TazerSérie 1- Quem matou Mike? escrita por Pedro Teressan


Capítulo 30
Tortura!


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo e estamos próximos do fim, logo a história acaba e vai acabar hoje, não saia do Nyah!



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Ao abrir a porta tive que subir uma escadaria em um corredor iluminado por tochas com o fogo quase extinto, tinha apenas brasas que bastavam para iluminar aquele pedaço de corredor, mas no fim da escadaria havia uma porta, porém guarnecendo a porta havia um homem, ele não demonstrava perigo algum, era idoso, tinha uma barba comprida e grisalha, vestia uma túnica marrom que cobria todo o resto de seu corpo, seu nariz era pontudo, seus olhos azuis, em sua mão esquerda havia um cajado onde na ponta encontrava-se um cristal roxo!

“Tu és Pac?” Indagou o velho com uma voz grossa e poderosa que ecoou por todo o corredor de escadarias.

“Sim, senhor, sou Pac!” Respondi.

“Eu estava esperando-te, pois ensinar-te-ei o que deves fazer na segunda etapa!”

“Sendo assim, diga!”

“SOBREVIVA!” Um estrondo fez com que o mago sumisse!

Abri a porta e entrei.

Era uma capsula gigantesca feita de pedra, parecia muito um iglu das cavernas; não janelas nem nada, era apenas o iglu, iluminado por pedras iluminadas no teto.

“O que você encontrará aqui será o seu provável fim” Disse uma voz que vinha do teto de pedra luminosa!

“Me adiante o que será.” Pedi.

“Serão cinco desafios de resistência e você deverá sobreviver para demonstrar o seu valor. COMECE!”

Duas algemas desceram do teto e prenderam minhas mãos, fui erguido e o chão virou água, uma enorme cratera repleta de água.

“Fácil!”

“Nem tanto, seus poderes foram retirados!”

Tentei controlar a água e ela nem se moveu, a algema me levou para baixo e eu mergulhei na água, o líquido estava cruelmente gelado, mas eu tinha que sobreviver, provavelmente eu iria ficar ali até parar de respirar, porém eu ainda tinha muito oxigênio. Quando vivo, Mike e eu brincávamos de ver quem ficava mais tempo sem respirar e com o tempo eu fui desenvolvendo a habilidade de ter um fôlego ótimo, em uma partida da brincadeira de ficar sem respirar, consegui ficar por seis minutos sem respirar, isso, claro, prendendo até não restar mais nada do meu ar. Mas agora a coisa era mais séria, não se tratava de uma brincadeira onde eu podia voltar a respirar quando eu bem entendesse, agora eu iria ficar totalmente sem fôlego e o pior era que eu nem podia nadar para cima para sair daquela “piscina”, pois eu estava muito fundo, tinha que esperar as próprias algemas me levantarem, mas eu sentia que isso ia demorar.

Cinco minutos depois do meu mergulho, eu ainda estava na água, quieto, sem me mexer para que eu não perdesse o fôlego tão rápido. O ar estava ficando escasso dentro de mim, eu só pensava em Mike e em como ele morrera, depois eu pensava na visão de destruição que a sombra me proporcionava: A fazenda toda destruída, escombros para todos os lados e os meus amigos mortos. Eu tinha que retornar logo para a fazenda e terminar de uma vez por todas com esse caso que me colocara nessa situação de desespero, crueldade e tortura, mas pensando bem, a morte de Mike estava me ajudando, me ajudou a superar meu maior medo: A solidão. Me ajudara a vencer meus medos e tristezas!

Mas tudo fora em vão, pois se a segunda etapa começou com um desafio quase mortal, a terceira seria mortal, porém um pensamento não me deixava desistir, o fato de que Herobrine fora o único que vencera a montanha e se ele conseguia, o que me impediria de conseguir também?

As algemas se levantaram, eu pude respirar novamente, comecei a arfar, meu coração batia rápido demais, meu peito se enchia de ar e soltava tão rápido quanto meu coração.

“Ótimo! Você se saiu bem.” Disse a voz no teto “Vamos para o próximo desafio.”

Nem tive tempo para respirar direito e já fui levado para o próximo desafio que pelo visto era algo de prova de força.

As algemas me desceram entre duas paredes, uma passarela bem estreita, mas era uma passarela!

As duas paredes começaram a se fechar, eu não sabia de eu corria ou se forçava as paredes, mas tentei força-las, tentei esticar o braço, empurrar as paredes, mas parecia não fazer efeito, meus braços se encolhiam cada vez que a parede se aproximava mais de mim, meus ossos estalavam, eu não iria conseguir aguentar aquilo por muito tempo.

Meu suor começou a escorrer, uma gota desceu pela minha testa e caiu no chão, seguida por muitas outras. Senti uma dor muito forte, meus braços haviam sido quebrados, senti os ossos sendo moídos, dilacerados completamente! Mas as paredes não paravam de se aproximarem de mim, olhei para as duas e para cima, só havia uma coisa a se fazer.

Pulei em uma parede e impulsionei o pé para a outra parede, depois impulsionei o pé da segunda para a primeira novamente e fui fazendo isso, escalando dessa maneira e em pouco tempo eu estava no topo. As algemas me levaram para uma passarela!

“Você está sobrevivendo, mas sobreviva nessa terceira prova!”

Eu não sabia que prova era, nem se era possível sobreviver a ela, mas de repente o chão atrás de mim começou a cair, bem, uma prova de velocidade? Fácil!

Corri disparando pela plataforma, mas percebi que o chão começou a cair mais rápido, diminuí a velocidade e o chão começou a cair mais lentamente, eu estava controlando a velocidade que o chão caía, se eu corresse mais rápido o chão cairia mais rápido, se eu corresse mais devagar, o chão cairia mais devagar, não tinha como evitar aquilo. Corri mais rápido e o chão caiu mais rápido, porém parecia que a plataforma era infinita, nunca chegava ao fim.

Tropecei.

Caí no chão, mas a plataforma não parava de cair, ela se aproximava de mim cada vez mais, me levantei e continuei correndo, mas o chão continuou caindo. Parecia que a plataforma nunca acabaria, ela não tinha um fim e logo eu ia ficar se fôlego, o que resultaria no meu fim.

Meus brações estavam quebrados, minhas pernas doíam de cansaço, meu pé doía por causa da pedra que eu chutara e tropeçara, os ossos dos meus braços latejavam, o chão caiu logo abaixo dos meus pés!

Mergulhei na lava, o lugar se esquentou muito, mas caí numa piscina que amorteceu minha queda.

“Você está começando a acabar com a minha paciência!” Falou a voz do teto.

“Minha especialidade.” Respondi!


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Notas finais do capítulo

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