Sobreviva Ao Seu Destino escrita por Ytsay


Capítulo 12
Eu conheço você.


Notas iniciais do capítulo

Olá banidos! Desculpem pela longa espera. Minhas aventuras estiveram longe desse lugar nessas semanas, vivi no mundo sem internet por problemas pessoais... Mas estou aqui! E esse é o capítulo que preparei, um mais calmo, porém importante no aspecto social e etc. (tá, talvez não tenha um ligação importante, mais eu posso achar e ligar em proximos capitulos).
[Mei Mei! Seja bem vinda! ]
Aniversario de dois meses da Fic! É muito tempo. Obrigada pela companhia!
—Boa leitura!



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Os grupos seguiram para o sul, talvez por instinto ou por que era assim que sabiam que ficariam cada vez mais distante da sua antiga colônia completamente bárbara. Subiam lentamente a colina que ocultava o que haveria no horizonte. A volta deles o silêncio completamente mudo, monótono e frio, era cortado por sons aleatórios e de vez em quando, possivelmente gerados por pássaros, pois vinham sempre do alto e se distanciavam rapidamente, ou por criaturas mínimas que se camuflavam muito bem no meio de tanta plantas.

Louis e Richard andavam na frente do grupo de S-K, mas Rick sempre parava observando alguma coisa nas plantas, no chão ou em alguma arvore, depois voltava quase correndo para acompanhar Louis. Então, em momento, Richard ergueu a cabeça sobre uma planta de folhas largas á esquerda da trilha e se embrenhou no meio dela, sumindo. Louis parou de abrir caminho, com golpes de um galho que tinha pegado, ao ouvir o som, e os outros também pararam esperando se menino ruivo-encachiado ia ressurgir. Esperaram alguns minutos, então D-I chamou-o preocupada. Era um momento tenso com o silêncio total no meio da mata, a tarde já chegava no meio e eles não gostavam de não saber o que houve com um deles. Então subitamente Rick surgiu correndo, propositalmente, e se jogando em cima de Fritz, dois anos mais velhos que ele, para assusta-los. Di se agarrou á S-K, que estava na frente dela, com um grito fino, mas relaxou um pouco quando Richard se sentou em cima do outro rindo quase descontrolado e comentando a cara de pânico que Federico fez.

–Richard, esse lugar já tenso o suficiente!- S-K disse um pouco sério, também tinha se assustado com aquilo, e agora os nervos de todos tinham ficado alterados.

–Era sim! Foi divertido. –respondeu o menino ficando de pé e ainda sorrindo. -Mas eu descobri uma coisa ali! Venham ver.

S-K, D-I, Louis e Fritz o seguiram para meio das plantas. Logo Rick parou em frente ao grupo, observando a reação deles diante do que descobriu, mas o que ele achou não estava nada obvio para os quatro. O espaço em que estavam era basicamente igual aquele do qual vieram, com plantas, raízes, folhas, arvores e verde.

–Então? -Richard perguntou ansioso, esperando a reação deles que permanecia confusa.

–Então que aqui não tem nada demais. -Louis respondeu calmo.

–Isso é porque você quer ver isto. Olhem ali!– o menor indicou um dos lados. -É a trilha de alguém. – e Rick se ajoelhou no chão e, arcando a cabeça para ficar alinhada com o terreno, analisou o que encontrou. –É recente e provavelmente tem mais de uma pessoa. Três ou quatro.

Os outros ainda estranhavam-no, incertos do que Richard via. Mas ao observarem atentamente o lado que ele indicou, notaram a grama baixa amassada, alguns ganhos torcidos, folhas viradas e outros sinais.

–Vamos atrás deles, conhecer mais sobreviventes? Provavelmente não estão tão longe. -Rick perguntou se levantando do chão e olhando para S-K, esperando a resposta do mais velho do grupo.

–E se não for outros, e sim alguma coisa?

