Cafajeste escrita por Sasha Deo Niey


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal. Eu sei que eu demorei muito. Podem me xingar, vocês tem razão! Mas, olha pelo lado bom, eu voltei e dessa vez para ficar! Então vamos ao capítulo!



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A vida é uma coisa muito estranha, caros leitores. Às vezes tudo parece estar lindo, normal, calmo, maravilhoso com a majestosa presença dos queridos chocolate e netflix. Aí começa uma sucessão (sei usar palavras chiques) de acontecimentos estranhos e desnecessários e sua vida vira uma bagunça que me dá preguiça só de pensar em resolver. Aposto que você não está entendendo nada, não é mesmo? Afinal, qual seria o motivo dessa diva maravilhosa da Elizabeth estar falando esse tipo de asneira? Deu para ser filósofa? Não, amigos. Vamos às explicações.

Há exatamente uma semana, eu estava consolando a traidora daquela Kate Anne (ainda não superei que aquela desnaturada não me deu sinal de vida até hoje), fato que já é muito recorrente, eu diria até normal. Essa menina também não me escuta, já falei que aquele imbecil e babão do David é perfeito para ela, mas ela me escuta? Não, porque nem é teimosa. Enfim, foco Elizabeth! O assunto agora não é sobre aqueles dois desmiolados. Continuando, a semana passada começou normal, até que Kate Anne resolveu me fazer de Boneca Barbie Consumista e eu como ótima amiga deixei. Aí, como eu sou um gênio em um lindo corpinho, tive uma brilhante ideia para meu querido (Lê-se infernal) TCC. Até hoje, não entendo o objetivo desse inferno, se eu quisesse podia pagar alguém para fazer para mim e dar um tchauzinho para a faculdade, mas não, eu tenho que fazer e ainda querer criar algo inovador porque eu sou babaca.

Voltando ao que eu estava falando, parece que desde aí as coisas começaram a ficar esquisitas. Fui parar no recanto do capeta e conheci o meu cafajeste/objeto de estudo. E para melhorar ainda mais, me deparo com ele, braço direito do capeta. Tudo isso em uma semana. Palmas para mim e a minha bagunça de vida.

Enfim, ele seria Henry White, e não, não é meu irmão, Deus me livre e guarde de tal praga! Esse ser humano é meu primo escroto e babaca. Esse idiota atormenta minha vida até hoje. E tudo o que eu queria saber era o que esse inútil está fazendo na minha frente, se não foi requisitado para tal!

— Olha só quem resolveu aparecer, a pimentinha! – Eu ainda me encontro atônita por esse ser estar aqui. Nada pode piorar! – Estava com saudades, baixinha! –Duas coisas que eu odeio é que falem do meu tamanho e do meu lindo, maravilhoso e perfeito temperamento. É meu mesmo, então é da minha conta. O idiota do Henry além de ser ele, o que já é bem ruim, conseguiu encaixar as duas coisas proibidas em uma única fala.

—Henry – praticamente rosnei – o que você está fazendo aqui? – Não sei o porquê, mas eu tinha a ligeira impressão que eu deveria estar parecendo o demônio na terra, pelo menos era assim que eu me sentia.

—Fazendo uma surpresa, priminha! –diz ele pulando do banquinho que se encontrava e vindo em minha direção me olhando com aqueles olhos azuis e aquela altura toda que eu fiz o favor de não herdar e se me disser que é inveja taco-lhe um sapato na sua fuça porque é mesmo! Instintivamente, dou um passo para trás. Já não gosto de contato físico, imagine desse insuportável! –Enfim, já vou indo, até logo! –e, simplesmente saiu sorrindo de uma forma bem bizarra pela porta atrás de mim. Eu hein! Isso foi mais estranho do que quando eu sonhei com um lindo mundo onde existia só eu, unicórnios, dinossauros e chocolate.

Continuo atônita e parada na porta do porta da cafeteria que já é quase a minha segunda casa. Já que comida na geladeira é só besteira que não serve para o café da manhã. Então, o dono, um velhinho muito fofo chamado Carl e seus três funcionários, Bea, Oliver e Emily já me conhecem até demais, sendo eu uma cliente assídua. Realmente, não sei o que faria sem Dona Rosa para cozinhar refeições decentes para mim. Acho que viveria de muffins maravilhosos dessa linda cafeteria e o melhor a dez passos de casa.

