Cafajeste escrita por Sasha Deo Niey


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Não me batam, sei que demorei muuuuito, mas eu meio que tava com um bloqueio criativo e também, com as festas de final de ano, acabei viajando e voltei faz pouco tempo.
Enfim, aproveitem o capítulo



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Eu sempre me pergunto o por quê de meus relacionamentos terminarem sempre na merda. Sabe, eu escolho caras legais, fofos e divertidos, só que nunca dá certo. Acho que foi por isso que eu decidi focar no que interessa: minha carreira. E, agora, vocês me perguntam: Beth, o que isso tem a ver com a história? Nada, para falar a verdade. Mas, olhando Summers em ação me lembrou do por quê de eu passar longe de idiotas.

Depois de Jason se apresentar, eu pedi que ele voltasse ao seu trabalho de conquistador, e eu o observaria e anotaria seu tipo de comportamento para/com as mulheres do bar. Todos nós sabemos que se eu saísse dali, a minha visão panorâmica estaria perdida.

O cafajeste em questão encostou-se em um canto enquanto procurava sua futura presa na pista de dança. Eu disse, eles são como urubus em cima de carniça. Acho que ele localizou um alvo, pois encarava descaradamente uma morena com a saia quase no útero que dançava feito uma louca. Não muito diferente da minha amiga que continuava a se esfregar no cara misterioso quase ao lado.

Só para esclarecer, enquanto eu falo, estou anotando tudo no bloquinho que trouxe na minha bolsa. Summers se aproximou e começou a dançar e flertar com a mulher e pimba! Os dois já estavam saindo da pista de mãos dadas e o pior vindo na minha direção!

— Marrentinha – revirei os olhos com a menção desse apelido dos diabos. Bom, considerando que eu já me encontro do recanto do capeta até que combina – Já estou indo. Precisa de mais alguma coisa? –perguntou Jason. Enquanto o cafajeste falava, eu analisava a mulher. Mesmo usando roupas curtas demais, ela era realmente bonita e que inveja daquela altura enorme. O que não pude deixar de notar foi o seu olhar desdenhoso. Ciúmes. Sério mesmo? Essa garota já se olhou no espelho? Eu não sou nada perto dela.

Paro de flutuar – eu flutuo porque eu sou um anjinho. Só que nunca – nos meus pensamentos:

— Claro, pode ir. Já anotei o bastante por hoje – Summers me repreende com o olhar. Ele realmente acha que eu irei contar o meu experimento para a sua transa da noite? Eu não sou tão sem noção assim – Não esqueça! Domingo as 16:00 naquela cafeteria que te falei, ok? – Avisei-o enquanto ele se distanciava. Recebi sua confirmação com um aceno de cabeça. É, eu irei encontrá-lo, mas é porque eu preciso coletar mais dados sobre ele. Não pensem besteiras, safadinhas.

Já que eu não tinha nada mais o que fazer aqui, decidi me embrenhar na pista, não para dançar, mas para avisar Kate que eu estou indo embora. Tenho certeza que ela irá ficar por aqui com o peguete da noite.

Desço do banquinho do bar, em que eu até consigo me sentir uma pessoa com altura normal e me enfio naquele bolo de gente bêbada se mexendo para lá e para cá como um bando de girafas desengonçadas e drogadas.

Quando consigo avistar o vestido hiper chamativo de Anne e a cabeça loura. O peguete dela se afasta misteriosamente dela, quase fugindo. Eu, hein, tem gente doida em todo lugar. Não consegui nem ver se ele era bonitinho.

— Katie, eu estou indo para casa. Eu pego um táxi, já que o David sumiu. Você irá ficar bem aqui sozinha? –perguntei gritando, isso depois de cutucar a praga loira diversas vezes até ela olhar para baixo. Desgraçada com altura de modelo.

— Pode ir, eu ficarei bem – respondeu uma Kate incrivelmente sóbria. Dei de ombros, mesmo isso sendo muito estranho. Anne só ficava sóbria durante os primeiros quinze minutos no recanto do capeta.

Despedi-me rapidamente dela e lá fui eu em mais uma sessão de tortura até conseguir sair desse lugar. Perto da porta encontrei um Carter inquieto olhando para todos os lados.