Rick olhou a trilha novamente depois da resposta do outro. Tinha certeza, só de olhar, que não era alguma coisa ou criatura, eram pegadas humanas, quatro precisamente, não muito pesados - o que indicava que podia ser garotas ou muitos jovens, não estavam feridos e também mantinham um ritmo continuo de caminhada que não era muito rápido. Mas expor tudo isso que descobriu só olhando e analisando, ia ser mostrar demais sua estranha capacidade analítica e inteligência incomum, então apenas negou o comentário de S-K com um gesto de cabeça.

–Vamos seguir. -Louis falou tomando uma posição.

–Mas acho que quanto menos pessoa no grupo é melhor para sustentar e alimentar. -Argumentou S-K olhando o garoto moreno e mais baixo.

–Talvez. Mas se tiver mais pessoas podemos aprender mais uns com os outros, compartilhar conhecimentos e as habilidades, assim teremos mais chances para conseguir qualquer coisa e até mesmo vencermos criaturas. – foi a resposta bem pensada de Louis, e S-K não teve outro argumento, mantendo o silencio.

–Compartilhar é legal. -Rick disse sorrindo fazendo-os parar de se encarar. -Eu vou na frente!

E assim eles seguiram a trilha recente de um grupo, rastreada por Richard.

[///]

Atrás do sério Tae estavam Henry e Suzie, ainda soltando risos de um fato que tinha passado á pouco tempo. A menina tinha soltado a língua á pouco mais de meia hora e, para infelicidade de Tae, ela correspondia aos comentários do maior achando graça e até soltando algumas piadas com o tema do acontecimento. Tae não estava feliz com a companhia que tinha arranjado, pois parecia que metade do grupo não estava levando a coisa muito a sério.

Han Tae Joon não podia ter previsto que em um dos arbustos do seu caminho havia um bando de mariposas castanhas e pretas que saltariam em sua direção, e nem saber que ia se assustar com o ataque surpresa, ou pior, que não conseguiria reagir quando percebeu que um dos bichos aveludado tinha pousado nos cabelos louros de Suzie, e ele se afastou quando ela deu alguns passos em sua direção preocupada. Por fim Henry percebeu o bicho e tranquilamente o fazer voar dali, depois disso ele ligou os pontos: a expressão de Tae encarando o bicho e o afastamento dele da menina “aeroporto”, e ai começou os comentários entre Suzie e Henry. Cheryl se mantinha distante, ela só não queria ficar completamente sozinha, mas percebia as desvantagens do grupo.

O terreno tinha passado a mostrar algumas pedras de diferentes tamanhos à medida que caminhavam e Tae continuava tentando encontrar coisas uteis, ou ouvir algo além da conversa dos dois que o seguia.

Em um momento Cheryl estava passando por cima de uma pedra levemente alta que cortava o caminho que Tae fazia, e foi subitamente pega no colo por Henry com um conversa de salvar damas. Supostamente ele estava demonstrando um pouco de quem era para Suzie, que sorria junto.

A loira exigiu ser solta logo a seguir e se moveu rapidamente escapando dos braços dele, depois o encarou fixamente.

–Sinceramente, nunca vi tanta ignorância junta! –disse ela séria. -Onde pensam que estão? No bosque no terreno da vovó ou no parque do paraíso?... Não pensem que vão encontrar qualquer coisa fácil aqui, nem que irão viver muito tempo agindo assim. Eu não vou me importar quando sentirem fome, sede ou frio! Levem isso mais a serio ou serão minhas Iscas para qualquer coisa que aparecer.

E sem remorso de suas palavras ela seguiu na direção de Tae, que parou por um momento para ouvi-la e ver a reação dos dois, em seguida ele continuou seu caminho, mas parou. O silencio daquele momento trouxe um som familiar que ele podia não ter percebido. Havia agua corrente por perto. Então Tae seguiu o som rapidamente, motivado pelo pensamento de poder ficar limpo antes que o sol sumisse. Mas a cada passo a mata ficava mais fechada, como se não quisesse que ele descobrisse o regato, até que em um passo ouviu um splash e em mais alguns os arbustos lançou-o para o meio de um riacho raso e em frente a uma praia estreita de pedras escuras e arredondadas. Com as botas na agua, ele observou o lugar e o caminho que o regato fazia para os dois lados enquanto os outros chegavam.

