Os Herdeiros da Máfia escrita por Lina Morgenstern


Capítulo 32
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Nossa gente, to feliz.. mesmo com tudo, estou feliz. sei que demorei para postar, até estava escrito todo esse tempo, mas quem disse que tive tempo pra alguma coisa a não ser estudar para minhas provas finais, estudar para prova do OAB, estágio e um tempinho pequeno nisso tudo aí pro namorado que vejo em dez e dez anos kkkk mas enfim. aproveitem. um beijo



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“Uma vez que um líder morre, outro da mesma linhagem deve assumir as responsabilidades. Até que o mesmo pereça e um novo ciclo surgir. Agora eu Chefe-Líder dessa nova gestão, assumo a responsabilidade e o dever de liderar até a minha morte para que o próximo sucessor legitimo de minha linhagem o reclame” — recitei em latim os últimos e mais importantes versos de posse — “E para selar a posse da Cadeira, que eu derrame o sangue do meu inimigo e o use para a assinar o livro dos meus antepassados e comece então o meu regime.”

Quando terminei de proferir as ultimas palavras, os chefes abriram caminho para o tal inimigo que eu não sei quem entrar. Escoltado por dois chefes, um era o Luke, o homem que usou Raphael como diversão ao seus homens e o outro era o Alex Voskas, o da Rússia. Ironicamente eu odeio os dois.

O meu “inimigo” estava encapuzado — que bobagem — olhei para o meu irmão a minha esquerda que riu igual uma hiena. Por fim os três pararam na minha frente. Olhei para a minha esquerda e silenciosamente pedi desculpas a minha mãe, ela nunca me viu matar alguém e isso me deixava muito desconfortável. Desculpada com a mamãe, voltei totalmente a minha atenção aos três na minha frente.

— Me trouxeram os três para escolher um ou simplesmente posso ter o privilégio de matar os três? — nem Kol e nem Jeremy seguraram a risada. Eu dei ofereci o meu melhor sorriso a eles, Luke e Voskas não disseram nada, mas estava evidente o medo. Luke sorria todo desconcertado.

Mikael saiu de sua posição junto dos outros chefes.

— Se deseja mata-los, Elena, fique a vontade — meu sorriso ficou ainda mais satisfatório.

— Matar os três seria desnecessário, querida. Afinal, quem você irá atormentar nas reuniões? — Me virei rapidamente em busca do dono daquela voz e encontrei um Eric trajando um smoking que novamente não pude reconhecer, mas no momento não ligava, só queria beija-lo. Logo atrás dele vinha Mestre Yoshioka. — achou que eu nunca chegaria a tempo de vê-la matando o inimigo que escolhemos para esse dia?

— escolheram? — apontei para o inimigo a minha frente. Estava com muita vontade de sair correndo para encontra-lo, mas eu não podia e ao invés disso ele se aproximou, mas evitando chegar tão perto, mas perto o bastante para dizer que estava ali comigo. O mestre foi se juntar ao restante dos chefes — mas você tem razão, matar o Luke agora não vai ser tão bom, quem sabe em alguma reunião.

— Ainda com ressentimentos, Chefe? — perguntou ele. Olhei para ele e depois para Raphael, fiz o gesto para que ele viesse até mim — isso foi há tanto tempo, eu quase nem lembro.

E nesse exato momento Raphael chegou e me entregou a minha arma. Ele já ia se afastar quando o segurei pelo braço.

— Eu tenho certeza que Raphael se lembra. Não lembra, Phael? — ele tinha a expressão séria, mas logo após me respondendo com um simples “sim” — Deve ser desconfortável saber que brincou com a vida dele igual brinca com a de um rato e hoje saber que ele tem um cargo muito acima que o seu, pois você sabe, nem chefe exatamente você é! — ele tentou sorrir, mas não obteve muito sucesso. — pode mata-lo de quiser, eu não ligo a mínima. — então entreguei a minha arma a ele.

Luke olhou para todos os lados tentando encontrar uma saída, mas Louis apareceu por trás dele junto com Jeremy e o seguraram.

— Elena, por favor, naquele tempo ele era apenas um jogador que venderia até a própria mãe para jogar mais, ele me devia muito dinheiro e por que não mata-lo? — Raphael se aproximou dele — Raphael me desculpe, ok? Foi um erro, eu não tinha o direito de mata-lo daquela forma. Mas por favor não me mate, não por favor — ele fechou os olhos — por favor, por favor

Raphael me encarou todo sorridente e com certeza satisfeito; simplesmente caímos na risada. Luke abriu os olhos tentando processar o que tinha acabado de fazer e o que estávamos fazendo.

