TazerSérie 1- Quem matou Mike? escrita por Pedro Teressan


Capítulo 23
A máquina de calor


Notas iniciais do capítulo

Saiu mais um capítulo é o capítulo mais longo, por enquanto, mas muitos me pediram capítulos longos, então...



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Minha sorte só piorava, eu acabara de matar a única pessoa que sabia como sair daquela caverna, mas eu ainda mantinha o meu sonho de conseguir a armadura perfeita para voltar à minha fazenda e derrotar quem matou Mike.

“E agora, senhor?” Perguntou Joilson.

“Primeira coisa: Não me chame de senhor! Segunda coisa: Vamos seguir em frente, Gland escreveu aqui que ele deixou pistas no caminho, se a seguirmos podemos encontra a saída. Terceira coisa: Que máquina é essa que tem calor maior que 200 cº, ela existe?”

“Existe sim, senhor, mas ela está muito bem escondida.”

“Quero acha-la!”

Começamos a revistar todo o salão, busquei nos relatos de Gland, mas não achei nada que me dissesse onde estava a arma, a minha lógica era muito simples: Se a arma tiver tanto poder quanto dizia no relato, ela poderia servir para o bem ou para o mal, sendo assim, se eu não pegasse a arma, alguém poderia pegar e essa pessoa poderia não ser tão boa!

Ouvi um ruído, um som sinistro que poderia ser qualquer coisa. Avistei uma luz branca no fim do túnel seguinte, uma luz na forma de uma pessoa, um homem.

Aproximei-me da figura luminosa e descobri quem era: Toin, o pai de Gutin.

“Pac, vim lhe ajudar nessa jornada!”

“Toin, o senhor totem? O senhor pode me ajudar?”

“Poder, não posso, mas eu quero te ajudar, porém com uma charada!”

“É sempre assim, tem que ter a charada, diga, senhor, qual é essa charada?”

“O caminho está na escuridão. Para esconder as sombras, há um alçapão. Diante da caverna cria-se um ladrão. Não há amigos verdadeiros na montanha da perdição!” Nitug sumiu.

Voltei para o salão onde os homens-animais-livres procuravam a máquina de queimar. Eu desconfiava de tudo e de todos agora.

Um som ecoou do fundo do túnel que Toin aparecera, não era um som humano, era um grunhido feroz, zumbi! Três criaturas verdes surgiram da escuridão, os olhos totalmente negros, um cheiro podre de carne estragada, um grunhido faminto. Os homens-animais olharam para os mortos-vivos.

“Joilson, achou a máquina de calor?”

“Não, meu senhor.”

“Então vamos ter problemas!”

Dois homens-animais partiram para cima dos zumbis, por um momento eu achei que eles iam morrer, mas os dois homens saltaram em cima dos zumbis e começaram a mordê-los cruelmente até a morte dos três monstros.

“Problemas, senhor?” Disse Joilson.

“Continuem procurando” Falei com um sorriso “Mas vocês dois vão vasculhar a caverna, qualquer coisa vocês matam!” Os dois homens saíram para a escuridão.

Os dois homens voltaram assustados.

“O que houve?” Indaguei.

“Dois homens estão vindo, tentamos mata-los, porém eles tinham algo grande, era uma esfera de metal azul com pontas afiadas e um visor.”

A descrição chamou a atenção de Joilson.

“Essa é a máquina, meu senhor.”

“Temos que matar esses homens.”

“Matar-nos? Caí dentro, garoto.”

Os dois homens vestiam macacões de couro e um chapéu amarelo com lanterna, o rosto estava coberto de poeira e nas mãos dos homens haviam picaretas de ferro, porém na mão de outro minerador havia uma máquina como descrevera o homem-animal. Os mineradores fizeram uma demonstração da máquina, eles apontaram-na para um homem-animal e apertaram um botão no visor, as quatros pontas começaram a girar em torno de um centro azul, as pontas ficaram vermelhas e da esfera azul saiu um raio de luz vermelho, o raio foi na direção de um homem-animal que começou a se debater enquanto os mineradores ficaram rindo incansavelmente.

Hora de lutar.

Corremos na direção dos dois homens, eles nem saíram do lugar, apenas ligaram a máquina de calor e fritaram os homens-animais, porém havia algo estranho ali, nos relatos de Gland a máquina usava uma manivela, mas a máquina de verdade estava usando um painel com botões, havia apenas uma pessoa que poderia mudar aquela máquina, uma pessoa inteligente o suficiente, o criador da máquina, Herobrine.

Exatamente, Pac. Disse uma voz fria na minha mente. Eu estou na sua frente, muito mais inteligente que você, vou te matar.

Uma onda de calor me atingiu, comecei a ficar com dor de cabeça, suor escorreu de minha testa como se fosse uma cachoeira. Olhei para os mineradores, a arma estava mirada em mim.

Minha visão começou a ficar vermelha, minha testa começou a esquentar muito, senti milhares de bolhas surgindo pelo meu corpo, era meu fim.

Eu aprendi que uma pipoca não se sente bem no micro-ondas, é muito doloroso ser assado, as risadas dos mineradores estavam abafadas no meu ouvido o que me deixava ainda mais agonizado.


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Notas finais do capítulo

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