Os Herdeiros da Máfia escrita por Lina Morgenstern


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Oi. vamo que vamo de cap novo.



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POV Elena

Uma fumaça branca e opaca atrapalhava completamente a minha visão e me impedia de ver como os outros estavam. Ela se estalo em todo o canto da boate, literamente era uma névoa. Pelo o que pude perceber essa fumaça não causava nada além de nos cegar. Não estou sentindo nada, nenhuma dor, nenhuma tonteira ou falta de consciência.

Vamos lá Elena, localiza todos. Minha irmã ainda estava ao meu lado, os irmãos Salvatore estão logo atrás de nós, meus pais e Klaus estão no balcão, Kol e os meninos bem na minha frente.

— Mãe, pai.. vocês estão bem? — Nada. Mas que bosta! — Mãaaae, paai? Por favor, responda.

Depois de alguns segundos, escutei uns grunhidos.

— Filha, sou eu. Sua mãe desmaiou — respondeu o meu pai com a voz um pouco falha — você e sua irmã estão bem?

Olhei para lado e Kathy também tinha desmaiado.

— Ela também apagou. — tentei me levantar, mas as minhas pernas não me obedeciam — minhas pernas, não estão se movendo.

Finalmente a fumaça estava se dissipando, pois já conseguia ver o Kol e Klaus. Olhei pra eles e eu perguntei se estavam bem e eles responderam que sim. Mas do lado de fora da boate escutei uma movimentação estranha e passos lentos se aproximando, e um som de aspirador? Sim, entraram uns homens com máscaras de fumaças e um enorme e estranho aspirador, ele estava absorvendo a fumaça. Cinco homens entraram na minha visão, quatro deles segurando uma arma, o do centro estava segurando uma maravilhosa Uzi Submachine Gun e os outros com Pistolas Glock.. nenhuma comparada com a Uzi, mas faz um bom estrago também.

Eu ainda não conseguia me mover, então é esse o efeito do gás, paralisia os membros inferiores. — mas a pergunta é: Por quanto tempo? — levei a minha mente diretamente para Tóquio, tentando desesperadamente buscar pelo meu treinamento de gases tóxicos e sim, encontrei “gás paralisante”, tem um efeito eficaz, ele vai direto para o seu cérebro, ao pré-motor, onde é ativado os movimentos. O tempo de duração é por um curto período, não tanto assim.. 15 minutos, tempo demais para essa situação. Por quanto tempo estamos assim? 5, 7 minutos? Que porra!

O homem com a Uzi se aproximou, não dava muito para descrever suas características pois ele estava vestindo roupa de camuflagem e usava a mascara de fumaça. Ele se aproximou e se agachou bem na minha frente.

8 minutos.

— Bela arma! — Eu disse. Não deu pra saber qual foi a sua reação. Mas o que eu precisava fazer agora era ganhar tempo. — Você pode me trazer uma bebida? Minha garganta está seca.

Tudo voltou ao normal, não tinha mais nenhum resto do gás. Então ele tirou a mascara e para o meu espanto era quem eu menos esperava.

— Victor, seu desgraçado..

Ele colocou os dedos em frente a boca em sinal que eu fizesse silêncio e sorriu, como alguém que acabou de ganhar uma grande competição.

9 minutos.

— Pensou que eu iria ficar preso naquele lugar até quando? Você me subestimou, assim como seu pai..

Ri. Oras..

— Não faço isso! Nunca subestime o seu inimigo. Foi isso que eu aprendi e é isso que eu sigo. — Virei para encontrar com os meus pais, uns homens estavam com eles e outros com os meninos. — O que quer, Dominique?

Ele olhou para onde eu tinha acabado de olhar e depois me respondeu.

— O mesmo de 18 anos atrás.. você! Mas sim, eu quero outra coisa, mas isso podemos deixar para uma outra hora.

10 minutos.

— Fica longe da minha filha seu maldito! — vociferou meu pai. Minha mãe já estava acordada e desesperada.

Isso só o fez sorrir.

— Não se preocupe, John, sua filha será bem tratada — disse ele passando sua mão imunda no meu rosto que eu automaticamente dei um tapa.

