Os Herdeiros da Máfia escrita por Lina Morgenstern


Capítulo 25
Capítulo 25 - Part. 1


Notas iniciais do capítulo

Vão no Cap. e depois NOTAS FINAIS.



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POV Kathy

A noite estava fria, tão fria como nunca tinha visto em Las Vegas. Parecia que ela estava captando exatamente tudo que iria acontecer, a tensão, o nervosismo e o pior, o meu medo. Não estava com medo em relação a minha segurança, ou do resto de nós, pois todos os nossos seguranças estão aqui caso desse alguma coisa errada e descobrisse a farsa. Estava com medo pelo os meus irmãos, desde que sair de casa ando sentindo umas coisas, primeiro foi com o Jeremy, senti que ele estava machucado fisicamente, mas me contorci toda e a todo custo para ninguém notar a minha aflição. E quando entrei no carro senti de novo algo, uma pontada forte e aguda bem no interior do meu ser, meu coração estava sendo esmagado e dessa vez foi com a Elena, não sei exatamente o que está acontecendo com ela, mas sei que ela não está bem.

Mas tenho que ser forte, por eles, pelo os meus pais. Tenho que ser forte como uma Gilbert. Estou um pouco cansada por ter passado a noite em claro, mas sei que foi necessário, se o Kol não tivesse lá para me ajudar não sei como iria conseguir, ele me ajudou na maneira da Elena falar com os outros chefes, de fingir que não presta a devida atenção que eles precisam e de sempre ser irracional e no final, fazer um show, mas isso não acontece sempre e posso usar isso ao meu favor.

Paramos o carro na entrada do grande Hotel e Cassino Gilbert. Esperei o Sr. Mikaelson sair e esperei por Louis, é sempre ele que fica perto da Elena pra tudo que ela precisar, mas Raphael é o mais protetor ­­— nunca ia notar tal diferença, para mim os dois parecem o mesmo — Raphael desceu do carro e andou na minha frente, olhando para todos os lados em buscar de qualquer que fosse o movimento além do nosso. Entramos no hall e Kol parou no meu lado.

— Vou ter que esperar o Klaus chegar. Mas você vai ter que entrar sozinha no restaurante e junto com os meninos. — virei pra ele meio alarmada, mas lembrei que a Elena jamais faria isso, então apenas assenti. — ótimo. O Conde e os irmãos Salvatore estarão a sua espera na mesa, sente com ele e depois os expulse da sua cola. Não cumprimente ninguém ainda, só quando for te buscar e o Alaric vai dizendo no seu ouvido quem são os membros que você vai cumprimentar, mas são poucos, agora vai.

Assenti novamente e sorri pra ele. Entrei no restaurante em busca dos Salvatore e quando os encontrei andei até eles, não antes de notar todos os olhos em cima de mim, todos, literalmente todos estavam olhando para mim. Eu sei o que eles querem, querem um descuido, um pequeno deslize. Mas não terão. Ajeitei a postura, ergui a cabeça e andei como o Kol me disse. Não dei atenção a nenhum, mas olhei de relance para alguns, ouvi alguns cochichos “ela ta me parecendo normal” ou “Está tão arrogante como antes” e “Sem duvidas nenhuma que essa é a sucessora” sorri mentalmente.

Parei na mesa dos Salvatore, os três se levantaram.

— Conde, Stefan. — falei. Sorri para o último, o que eu soube, todos estão pensando que está rolando alguma coisa entre a minha irmã e o Salvatore mais velho — e Damon.

Ele sorriu, retribuindo de imediato o meu.

— Elena, querida. — disse o Conde. Ele abriu os braços e me abraço — Eu fiquei sabendo o que aconteceu. Se precisar de ajuda, estou aqui para ajudá-la — terminou e me soltou.

Ofereci-lhe um singelo sorriso, sei que Elena tem um grande apreço pelo Conde.

— Obrigada Conde. Acredite, precisamos, mas não lhe incomode, estamos trabalhando nisso. — disse — mas irei falar sobre isso na reunião.

Ele fez que sim com a cabeça e me ofereceu a cadeira vazia. Sentei-me com ajuda de Damon. Logo os meninos se estalaram atrás da minha cadeira e quase me esqueci de expulsá-los.

— Meninos.. que tal tomarem alguma coisa no bar? — perguntei como não queria nada. Senti que eles nem se moveram.

— Na atual situação, não vou sair do seu lado nem que implorasse — disse raphael.

Meu pai e agora? O que falar em resposta? Pense com Elena, pense como Elena..

— É só mais uma reunião da Organização. — revirei os olhos. Me virei para eles — e acredite, sei me virar muito bem. — mas Raphael não se moveu, continuou olhando pro nada, menos para mim. Louis deu uns passo e beijou a minha testa, depois saiu arrastando Raphael que resmungava sobre como o Louis faz sempre o que eu quero.

