Os Herdeiros da Máfia escrita por Lina Morgenstern


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

1- Oooi, meus amores ♥ sentiram a minha falta? Quero uma resposta sincera hein huehue
Carol, para! Eu fiz esse cap para uma leitora que ficou falando comigo no WhatsApp e que ficou enchendo a minha bola, o que eu amei. com certeza agora ela deve tá pensando que me esqueci dela, mas Maria Jordana, eu não esqueci não, ok? Obrigada por cada palavra escrita na recomendação, foi linda, amei. E sobre te proporcionar alegria, isso só vai depender sempre de você e de todas as leitoras. obrigada e ah, perdi o seu numero, volta a falar comigo.

VAMOS DE CAP??? EEEEEh



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/570042/chapter/23

Todas as famílias felizes parecem iguais; Mas todas as famílias infelizes, são infelizes cada uma à sua maneira."- Leon Tolstoi

POV Kathy

Despertei com uns leves toques nos meus cabelos, caricias simples e únicas, mas ainda estava longe de acordar. Não queria acordar e ter que lidar com tudo que houve nessas ultimas horas, com o sequestro do meu pai e irmãos, minha mãe se descontrolou, Kol e Klaus mal saíram da boate e foram logo arrumar uma maneira de encontrar-los, nossa casa que antes silenciosa, agora se encontrava lotado de pessoas e nas últimas horas eu me encontro no inferno! Passei grande parte desse tempo dormindo, não esqueço as palavras que a Elena me disse “lembre-se de quem você é, uma Gilbert! Eu te amo.”

— Querida, eu sei que você está acordada. Eu juro que última coisa que queria era acordar-la, mas estão chamando por você. — Tia Jenna, é claro que era ela, a única que nos acordava dessa maneira amorosa. Eu não sei se iria aguentar a minha mãe sozinha, com a tia Jenna presente tudo fica mais fácil. — Vamos. Eu preparei o sei banho.

Virei de bruços e encontrei aqueles penetrantes e magníficos olhos verdes, verdes como grama e seus lindos cabelos ruivos. Não consegui ter forças e chorei, me joguei no seu colo como se tivesse 5 anos novamente.

— Vai passar.. tudo vai ficar bem.. vamos enfrentar isso — dizia ela, mas infelizmente nem ela tinha confiança nas próprias palavras.

Levantei, limpei o meu rosto e desci da cama. Não disse nada e ela sabia que o meu silêncio era onde eu encontrava as minhas forças. Ela apenas me seguiu e me ajudou a tomar banho.

۞۞۞

— Ela é a única que pode fazer isso.. não podemos remarcar uma reunião da Organização isso é como uma seta brilhante indicando que alguma coisa não está certa ou que a cadeira está disponível! esse era com certeza o tio Alaric. — É por isso que existe um sucessor, quando o líder não se encontra, o sucessor está.

O que ta acontecendo? Ou melhor, o que mais aconteceu?

Ouvi alguém bufar.

— Ric, você está com alzheimer ou o quê? Lindo discurso, mas faltou um detalhe, um minúsculo detalhe. — Kol Idiota bem provável. — O líder e a sucessora foram sequestrados! E não vamos colocar uma menina que mal saiu do shopping pra fazer..

Entrei no escritório cortando o Kol.

— Me chamaram? — perguntei um pouco irritadiça, não sei a razão, mas estou.

Eu pensando que o escritório estava cheio, mas apenas se encontrava minha mãe, sentada na cadeira com o rosto entre as mãos e não fez muita questão de me olhar, Kol e tio Alaric na frente da minha mãe, cada um com um copo de whisky, o Conde e os filhos no bar do canto, Klaus e Mikael em um canto conversando em silêncio, mas quando entrei todos menos a minha mãe me olharam.

Depois de um tempo que ela me olhou e seu rosto mostrou o quanto ela estava lutando pra ser forte. Meu peito ficou apertado e a única coisa que desejei foi poder abraçá-la, mas me contive.

— Meu amor, você está bem? — caminhei até o meio da sala ficando bem na frente do meu tio e do Kol — eu queria que você descasasse, mas ocorreu um problema e só você pode ajudar.