–Vamos descansar aqui. -Tae afirmou e se agachou sobre a agua transparente, observando com atenção antes de qualquer coisa.

–Acha que dá para beber?- Cheryl perguntou ao ver Henry abrir seu cantil, e ele logo parou o que estava fazendo com a pergunta. -Disseram para desconfiarmos.

Tae tocou o liquido corrente com a mão e tirou-a, nada de diferente aconteceu então respondeu:

–Serve para me limpar. -E começou jogando água na roupa e nas botas.

–Tem peixinhos! -Suzie estava um pouco distante deles, arcada sobre o rio. -Se eles estão vivos talvez dê para consumir também.

E de repente ela olhou para o lado do riacho de onde a correnteza vinha, ouvia o som de agua sendo pisada, e logo duas pessoas chegaram se surpreendendo com a garota no caminho. Era um rapaz de pele clara, cabelos loiros curtos e olhos castanhos e o outro era um senhor mais velho, por volta dos quarenta anos, de cabelos com alguns reflexos prateados e pele queimada pelo sol. Os dois perguntaram se poderiam se juntar á eles, já que eles eram o grupo maior, Tae concordou, pois agora teria companhia de homens mais sérios e atentos.

[///]

Insetos começavam as cantorias em algumas áreas pela qual Ross, Charlotte, Yuki e Rose caminhavam, e indicavam que as horas tinham passado e em breve o calor do sol desapareceria.

–Qual a sua idade?- Rose perguntou para a menor do grupo, e única garota do quarteto além dela, que seguia ao seu lado.

Charli a olhou por um momento e respondeu que tinha onze anos, quatro meses, duas semanas e dois dias.

–Nossa você é muito nova! E isso é muito triste. Eu posso te ajudar se precisar. Qualquer coisa é só me dizer, esta bem?

A menor a encarou por um momento, sem parar de andar, e depois apenas virou o rosto pra frente. Não precisava de ajuda, era capaz de se virar sozinha, pois aprendeu a viver assim nessa vida, sem a ajuda do irmão ou de qualquer outro.

Os dois rapazes do grupo delas andavam a frente, derrubando alguns arbustos finos e abrindo caminho. Eles não sabiam exatamente onde estavam indo, mas estavam em busca de um lugar mais aberto onde pudessem descansar, revirar as mochilas e então pensar em um estratégia.

Ross tinha refletido sobre ter aquele pessoal seguindo ele; bem antes do banimento pensou que uma forma de sobreviver era ficar sozinho, talvez, no máximo, em dupla e seria bom se fosse uma garota. Mas os planos não seguiam nenhum padrão, e agora tinha três que o seguia. Não podia simplesmente sumir de perto deles e deixa-lo á mercê da selva, depois iria acabar se lembrando deles e isso o perturbaria, mas por outro lado sabia como ia ser difícil conviver com mais novos e, querendo ou não, cuidar deles. Escolheu o que não queria, mas estava lá com eles.

Yuki diminuiu o passo com o som que veio de trás deles. Charli tinha se desequilibrado ao pular um ganho caído pelo peso mochila nas costas, já tinha ficado de pé com a ajuda de Rose, porém o loiro foi até ela, segurou a mochila e puxou. Charli segurou as alças e disse um “Não. De novo não!”, mas ele não ligou, mantendo a expressão indiferente, e chacoalhou a bolsa até conseguir tira-la dos braços da menina, depois voltou a caminhar para frente, deixando uma Charli muito incomodada e irritada para trás.

–Ele só quer te ajudar. -Rose tentou acalma-la. -Não fica com essa cara. Sei que você estava cansada de tanto peso, até eu estou.

–Eu não sei se ele quer ajudar. Eu nem o conheço. - resmungou a menina encarando sua mochila na mão de Yuki.

–Sério? Eu achei que você fossem amigos ou parentes, sei lá.

Mais a frente, Ross foi sem querer atingido por uma das duas mochilas de Yuki, e quando olhou para o loiro, ele sorriu e não disse nada, só ajeitou a mochila e continuou andando. Depois ele olhou para trás e viu a mais nova sem mochila.

