Os Herdeiros da Máfia escrita por Lina Morgenstern


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Oi, me atrasei de novo não é? mas a culpa não foi minha e sim da NET.. mas enfim, chega de papo e vamos de Cap.



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“Eu admiro aqueles que conseguem sorrir com os problemas, reunir forças na angústia, e ganhar coragem na reflexão. É coisa de pequenas mentes encolher-se, mas aquele cujo coração é firme, e cuja consciência aprova sua conduta, perseguirá seus princípios até a morte.” – Thomas Paine.

POV Klaus

Uns murmúrios no corredor atrapalharam a minha concentração, eu estava completamente compenetrado. Não preguei os olhos desde o momento que eles foram sequestrado, desde o momento que ela foi sequestrada. Estou tão focado de encontrar-los que não consigo pensar e nem fazer além de procurar uma forma de trazer-los de volta.

Os murmúrios aumentaram, me levantei e com passos pesados e prontos pra estrangular o primeiro que aparecesse na minha frente. Abri a porta e o que encontrei foi uns carregando armas e prontos para uma guerra, outros com pilhas de pastas e Raphael falando com alguém no celular, ele estava horrível, desde que acordou ele não fazer nada a não ser tentar encontrar Elena — sorri minimamente — Elena realmente com tão pouca idade conseguiu pessoas de confiança, o que ela fez pelo Raphael e Louis nem o próprio pai faria, lembro até hoje quando ela ajudou o Raphael, ele estava morto, mas ela colocou na cabeça que ele estava vivo e que iria ajudá-lo e olha aí, o cara está tão obcecado quanto eu em achá-la.

Ele passou por mim e antes que ele se afastasse um pouco mais, segurei o seu braço.

— O que está acontecendo por aqui? — ele pediu pra alguém do outro lado que esperasse e me encarou.

— Não temos certeza ainda, mas o rastreador do Jeremy e da Elena foi ativado — meu coração quase saiu do peito de tanto que ele bateu — o sinal está fraco, mas estamos fazendo o possível em conseguir a localização exata.

Eu queria sorrir e dizer pra mim mesmo que tudo vai dar certo, mas tenho que ser racional.

— Quanto tempo ainda temos? — perguntei.

Ele deu um longo suspiro e enfiou os dedos na gravada e arrancou o que faltava.

— 3hs, se não conseguimos nesse período, vamos ter que esperar por mais 5hs até o sensor voltar. — respondeu incomodado — Klaus, eu sinto..

Antes que ele terminasse o interrompi.

— Não foi a sua culpa! Acredite, eu estou com mais culpa que você. — coloquei as minhas mãos no seu ombro e o sacudir — eu estava acordado, a vi lutando, a vi reagindo e eu não pude fazer nada. — baixei a cabeça, afastei os pensamentos e o encarei novamente — Nós vamos encontrar a nossa garota.

Ele assentiu de leve.

— Todas as informações estão na sala de controle e o rastreador está mostrando México. — fechei a porta do quarto onde estava hospedado e fui pelo caminho por onde ele veio — Klaus? — ele chamou. Virei. — Eu não conseguir te perdoar pelo que você fez a ela, mas eu acredito em você. — e dito isso ele se foi.

Se tudo isso finalmente acabar, terei um ao meu lado. Um a menos, agora só faltam dois.

POV Elena

Fui acordada subitamente com uma batida estrondosa na porta e dei um pulo, Jeremy já se encontrava de pé bem na minha frente e meu pai estava sentado na beirada da cama olhando com cara de poucos amigos pro homem ao seu lado — Victor Dominique. — Me ergui de vagar e fiquei ao lado do meu irmão.

Quando entrei no seu campo de visão, ele automaticamente me encarou demoradamente.

— Victor, querido, quanta honra. Você aqui na minha frente e desarmado.. que delícia — dei um sorriso sacana.

Ele retribuiu o sorriso e olhou para os seus pés e depois me olhou por baixo do olho.