Notei pelo canto do olho o Kol revirar os olhos e caminhar para a varanda. Qual o problema dele? Está mais idiota que o normal.

— O que mais aconteceu? — respondi, ignorando completamente a sua pergunta.

Tio Alaric sentou em cima da mesa e me olhou.

— Depois que o Dominique sequestrou o.. você sabe, o John e as crianças, fomos para sede, verificar se realmente a sede foi destruída, mas quando chegamos lá a encontramos intacta, nenhum incêndio ou morte. — Falou tio Alaric entre um suspiro e outro. — Mas o que realmente encontramos foi a cela onde ele se encontrava aberta, sem nenhum arrombamento ou defeito. Aquela cela é eletrônica e só pode ser aberta pela senha e a digital de quem é responsável pela cela e todos que tem acesso a ela foram pegou e trancafiados aqui na mansão. Nos os..

O Kol riu da varanda. Ele olhou por cima do ombro e falou.

Torturamos. Se ela vai fazer isso, ela precisa se aperfeiçoar aos nossos termos. — disse ele irritado — vai logo ao ponto, Ric.

Eu não sei o que ta acontecendo, mas coisa boa não vai sair. Minha mãe não conseguiu engolir o choro e começou a se lamentar baixinho, apenas pra ela.

— Podem me contar logo de uma vez? — me irritei quando ficaram todos se entre olhando.

Mikael que até então se manteve calado e sucinto, finalmente se levantou.

— Meu filho, não é assim! Você sabe que as coisas não se resolvem com sustos. — não sei se foi impressão minha, mais escutei ele debochar de mim, não tenho certeza, pois em nenhum momento ele se virou. Makael deu mais uns passos e parou na minha frente — Kathy, aconteceu que o desgraçado do Dominique não só deixou a sua ausência, ele deixou escapar que houve um sequestro na Organização, não um sequestro qualquer, mas O sequestro. — eu não entendi o que isso queria dizer. Ele notou a minha confusão e continuou — Todos os chefes estão achando que a sua irmã foi sequestrada e seu pai bem, seu pai desaparecido.

Fiquei quieta, pois continuei sem entender nada. Todos ficaram olhando pra mim com expectativa. Quando ia perguntar o que aquilo significava, Kol se virou e riu.

— Quem vocês querem enganar? Ela não conhece os nossos protocolos — ele hesitou — ela simplesmente não é a ela! Isso não vai dar certo — disse ele com uma calma, uma calma que não pertence a ele.

— Você também não ajuda! — disse o Damon ao Kol. — Olhe pra mim, até três meses atrás eu não sabia de nada disso, mas hoje estou me esforçando pra aprender pelo menos o mínimo ou aqueles que matem a Elena e os seus subordinados longe de mim, pois nesses últimos dois meses ela fez da minha vida um inferno!

Minha mãe que não fez nada além de se lamentar riu e com ela levou todos nós. Damon tentou aliviar pro meu lado e conseguiu, olhei pra ele e ele leu na minha expressão que eu lhe agradecia e ele no gesto fofo e simplório apenas disse de nada.

— O que quero dizer é que — ele continuou — se eu que fui hipoteticamente apresentado a isso agora, ela que está dentro disso desde que nasceu, tem 90% de fazer isso de olhos vendados. Ela nascer tanto pra isso quanto a irmã ou o irmão. — ele deu um suspiro alto e por fim falou — era isso que eu queria dizer.

Todos imediatamente se voltaram para o Kol, que parecia ponderar as palavras do Salvatore mais velho. Ele esticou os braços, bebeu o restante do liquido do seu copo que repousou na mesa e tragou o cigarro. Ninguém, ninguém ousou interromper o seu momento.

— Continue falando, uma hora você vai acabar falando alguma coisa inteligente — Mikael levantou as mãos que indica rendimento — No entanto.. eu gostei e posso até tentar. Um ponto pro Salvatore sonso.

Damon revirou os olhos.

— Não sou sonso..

— Realmente está se contra dizendo? — Damon olhou pra ele como se não entendesse de que diabos ele estava se referindo. — Você que disse que ela nasceu dentro disso, mas você também, você querendo ou não tem no sangue a máfia. — quando ele ia rebater, Kol desviou os olhos — Continua logo explicando..