— Tá bom, só ouvi-lo implorar a mim para não mata-lo foi o suficiente — disse Raphael aos risos — eu não vou mata-lo, fique tranquilo. — ele voltou a me entregar a arma, os meninos soltaram o Luke e voltaram aos seus lugares. Luke e Voskas voltaram para os seus lugares também.

O “inimigo” estava diante de mim de joelhos. Puxei o seu capuz e me surpreendi com quem eu me encontrei. Como eu não sabia disso, como ele estava preso todo esse tempo na sede e eu não sabia? Busquei por alguém que me explicasse o que era aquilo. Klaus abriu caminho entre as pessoas.

— Ele não conseguiu fugir junto com os outros naquele dia, eu iria contar, mas aí nos lembramos da cerimônia de posse e achamos que você iria gostar que fosse ele, o sangue dele para você escrever o seu nome no livro dos antepassados. — agora eu entendi o capuz, Klaus e Eric estavam me dando algo que sonhei por anos, a morte de Victor Dominique. — O Yoshioka me deu a ideia de leva-lo ao Japão já que a última vez ele conseguiu sair

Encarei o homem na minha frente e nada me deu tanto privilégio e tanta cede de sangue.

— Vocês me deram muito mais que sangue, vocês me deram o meu sequestrador e o assassino de meu pai, John Gilbert — quando olhei para o Jeremy, notei as veias do seu pescoço pulando e sabia que ele queria tanto quanto eu esse homem morto. — Tragam a pena e uma adaga.

Destravei a arma, ele olhou para ela um pouco em duvida.

— Isso era para me assustar? — o ignorei. Louis trouxe a adaga e a Kol trouxe o livro e a pena. Peguei adaga primeiro. — Não quer saber onde está o seu avó? — voltei a ignora-lo — eu tenho informações importantes, posso ajuda-la a encontra-lo.

Me agachei na sua frente.

— Lembra quando eu disse que iria mata-lo na primeira oportunidade que estivesse? e que não iria me importar com o que você tinha a me dizer? Pois é, eu não estava blefando. Essa oportunidade é hoje e nada vai me dar mais prazer de vê-lo sangrar até a morte. — mesmo depois disso seus olhos não mudaram muito, ele era treinado a não ter medo. me levantei de supetão e soquei a sua cara — Retire a camiseta dele e o coloque de peito pra cima.

Quando fizeram o que eu pedi, coloquei a minha adaga no seu peito e comecei a puxar, ele gritava de dor e me xingava de diversos nomes. Os cortes que eu fazia eram profundos, mas não ao ponto de mata-lo de imediato. Parei para verificar a minha obra e também para olhar nos olhos de todos os chefes e tentar descobri de alguma forma, quem era o traidor.

— Acho que essa seria uma boa hora de me dizer quem é o bastado que está infiltrado na organização — sussurrei em seu ouvido, vi que o meu gesto causou reboliço entre os chefes — Veja como estão aditados e loucos para saber o que estou sussurrando. — seu corpo estava tremendo, não sabia identificar se era de medo ou de frio, já que estávamos no jardim da Sede OCG. Ele lentamente foi abrindo os seus olhos e quando abriu, lá estavam duas petecas castanhas e apavoradas — você tem medo. — afirmei — me estudou bem, sabe que o meu melhor é a tortura e melhor, sabe que estou pegando leve com você. Acredite, o meu melhor está guardado para o meu vovô, Zach. — o coloquei de joelhos e cortei a sua garganta — Adeus..

Quando cortei a sua garganta, Kol repousou o livro dos meus antepassados na mesa e me entregou a pena junto com um recipiente que dispensei. Victor ainda estava vivo quando enfie a ponta da pena no seu pescoço aberto. Ele se contorceu de dor e quando enfie mais uma vez, ele deu o seu último suspiro. Me levantei satisfeita e escrevi Elena Gilbert, a primeira chefe-Lider mulher da história.

“Selo a minha posse, com minhas mãos manchadas com o sangue do meu inimigo e meu nome, Elena Gilbert, filha de Jonh Gilbert no livro dos meus antepassados” — dito isso, todos fecharam o seu punho direito e bateram em seus peitos finalizando a cerimônia. — Agora será que podemos nos divertir? — todos riram e se dispensaram para suas mesas. Klaus tirou o seu lenço do blazer e me entregou — Obrigada, Nik, o sangue já estava secando.

Ele olhou para o corpo de Victor e arqueou a sobrancelha.

— Eu ainda não entendi o que você fez no peito dele. Não era mais fácil só ter cortado a garganta dele? — perguntou incerto.

— Vou explicar..

