Sobreviva Ao Seu Destino escrita por Ytsay


Capítulo 25
O inimigo retorna.


Notas iniciais do capítulo

Noticia extraordinária: Essa Fiction esta verdadeiramente chegando ao fim!!!
Está decidido (eu decidi. Hahaha)! Acho que teremos mais um capítulo ou mais e então vou dizer um “Até logo” aos leitores dessa historia.
Tanto tempo juntos... Um pouco mais de um semestre... Foi tão rápido ~segura o choro~. Falo mais na nota final.
Prosseguindo:
Respirem, pois tem mais ação a frente, e Boa leitura!!



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A trombeta ecoou de um lugar levemente diferente e mais distante. Joy encarou a direção, mais tenso.

— Temos que encontrar os outros, ou quem conseguir. Vamos! — e puxou Frederico de perto da arvore.

Eles correram pelo lugar, Fritz ainda não estava completamente recuperado da primeira corrida, mas conseguiu acompanhar o moreno. Vários metros depois eles pararam, ouvindo vozes, e um movimento auxiliou-os a enxergar uma cabelereira acobreada e cheia de ondas conhecida. Eles se uniram á Piper, Sean e Judie, e seguiram procurando pelos outros.

***

— Que regra diz que temos que ficar todos juntos? — Ross perguntou à Alice. — É melhor continuarmos como estamos.

— Mas somos um grupo, Ross. Devemos procura-los um pouco... Não devem estar longe — Alice encarou o ambiente em volta, pensando em Piper e Aurora em algum lugar, e talvez sozinhas.

— Se for da sorte deles, eles vão nos achar. — Tae disse conferindo se sua bolsa estava inteira. — Só não podemos recuar.

— Temos que encontra Joy, pelo menos. Ele pode nos ajudar — Rose lembrou-se de que o rapaz tinha um lugar onde podiam viver.

— É verdade. Aquele carinha sabia de umas coisas — Henry chegou ao lado de Rose para participar a conversa. — Quando o encontramos ele parecia saber se virar aqui. Precisamos dele.

Pietra assistia a discussão um pouco afastada, sabendo que eles estavam perdendo tempo ao ficarem conversando em vez de agir, mas, de todos que estavam ali, apenas a loira séria estava calada e pensativa ao lado dela. Talvez Cheryl não seja de confiança, pensava Pietra, parece pronta para fazer qualquer coisa para ficar viva. Apesar de que, todo esse curto tempo que ficaram juntos, a loira não aproveitou nada da vida que tem. Cheryl e ela podiam ter alguma coisa em comum, o desejo de sobreviver e a desnecessidade de interagir e ficar perto de alguém, mas não seria por isso que elas seriam amigas ou inimigas, por enquanto era melhor cada uma ficar no seu canto.

***

Os dois ainda estavam sobre a árvore, a trombeta havia soado e Aurora procurou um sinal em algum lugar para saber o que era. Yuki não deu importância ao som como ela, estava cutucando uma ferida que um galho quebrado fez em sua mão, e que por sua vez sujou a mão de Auri’s quando ela o ajudou a subir e foi uma sensação incomoda para ela.

Então, se torcendo sobre o galho em que estava sentada, Aurora olhou para trás e viu algum movimento á menos de duzentos metros.

— Achei alguém — ela disse e continuou observando para saber quem era. — Ah! É a Alice!

E quando ela se virou o rapaz estava quase sobre ela, olhando a mesma direção, segurando um galho acima. A surpresa fez a garota perder o equilíbrio e, sem querer, agarrar a blusa dele para ficar estável mais facilmente. Yuki a encarou franzindo levemente o cenho e Auri’s engoliu em seco desviado o olhar, a situação a tinha afetado, mas ela escondeu isso sob um tom sério e antipático dizendo que deviam descer. O rapaz permaneceu no mesmo lugar por alguns segundos e então seguiu o que ela disse, chegando ao chão com um salto, pois sabia que não poderia usar os galhos mais baixos e finos, e voltou a entreter-se com o corte na mão - algo o perturbava no ferimento.

Aurora chegou aos últimos galhos grossos e o chão ainda estava distante. Ela segurou em um bom galho, que achou que a aguentaria, se pendurou nele e começou a se preparar para saltar, mas a madeira se partiu antes. A queda foi rápida, seus pés tocaram o chão brutamente e logo surgiu uma dor aguda no joelho direito que a fez cair sentada no chão.

Yuki a encarou sem esboçar nenhuma reação, só esperando que ela se levantasse.