Decido me arrastar até uma mesa porque eu devo estar branca e paralisada com cara de quem viu o Faustão dançando funk. Mal me sento, e Jason entra pela porta e me avista. Hora do trabalho!

—Marrentinha! –diz andando em minha direção, reviro meus olhos internamente para aquele apelido horroroso vindo do ser bonito – como você está? –pergunta sentando na cadeira vaga da mesa

—Ótima! Espero que sua noite de sexta tenha sido boa e... – sou interrompida por uma Emily chegando mais rápido que a luz até a nossa mesa para nos atender. Ela estava estranha com uma cara de quem está entrando numa fábrica de chocolate. Eu achei essa atitude muito estranha porque ninguém nunca me atende rápido nesse lugar. Só por ser a Beth, os meus queridos amigos nem se dão ao trabalho de me atender direito, daqui a pouco eu estarei indo até o balcão e produzindo meu próprio pedido!

Mas, de repente, uma luz iluminou meus pensamentos, a cara de boba da Emily tinha a ver com o Jason, já que ela não tirava os olhos dele. Mais uma como Kate Anne, tão novinha coitada! Isso é uma comprovação que esse tipo de cara que cheira problema de longe deve ter tomado banho no mel. Uma pena que nunca gostei de mel mesmo.

—Oi linda, gostaria de um capuccino, por favor – óbvio que essa fala não foi minha. E sim do problema sentado a minha frente. Era curioso o observar flertando, todo o seu corpo gritava por acasalamento através de seus gestos. E eu sei disso porque como eu disse serei psicóloga e sou ótima em analisar e decifrar pessoas. E, além disso, aquele sorriso de conquistador barato, mesmo que bonito, estava presente.

Fiz meu pedido logo depois, mesmo tendo uma grande probabilidade de meu lindo cookie e chocolate quente não chegarem, já que eu tive a impressão que ninguém estava prestando muita atenção na pobre alma aqui necessitando de comida. Emily se retirou e em menos de cinco minutos trouxe os nossos pedidos (e o meu estava incrivelmente, errado, é claro, mas tudo bem, eu adoro torta de chocolate). Emily continuou com uma troca de olhares com Jason durante todo o processo de servir a comida.

—Ok Jason, vou começar com algumas perguntas, tudo bem? – ele apenas acenou em concordância – Nome completo, idade, altura, ocupação, atividades prediletas, qualidades e defeitos – perguntei lendo o meu planejamento no meu lindo caderninho de guerra.

—Isso é um interrogatório? Nem sendo suspeito de um crime me fariam tantas perguntas de uma vez só, marrentinha! –exclamou ele com aquele sorrisinho irritante. Devo ter feito uma expressão não muito bonita porque logo em seguida começou a desembuchar sobre a vida dele – Ok, sou Jason Adam Summers, tenho vinte e quatro anos e 1,88m de altura –maldito hormônio do crescimento! Age em tanto para uns e quase nada para outros. Vida injusta! –Sou economista. Minhas atividades prediletas são mulheres, academia e futebol com os amigos. Considero minha melhor qualidade eu por inteiro.Olha para esses olhos, para esse rostinho e para esse corpo!. Convenhamos que eu sou lindo! Meus defeitos, bom, talvez ser lindo demais, é muito para o mundo aguentar! E, gostar muito dessa vida com lindas espécimes femininas por aí – diz acompanhando o andar de Emily pelo ambiente (Lê-se encarando a bunda dela). Devo adicionar mais um item na lista dos cafajestes: extremamente egocêntricos e narcisistas – mas, e você, marrentinha, o que tem para me falar sobre você?

E lá estava o cara flertando comigo com aquele sorrisinho que já sabia identificar, mas devo admitir que ele dominava a arte do flerte. Já identifiquei que flertar era uma mania dele, não interessava com quem, desde que seja mulher. E já mencionei que nunca consegui aguentar essa sedução barata? Pois é, que Deus me dê forças para lidar com ele até o final desse projeto!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! E, gostaria de dar os créditos desse capítulo a minha melhor amiga que me incentivou a voltar a escrever sobre a doidinha da Beth e seu projeto maluco!
Comentem o que acharam sobre o capítulo!!!
2bjs



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