Sobreviva Ao Seu Destino escrita por Ytsay


Capítulo 18
Ecos por toda a parte.


Notas iniciais do capítulo

Eu devia estar estudando, devia mesmo. Mas como era pascoa, eu me dei folga, hehehe. E o que melhor para fazer em uma folga do que fazer algo que se ama? Fui escrever uma historia! Eis que surgiu este capitulo com cheiro de pão fresquinho e amanteigado! Espero que gostem.
É um aviso que sou meio persistente com meus projetos, pode vir uma época de que parecerá que vou desistir. Mas não! Jamais! É questão de honra para mim, Ytsay, chegar ao final de algo assim, que me dispus a criar e fiz pessoas perderem um tempinho preenchendo uma ficha. Então, a desistência desta historia não vira da minha parte! Apenas de seu lado, cara(o) e amada(o) leitora(o). É desértico, solitariamente enlouquecedor e mortal para alma de um autor escrever e ninguém comentar? Sim! Mas, por mim, resistirei mais que outros e lutarei pela vida de cada personagem que aqui estão. Apesar de eles se tornarem abandonados de verdade (jogados em um Fanfic interativa e possivelmente esquecidos, largados a própria sorte, sem o apoio vital da presença de seus criadores).
Enfim, boa leitura!
(P.S.: finalmente essa historia chegou a maior idade, 18 Cap!)



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O silencio não se instalou tão facilmente naquele nevoeiro. Ross havia derrubado Yuki bruscamente e o loiro não deixou barato ser contrariado, puxou o moreno para o chão, quando ele se distraiu com a cena de Donnatelo flechado nos braços de Rose. Após sentir o impacto de suas costas contra o chão, Ross teve que ser rápido para desviar sua cabeça do fio do pequeno machado prata que estava com Yuki, a lâmina cravou-se no solo, ao lado de seu rosto, e logo a seguir teve que se mover veloz para segurar o braço de outro, que estava pronto para dar um segundo golpe com a arma. Na breve disputa de força bem equilibrada, apesar da diferença de idade entre os dois, os olhos verdes de Yuki encararam fixamente os de Ross, frios como estava o tempo naquele momento. Então Ross usou o braço esquerdo, que estava livre, para enroscar no pescoço do outro e o empurrar de decima dele. Yuki resistiu bem à força do moreno sob ele, mas foi subitamente que desistiu de lutar e se afastou de Ross até se sentar á alguns metros distancia, encostando-se á um tronco de um arvore, mudando complemente de seu estado perverso para um mais controlado pacífico, mas em seu rosto havia um sinal implícito de um sorriso divertido no canto da boca. Ross ficou de pé rapidamente e foi até ele, irritado, arrancou o arco do loiro e lhe tomou o pequeno machado, tudo da forma mais bruta, ameaçadora e silenciosamente tensa que podia. Yuki não reagiu a nenhuma ação do moreno, notava a disposição do outro de não fugir da brigar, mas era ele que não esta a fim de continuar com aquilo.

Os corações ainda se agitavam entre o grupo oposto, escondidos atrás das arvores. O inimigo ainda os espreitava sem que eles soubessem suas intenções.

— Parece que você acertou uma garota... — Richard sussurro olhando para Pietra, ao lado dele.

Ela apenas o encarou séria. Talvez, seria a resposta, pela única frase que ecoou clara no espaço depois que ela lançou sua flecha, e antes deles se esconderam das flechas inimigas.

— Ao menos sabemos que são humanos. — falou Louis. — Mas o que querem nos atacando?

Então todos ouviram a voz feminina e determinada de uma garota, logo atrás dos três, dizendo que não eram inimigos, que eram banidos e perguntou se estavam bem. Pietra, Louis e Richard se entreolharam depois do eco da frase de Piper, logo impedida de falar mais por Sean, que foi surpreendido pelo ato. A ruiva pensou mais rápido que ele, ao supor que a garota do outro lado, e mais distante, era uma banida como eles.

Rose ouviu a voz de Piper observando o véu branco do ambiente em volta, e logo encarou Yuki:

— Não eram ameaça alguma, idiota!

Yuki apenas a olhou de volta e depois abaixou o rosto, encarando o chão, não exatamente arrependido do que fez, mas o gesto ajudou a evitar mais sermão de Rose.

—Desculpe! Não sabíamos o que era! Onde vocês estão?! — Rose respondeu de volta e prosseguiu com uma conversa aos gritos.

Ainda desconfiados, o bando primeiramente se juntou á Piper, que era a porta voz deles junto com Alice, e incertos caminharam seguindo em direção á voz de Rose, já que ela informou que não iam poder ir até eles.