— O que eu to querendo dizer, Kathy. — Disse Mikael — É que se isso realmente se confirmar, se eles tiverem certeza que a sua irmã e seu pai foram sequestrados nada vai impedir eles de tomarem a cadeira e acredite não vai ser uma cena muito agradável de presenciar.

Uma luz brilhou. Agora está tudo se iluminando e todas as conversas com a minha irmã veio. Me sentei na primeira poltrona que encontrei ali.

— Estou começando a entender, pelo protocolo se meu pai morrer a Elena assume a cadeira de chefe-líder, se a Elena não puder, quem assume é o meu irmão e assim sucessivamente. — Tio Alaric abriu um sorriso que confirmava tudo o que disse — Mas todos aqueles que poderiam assumir a cadeira foram sequestrados e sobraram apenas..

— Você e sua mãe — Completou Stefan que até o momento tinha até me esquecido dele ali. — mas para ser sincero vocês duas não tem grandes vantagens, sua mãe um pouco mais que você, mas não tanto ao ponto de ser aceita e nomeada chefe-líder da Organização.

Franzi o cenho em descrença.

— Como não? — me levantei irritada e tão rápido que se não fosse um poltrona, eu derrubaria qualquer coisa que estava sentada — A cadeira é hereditária, ela passa de pai pra filho e quando não tem filhos, nomeamos o mais próximo ou aquele que foi dado como sucessor pelo antigo dono da cadeira. — comecei a andar de um lado pra outro falando tudo que vinha na minha cabeça — Posso estar viajando no que vou falar agora, mas essa Organização é igual uma monarquia, sempre há um na linha de sucessão.

Quando terminei todos estavam olhando pra mim com expressões espantadas, completamente atônitos.

— Infelizmente não é tão simples assim, Kathy.. — Conde pronunciava as palavras com tanta calma que me dava até medo. Nenhum desses homens aqui, tirando o Damon tem o dom de acalmar uma mulher, ou até mesmo alguém. Calma pra eles querem dizer cuidado — sua mãe não tem todos os requisitos pra assumir a empresa, a organização e a boate, você na questão da empresa sim, mas da Organização você realmente tem? — como disse. Calma é motivo de medo.

Fiquei muda, realmente ele tem razão. Não posso assumir a empresa e a Organização, na verdade não tenho capacidade de assumir nenhuma delas, a empresa nem terminar a faculdade ainda terminei e não sei nada da gestão dela, a Organização participei apenas de uma reunião e não entendi droga nenhuma que eles falavam. Vamos cair na real Katherine, você não é a Elena.

Respirei lentamente e profundamente e tentei pensar em uma resposta melhor que naquela que estava pensando.. mas a única coisa que saiu foi..

— Eu não tenho requisitos pra assumir nada, pois todos que estão aqui sabem que eu não sou a minha irmã, eu não sou herdeira do império, dos dois impérios que o meu pai tanto tem orgulho de falar. — lágrimas involuntárias começaram a cair e eu deixei que caísse — Eu sou apenas uma patricinha que estoura todo mês o cartão comprando aquilo que não precisa.

— Ouviu isso, Salvatore sonso? Isso foi bem inteligente! — disse Kol alegre e acho que um pouco bêbado. Ele caminhou e ficou na minha frente, pôs suas mãos no meu ombro e abriu um sorriso babaca. — relaxa, vai me dar um pouco de trabalho mais acho que vai dar certo.

— Como assim? O que vocês querem que eu faça?

Minha mãe levantando daquela cadeira que foi o alerta que eu precisava. Eu queria gritar pra eles pararem de ficar nessa torturar e falar de uma vez o que eles querem de mim!

— Meu amor, você vai ter que ser forte. — disse minha mãe com uma voz que ela só fala com os filhos e pra mais ninguém. — você vai ter.. vai ter.. que

— Vai ter que brincar de teatrinho igual àquela vez. Vai ter que se passar pela Elena, mas dessa vez em uma reunião oficial, com todos os chefes, de todas as máfias. — Concluiu Klaus. Ele assistiu a tudo calado, sem pigarrear, rir ou debochar.

POV Elena

— Por favor, não arranque a minha mão — disse irritada — Eu gosto muito desta mão. Preciso desta mão.

