frente:
– Acho que todo mundo quer que eu jogue essa blusa fora.
E ali estava a garota mais linda que o moreno já tinha visto. Seus olhos eram de um cinza profundo, os mesmos que o cabelo loiro caído pelos seus ombros realçava, a única coisa que o moreno achou fora do contexto foi a vermelhidão de seus olhos e as marcas de lágrimas nas maçãs de seu rosto.
Assim que a loira olhou para cima ela achou o mesmo. O rapaz a sua frente era lindo. Olhos verdes profundos, cabelos pretos jogados por cima dos mesmos e um sorriso encantador. Porém, assim que ela percebeu que tinha um completo estranho em sua casa e que ele tinha derrubado algo em sua blusa ela gritou:
– AHHHHHHHHHHHHHHH!
–AHHHHHHHHHHHHHHHH!- ele devolveu.
Ela correu até a cozinha e pegou uma frigideira enquanto o moreno ficava estático com uma porta ainda aberta. Com as mãos tremendo ela foi em direção ao moreno e, sem que ele visse, bateu com a frigideira em sua nuca.
– O que... - Thalia desceu as escadas correndo até a porta quando ouviu os gritos. Então ela viu seu irmão desmaiado no chão. Olhou para as mãos de Annie e para o rosto de seu irmão no chão.
– Como um estranho entrou aqui, Thalia?- ela perguntou com fúria nos olhos.
– Ele não é um estranho, Annabeth.- ela disse em meio de risadas histéricas- Ele é o meu irmão.
– Você tem um irmão?
– Não um que tenha sido muito participativo na minha vida. Agora, me ajuda a levar ele lá pra cima.
– Desculpa- Annie respondeu enquanto segurava um dos lados do irmão da amiga.
– Você só fez o meu dia começar maravilhosamente bem.
Elas subiram em direção ao quarto de Percy e o colocaram na cama.
– Eu vou buscar a caixa de primeiros socorros. – Thalia saiu do quarto enquanto a loira olhava para o moreno que estava desmaiado na cama do quarto ao lado do seu.
Tinha uma parte da loira que sabia que aquilo estava sendo bom para ela. Algo que a distraísse do pesadelo que sua vida havia se tornado em menos de um dia. Ela tirou o loiro de seus pensamentos e começou a perceber que realmente nunca tinha visto esse garoto e que nunca tinha visto ele com Thalia.
– Cheguei.- Thalia disse entrando com uma pequena caixa nas mãos.
– Deixa que eu faço isso.- Annabeth respondeu enquanto morena entregava-lhe a caixa- Você nunca falou que tinha um irmão.
– Ele não é meu irmão. Ele era meu meio-irmão. Agora ele é só um garoto que meus pais me obrigaram a colocar na minha casa. Eu não quero falar sobre isso. Desculpa.
– Tudo bem. – Annie disse deixando a caixa de lado enquanto ligava para uma médica conhecida.
– O que você está fazendo?- Thalia perguntou.
– Eu estou ligando para a doutora.
– Por que?
– Porque pode ter acontecido alguma coisa com ele. Eu vou fazer os primeiros socorros, mas eu não sou uma médica, Thalia.
– Então ta. Deve ser a culpa por acertar o garoto com uma frigideira.
– Cala a boca. Eu não sabia que ele era seu irmão. - disse Annie antes de chamar a médica para atender o garoto que estava a sua frente.
Elas ficaram em silêncio por alguns minutos enquanto Annabeth cuidava do galo que tinha se formado na nuca do rapaz.
– Então, o que você estava fazendo na rua até essa hora, Dona Annabeth?- Thalia quebrou o silêncio.
A loira engoliu em seco.
– Eu só estava passeando por aí. Eu precisava de um ar.
– Vou fingir que acredito. - A morena ia falar algo, mas o interfone tocou.- Quando eu voltar você vai ter que me contar essa história direitinho.
Thalia achava que a loira finalmente tinha essquecido Luke e partido para outra. Ela tinha até mesmo esquecido do problema de seu ex-irmão e todo resto quando atendeu o interfone.
– Alô?
– Tem uma pessoa esperando.- alguém respondeu com uma voz embargada.
– Quem? – nenhuma resposta- Quem? Alô?
Thalia bufou e gritou para que a amiga pudesse lhe ouvir:
– Eu vou descer até a portaria!
Ela pegou a chave e entrou no elevador. Assim que chegou a bancada do porteiro, ela viu que o mesmo estava dormindo. A morena bufou novamente e andou até mais frente para achar a tal pessoa. Ela olhou para os sofás e poltronas da portaria e viu somente uma pessoa sentada de costas. A luz reluzia em seus cabelos loiros.
– Quem é você e o que você quer?- ela disse chegando perto da tal pessoa.
– Thalia?- quando ela ouviu a voz masculina proferir seu nome, a morena olhou realemente para quem estava em sua frente. Olhos azuis, cabelos loiros e uma inconfundível cicatriz em um lado do rosto.
– Castellan?
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