— Em que direção? — ele perguntou depois que a garota ficou de pé com dificuldade e uma careta de dor.

Auri’s apontou a direção levemente indignada dele nem se quer perguntar se ela estava bem, e ela havia perguntado quando o viu ferido, não teve nenhuma retribuição daquele insensível.

***

Pietra logo viu uma movimentação se aproximando e ficou em alerta, segurando uma das flechas e pronta para pegar o arco. Rose percebeu-a e encarou a mesma direção. Yuki chegou sozinho e sério. Ross o observou e refletiu que aquele seria um que podia ficar perdido ou ter morrido. Depois de alguns segundos a garota de cabelos escuros com leves ondas se aproximou mancando, com uma cara séria pelo outro ir à frente e pela dor, mas logo abriu seu sorriso quando viu Alice feliz em vê-la bem.

***

— Porque temos que correr?! — Sean gritou, já sem a paciência costumeira.

— Para ir mais longe e mais rápido — foi a resposta pronta de Joy, metros a frente.

Ele tinha se recusado em seguir Joy, que se uniu a eles falando para continuarem fugindo sem dizer do quê, e o rapaz saiu correndo sendo seguido de perto por Fritz. Piper hesitou e acabou o seguindo dizendo que, por via da duvida, era melhor ouvi-lo.

Sean sabia que Judie estava no limite, mas como ia fazê-los parar se já estava difícil dizer qualquer coisa enquanto corriam? E mesmo que parassem também tinha consciência de que o som que ouviram era o aviso de algo estava por perto.

— JOY!

O rapaz a frente parou abruptamente ao ouvir seu nome em voz abafada e um pouco distante pela floresta. Ele olhou em todas as direções em sua volta, confuso, e mais uma vez foi chamado, dessa vez ele reconheceu a voz mais alta de Henry, e até Piper com Judie olharam na direção onde o rapaz e o resto do grupo estava.

Novamente o grupo estava reunido, dois a menos, mas a maioria junta.

Piper percebeu que Aurora estava recebendo um apoio de Rose e se foi saber o que aconteceu. O joelho dolorido de Auri’s ainda reclamava, mas a garota achava que até de noite, quando tomasse algum chá, a dor melhoraria e não seria nada grave.

— Para onde nós vamos agora? — Alice perguntou depois de ficar mais aliviada de encontra ultima amiga perdida.

— Vamos continuar. Só não podemos ficar aqui. — Tae lhe respondeu e o grupo o seguiu para o meio da floresta que parecia não ter fim.

...

Todos estavam mais cansados do que nunca. A tarde estava se fazendo presente e no fundo eles sabiam que havia algo atrás deles, por isso não podiam parar, comer ou descansar, não enquanto aquela sensação fria nas costas não passasse e estivessem certos que estavam em segurança.

O destino resolveu deixa-los relaxar por meia hora, enquanto avançavam em meio à mata verde, que ganhava morros e elevações só para que gastassem um pouco mais de energia subindo e descendo as inclinações.

E então a trombeta tocou muitíssimo próxima, gelando as células de todos que tinham medo de perder sua vida. Pietra pensou que aquilo era impossível, eles não podiam ter errado o caminho e se aproximado do que estava atrás deles – na verdade, muitos pensaram como ela naquele momento e se entreolharam.

Para fazê-los correr e empunhar as armas, todos ouviram os grunhidos irritadiço e uma conversa alta em um dialeto que eles não conheciam. A agitada fuga em grupo começou novamente, buscando se distanciarem do que quer que fosse, mas logo pararam novamente.

— Droga, estamos cercados! — Ross falou parando com a espada na mão e vendo um vulto mais a frente, que vinha na direção deles e depois se escondeu em meio ás arvores.

Tae também pressentia a movimentação e se virou para trás:

— Então vamos lutar. Temos armas afiadas e a maioria aqui recebeu o treinamento. Vamos usa-lo agora.