— Cala a boca Elena, você gritando no meu ouvido não me ajuda muito sabia? — Disse Jeremy ajoelhado na minha frente como as mãos na corrente que me prendiam. Ele as vezes enlouquecia e tentava arrancar as correntes a força das minhas mãos. Gritei de dor e o encarei, fuzilando ele com os olhos. Ele era forte, e estava aplicando essa força nas correntes, mas não estava dando muito certo — Desculpe, só estou tentando ajudar!

O empurrei com o pé, que caiu um pouco distante com as mãos atrás como apoio.

— Que tal me ajudar se afastando das minhas mãos? Não quero ter que fazer o que a minha cabecinha está processando. — Ameacei com as mãos em punho.

Ele deu um sorrisinho de lado e se levantou.

— Como se pudesse fazer alguma coisa — murmurou.

— Crianças.. por favor — pediu meu pai.

No cativeiro onde acordamos era até bonitinho e limpo pra um lugar que deveria ser imundo e repleto de ratos. Tinha apenas uma porta, ao lado tinha um elevador de serviço que era por onde vinha as refeições, tinha três camas, um banheiro simples e em cima da porta uma câmera.

— Eu vou arrancar o coração de cada um e beber o sangue em uma taça de champanhe. — Gritei o mais alto possível — escutou Victor Dominique? Eu vou te matar na primeira oportunidade e não vou ficar nessa de descobrir os teus distúrbios!

Eu tinha acordado com uns cinco homens ao meu redor, todos trajados de preto e mascaras me prendendo nessas correstes. Entre um e outro olhei nos olhos de Dominique que estava parado encostado na porta e com um sorriso sádico nos lábios e num movimento e uma força que não sei de onde saiu gritei pra ele me tirar dali, mas só fez seus lábios se abrirem mais e saiu, fechando a porta atrás dele e novamente cair na inconsciência.

— Acha que estamos ainda em Las Vegas? — perguntou o papai.

Jeremy se voltou novamente para as correntes, agora ele tentava tirar as correntes da parede com uma colher! Uma colher? Céus, uma colher? Eu deixei os pensamentos pra mim, eu não queria tirar as esperanças dele.

Tirei os meus olhos dele e olhei para o meu pai.

— Não, não estamos. Mas também não estamos fora dos Estados Unidos. — disse. Ele levantou as sobrancelhas e me encarou. Revirei os olhos e continuei — pra sair do país eles precisavam ir pelo aeroporto e tenho certeza que ele está bloqueado, na verdade acho que todos do país estão.

— Como tem certeza disso, irmãzinha?

Sorri e beijei as suas bochechas.

— Eu sempre penso em tudo, tenha isso na sua consciência, irmãozinho. — pisquei pra ele. Na verdade isso não era verdade, mas quero que o Dominique pense que sim. A verdade que apenas alguns estados estão sobre a minha supervisão, não todos e espero que estejamos em um desses estados.

POV Kathy

De vagar fui me sentando novamente, me agachando e me encolhendo na poltrona. Eu deveria ser forte, agir como uma verdadeira Gilbert, ser mais como a minha irmã, mas como o Mikaelson arrogante disse, eu não sou ela, eu não sou a minha irmã, não sou uma guerreira!

Não fiz questão de olhar nos olhos dos outros, mas sabia que eles também não estavam bem com aquilo. Mas olhei, olhei pro único homem que a minha irmã amou e odiou e na atual condição não sei quais são os sentimentos da minha irmã.

— Estamos aqui para ajudá-la, não vai fazer isso sozinha. — disse ele de forma gentil. Continuei olhando pra ele.

Ele estava horrível, depois que passou o efeito do gás, ele foi quem mais demonstrou emoções, ele e os meninos, Raphael e Louis foram atingidos logo quando os homens do Victor entraram e colocaram eles pra dormir, eles estão lá fora, procurando, pesquisando e arrumando alguma maneira de localizar a minha família. Mas Klaus foi atingido apenas pelo gás e a dor que ele ta carregado deve ser horrível, Elena lutou sozinha e ele estava acordado e assistiu sem poder fazer nada e é o que mais está o matando, foi a incapacidade de não ter feito nada.

