Sobreviva Ao Seu Destino escrita por Ytsay


Capítulo 14
Levantando poeira


Notas iniciais do capítulo

Oie! Mais um capítulo para esse momento que o carnaval (útil para ser feriado) que esta presente.
É um bom capitulo, eu acho que vai ser um bom entretenimento, aconselho que prestem atenção, talvez ajude se algo ficar confuso, e me perdoem se tiver algum erro, fiquei até a madrugada em um Pc sem net só para deixar o capitulo pronto. Rs.
—Boa leitura e até notas finais.



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O dia seguinte passou-se de forma similar para todos os grupos, caminhando. A mata os seguia de perto e as horas passavam sem fatos que pudessem marcar sua passagem.

Yuki era um dos que já estava acordado quando Rose despertou com o fim do sonho de que seu irmão, mais uma vez, invadia seu quarto, aproveitando-se da casa em silencio, mas ela logo percebeu que não estava mais em casa e desviou o olhar dos olhos verdes que a observaram. O loiro, que tinha sofrido um acidente na noite anterior, não sofreu muitos danos como poderia. Ross logo acordou e depois Charlotte, incomodada com o som deles decidindo quando partirem e no caso foi depois do café da manhã.

Rubens, do grupo de Henry, era de pensamentos rápidos e quando o sol nasceu e a luz ficou presente, acordou a maior parte do grupo. Henry e Don foram os que enrolaram e tiveram que receber uma segunda chamada. Juntos decidiram que a melhor opção era seguir o riacho, assim teriam agua, mas tinham que se preparar, pois certamente não eram os únicos aproveitando daquela fonte de agua na selva abafada.

Quanto ao maior grupo, com Piper, Alice, Louis, Richard, Frederico, Pietra, Aurora, Sean e Judie, eles não podiam continuar na clareira, pois logo a agua acabaria, e depois que partiram, se embrenharam na mata em direção ao sul, era uma das coisas da qual estavam procurando.

No percurso que iam abrindo, Alice e Piper conversavam. A menina ruiva contava de seu irmão mais velho Joshua, estranhamento jogando-o para a conhecida, dizendo que eles podiam se dar bem, como se ela se esquecesse do fato de que estavam a cada hora mais distante da casa da família de Piper. O assunto trouxe á memoria de Piper quando Joshua se ofereceu para trocar de lugar com ela, se ela não tivesse argumentado muito e o feito prometer diversas vezes, seria ele naquele lugar e, talvez, com as aquelas pessoas. Quando ela mencionou isso para todos, Aurora a encarou, sem ser percebida. A morena, mais que ninguém dali, podia compreender o que era se oferecer no lugar de um irmão, entendia bem o que Joshua podia estar sentindo quando quis ir no lugar de Piper; e ainda mantendo o silencio Aurora continuo caminhando seguindo os dois meninos ( Louis e Frederico) e pensou no pai, que estava em algum lugar por aí, conhecia da historia de como ele fugiu do primeiro banimento, era novo demais com apenas oito anos e ficou para cuidar dos próximos, mas aos 33 anos, e mesmo com uma família, não teve nenhuma sorte; Guillo era um órfão como ela, viu-a se voluntariar para ir no lugar do irmão mais novo e não foram no mesmo portão. Certamente ia ficar bem, era o que ela queria acreditar quando balançou a cabeça para se livrar daqueles pensamentos.

Então Richard se meteu na conversa de família de Piper.

—Eu tinha um irmão gêmeo! —as meninas o olharam e ele sorriu. Elas sabiam como irmãos gêmeos era uma situação ruim na separação, principalmente Alice, que havia deixado sua irmã. —Mas nós não éramos totalmente irmãos. Ele era filho da mulher que era casada com meu pai, duas semanas mais novo que eu. Fui parar com eles porque minha mãe não resistiu á mim. —soltou um sorriso fraco.

—Então você é um primogênito?— Aurora perguntou olhando rapidamente para trás, e ele riu dela.

—Não. Registraram-nos como gêmeos, á pedido de minha mamãe, mas fui posto como segundo. Na verdade éramos bem parecidos, deve ser por temos o mesmo pai... Se bem que ele não era legal comigo. No dia em que ganhei isso... —e Richard apontou para a cicatriz encascada que cortava seu rosto — ele deixou claro que eu não devia ter nascido.

—E como foi que você fez isso?— dessa vez foi Sean que perguntou, ouvido a conversa, a única coisa para se ouvir no meio daquela floresta monótona.

—Eu não fiz nada! Aquela mulher que fez. Eu não entendo bem, a minha madrasta só gritava e me segurava falando coisas como: “você não pode ser melhor que o Zake, você não!” e “Você é um imbecil que tem a manha para ter boas notas, só isso!”, então mais tarde ela me pegou de surpresa e passou o caco da garrafa de vidro na minha cara. Dizendo que assim iam parar de me elogiar. —Richard disse tudo com frieza. Ele não se importava tanto com o fato passado, tinha feito de tudo para a família gostar dele e ser um bom garoto para todos, mas não deu certo e acabou banido. Agora o que importava mesmo era que tinha novas pessoas para conquistar.