Cheryl suspirou forte, segurando a pequena besta e algumas munições, a arma combinada com a sua agilidade e mira iam ter que bastar para o momento (A outra besta havia ficado com Charlotte e estava perdida em algum lugar). Piper podia não ter a melhor mira, mas conseguiu ficar com a coleção de facas quando redistribuíram as armas e estava pronta para usa-las. Tae continuava com sua estranha arma enferrujada e curva, roubada dos humanoides, ele a havia limpado e afiado, revelando o cabo branco polido e um metal com tom de dourado, uma aparência que o agradou. Sean tinha um machado de lançamento e o outro do mesmo tipo estava com Joy, mas o moreno não parecia querer usar aquela arma, pois segurava sua velha faca de caça. Ross e Yuki pareciam oponentes de um duelo justo, cada um empunhando apenas uma espada. Henry, perto de Rose e Aurora, tinha conseguido o machado de haste longa, que um dia foi de Louis, e talvez só tivesse uma vaga ideia de como usa-lo, pois empunhava a arma como se fosse derrubar uma das arvores próximas.

A duzentos metros deles, e todos puderam ver, um ser humano apareceu correndo veloz, sem nada nas costas, vestido com o que de longe pareciam trapos e desviando dos obstáculos do terreno com agilidade. Uma espécie de lança grossa de dois metros de altura, o raspou na lateral do corpo e o derrubou. Mas a pessoa se pôs de pé logo e continuou correndo fazendo uma leve curva, como se desse a volta no grupo de banidos. Logo atrás dele um humanoide pálido corria, Tae e Cheryl o reconheceram na mesma hora, cada passo da criatura gigante consumindo três do humano. O ser recuperou a lança cravada no chão e continuou perseguindo sua presa. Cheryl levantou a besta, assim como Pietra fez com o arco, e as duas preparam as flechas e buscaram a melhor mira.

Entretanto, antes que elas pudessem ajudar a pessoa, um segundo humano com roupas remendadas e poucas coisas, chegou rápido e trombando no grupo. Rose viu a expressão do homem que caiu no meio deles depois de esbarrar com Alice, Henry e Frederico, embora usasse um lenço escuro sobre a parte baixa do rosto sujo de fuligem, ele estava espantado e confuso em encontra-los.

Ninguém teve tempo de pensar, Yuki resolveu atacar o desconhecido, que percebeu rápido e girou-se no chão desviando da lamina que o acertaria no pescoço. E antes que o loiro continuasse o atacando, achando que estava se defendendo, outro humanoide surgiu de onde o desconhecido veio. A criatura usou uma maça enorme para tentar atingi-los. Sean, Tae e Joy se jogaram no chão bem a tempo junto. Antes que o humanoide balançasse de novo sua arma, Piper pegou Judie do chão e a arrastou para longe, Alice ajudou Fritz e os dois seguiram ruiva, enquanto Henry usava o machado: cravando na canela da criatura e sendo atingido pela maça que veio na direção dele. Ross seguiu Yuki para o ataque logo depois, os dois buscando uma abertura entre os golpes da criatura para corta-lo. Tae, Joy e Sean estavam de pé contribuindo para cercar o inimigo. A maça atingia o chão e soltava a terra, a deixando fofa, e por vezes zunia na frente ou em cima deles, de um lado para o outro, todos testavam sua agilidade. O humanoide tinha determinação em mantê-los distante e também em atingi-los de alguma forma sem recuar um passo. Pietra com Cheryl também estavam tentando participar da luta, se afastando em buscando de distância e mira. Rose se afastou da confusão auxiliando Aurora, que possuía a cimitarra prateada e mal pode usar. Elas se juntaram à Piper e os outros, perto do tronco de uma árvore grande, e ficaram atentos aos arredores enquanto a maioria dos rapazes combatia a criatura.

O desconhecido, que foi esquecido brevemente, também ficou de pé com o surgimento do inimigo e estava lutando junto com os banidos, atrás da abertura para usar a sua faca. Então, correndo o risco de ter a cabeça esmagada, Yuki se infiltrou e fincou a lamina de sua espada na coxa branca e exposta do humanoide. Os segundos de dor fez a criatura parar de atacar e todos os outros o golpearam, como um pequeno exército de formigas. O humanoide recuou, deixando a maça cair no chão quando Sean o atingiu no pulso com um golpe do pequeno machado.

Yuki tinha perdido sua espada, que ficou cravada no musculo do Humanoide, e se afastou um pouco para ficar assistindo a batalha e descansar. Viu o desconhecido segurar o punho de sua espada fincada profundamente na carne da criatura e puxa-la com força. O humanoide usou os braços na altura certa para golpear Tae, Ross e Sean pra longe com um movimento. Depois torceu-se e segurou Joy pelo ombro, que se agarrava ao seu machadinho cravado na costela da criatura, e o jogou no chão, para então pegar o desconhecido que puxava a lâmina de sua perna. Foi um erro o humanoide levanta-lo até a altura de seu rosto de traços pouco harmonioso, com a espada já lavada com sangue o homem desconhecido girou a lâmina e deferiu o golpe final. O corte no pescoço pálido rompeu a artéria lateral, que jorrou o sangue vermelho acastanhado, e partiu músculos, tendões e a garganta. Uma coisa Yuki teve que admitir, o homem realizou um belo final de luta.