Alguém me trouxe água e álcool para terminar a minha limpeza, tempo suficiente para reunir a minha família. Minha mãe agarrada a minha irmã olhava com ódio para o homem morto na grama.

— Mãe, irmã.. daria qualquer coisa para que vocês não me presenciasse matando alguém, mas vocês tinham que ver, são os protocolos.

Elas desviaram os olhos para mim e não tinha ressentimentos, mas sim tristezas.

— Não estou chateada, meu amor. — me reconfortou minha mãe com suas palavras — acabei me acostumado com isso casada com o seu pai tanto tempo e hoje sou mãe de uma líder. Acredite, vou superar — olhei para Katherine que balançou a cabeça concordando com a minha mãe — mas o que isso em seu peito?

Eric e o mestre Yoshioka apareceram trazendo com eles uma seringa. Cumprimentei o meu mestre da maneira correta e depois fui acolhida pelos braços do meu noivo, vi de relance Klaus baixar a cabeça e me afastei o mínimo de Eric e olhei para todos ali.

— O nome verdadeiro de Victor era Valentim Gilbert — todos pegaram um susto — ele era irmão do papai, o irmão desaparecido. Descobri no dia que ele matou o papai e vi a marca de nascença que todos nós temos no pulso — levantei o meu pulso e Jeremy e Kathy olharam para a sua. Raphael puxou o pulso do Victor e mostrou a mesma marca para todos — Não contei antes pois eu precisava de uma prova, então quando viajei para o Japão, entreguei a minha saia manchada com o sangue dele no dia que eu quebrei o seu nariz na boate para os médicos da Yoshioka Tecnologia e lá fizeram o exame que deu positivo.

Todos começaram a me fazer perguntas ao mesmo tempo, sem nem respirar. Minha mãe perguntava como isso era possível, Kathy fazia cara de desdém dizendo que ele não era tio dela de jeito nenhum, Klaus que é mais neurótico de todos me perguntava o que iriam fazer com essa informação e Kol por fim e como sempre me salvou.

— Oh, todo mundo CALA A BOCA!! — gritou e todos pararam espantados com a sua reação súbita — não sei vocês, mas a única coisa que quero hoje é encher a cara com a Elena e só amanhã falar sobre isso. — disse sério, coisa que eu só via poucas vezes. Ele veio até mim e puxou o meu pulso — Chega de coisas mórbidas hoje, vamos nos divertir. — e saiu me arrastando junto com ele que ainda resmungava coisas incompreendidas. Ele apenas me soltou quando chegamos ao bar, quando ele pediu a melhor garrafa de whisky e outra garrafa de Ciroc; encheu o seu copo de whisky e depois encheu uma dose de ciroc e empurrou pra mim — beba.

Sem pensar duas vezes fiz o que ele me pediu, bebendo tudo de uma vez. Ele que me observava desviou os olhos, pegou a garrafa nervoso, e com a mão tremendo encheu outra, outra e mais outra. Quando ele parou de me embebedar, o analisei e conhecendo a criatura, ele precisava falar.

— Está tudo bem contigo? — perguntei — você me parece nervoso, aconteceu alguma coisa? — ele tomou a sua dose dupla tudo de uma vez e eu arregalei os olhos — sim, definitivamente sim. Desembucha de uma vez.

Ele me olhou e depois olhou ao redor verificando se tinha alguém por perto e depois olhou pro barman, fiz um gesto com a mão o mandando desaparecer da minha vista.

— Eubeijeiadoidadakatherinegilbert — ele falou mais rápido que o the flash. Eu disse ”O QUÊ?” e ele balançou a cabeça se negando a me responder. — não me faça repetir isso novamente — fiz cara de meiga e ele me amaldiçoo — não faz isso, sabe que não resisto. — continuei e ele revirou os olhos — foda-se! beijei a patricinha da sua cópia.

Me engasguei com a minha bebida e ele pegou o seu lenço para me limpar.

— Eu sei.. eu sei.. — dizia ele com uma certa calma forçada.

— “eu sei”? como isso aconteceu? — perguntei um pouco zonza por causa da bebida.

— Eu estava lá.. ela também.. bebia umas na boate sozinho e ela apareceu me xingando. Fui gentil com ela pois estava com saudades sua.. ficamos bêbados e quando dei por mim estamos nos beijando. — quando terminou passou as mãos nos cabelos como sempre fazia quando achava que estava ferrado — não sei como aconteceu!

Quando ia responder, sinto o braços de Eric envolta de mim e me aperta depositando um beijo casto. Um pequeno sorriso chega ao meu rosto.