— Não flerte comigo Elena, você é linda, mas não é nisso que estou interessado, mas também não sou de ferro. — quase vomitei ali.

Fiz uma cara de asco pra ele.

— Que nojo! — disparei.

Ele simplesmente me ignorou e abriu a boca para falar, mas foi interrompido por alguém que entrou.

— Passou pelo nosso sistema um sinal de rastreamento vindo daqui — disse o menino, ele tinha mais ou menos a mesma idade que eu e o Jer, só que mais estilo nerd, com certeza nerd. — eles estão com rastreadores. — disse apontado o queixo pra gente.

Merda, merda, merda e merda.

Eles descobriram, eu tinha consciência que isso poderia acontecer, afinal eles esperavam por isso. Tive a impressão da mandíbula de Victor travar e logo em seguida seus olhos ficarem sombrios.

— Não pode ser, eu verifiquei. Não tinha nada! — ele deu um passo à frente. Segurei a corrente para esperar o seu próximo movimento, mas não chegou. Ele tinha consciência que o mataria na primeira oportunidade. — onde está? — perguntou.

— Sério? Você está hesitando? Com medo de uma garota, Victor? — baixei os braços — que ridículo!

Então ele voltou a sua antiga expressão inexpressiva, mas sei que ele está explodindo por dentro, ele abriu um sorriso sádico e olhou para meu lado, para o meu irmão.

— Você vai me contar onde fica o rastreador. Por bem ou por mal — ameaçou — peguem o garoto.

Então quatro homens entraram.

— O QUE VOCÊ VAI FAZER? — gritei com toda a minha força. Dois deles me seguraram e os outros dois foram pra cima do Jeremy — NÃO, LARGA ELE VICTOR, É A MIM QUE VOCÊ QUER — sem muitas demora, o arrastaram para fora do cativeiro e sumiu — VICTOOOR, SEU FILHO DA PUTA! NÃO OUSE CHEGAR PERTO DE UM FIO DE CABELO DO MEU IRMÃO!!

— Vai me contar onde estão os rastreadores? — perguntou.

— Não existem rastreadores, seu doente! E larguem a minha filha. — Grunhiu papai. — O único rastreador que tínhamos você tirou do meu dedo — ele levantou a mão direita mostrando todos os dedos, mas com uma marca branca onde se tinha um anel Gilbert. — traga o meu filho. AGORA!

Victor não respondeu, apenas abriu a porta, mas não antes de olha para o meu pai por cima dos ombros. E logo após para os homens que estavam me segurando.

— Os quero prontos pra quando o chefe chegar. — ele olhou para o relógio de seu pulso — Em 15 minutos — e saiu.

Dessa vez não fiz questão de lutar, ele primeiro enfiaram a seringa no pescoço do meu pai e depois ele caiu sedado e logo depois eu senti a agulha no meu pescoço e minha consciência se esvaziando novamente.

POV Kathy

— Pegue isso aqui. — Tio Alaric estendeu a mão em minha direção e me ofereceu algo minúsculo. Olhei pra coisa meio hesitante, mas peguei. — Isso é um ponto eletrônico. Vou me comunicar com você através dele. — olhei pra ele. — calma, vou explicar, não vou entrar com você, mas vou saber tudo o que acontecer lá dentro, pois colocamos escutas em toda a sala, caso você não souber com quem estiver falando ou sobre o que estão conversando, é por esse ponto que vou lhe dar as instruções.

Confesso que estou mais aliviada, já se passaram o dia, estou muito nervosa. Passei a madrugada e o dia todo trabalhando em como agir como a minha irmã, como falar, como agir em situações em que me ofenda — se fosse eu, tinha pulado no pescoço do fulano como fiz com o Kol — mas a Elena age como se não fosse com ela e usa a ironia, o sarcasmo e crueldade para essas coisas.