–Podia ter se oferecido para levar a minha antes. –comentou Ross, e desviou de um galho baixo seguindo Yuki. -Espero que a outra garota não pense que vou me fazer de carregador também... A não ser que tenha algum pagamento interessante mais tarde.

Yuki sorriu acompanhando junto com ele. Mas o loiro não estava fazendo aquilo atoa, ou por boa ação, era parte de um plano de sobrevivência que fazia sentido apenas para ele naquele momento, e pelo que parecia para os outros ele era apenas alguém ajudando.

[///]

–Vocês escutaram isso?-Piper falou se certificando pela decima vez se seus ouvidos estavam certos.

Ela e o grupo de meninas tinham andando bastante e finalmente encontraram uma clareira bastante ampla e ainda iluminada pelo sol que sumia atrás das copas das arvores, onde poderiam ficar.

–Ainda esta perguntando daquele grito fino lá trás?- Aurora se virou para ela, enquanto seguiam até um conjunto de quatro rochas amontoadas no meio da clareira.

–É claro. Eu não consigo parar de pensar o que pode ser... Será que era alguém em perigo? Nós podíamos ter ido ajudar. Mas se fosse mais algum animal que não conhecemos e que faz esse som?... É difícil de entender e não entender me deixa tensa, Aurora.

–Podemos pensar juntas. -Alice disse depositando a mochila no local que escolheram ficar, perto das rochas, mas não tão perto. -Se fosse eu gritando, gostaria que alguém me ajudasse. Mas pelo jeito que foi rápido e não durou muito, não daria tempo de ser salva. E se aquilo for um animal, acho que perdeu quatro belas refeições aqui. -e ela riu.

–Não é bom rir, Alice. Podemos ser as próximas quatro belas refeições de qualquer outra coisa que estiver no nosso caminho. -Piper comentou e se ajeitou ao lado da mais velha ainda olhando a borda da floresta. –Mas valeu o elogio.

–Acho que vamos fazer uma fogueira. -Aurora disse ao olhar para o céu e adquiria lentamente um tom violeta e o frio começava a envolvê-las. -Vou buscar alguns ganhos.

–Eu vou com você. -Pietra se direcionou á morena que concordou.

As duas mal tinham andado alguns metros, pegando apenas três pares de galhos secos, quando notaram Piper ficar de pé e logo depois a Alice, as duas olhando a borda da floresta fixamente e com muita atenção.

–Ai Santo!- murmurou Piper para a loira do lado, que segurava a faca pronta para qualquer coisa. -As criaturas nos acharam!

Os ramos dos arbustos da borda da mata se moveram e um menino saiu, assustando brevemente as garotas antes que elas percebessem que era alguém e não algo. O menino as olhou e sorriu ao defini-las próximo das rochas, depois caminhou na direção delas com passos determinado enquanto outro garoto, um pouco mais velho que o primeiro, surgiu e a seguir mais três. Aurora e Pietra retornaram até as duas quase ao mesmo tempo em que os dois grupos se reuniram.

–Eu conheço você! -Piper foi a primeira a dizer, encarando o mais alto do grupo e se aproximando dele para ter certeza que não estava se confundindo com a luminosidade desaparecendo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado, vou estar pensado em algo melhor para o próximo, que seja interessante.
Agora, estive lendo a sinopse e outras coisas, e me parece que essa historia conta apenas a vida de banidos e que todos terão uma morte, entretanto peço que não ache que a coisa se baseia só nisso e fique apenas esperando que tipo de morte o seu personagem terá. Apesar de ter na ficha o termo de morte, não significa que sou capaz de crueldades e que esse é o destino fadado dele. Eu tenho planos, e estou juntando mais alguns de forma que sei onde isso chega, então vou precisar desses meu soldados, inteiros ou pela metade, para executar algumas fases.
Possivelmente, talvez, quem sabe, eu Não tenha mais tempo como antes esse ano. Mas tentarei manter um capitulo por semana.
Sem mais longas: Obrigada por ler!
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