— Quem você beijou?— perguntou Eric em um tom divertido. Kol beijou a minha bochecha e saiu tão rápido que não tive tempo de protestar. Senti Eric fica tenso — O que foi?

Virei o corpo para ficar de frente com ele, passei os meus braços por seu pescoço e o abracei. Até que fim posso senti-lo.

— Você vai cair pra trás quando contar. Kol beijou a Kathy. — ele abriu os olhos e ficou em silêncio me encarando com os seus olhos esbugalhados. Comecei a ri e beijei os seus lábios de leve. — minha reação foi quase a mesma. Mas vamos falar disse depois?

Ele assentiu. Ele levemente se afastou, se inclinou para frente e ali no bar repousou sua própria taça e no estante seguinte sua mão segurou o meu pulso.

— Venha dançar comigo — chamou.

Então eu olhei para o palco recém montado e nele estavam alguns músicos se preparando para sua apresentação, mas ainda assim não havia música.

— Yoshioka, não tem música! — argumentei como se aquilo fosse obvio, o que era verdade.

Então ele sorriu.

— Vamos então para o lago. Estou com saudades, mas não posso agarra a líder suprema do crime organizado aqui. — disse ele me afastando do bar. Como o meu novo cargo precisa de mais cuidados, cinco seguranças se aglomeraram atrás de nós. Me virei mandado eles embora, até consegui, mas não antes de verificar o local. Notei que quase todos os chefes tinham sumido, restando apenas alguns da família regente. Enfim eles saíram e nós entramos.

Assustei-me com uma fogueira enorme na frente do lago e varias pessoas sentadas em cadeira de praia ao redor dela. Eles conversavam alto, bem.. riam alto. Kol estava em pé gesticulando com as mãos e falando algo que não deu pra entender, mas pelo excesso de risadas que se abria, com certeza era alguma besteira que ele contava, como sempre ele era o centro das atenções e nisso eu o admirava; Kol tinha o seu lado sombrio, como todo Mikaelson, mas isso raro aparecia e quando aparecia era sempre na hora exata! Mas 99% do tempo ele estava sorrindo e isso era o que mais eu amava nele, essa mania de sorrir e fazer os outros sorrirem junto com ele.

Olhei para o Eric em busca de explicações.

— Posso presumi que a história do beijo foi uma distração — disse.

— É obvio que era, acha mesmo que iria beijar a retardada da sua irmã? — Kol apareceu atrás de mim com duas garrafas de Bourbon em cada mão, empurrou uma no peito de Eric e abriu uma e virou. Baixou a mão e fez cara feia e no estante seguinte abriu um sorriso e me beijo a bochecha. — Qual é Elena, a gente se odeia há anos.

E um sorriso se arrastou até o meu rosto. Não pude evitar, queria ficar chateada com a festa surpresa, mas me sinto completa de alguma forma com todos ali, com essas pessoas que cresci e compartilhei o segredo que nossas famílias carregavam há gerações.

Caminhei até a fogueira e me sentei entre os outros para escutar as bobagens dos meus amigos e tentar sorrir como qualquer jovem da minha idade. Olhei para frente e encontrei Jeremy rindo e quando ia a procura de minha bela cópia, ela se sentou ao meu lado, e se jogou para me abraçar. Quando nos separamos, Jeremy nos olhava sorrindo, então se levantou do seu lugar e se jogou entre nós duas. Beijou cada uma de nossas mãos e deitou sua cabeça no meu colo e juntos observamos.

— Sabem — disse ele um tempo depois — mesmo que tenha acontecido tudo isso, eu sei o que ele mais queria de nós. — ele se levantou abruptamente e ficou de costas para a fogueira e de frente a nós duas — passamos por uma batalha e sei que ainda tem mais uma pela frente, mas e daí? Deixe que venha! A única coisa que temos que fazer é proteger um ao outro.

Ele deitou na grama entre nós duas, esticou as mãos para frente e puxou de cada lado uma para se aconchegar em seu peito. E foi nesse momento que deixei algumas lágrimas caírem. Somos tão conectados que automaticamente nos apertamos mais um no outro e por cima do peito do meu irmão, segurei a mão de Katherine, pois sabia que ela também estava chorando.

Aquela era a hora do dia que eu mais amava, pois era a hora que era banhada sob a luz da lua e estrelas, um vasto céu cheio de luzes brilhantes. Ficamos um tempo olhando para elas e nenhum ousou interromper o momento do outro. Sabíamos em quem estavamos pensando e o que essas estrelas podem identificar para nós.. nosso pai.


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Notas finais do capítulo

Eu poderia terminar ela de varias formas, mas por que não entre família?



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