E foi assim, que em alguns minutos Charlotte localizou, surgindo do nada, o grupo maior do que os deles, o que dava crédito aos quatro terem desconfiado do som, já que tantas pessoas juntas naquele lugar eram estranho demais, ninguém podia presumir que tantos conseguissem ficar juntos. Eles os cercaram, encarando o integrante caído e sem vida. Louis e Richard não evitaram dar uma olhada para a morena que acertou aquele rapaz, e Pietra continuava sem uma expressão, mantendo os sentimentos contidos e atrofiados, denunciados apenas pela respiração forçada que ela mantinha de forma controlada demais.

Rose explicou o que aconteceu da parte deles e Aurora narrou brevemente o lado deles da confusão, observando Donnatelo com pesar. Quando Alice, com um leve humor negro, perguntou quem tinha cometido aquele homicídio, Louis voltou a encarar a morena séria, mas Pietra se manteve igual, e ele respondeu e explicou como tudo ocorreu, lançando no final um breve olhar para Ross, que possuía bem firme em suas mãos o arco que atirou a flecha que deixou um corte em seu ombro.

Sean foi o único que se aproximou do rapaz loiro e morto, deixando a pequena Judie com Piper que estava por perto. Ele constou a falta de batimento e vida de Don, antes de falar que o melhor a fazer, em vez de ficarem discutindo o que passou, era deixar o corpo em um lugar mais protegido de qualquer coisa, onde eles ficassem com a consciência mais leve de deixa-lo.

Era difícil saber que horas eram ou se passaram. Yuki ainda não enfrentava ninguém, mantendo-se em seu canto, todos já sabiam que era ele que começou tudo, mas no fundo o único resultado direto de seus atos foi a inimizade de Ross por ataca-lo, o resto, ou melhor, a morte de alguém foi culpa de Pietra, mas não era completamente culpa dela... em parte foi o destino agindo sem a opinião de ninguém.

Ross havia distribuído as armas eles tinham encontrado seguindo o conselho de Charli, e também uma pequena parte dos alimentos para os outros carregarem quando resolveram que continuariam juntos.

O grupo tinha crescido, agora eram 13 integrantes, um número de azar para uns e de sorte para outros, e este foi um dos assuntos da conversa de Piper com Aurora. A ruiva não buscou mais intimidade com os novatos, mas os analisava a cada passo que davam, principalmente a menor de cabelos platinados e autoconfiante no meio de tantos que eram visivelmente mais altos que ela.

Alice reconhecia Ross do abrigo e, depois que começaram a andar na busca do lugar onde poderiam tentar construir um abrigo e passar viver, ela o abordou, aproveitando a oportunidade:

— Me lembro de você. Também morava no abrigo, não é? — ele a olhou brevemente e sério, depois voltou a seguir as ações do loiro que caminhava mais a frente. — Cada coisa que acontece aqui. Lá na colônia as coisas eram menos complicadas e mais calmas, apesar de difícil. Tinha uma rotina, as coisas tinham seu lugar... — Ela pausou a fala ao se lembrar de que em suas observações o rapaz igualmente alto sempre buscava manter as coisas organizadas, e ela achava graça daquilo. — Deve estar sendo bem perturbador para você viver nesse lugar onde as coisas não seguem nenhum padrão.

Ele riu rapidamente e com sarcasmo.

—Eu não esperava mais desse hospício. Estava sendo tranquilo até uns dias atrás... E talvez eu não resista ser sensato por tanto tempo.

[///]

A noite já encobria tudo e Joy continuava andando, seguindo um mesmo ritmo e em silêncio, quase não afetado pela pouca visão. Então Tae, que ia logo atrás do guia, não conseguiu mais ver os ganhos que tinha na frente e os minutos em que hesitou buscando um obstáculo no caminho, Joy se afastou e desapareceu. O descendente de asiático parou e encarou a noite à frente, onde os arbustos negros se mesclavam e se camuflavam, e com a ajuda da lua, que surgia de repente atravessando seu céu nublado, cooperava para confundir Tae de qualquer sinal de alguém se movendo á frente.

— Vamos finalmente parar para dormir? — Henry perguntou em uma voz muito perto da nuca de Tae, que o fez dar um passo a frente para se afastar do rapaz sem percepção da distancia de respeito entre duas pessoas.

— É bom pararmos. A noite muitos predadores saem para caçar. — Cheryl complementou.

— Concordo com vocês. Mas o cara simplesmente sumiu.

Os três que seguiam Tae observaram o espaço à frente e perceberam que não havia nenhum som ou sinal de Joy que pudesse guia-los.

— O que vamos fazer agora? Não para procura-lo nessa escuridão. Não temos nada... — Suzana se mostrou em algum lugar na escuridão com leve preocupação.