O primeiro humanoide caiu e o desconhecido permaneceu sobre a mão que lhe cobria boa parte das costas. Faltava-lhe ar, pois o ser o tinha apertado firmemente quando o segurou e o puxou como se fosse uma sanguessuga grudada em sua pele, mas aquilo o ajudou a liberar a lâmina; e as costelas estavam doloridas, havia algumas feridas das unhas da criatura no seu dorso, e tudo deixava a respiração difícil, principalmente por ter corrido pouco antes. Mas a missão estava concluída e aquele oponente estava morto.

Os rapazes ainda se levantavam com as dores da pancada e Rose com Alice foram verificar se Henry ainda estava vivo quando ouviram um grito distante e todos olharam na direção que o primeiro humano perseguido foi.

— STAN! STAN!! — gritava uma voz masculina, um pouco desesperado.

Logo ele foi visto sendo carregado pelos pés pelo Humanoide que pouco antes o perseguia. Finalmente Cheryl conseguiu disparar uma de suas flechas, atingido o longínquo joelho da criatura, que mancou estranhando o golpe e arrancou a flecha sem se importar tanto, ao contrario da pessoa capturada, que ficou quieta e observou em volta atrás de quem estava o ajudando. Pietra disparou logo a seguir, com os olhares de expectativa de Piper e Aurora, a sua flecha perfurou o bíceps do humanoide com dificuldade, afundando pouco mais que a ponta no músculo. A morena não gostou de errar a sincronia, tinha planejado acertar entre as costelas, um tiro mais fatal, e acabar logo com aquilo; Mas pelo menos a criatura grunhiu de dor e puxou o projétil mais irritada.

— Idiota. Ele corre rápido, só que passou do ponto de encontro.

Soou uma voz estranha e equilibrada. As meninas logo encontraram o dono: um homem jovem de cabelos escuros presos em um curto rabo de cavalo baixo. Ele estava de pé sobre o peito do humanoide morto, mirando cuidadosamente com um arco negro, grosso e maior do que o de Pietra, onde a flecha era proporcionalmente maior e, além da ponta aguçada, possuía uma área de dez centímetros dentada, para causar mais danos.

A flecha dele sibilou quando ganhou a atmosfera e cortou o ar. Todos que estavam de pé olharam para ver o resultado: foi com um estralo abafado que o projetil atravessou o crânio brutalmente, fazendo o humanoide pender para o lado com o impacto e então se desequilibrar e cair. O rapaz capturado se levantou irritado do chão, de longe nenhum dos banidos pode ouvir mais ele xingou a criatura das piores formas que sabia e deu um chute no corpo antes de começar a correr na direção deles.

— Não, não, Rock! — gritou o arqueiro sério e ainda encima do humanoide morto. — Pegue a minha flecha! — e ele movendo o dedo indicador como alguém faz para indicar para o cão ir pegar algo.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler.
Final é triste? Pra mim é difícil dizer, pois muitos finais são apenas os começos de uma nova historia.
E é exatamente isso! Eu tenho muitas ideias, umas que já tá um ano na gaveta e outras me surgindo ontem mesmo e até neste momento. Finalmente acabando uma, posso começar a próxima! Como quando acabei a Filhos da Lua e a Ascenção dos Corajosos e dias depois postei esta. E é assim que sigo em frente.
Calma! Como já sugeri, será a segunda temporada (praticamente) desconectada desta! Ainda estou planejando a quantidade de vagas que serão abertas e quem de fato ficará vivo para a outra história. Já tenho o novo enredo e estou juntando desafios cruéis para testar a sobrevivência deles! E outras coisas que não posso contar agora, mas será divertido! Espero que me sigam para ela.
Falo mais do encerramento desta e a continuação quando chegar a hora.
E esse capítulo! Finalizei legal com esse bando misterioso, rs. (O que me faz pensar que ando criando muitos personagens masculinos do nada ¬¬’)
E aí? Gostou? O que acha que teremos depois disso? E as expectativas? Como vai as férias? Estou postando muito rápido?
Me digam o que acharam. Até mais.
Com carinho, uma amiga solitária.



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