— Não toca nela, seu filho da puta! — Klaus gritou e tentou de todas as formas se levantar, mas não teve sucesso.

— Se afasta dela! — Gritou Kol.

Ele nem deu importância para os irmãos Mikaelson.

11 minutos.

Minhas pernas aos poucos já estavam reagindo, alguns espasmos estavam vindo, deve ser o efeito colateral. Ele novamente se levantou. Eu tinha que continuar ganhando tempo, ainda falta 4 minutos.

— Como você fugiu? Não é fácil fugir da Sede, o lugar é cercado de seguranças.

12 minutos.

— Você tem razão — sua expressão ficou sombria — realmente é uma fortaleza, mas é fácil sair quando o lugar está desmoronando, quando o lugar está pegando fogo ou quando os seguranças estão morrendo envenenados.

Tentei manter a calma, e as minhas pernas novamente deu mais um espasmo. Fechei os olhos tentando mandar comandos para o meu cérebro reagir e acabar com a porra desse efeito e meus dedos dos pés mexeram.

13 minutos.

— Você não me parece tão assustadora assim, não como a Elena que tanto ouvi falar, da sucessora do demônio que tantos temem.. você até parece menos Gilbert! — fechei a cara, ele sorriu e se virou novamente — peguem o John e a Elena, o resto vocês pode pôr pra dormir.

— Você sabe que não vou sem lutar, eu vou lutar pela minha família e vou te dar uma bela de uma surra! — Avisei. Minhas pernas não estavam perfeitas, mas ainda sim podia lutar, não fiquei dois anos em Tóquio atoa!

Ele nem se virou, ele apenas moveu o seu pescoço e disse.

— Imóvel? Essa eu aposto!

Ele continuou andando. Olhei para o Kol e Klaus, ambos estavam procurando por uma saída. Meu pai já estava sendo arrastado e isso desencadeou uma fúria torturante, mandei as minhas pernas se fuder e levantei. Alguns capangas de Victor me olharam assustados, Victor viu a reação deles e se virou.

Estiquei as pernas.

— Não te falei que ainda ia te dar uma surra? — tirei os meus sapatos e chutei para o lado, minha saia apertada rasquei até a cocha e estalei os dedos — vamos ver se você é tão bom quanto fala.

— Elena, cuidado, esse gás não é confiável — Kol tentou me alertar — vai embora!

Meu pai já foi levado, mas minha mãe e os outros ainda estavam aqui.

— Elena? — Reconheci a voz de Stefan, mas não virei para olha-lo, ainda estava encarando o Victor — minha pistola, pegue-a. — ele arrastou ela pelo chão na minha direção e a peguei antes que ela me ultrapassasse. — Quanto tempo ainda temos?

— 2 minutos. — Olhei a pistola e reconheci, era uma Sig Sauer. — deve servir!

Victor ficou sem entender. Ele olhava pra mim e depois para um dos seus capangas e voltou a olhar pra mim de novo, mas dessa vez com raiva.

— Você é dura na queda mesmo, não é? — ele disse. Mas não respondi, só mirei e atirei, mas minhas pernas vacilaram e acabei errando — vamos ver quanto tempo você ainda fica de pé? — Quando mirei de novo, a porra da arma travou, gritei de frustração e isso só fez surgir um sorriso sádico nos lábios do imbecil — oras, oras.. vamos lá garotos, tragam ela até mim.

Dois seguranças brutamonte vieram pra cima de mim, o primeiro veio com muita sede e o chutei o seu estomago, o segundo não precisei muito me mover, o idiota tentou me pegar pelo cabelo, mas com a junta do meu dedo mindinho e a técnica que aprendi com o mestre Yui, apenas bati na sua última costela, depois na junta do seu braço e por último na sua jugular e ele caiu desmaiado bem do lado da Katherine.

Victor ainda mantinha o sorriso ridículo nos lábios.

— Você é boa.. muito boa! — disse ele admirado — quem pensou que aquela criança se tornaria isso?

— Cala a boca e me responde pra onde está levando o meu pai?