— Por isso eu estou aqui, quem mais conhece a Elena como eu? — argumentou Kol.

Klaus topou todo o seu copo e bateu ele vazio na mesinha.

— Não pense que vai ser igual da última vez que teve que se passar por ela na frente de um pequeno grupo de mercenários. — ele se levantou do sofá e ficou me cercando. — Dessa vez a coisa é mais complicada com o que se parece, eles vão prestar atenção em todos os seus movimentos, atrás de alguma falha, alguma precha que mostre a eles que você não é a Elena, a primeira pessoa que eles vão concluir vai ser você. — ele parou e ficou na minha frente. — Acredite você vai ter que andar como ela, se movimentar igual a ela, falar do jeito dela, usar a roupa que pertence a ela, perfume, jeitos, gestos.. tudo! Vai ter até que ser cruel como ela.

Levei um susto, nunca tive a oportunidade de ver a Elena em ação, não sei o quão cruel ela é.

— Como.. como assim? — gaguejei — ser cruel como ela? Eu não consigo definir a minha irmã nessa palavra. — desviei os meus olhos de todos e baixei a cabeça — ela nunca demonstrou crueldade, não comigo. Ela sempre foi compreensível e amável, essa parte vai ser a pior de todas.

— Então você aceita? — perguntou o Stefan. Levantei a cabeça e o encarei feio.

— É obvio que aceito, não vou deixar que roube o lugar que pertence a minha família a gerações! — rosnei pra ele.

— É um começo! O temperamento é igual a da irmã, só que menos controlado. — analisou Kol — Elena brinca com eles como se eles todos fossem marionetes e ela que segurava as cordas. Ela sempre dá um show, as vezes ela bate, as vezes ela atira ou ela faz os dois.. mas o melhor dela é o controle, ela sempre se segura e nunca demonstra expressões, como disse, bem controlada. Se permite sorrir as vezes quando está satisfeita, usa ironia e sarcasmo como uma arma, sabe e conhece a todos, mas raramente os cumprimenta, só alguns.. mas irei dizer quais.

Balancei a cabeça para afastar qualquer pensamento.

— Quando será essa reunião? — perguntei.

— Amanhã de noite — esbugalhei os olhos — você só tem um dia para se preparar e por isso vamos começar agora — terminou tio Alaric — Kol e Klaus vão ensinar tudo que precisa saber.

POV Elena

— Não consigo te soltar — Falou Jer, claramente frustrado — por que só prenderam você?

— Porque ela é a única aqui que pode nos soltar, ela é a única treinada pra esse tipo de coisa, com esses tipos de situações e ela presa não pode sair explorando a procura de uma possibilidade. — Sorri satisfeita com o que meu pai disse. Olhei pro meu irmão e sorrir.

— Sem ofensas maninho. — ele apenas revirou os olhos e foi deitar na sua cama. — Achei que nessa altura você já sabia disso..

Ele deitou com os braços a cima da cabeça e as pernas dobradas. Ele estava com roupa casual, um jeans, e uma regata. Dominique sequestrou ele pra ter uma vantagem de me pegar, garoto esperto! Como ele disse, minha família é minha fraqueza, mas os meus irmãos são a minha destruição.

Olhando de meu pai para o meu irmão, os dois estavam mergulhados em pensamentos e sabia exatamente onde estavam: na nossa casa, na minha irmã e minha mãe.

— Se o bonitão do Victor tivesse feito o dever de casa direito, saberia que pela quantidade de que sai desse dutor de ar, essas paredes devem ter no mínimo 30 centímetros de espessura e no meio uma placa generosa de aço. Afinal esse lugar foi feito em cima da hora, notasse pela maneira que a parede foi cortada — bati as correntes frustrada teatralmente — então não há necessidade disto.

Jeremy deixou de divagar sobre-lá-sei-oque e olhou nos meus olhos e sabia que ele estava mau, não pela nossa família, claro que estava, mas no momento ele estava preocupado com essas correntes. Ele deu um pulo e veio direto nas correntes.

— Vou te tirar daí.

Revirei os olhos.

— Qual a parte dos 30 centi..