—Eu estou indo. Quer ir junto? –Ele apenas me respondeu com um aceno negativo de cabeça e continuou a olhar para os lados. Saquei a dele. Ta com uma menina em vista, o que é milagre desde que ele realmente se apaixonou esse menino que já vivia na seca, andava no deserto. –Tudo bem, qualquer coisa, leve Kate para casa. – disse já saindo daquele lugar.

‘’

Hoje é domingo. Aí, vocês me perguntam: mas porque você pulou o sábado? Bem, meu sábado foi lindo e maravilhoso com meu sofá, minha cama, minha geladeira cheia das compras que eu fiz na quinta e o meu muso, divo inspirador que eu casaria chamado netflix. Sei lá, acho que esse não é uma das coisas que vocês querem ouvir.

Meu almoço hoje foi um hambúrguer maravilhoso que eu pedi num delivery da vida. Aquela mala da Kate Anne não me ligou ou mandou mensagem desde o dia em que fui naquele boate, lugar maravilhoso –sintam a ironia –, eu que não vou interromper minha paz de fim de semana. Se ela está tão quieta, alguma coisa boa aconteceu. Amanhã ela vai me buscar no trabalho mesmo.

Acho que não mencionei, mas eu vivo em um apartamento/ kitnet sozinha. Eu não tenho problema nenhum com meu pai, mas minha mãe foi embora com o instrutor de pilates quando eu era pequena – tá vendo como a minha vida é um tragédia grega?Chega a ser cômico. Fala sério, cara! Pilates! – Continuando a história com o que realmente importa, eu não tenho nenhum problema com meu pai, que aliás é muito amoroso do seu jeito meio torto, porém eu sempre quis ser independente logo, então comecei a trabalhar cedo e juntamente com isso veio a faculdade. Juntei meu dinheiro e hoje eu vivo aqui. É simples, mas tem a minha cara. Sim, por isso há caos para todo lado por aqui. Ainda bem que meu pai, seu Antônio, meu muso, manda nossa empregada que sempre cuidou de mim desde pequena, dona Rosa uma vez por semana para dar uma geral. Ele conhece tão bem a filha que tem.

Eu estou me ‘’arrumando’’ para encontrar Jason na cafeteria. Se você não entendeu as aspas, eu explico. Primeiro: eu não vou me arrumar para encontrar ele. Só de não ir de pijama já está de bom tamanho. Segundo: Quem se arruma para ir numa cafeteria as 16 horas da tarde de um domingo chuvoso? E, por último o terceiro, mas não menos importante motivo: a minha calça jeans e o meu tênis são tão confortáveis.

Ok, queridos leitores, já divaguei, brisei, flutuei nos meus pensamentos o bastante, escolham o termo que quiserem.Acho que está na hora de ir para cafeteria. Saio de casa, batendo a porta com força o que faz dona Mariza me xingar tão alto que eu ouço do hall. Velhinhos tem que ser fofos não mal-humorados como essa aqui. Peguei o elevador e, logo sai do prédio dando adeus para o porteiro tarado. Quem sabe quando eu voltar, eu descubro que ele não vai voltar nunca mais para esse prédio? Esperança é a última a morrer, gente. E não me achem má porque eu não quero esse cara aqui. Eu nem me incomodaria se ele não fosse tão tarado. Mas, depois eu conto essa história.

Andei exatamente dez passos e cheguei a cafeteria. Sim, ela é do lado do meu prédio. Eu que não ia deixar Jason me levar para qualquer lugar. Vai que ele é um psicopata? Maníaco por sexo ele já é, mesmo que seja inofensivo. Enquanto abria a porta, mantia minha cabeça baixa, reparando que meus tênis precisavam desesperadamente ser lavados. Pediria a dona Rosa para fazer isso, já que se dependesse de mim, eu iria lançá-los na máquina de lavar. O que não deu muito certo da última vez. Mas, poxa gente, se é uma máquina de lavar, deveria lavar todas as peças do seu vestuário. Lava até lençol, por que não sapatos? Acho que agora vocês entendam porque eu não sirvo para ser dona de casa,

Decido olhar para cima, assim que consigo passar pela porta que eu abri e merda! Não era bem ele que eu vim aqui encontrar.


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Notas finais do capítulo

Quem será ele? hm. Palpites nos reviews e quero muitos deles. Com os reviews, eu sei se vocês estão gostando da história e tenho motivação para escrever logo. Então fantasmas, seus lindos, apareçam!
2 Bjs
P.S: Para quem acompanha VEM, tem capítulo novo hoje também!



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