Virei novamente para os Salvatore e fiz um ruído de susto quando vi um homem mediano, negro e com os cabelos Black Power me encarando. Ele tinha um olhar curioso e cheio de expectativa, esse era o Jeffy, a única pessoa que serve a minha irmã, nunca saberia disso se não fosse pelo Kol.

— Senhorita Gilbert, me desculpe.. eu — antes que ele terminasse o interrompi, pelo que sei, minha irmã é amável com esse homem.

— Não tem problemas Jeffy, foi apenas um susto. — sorrir como se ele fosse meu amigo há anos e pelo o que sei, ele só trabalha aqui por causa da minha irmã; ela o ajudou quando ele saiu da cadeia, ele era um ladrãozinho que roubava para alimentar a mãe doente. Ele nunca conseguia emprego por preconceito, por causa da cor da pele, então ela o trouxe pra cá, mas o gerente o colocou para lavar louça, pois muita gente não queria ser servida por ele por esse motivo fútil. Quando ela soube, o recolocou no cargo de garçom novamente e deixou claro que ele seria o único que iria atendê-la e depois demitiu o gerente por justa causa. Um longo tempo depois, meu irmão o promoveu, ele no momento ocupa o cargo de gerente no restaurante do hotel; mas mesmo sendo o gerente, ele continua a atendê-la — Já disse que é Elena! — briguei com ele.

Ele sorriu.

— Desculpe, é o costume.

— Depois de todo esse tempo já deveria ter se acostumado, não acha? — ele colocou os braços atrás das costa. — como vai sua mãe?

— Eu sei, prometo que irei parar com isso — disse ele desconfortável, mas me fez sorrir. Ele nunca pararia, ele respeita demais a minha irmã — Ela vai bem, começou o tratamento como tinha lhe dito, foi melhor que eu esperava, ela reagiu muito bem — os olhos dele brilharam de entusiasmo e repleto de esperança.

— Que maravilha, fico feliz com a noticia. Diga a ela que mandei um beijo. — falei.

— Digo sim. Ela queria saber se gostou do presente de aniversário, se não, ela compra outra coisa — presente de aniversário? Mas nosso aniversário era só daqui uma semana. Ferrei-me! Esse homem deu um presente a minha irmã, e não sei nem o que é. O que eu digo, gostei? É adorável? Não, muito arrogante.

ele deu a ela um quadro que a própria mãe pintou, ela pintou a Elena. Ela gostou tanto que a pintura está na parede do escritório dela” disse Kol no ponto.

— Eu simplesmente amei, está na parede do meu escritório na empresa — falei um pouco rápido e soltei o ar que estava prendendo — sua mãe pinta com leveza, me encantei. Obrigada.

Ele abriu um sorriso maior que seu rosto poderia ter dando e retribui da mesma forma. Esse homem fez o que fez para ajudar a mãe e hoje está aqui feliz pelo presente que deu a pessoa que o ajudou a sair dessa vida. Elena não para de nos surpreender, não para de ter o meu orgulho.

Ele então serviu o que eu queria e foi embora dizendo no final que era para chamá-lo quando eu quisesse algo mais.

— O que foi isso? — perguntou Damon curioso.

— Como o Jeffy? — ele assentiu. Quando iria responde-lo, Kol sentou do meu lado, pegou a minha mão e ficou brincando com o anel Gilbert no meu dedo. Levantei levemente a sobrancelha, mas lembrei que pra todos sou a Elena. Então era assim que ele a tratava?

— Elena o ajudou quando saiu da cadeia, ele roubava para alimentar a mãe doente.. — e ele contou toda a história, com certeza o Conde e o Stefan sabiam, pois continuaram a comer a sua comida em silêncio, mas o Damon ouvia tudo fascinado — assim como ajudou o Raphael e Louis — terminou Kol.

— Nossa, nunca me passou pela cabeça que ela pudesse.. quer dizer você, pudesse fazer tal coisa. — ele olhou adiante e procurei saber pra onde ele tanto olhava e ele olhava para o Batman e Rob (Raphael e Louis) — A julguei mal.

— Se eu não a tivesse como uma irmã, eu juro que me casaria com ela, já que o principal eu já sinto. — continuou divagando. Depois de uma pausa ele ergueu a cabeça e sorriu — amor!

— Elena tem o poder de ter os homens Mikaelson na palma de sua mão — sussurrei gesticulando com as mãos para enfatizar — adoraria obter a poção mágica também.

Quando eles perceberam que falei na terceira pessoa começaram a rir alta — menos Damon — alguns ali olharam, mas desviaram rapidamente. Kol me olhou em advertência, mas depois sorriu.

— Menos o Elijah, querida.. — Informou o mesmo — ele ainda não caiu nos seus encantos.

— Como assim? — sibilou Damon. Eu e Kol o encaramos.

— Nada! — falamos juntos.


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Notas finais do capítulo

Fiz duas parte pois saiu grande, vou postar a próxima amanhã, até deixei programada.



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