— Ah, entendi. Se eu for fazer merda, o senhor vai gritar comigo por aqui? — dei-me o luxo de um sorriso e meu tio também — espero que ocorra como deve ser e que não seja necessário isso.

— Acredite querida, eu também. Mas pelo visto vai, está falando como a sua irmã — disse ele vagarosamente e indo em direção a cama de minha irmã — Kol separou esse vestido pra você, é o tipo de roupa que se usa nessas reuniões. Sua tia Jenna está vindo ajudá-la com a maquiagem. Estarei esperando por você lá em baixo.

Assenti e ele saiu fechando a porta em seguida. O quarto exalava Elena, mesmo que nos últimos tempos ela tenha ficado mais no hotel brincando de férias como o Kol, ele continua como sempre, uma bagunça! Eu e ele trabalhamos muito, ele realmente conhece a minha irmã, tão profundamente que me deu inveja, ele é o irmão que o Jer jamais seria.

Dei os poucos passos até a cama da minha irmã, o vestido que Kol escolheu era o tipo de roupa que não usaria, era preto, sempre é preto. Ele era soltinho chiffon, a parte de cima tinha lantejoulas negras, ele era longo e uma fenda enorme começando nas coxas, era lindo. Não demorei e o vestir, tia Jenna veio e me ajudou com a maquiagem. Quando estava pronta, me virei pra ela.

— Como estou? — perguntei meio insegura. Ela me analisou por completo e depois sorriu.

— Eu mal te reconheço. Como é incrível a semelhança e ao mesmo tempo as diferenças. — disse ela — antes você parecia uma menina de dar jus a sua idade, mas vestido assim você se tornou uma mulher. Acho que é por isso que nunca trato a sua irmã como trato você, você continua sendo uma menina e ela se tornou uma menina mulher.

Ri do seu discurso. Eu sempre falo que a Elena deveria se vestir mais como alguém da idade dela, mas ela nunca tem tempo pra tal coisa. Só vejo a minha irmã se divertindo quando ela sai de férias e aí sim eu a vejo se divertido, só quando estamos na farra.

— Ela sempre culpa a responsabilidade. Vamos, os meninos estão nos esperando. — ela assentiu e descemos. Ela me ajudou com o vestido pra descer a escada e no final dela encontrei o Kol, tio Alaric e Drake & Josh (Raphael e Louis).

— Ora, ora.. não é que ela está parecida mesmo? Parece a versão antiga da sucessora do mal — Kol vomitando as suas bobagens de sempre.

Mikael apareceu por trás do filho e bateu na sua cabeça.

— Claro que não, ela está perfeita. Kathy não ligue para asneiras que o meu filho diz. — sorri pra ele e assenti.

— Parei de ligar para as coisas que o energúmeno do seu filho diz aos 15 anos — ele ergueu a sobrancelha e eu revirei os olhos — ok, uns dois dias atrás quando bati nele.

Fomos andando pra fora da mansão e entramos no carro, Tio Alaric, na frente, como o Raphael dirigindo, eu Kol e Mikael atrás.

— Lembre-se sempre, eu deixei você bater um pouco em mim. — ele se defendeu.

Dei uma gargalhada.

— Eu sei bem. Onde estão os outros, não vão vir? — perguntei.

— Eles já estão lá. Está preparada? — “que pergunta tio” era isso que eu queria dizer, mas não. Sinto que meu corpo está preparado, mas psicologicamente eu to um desastre. — Vai ficar tudo bem, vamos testar os pontos.

E assim fizemos, estava tudo perfeito, agora tudo dependia de mim e só de mim.

POV Elena

Um toque suave, tão suave que quase não senti. Depois de um tempo abri os olhos e encontrei os dele, estavam sérios e quando abri a boca, ele se debruçou sobre a cama e tocou seus lábios nos meus e depois de uns segundos se afastou.

— Que diabos de beijo foi esse? — perguntei.

Ele me olhou e sorriu minimamente.