[///]

A noite já estava presente. Rose e os de seu grupo estavam em uma clareira imperfeita, um vão no teto de folhagem que não passava de oito metros de circunferência, cheio de arbustos e ramos crescendo para ocupar o espaço. Mas o mato de folhas largas serviu como um tapete limpo e milimetricamente distante da terra escura e fria, ao ser amassado sobre o solo em que iam ficar. Uma fogueira estava entre os quatro. Com um graveto Charlotte fritava um pedaço de carne seca que tinha encontrado na mochila e os outros já tinham se servido de seus próprios alimentos e esperava a noite passar com calma.

—Hoje o céu está bonito. —Comentou Rose, ainda se lembrando do garoto que deixou para trás que também admirava as estrelas de vez em quando.

Charli seguiu o olhar dela apreciando os pontos claros distribuídos no azul escuro. Ross já estava deitado, com a nuca sobre as mãos, e observa o céu acima da coluna de fumaça da fogueira, e foi nesse momento que ouviu um chiado estranho. Ele olhou para a fogueira, mas o som não vinha de lá. Então se sentou e apurou os ouvidos, o som era crescente e ecoava pelo céu todo, e não demorou para os outros ficarem em alerta também.

—O que é isso? —Charlotte questionou em um pensamento alto.

O chiado vinha na direção deles e tão rápido que quando perceberam isso, olhando o lado norte do céu, a esfera surgiu zunindo sobre a copas das arvores próximas, cortando o espaço da clareira e ensurdecendo-os enquanto por instinto eles se jogaram no chão para se proteger do objeto. Ouviram e sentiram o impacto contra o solo seguido pela breve chuva de terra. Então houve o silencio, decorado apenas com o crepitar das chamas da fogueira deles.

Um som agudo ecoava na cabeça da jovem menina de cabelos claríssimos e um corte, no alto de sua testa e sob a franja, escorria sangue. Rose ergueu Charlie do chão, enquanto os garotos já ficavam de pé. Os quatro observaram o objeto no fim da clareira, que tinha algumas partes do metal incandescente rapidamente sumindo na escuridão.

—Eles estão... querendo nos matar. —Rose comentou ao perceber o que era aquilo e sentindo uma dor no ombro, pois caiu de mau jeito.

A poeira abaixou aos poucos e eles se aproximaram devagar com uma tocha improvisada. Logo vislumbraram a esfera de 1,50 de altura, feita de vários arcos de ferro, alguns já se abriam e partindo depois de toda a viagem após lançamento.

[///]

Cheryl penteava os cabelos loiro e escorrido observando o grupo reunido no estreito campo próximo do riacho. O senhor Rubens ensinava Suzie a fazer um nó interessante, mas que ela já sabia depois de todo aquele treinamento. Henry e Don trocavam fatos da vida deles em uma conversa descontraída. Então, trocando um breve olhar e se juntando a ela no isolamento silencioso, Tae se sentou ao seu lado, ocupando-se em amolar a faca.

Minutos mais tarde, um vento forte veio pelo caminho do rio e moveu as folhas e curvou as chamas da fogueira deles chegando a deixar apenas as brasas encandecestes antes da chama ressurgir. O silencio seguinte foi suficiente para a nova musica do lugar chegasse a eles. Ouviram um sonoro e claro “Oaaahu!” gritado, vindo de um lugar que ninguém pode identificar, mas foi o suficiente para eles ficarem de pé e atentos. Mais sons surgiram: grunhidos, respirações agitadas, galhos se partindo e galopes sobre terra de folhas podres. Apenas ouvido tudo isso, eles podiam imaginar a criatura de porte grande correndo e buscando caminho na selva, e mais atrás dela vinha o som desconhecido, o mesmo chamado em voz grossa e irritantemente rouca, o mesmo primeiro som que ouviram, sendo repetindo.

Quando perceberam que estavam se aproximando, Donnatelo se adiantou apagando completamente a fogueira da melhor forma que pode para não ter fumaça. Todos deixaram em mãos a uma faca de trinta centímetros e lamina grossa. A escuridão total, sem a luz alaranja do fogo, durou até que os olhos humanos se acostumassem com a luz azulada da lua crescente. Posicionados a oito metros da beira do rio e em uma área aberta de grama e de terreno arenoso, eles assistiram a aparição de uma claridade fraca e branca distante na mata na outra margem que parecia ser um tipo de tocha, e, de repente, com um salto sobre as rochas dentro do riacho, um animal surgiu das sombras. Tinha o corpo de um cavalo musculoso, mas não era um cavalo, pois a calda se movia por completo como a de um cão e nas costas havia grossos espinhos para proteção do dorso e quadril. A criatura seguiu na direção do grupo, independente se os via ali ou não, claramente estava em fuga e aquele era o caminho para aumentar a distancia dos seus perseguidores. Porém, ao sair da agua e caminhar dois metros, ela diminuiu a velocidade até parar, percebendo a presença estranha, deu uma meia volta e ergueu a cabeça, que possuía um chifre na ponta do focinho, parecido com o de rinocerontes, e mais dois menores, curvados para a nuca, na onde que deveria ser as orelhas. Entretanto, na outra margem, aquilo que a seguia já estava presente, apenas buscando a melhor mira para seus arcos e lanças negras.