Enfim a minha irmã se acordou e se assustou com o cara do lado dela.

— Irmã? O que tá acontecendo?

Estava com receio de olha pra ela e ser atacada em seguida, mas ela estava muito assustada e precisava de mim. Escutei um disparo vindo de trás de mim e me virando encontrei o Damon com a pistola do seu irmão e seu olhar me dizia pra ser rápida. Olhei para minha frente e não encontrei Victor, tenho certeza que se assustou com o disparou e se escondeu.

Virei e me agachei na frente dela. A mesa que estávamos sentados eu joguei no chão para nos proteger. Olhei pro Stefan e sua perna já estava melhor, ele se ajoelhou e tentou olhar para o outro lado e depois olhou para o irmão.

— Me dê isso daqui, sua mira é horrível — Damon nem se quer discutiu. Em outra situação eu iria rir desse momento. — só temos uma pistola e cinco balas, o que vamos fazer?

Abracei Kathy e tentei acalentá-la, ela estava em pânico.

— Não podemos fazer muita coisa. Eles doparam o Louis e o Raphael e não tenho certeza da situação dos outros. — tirei Kathy do meu colo e olhei nos seus olhos — Fica calma — disse baixo apenas pra ela escutar — estamos sendo atacados e quero que você seja forte. Fique aqui e não faça nada, ok? — ela assentiu com a cabeça e com lágrimas nos olhos — ótimo. Se alguma coisa acontecer comigo..

Ela me interrompeu.

Nããão.. — ela chorou e me abraçou. — não vai acontecer nada! — disse balançando a cabeça freneticamente.

— Elena, tem alguém aqui que quer te ver. — disse Victor e meu peito se apertou. — sei que estão com pouca munição, pelo meu calculo, apenas cinco balas e nós temos de sobra. Venha ver quem é.

Katherine balançava a cabeça desesperadamente.

— Tem certeza que não quer saber quem é? — meu coração estava se contraindo ainda mais e infelizmente já tinha sentido aquilo, e é sempre quando os meus irmãos estão com problemas. — nem que essa pessoa seja o Jeremy? Diga “oi” as suas irmãs, Jer. — disse por fim de uma maneira íntima.

Não! Não pode ser! Kathy entrou em choque.

— Elena.. — Stefan começou.

Uma lágrima solitária desceu pelo meu rosto.

— Eu sei que é ele! — foquei novamente em Kathy. — olha pra mim, se algo acontecer comigo, eu quero que você vá para casa do Tio Alaric — ela baixou a cabeça e chorou, mas não deixei e a levantei novamente. Peguei no meu colar, no mesmo colar que nós duas temos e mostrei pra ela.

— Elena.. estou começando a ficar nervoso e você só tem 30 segundos para aparecer e vir até aqui, ou eu mato o seu irmão.

— Quero que você conte pra ele tudo que aconteceu aqui, ele saberá o que fazer e como agir, tudo bem? — ela assentiu. Beijei sua testa — lembre-se de quem você é, uma Gilbert! Eu te amo.

Soltei ela e me afastei, ela tentou pegar na minha mão, mas puxei.

— Não faz isso, por favor. — novamente ela tentou pegar a minha mão, mas dessa vez o Damon a segurou e a abraçou. Se escutei o choro dela rugir entre os braços de Damon e os seus gritos sendo abafados.

Antes de me levantar, olhei para o Stef.

— Cuida dela — e ele assentiu.

Sempre.

Me levantei e empurrei a mesa para o lado.

— Isso mesmo, Elena — disse Victor com um sorriso presunçoso de lado — Venha para mim.

Quando levantei a cabeça e encontrei os olhos do meu amado e querido irmão, eles suplicaram para que parasse, para não fazer o que o filho da mãe do Victor mandou, que procurasse uma saída ou qualquer coisa, menos me entregar.

Comecei a andar, limpei a lágrima que escorria com a costa da mão e continuei andando. Como poderia ser tão egoísta? Eu nunca iria poder arrumar uma outra saída e colocar a vida dele ou da Kathy em risco, NUNCA! Pois se caso alguma coisa com ele acontecesse, eu não sei se teria força para me manter viva, pois os meus irmãos são a minha fonte de energia e vida, nossa ligação é tão forte que temo pela minha vida só por eles, pois sei se caso eu morrer, estarei os matando também.

