Under blood red moon escrita por lifeisforthealive


Capítulo 4
Tide


Notas iniciais do capítulo

O capítulo acabou ficando pequeno - irei compensar vocês nos próximos.



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Seus dedos dos pé se afundavam profundamente sobre o conjunto de partículas de rochas desegredadas, mas fazia o máximo para acelerar o ritmo, logo o sol iria sair. Enquanto se apressava, observava o grande mar que estava periférico em torno de si, as ondas não tinham muita força ou vigor, batiam delicadamente sobre as rochas. Aquele odor que sentia de praia lhe fazia relembrar novamente, os dias que passou as férias com os Collins, foi uma das únicas semanas depois da faixa etária dos trinta anos que ela ficou totalmente sóbria – e ranzinza também.

Carolyn ainda era uma criança e brincava todos os dias com David, que mal conseguia andar direito. Laura, mãe de David, ainda estava entre eles, mas vivia discutindo com o seu marido que mal dava atenção a própria família.
Julia revira os olhos ao lembrar-se de Roger, pai de David. Esse homem era um canalha, aproveitador, sem-vergonha.

Julia naquelas férias permanecia quase todos os dias sentada na beira do mar solitária, vivia com dores de cabeça de uma ressaca eterna que não a abandonava nunca, não tendo paciência para ter contato com qualquer outra pessoa a não ser na hora das refeições.

Em um dos dias Roger acompanhou Julia pela praia, que se sentia levemente incomodada e irritada. Os dois caminharam enquanto Roger tentava puxar assunto, mas ela em todo o caso, deixava-o no vácuo. Ao passar dos minutos, Julia percebeu que os dois já estavam longe demais dos demais, e que já estava na hora deles começarem a voltar. Ao mesmo instante, Roger tentou tascar um beijo em seus lábios, mas Julia se afastou rigorosamente.
– Está louco da cabeça? – Perguntou Julia indignada. – Você tem uma família, esposa e filho.
– Isso não signifique que eu não possa ter desejos por você. – Roger diz maliciosamente, se aproximando novamente, mas Julia o empurra.
– Não. – Ela diz. – Não quero ser uma de suas amantes. Não tenho atração por você e nunca terei, você me enoja. – As palavras saírem da boca de Julia mais do que ela pensava em dizer, mas não se arrependeu do que disse.
Roger encarou-a com raiva.
– Você deveria ficar comigo. – Ele disse por fim. – Sabe que sou uma das únicas pessoas que teriam interesse por uma alcoólatra sem-graça. – Roger virou as costas, e foi-se embora.

Malditas palavras que ficaram permanentes na cabeça de Julia, ela sabia que era uma alcóolatra sem-graça, mas ninguém nunca havia ousado a falar isso olhando em seus olhos. Sabia também exatamente que era uma alcóolatra exatamente por ter envelhecido, tornando-se uma mulher que não desperta nenhum tipo de interesse ou curiosidade para as pessoas ao seu redor.

Julia saiu de seus pensamentos, se dando de cara com a casa da praia dos Collins. Era uma grande residência rústica que ficava em cima de um morro cercado de briófitas, totalmente úmidas. “Finalmente.” Ela pensa, enquanto nota o sol nascendo. Correu para dentro da varanda, batendo rapidamente na porta de entrada.
– Já vai. – Grita a voz de um homem grosseiramente – A voz era irreconhecível, de Willie Loomis, empregado da casa. – Quem será o idiota batendo aqui as seis da matina? – Willie sussurra para si mesmo.
A porta se abre, Willie arregala os olhos, tremendo da cabeça aos pés.
– Julia? Julia Hoffman? – Ele exclama.
– Estou de volta. – Julia responde, erguendo sua cabeça. – Aonde está Barnabas?



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