— Como não temos nada, Suzie? Temos uns ao outros, isso é alguma coisa. Ah, e a Cheryl tem a faca dela e o Tae tem... — Henry tentou pegar a estranha arma que Tae pegou no local em que ficaram presos, mas o rapaz se afastou mais dele e o lançou um olhar ameaçador, o fazendo desistir. — Ele tem esse negócio que deve servir para alguma coisa. Viu, temos muitas coisas ainda. — Ele sorriu para menor, que só conseguiu vê-lo por um momento que lua despejou um feixe de sua luz para o meio da floresta e os iluminou.

Cheryl ficou de pé refletindo sobre deixar o outro se perder na floresta noturna, enquanto Tae e os outros dois se arrumaram no espaço buscando o melhor lugar, e posição, para o descanso de final de dia.

— Senta logo — Tae disse em seu tom costumeiramente não amigável. — Não foi você que acabou de dizer que é melhor pararmos? Se esta pensando naquele doido, o deixe pra lá, vai sobreviver.

A garota o obedeceu, sem ter mais o que pensar, não conhecia aquele estranho direito, mas no fundo talvez achasse que tinha alguma coisa que falava que seria melhor ficarem junto dele.

A noite passava rapidamente como a brisa fria que percorria os caminhos entre os troncos e arbustos. Henry passou um tempo falando do irmão que deveria ter ido no banimento com Suzana, que não acreditou que ele, uma pessoa tão legal (e ao falar isso Tae soltou um riso carregado de ironia), tinha um irmão desse tipo e só depois eles se aquietaram. Quando o silencio finalmente se instalava perto dos quatro, que pelo frio estavam um ao lado do outro e próximos, Cheryl permitiu que seus olhos cansados se fechassem e o pensamento vagasse. Entretanto, poucos minutos depois, qualquer coisa a despertou e seu coração disparou rapidamente ao ver a sombra diante dela e o som súbito do baque de uma bolsa velha, caindo no chão, ao lado de seus pés. Mas a voz de Joy a deixou menos tensa com a surpresa.

—Então é aqui que vocês ficaram? Hm... Até que não ficaram tão para trás. — disse o moreno em tom calmo, olhando os outros que não despertaram com sua chegada.

— Onde você foi? Porque não voltou logo? — Cheryl se ajeitou puxando a capa para perto do corpo e buscando o sono de a pouco, perguntando mais por impulso do que querendo saber de verdade.

Rapaz sentou-se ao lado dela, seguindo a formação deles, cruzando as pernas e puxando a bolsa que ele trouxe.

— Eu continuei indo. Não estávamos muito longe de onde deixei isto. — ele bateu duas vezes na bolsa de tamanho médio e maltrapilha. — Depois percebi que estava sozinho de novo, e fique um tempo me questionando se devia voltar ou seguir em frete... É, isso foi o que levou mais tempo...

—E o que você tem aí? — ela demonstrou levemente seu interesse.

Joy afrontou os olhos azuis escuros, que o observava quase com desdém próprio, então sorriu torto e abriu a bolsa atrás de algo, e dizendo:

— Ah, nada demais. Algumas roupas — e ele arrancou uma jaqueta escura de dentro da mochila para vestir —, corda, náilon, um par de luvas, que eu não sei bem para que trouxe, e mato.

— Mato?

Ele riu.

— Sim, mato. É uma forma geral de dizer essas plantas aqui...

E ele tirou alguns galhos que já tinham suas folham secas pelo tempo que foram separadas de sua raiz, as deixando no colo de Cheryl. O odor diversificado rapidamente fez a garota definir algumas das plantas, e ela teve uma prova de que Joy, da mesma forma que ela e os órfão treinados, sabia a utilidade das ervas que recolheu.

— Para onde você esta indo? — a loira perguntou intrigada, empurrando o ‘mato’ para cima do outro.

— Lugar nenhum. Vou ficar aqui mesmo para passar a noite.

Cheryl balançou a cabeça negando.

— Não agora. Onde está levando a gente?

A expressão descontraída de Joy sumiu, e ele desviou a atenção para arrumar a bolsa, pensativo.

— Hãm... Ainda não me decidi direito. Mas, quando chegarmos, vai saber.

Depois disso ele se deitou encolhido com sua jaqueta e desejando boa noite para ela.

O rapaz de cabelos irregulares e pretos vivia um conflito dentro de si. O que fazer com tantos deles? Era o que pensava. E, principalmente, se ia mesmo mudar tudo o que tinha por causa daquela alcateia de desconhecidos dependentes dele para tudo, cujo ainda não tinha encontrado os benefícios que um dia sua mãe lhe disse que teria para sobreviver enquanto a ajudava a dobrar algumas roupas limpas no quarto, um momento que estava gravado em sua memoria sem razão.


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Notas finais do capítulo

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