Por fim parei na frente dos dois e novamente uma lágrima caiu. Dois dos capangas dele me pegaram e me prenderam. Procurei pelos meninos, mas não os encontrei, tentei não pensar nisso. Eles devem estar bem.

Mesmo eu entregue e imobilizada, ele ainda manteve a arma na cabeça do Jeremy.

— TIRA A PORRA DESSA ARMA DA CABEÇA DELE, AGORA! — Gritei o mais alto me podia. Ele sorriu e tirou. A lágrima temia em descer. Eu não chorava, só apenas algumas lágrimas temiam em cair por puro ódio.

Ele se aproximou de mim, levantei o máximo que podia o meu queixo e fiquei ereta, digna de uma Gilbert. Ele limpou a lágrima, mas virei o rosto me afastando do seu toque.

— Acho que encontrei a sua fraqueza. — voltei a olha-lo.

Todos tem sua fraqueza! — ele insistiu em me tocar. — Se você me toca de novo, eu quebro o seu nariz!

Ele sorriu.

— Se toca-la mais uma vez, eu vou fazer muito mais que quebrar o seu nariz.. eu vou arrancar o seu coração — sussurrou Jeremy no pé do seu ouvido.

Mas ele queria provocar e cheirou o meu cabelo e olhou para o Jeremy com um sorriso de satisfação. Não pensei duas vezes em levantar as minhas mãos imobilizadas, passou pela sua cabeça e o seguei pelo pescoço; estendi o meu joelho e bati com velocidade no seu rosto duas vezes, no terceiro foi no seu nariz que espirou um pouco de sangue na minha blusa e perna. Os homens dele me seguraram impedindo que continuasse e ele levantou a cabeça, mas foi a minha vez de sorrir sadicamente.

O sangue escorria tanto que no piso foi feito uma poça. Ele limpou o nariz na blusa, mas não adiantou grande coisa, pois continuava caindo e caindo.

Olhei para o meu irmão que ria.

— Eu sabia que ela iria fazer isso, por isso te provoquei. — sussurrou Jer atrás dele que não se importou muito. mas ele novamente se aproximou do homem — é tão fácil ser manipulado.

Um dos capangas dele o entregou um pano branco que não demorou muito pra ficar vermelho. Ele se aproximou e riu.

— Você bate forte, tem um ótimo controle. Aquele ninja realmente soube te treinar muito bem! — não respondi pois enfiaram uma seringa no pescoço do meu irmão e ele caiu, mas não tive muito tempo de protestar, pois senti algo no meu pescoço e cair na inconsequência.


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Notas finais do capítulo

Confusão hein? o que acham que vai acontecer agora? lembrando que estamos na reta final, provavelmente o próximo seja o penultimo.. talvez.. mas me digam o que acharam da volta do Victor? acharam que eu tinha me esquecido dele né? não. ele é peça fundamental nessa primeira fase da fanfic, muitas coisa vai acontecer, mas me digam o que acham que vai rolar nesse novo sequestro da nossa Elena.

tenho um aviso importante, É SÉRIO MESMO! Me chamo Bruno, sou o irmão gostoso da Riquez, a autora e blá blá blá enfim, voces sabem. Minha irmã está impossibilitada de escrever qualquer coisa, o braço direito está machucado. O gato dela a mordeu ontem e não foi um pequeno machucado, foi muito grave, tanto que ela foi parar no hospital, tomar vacina, fazer sutura e eu ainda tive que responder uma porra de um questionário sobre o gato que eu quase mandei a enfermeira de fuder, mas fui paciente. ela não pode movimentar o braço por causa da dor, pois não foi só uma mordida foram três, o gato pegou ela de jeito kk .. enfim, quem quiser entrar em contato com ela e saber direito disse é só falar com ela no wpp, mas ela só vai poder responder com o audio. (91 98040 7398)

beijos e comentem e recomendem, façam a minha irmãzinha feliz.