Inquebrável escrita por Lola


Capítulo 11
Tenho certeza que conhece.


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpem, desculpem por não estar postando nada! Mas a vida ficou tão corrida que nem estou acreditando! Enfim, mais um capítulo para vocês lerem!! Primeira cena desse nivel entre Ethan e Lexie!



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Eu ligo para Jared, que me dá inumeras instruções de onde tenho que ir, quando e mais um monte de coisas que não lembro. Nós andamos em círculos por volta de duas horas antes de termos certeza que não estamos sendo seguidos. Paramos em um hotel, com trezentas estrelas, e eu entrego a chave da caminhonete para o homem na recepção, que olha para meu carro surpreso.

–Ele passou por maus bocados. -murmuro, enquanto Ethan descarrega as malas da traseira.

Pelo que eu vejo, o nosso raciocínio foi o seguinte: "Eles não vão nos procurar em um hotel chique, provavelmente devem pensar que estamos em alguma espelunca." Portanto, quando entro no hall, junto a Ethan, tento me misturar ao fluxo de hóspedes, o que é difícil, já que estou usando roupas sujas e rasgadas. Posso não me machucar, mas fico com o cabelo bagunçado e a pele imunda como qualquer outra pessoa. Já Ethan parece muito lindo, mesmo com um corte na sobrancelha e fuligem por todo o rosto.

Reviro os olhos e vou até o balcão.

–Olá, temos um quarto agendado. - digo, sorrindo. Talvez me faça parecer mais apresentável.

A mulher me observa, franzindo a testa. Seus olhos passeam até Ethan, e eu não consigo me conter:

–Oi? Então, meu quarto? - digo, alargando o sorriso irônico.

Ela digita algumas vezes no computador e diz:

–Tudo bem, seu nome é Alana?

Ótimo, Jared me arrumou uma nova identidade. Como se eu já não tivesse dois nomes falsos.

–Sim. - respondo.

Olho a chave que ela me dá. Quarto 50. Ah, que ironia, Jared, obrigada. Como se tivessemos tempo para ironias no momento.

–Tudo em ordem? -Ethan pergunta quando me aproximo. Seus olhos azuis se destacam.

Concordo com a cabeça e começamos a andar até o elevador. As pessoas encaram, e um garotinho aponta para nós. Tento não importar, mas estamos chamando muito atenção, isso é ruim. E não é como se eu gostasse de ficar suja.

Ethan passa o braço por cima dos meus ombros, enquanto empurra um carrinho com nossas malas com a outra. Vejo que ele está tentando esconder os meios seios, já que minha camiseta se rasgou logo no decote. Ele não devia estar se preocupando com meus peitos á essa hora, mas me sinto lisonjeada.

Entramos no elevador, e agradeço por estarmos sozinhos, finalmente. Uma música começa a tocar, no piano. Vejo Ethan fechar seus olhos, encostando sua cabeça na parede, e me lembro de como acabei com suas possibilidades de tocar piano.

–Desculpe. -digo. -Isso não é problema seu, eu estraguei sua vida, provavelmente.

Ethan esboça um sorriso.

–Aconteceu, Lexie. E você pode achar louco, mas eu realmente gosto de ficar perto de você. Hoje... - ele ri. - Hoje você foi incrível, parecia tão corajosa e confiante.

Ele se aproxima, e sinto seus dedos no meu maxilar.

O elevador parece muito pequeno agora.

–E você é linda. Se eu tivesse que escolher alguém para ferrar com a minha vida, seria você, Lexie. - Ethan sussurra.

Não sei o que pensar disso, talvez seja uma coisa ruim, ou algo muito bom. Mas felizmente, não me dou tempo para pensar. Avanço um passo e beijo Ethan, sorrindo quando sinto o gosto de cinzas. O empurro contra a parede do elevador, e sinto suas mãos na minha cintura, na minha nuca, nos meus cabelos... Ele logo se recupera da surpresa inicial e me beija de volta, fazendo o ar a nossa volta ficar mais quente e abafado.

Eu queria fazer isso a muito tempo, e tudo que penso é em como ele é... ele. Pressiono meu corpo contra o seu, desejando ficar o mais perto dele possível, enquanto ouço um som escapar dos seus lábios. Ethan beija meu pescoço e desçe até a minha clavícula.

–O que diabos... - ouço uma voz.

Ethan para de me beijar, apesar de não me empurrar para longe, e olha o dono da voz. O elevador parou e nós nem percebemos.

Jared cruza os braços na altura do peito e nos encara, parecendo muito, mas muito irritado.

–O que é isso? - ele pergunta, os dentes cerrados.

–Amassos, tenho certeza que conheçe. - digo, rindo alto.

A situação toda é tão constrangedora, fora de hora e surpreendente que eu percebo que esqueci a vida. As pessoas que tentavam nos matar e meu carro crivado de balas, provavelmente entre as Mercedes no estacionamento do hotel.


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