Rubens, Suzie, Don e Henry se prepararam para fugir, pegando as mochilas, e correndo. Tae, ainda ao lado de Cheryl, ainda tentava pensava em uma estratégia melhor, mas então viu o animal, que dava voltas em sua posição sem saber para onde ir, perceber os humanos correndo e voltou a galopar na direção deles, compreendendo que os que estavam ali também iam fugir do inimigo. Nisso uma flecha, pessimamente definida na escuridão, passou pelo estranho quadrúpede e fincou-se no solo próximo de Cheryl e Tae, e, enfim, eles tomaram a mesma decisão dos outros. Contudo, na rota em que iam para entrarem nas sombras da floresta, surgiu uma nova tocha branca bem próxima. Todos ouviram um grito de Suzie ao ser ferida de raspão por uma flecha e Rubens caindo sem qualquer jeito próximo dela. Então quando Henry chegou perto deles para ajuda-los, uma rede de cipós negros e velhos caiu sobre eles, o mantendo juntos e presos. O rapaz tentou cortar as cordas, mas toda a armadilha foi puxada fortemente e o solavanco fez a faca escorregar de sua mão para a escuridão entre os corpos deles.

Enquanto isso, Tae viu Donnatelo mudar a rota e sumir sozinho para a floresta, a seguir ele parou bruscamente quando o grande animal cortou seu caminho, com os mais de dois metros e peso bruto pisando sobre o solo e deixando pegadas fundas. Ele segurou Cheryl rapidamente antes que ela fosse atropelada. Quando o animal chegava à sombra escura da mata, ele freou subitamente e recuou de ré. De volta á pouca luz da lua, Tae viu a corda grossa no pescoço largo do animal e em seguida uma segunda foi lançada envolvendo-o. A criatura empinou-se tentando se livrar daqueles que deviam ser realmente fortes para segura-lo ali.

Então Cheryl segurou Tae pela capa e o puxou para continuarem a fuga. Eles correram poucos metros lado a lado, até ouvirem um zunido rápido cortando o ar e então um pedaço de corda com peso nas pontas envolveu os tornozelos da garota e ela caiu. Antes que Tae pudesse fazer qualquer coisa também foi envolvido pelo mesmo mecanismo, mas na altura da cintura, ficando sem poder mover os braços e com a capa o prendendo mais sem que pudesse usar a faca. Ainda de pé ele pensou em correr, mas foi laçado, e a corda chegou aos seus pés, o puxão o jogou para o chão e a pancada foi o suficiente para deixa-lo inconsciente. Cheryl cortou a corda do tornozelo e arrumando a mochila nas costas notou que Tae não estava acordado, e, ainda de quatro e confusa, ela levantou o rosto com um som próximo e ficou estática.

Se não fosse pelo som dos passos em toda a volta o silencio estaria de volta. O cavalo estranho, de crina sempre levantada, estava contido e uma conversa em dialeto incompreensivo era dito em voz alta e como comemoração, enquanto cutucavam os músculos do animal com lanças e evitavam os coices de revanche. Diante da garota loira havia a maior pessoa que ela já viu. Mas o ser não era humano, apesar de estar ereto como um e possuir os característicos quatro membros, este chegava aos três metros com o alto da cabeça roçando as folhagens e todo o corpo magro e de músculos definidos era pálido com um tom de lilás. Aquilo olhou Cheryl com os olhos grandes e escuros, e não foi preciso mais que isso para ela não se mover, pois mais dois surgiram segurando lanças, facas e martelos - que só eles podiam carregar. Ela se sentou sobre as pernas, sendo apontada por uma lança, e aproveitou da cobertura da capa para esconder sua faca no cós da calça.


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Notas finais do capítulo

Olá! Espero que tenham entendido tudo isso. Hahaha!
Consegui um fato pra cada grupo, exceto o de Sean, que ainda o único fato é que tem o meus personagens, e só. Rs. Desculpem.
Como disse andei pensando no que terá e (tcharam!) é isso que consegui pensar. Sinceramente, eu não sei o que pensar... Gosto de ler historias de ação e ficção, mas normalmente tem algumas aqui que não me surpreende tanto, e as que conseguem o Autor exclui subitamente, e ai eu fico triste.
Mas, enfim, o que quero saber é o que acharam disso tudo, da ação, agitação e tensão? Se escrevi essa parte compreensível ou se tem algo que ficou confuso demais.

Espero que tenham gostado! E comentem para que eu pense no próximo!
Ah, e no próximo teremos o desenho que falei, Ai melhor entenderão desse minha criatura-cavalo.

P.S.: Acabei de assistir Maze Runner-correr ou morrer, que máximo! Vlw Gev por mencionar o livros! Sou fão desse filme agora.
Até!