— Estamos com problemas, estamos precisando de você. Por favor, volte.. volte pra gente.. volte para mim. — olhei nos seus olhos e ele estava chorando, lágrimas desciam. Me levantei para pega-lo, mas ele virou fumaça.

— Klaus.. — sussurrei.

Senti a minha alma sendo puxada e meu corpo inerte sendo despertado. Abri os olhos e tremi de frio. Meu corpo, minha roupas completamente molhadas, meus pulsos ainda estavam presos por correste, mas quando ergui a cabeça e notei que não estava mais no quarto, agora sim parecia um cativeiro, o lugar era sujo, úmido e fétido. Olhei a procura do meu pai, mas só encontrei o Jer caído e sangrando.

— Jeremy? — lágrimas involuntárias caíram — Victor, VICTOR gritei o máximo que pude O QUE VOCÊ FEZ COM O MEU IRMÃO? VICTOR? APAREÇA SEU DESGRAÇADO DESPREZÍVEL!

Aqui estou! — fui para cima dele, mas as correntes me impediam. Ele deu um dos seus melhores sorriso — O que foi Elena, por que tanta pressa? — disse ele — Você vai acreditar se eu disser que não é mim que vai odiar?

Cuspir no seu rosto. Ele sorriu e limpo.

— Não há no mundo um homem que eu possa odiar mais que você. — rosnei.

sim! — Afirmou. Escutei a porta atrás de mim sendo aberta e logo após ser fechada, uns arrastar de passos foram ouvidos. Mas não dei importância, minha atenção estava toda voltada para o homem na minha frente. Ele desviou os olhos de mim para a pessoa que entrou — Sr. Gilbert, achei que fosse ficar mais um tempo lá dentro.

Sr. Gilbert?

Dei uma volta de 360º graus em busca do meu pai, mas encontrei um senhor de idade, mais ou menos uns 75 anos. Ele era estranhamente familiar, sua aparecia me dizia muito sobre si, estava com uma bengala apoiando o seu corpo sobre ela, estava vestindo um caríssimo terno, com um corte perfeito, um Ermenegildo Zegna, a segunda marca preferida do meu pai.

— Vejo que gostou do terno — disse o homem sorrindo, cuja o que parece carregava o mesmo sobrenome que o meu¸ Gilbert. — Soube que entende do assunto — Aquela voz, de onde afinal conheço esse homem?

— Um Ermenegildo Zegna de US$ 22.000 — ele pareceu ficar impressionado — A segunda marca preferida do meu pai. — ele simplesmente mudou a expressão e dessa vez não soube identificar.

Ele se aproximou mais uma vez, com passos lentos. Victor saiu do meu lado pra ir ajudá-lo, ele recusou a ajuda e continuou a caminhar. Enquanto ele vinha até mim, de relance olhei para sua bengala e nela tinha o brasão da minha família, o brasão dos Gilbert.

Arregalei os olhos e me afastei. Eu poderia me arriscar dizendo que esse homem é o meu pai no futuro, de tão parecidos que eram.

— Estou impressionado, você realmente se tornou uma jóia. — disse ele sorrindo. Ele olhou nos meus olhos e com certeza ele viu a minha expressão espantada. — o que foi querida?

— Quem é você? ­— perguntei. E nesse momento o meu pai foi jogado no recinto, ele olhou para mim, depois para o meu irmão, Victor e por último para homem na minha frente. Ele devagar foi se virando e quando ele terminou, meu pai se expressou assustado, meu pai nunca se assusta.

Quem é esse homem?

Papai se levantou devagar, ainda com os olhos esbugalhado e a expressão embasbacada.

— Não acredito.. você?


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Notas finais do capítulo

Alguma suspeita de quem seja? Um novo Gilbert? mas quem e será se é da mesma família da nossa querida protagonista?

meninas, sei que fui uma menina má, mas por favor comentem, não me deixem no escuro. beijos
91 98040 7398 qualquer duvida no WhatsApp. beijokas da Lina



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