— Eu nem quero saber de como você sabe de tudo isso, a única coisa que quero saber é como posso tirar isso de você — disse ele me interrompendo — sabe pai, você poderia ajudar a tirar isso da sua filha.

— Ela que é treinada a sair de situações extremas não sabe como retira-la, eu como mero mortal que não iria saberia. — eu apenas ri.

Peguei a sua mão e puxei para o meu lado.

— Você pode me ajudar dormindo comigo e me contando aquelas historia ridícula que você inventa. Elas sempre me faziam dormir. — fiz a tradicional manha de irmã e ele cedeu deitado do meu lado e me puxando para que pudesse me aconchegar nele. Enterrei o meu rosto no seu pescoço e espere a história acontecer.

— Tudo bem, você vai morrer de rir com essa história, é sobre um garoto que se chamava molusco — eu ia protestar dizendo que já sabia dessa história, mas ele só empurrou a minha cabeça de volta — to sem cabeça pra pensar em uma inédita, então finja que não sabe e ria. — cair na gargalhada e esperei.

“Era uma vez um menino que se chamava molusco... [..]”

— Estamos sendo monitorados — ele parou. — continua essa história ridícula Jer! — peguei no anel Gilbert no seu dedo e sei que ele entendeu que era para continuar, não importava o que eu dissesse. Então ele voltou a contar.

“Quando se viu sozinho, numa praia com fome e sem dinheiro, o pequeno molusco olhou para o mar e pensou no que poderia dar a Iemanjá como sacrifício para poder conseguir o talismã perdido de Indiana Jones, o qual ele poderia trocar pela chave da câmara secreta e assim então falar com Lord Voldemort.”

— Eles nos colocaram em um lugar assim e com paredes grassas não foram à toa, eles querem interferir em qualquer sensor ou rastreador que esteja conosco, principalmente eu. Por isso ele verificou com certeza nas nossas jóias por busca de qualquer rastreador de longa distancia. — soltei o ar que estava segurando — seu anel está na mão errada, ela sempre fica na mão direita, mas ele está na mão esquerda, você nem notou a diferença.

Também quem notaria em um situação assim? Eu, apenas eu mesma.

“Após horas de indecisão o molusquinho não hesitou e arrancou seu dedo mínimo com um palito de picolé achado ali mesmo na areia, jogando-o no mar como oferenda.”

— Mas não é nas jóias que temos os rastreadores e sim no dentes — senti ele ficar tenso — sim. Colocamos quando fizemos 15 anos e depois o atualizamos com 20, fica bem no siso. Nem você ou Kathy sabiam, pois o papai só contou quando virei sua sucessora. Mas a questão não é essa, a questão que temos que ativar, mas ele só fica ligado por 3hs e depois para e só depois de 5hs ele voltar a acionar. Mas essas paredes são muito grossas e não sei se vai funcionar, mas temos que tentar, acho que juntos o sinal pode ficar mais forte. — dei uma gargalhada pra disfarçar e continuei — esquenta o os seus dedos direito no cobertor e pressiona o seu siso inferior esquerdo para o calor ativá-lo.

Então juntos fizemos, esfregamos nossos dedos no cobertor e levamos a boca e depois aos dentes, depois de alguns segundos escutei um “bip” e fingir torci para não notar nada estranho. Sei que eles devem ter escutas por aqui, mas essas paredes não permitem que seja capitado perfeitamente.

— Parece que essa foi pior que da última vez.. vou ter pesadelos — debochei. Ele deu uma risada alta e me abraçou mais.

— Eu queria era saber como você conseguia dormir ouvindo essa porcaria — escutei o meu pai dizendo e depois um heey do Jer e logo em seguida uma leve gargalhada. Não respondi, estava com compenetrada em dormir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

2- Vocês vão ficar com raiva de mim se eu acrescentar mais um cap nessa temporada? é que o final vai ser bem longo e vou dividir.

Agora meus amores, o que acharam? Kathy novamente como a Elena? Elena sequestrada e acorrentada? Elena sempre pensando em tudo? me contem o que vocês acham e como será o final e qual o misterio por trás de Victor Dominique?

AAAH, a história do Molusco não é criação minha, mas também não faço ideia de quem seja kkk peguei na internet.


Até, sexta. Beijos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Herdeiros da Máfia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.