Eu só queria você pra mim escrita por Beatriz Santos Silva


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Revelações e muito amor está a solta neste capítulos. Aproveitem my loves!
Não seja mais um leitor fantasma, faz um continha no Nyah, e conta pra mim o que você está achando da fic, e suas sugestões também são indispensáveis! Beijos e boa leitura!



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POV BEATRIZ

Diego ficou paralisado olhando pra mim, sem dizer nenhuma palavrinha se quer. Apenas abaixou a cabeça.

– Veste uma roupa, só pra começar! – eu digo, pois ele estava sem camisa.
– Tô bem assim! – ele diz indo em direção à janela.
– Que seja... Não vai me responder? – eu pergunto.
– Você não entende que vai ser melhor pra todo mundo? – ele fala vindo em minha direção.
– Não, eu não entendo. Eu não estou bem, você também não. Não vejo como isso pode ser bom pra alguém... – eu digo e a primeira lágrima rola pelo meu rosto.
– Ta vendo? Não quero ver você sofrer! – ele diz secando a lágrima teimosa.
– Então fica comigo! Eu te disse que ia lutar por isso. Se não falei nada com minha mãe, é porque ali não era o momento! – eu digo me aproximando dele.
– E o seu irmão? Ele me odeia. – ele diz.
– Já conversei com ele, ele não prometeu te amar, mas acredito que eu e Nat tenhamos colocado alguma coisa que preste na cabeça dele. Ele é uma pessoa boa. Acredite... – eu digo pegando em sua mão – Você não pode desistir de uma coisa que nem começou ainda.
– Nem se eu quisesse. – ele diz beijando minha mão - Se você não viesse me procurar, certamente eu iria atrás de você... – ele diz e eu sinto suas mãos envolverem minha cintura, colando totalmente nosso corpos, nos olhamos por mais alguns segundos e então... O beijo.

Meu coração sem sombra de dúvidas estava espancando o peito de Diego. O beijo não tinha nada de calmo, era como se fosse o último beijo de nossas vidas, era como se nossa vida dependesse daquele momento, e não existisse mais nada e nem ninguém. Só nós dois! Por alguns instantes esquecemos que eu era menor de idade, e que querendo ou não eu era uma menina pra ele, sozinhos em um quarto, nos beijando e ele sem camisa, qualquer um acharia isso um absurdo... Já não tínhamos mais nem noção de quantos minutos durava aquele beijo, saímos do beijo por pura e infeliz necessidade de respirar.

– Eu... – eu tento dizer alguma coisa incrível depois e um beijo desses, mas pela graça de alguma força superior alguém bate na porta, impedindo que eu diga alguma besteira.
– Podemos entrar? – Nat e K dizem em uma só voz.
– Claro minhas princesas! – Diego diz e elas entram no quarto, eu me dirijo ao espelho pra arrumar o cabelo que está um caos.
– Di!!! – Karina diz animada pulando no colo do irmão.
– Ela tava reclamando que você não deu nenhum beijinho nela hoje. – Nat diz cumprimentando Diego.
– Ah é? Peraí... – ele a joga na cama e começa a dar vários beijinhos em meio a cócegas.
– Hey Di, ela tem o cabelo bem bonito né? – Karina diz baixinho depois da sessão de cócegas, porém eu e Nat ouvimos tudo e eu dou um sorriso bobo.
– Tem sim! Mas o seu também é! – ele diz.
– Mas o meu é preto! – ela diz, mas a cor do cabelo dela é um chocolate avermelhado, quase ruivo.
– Vocês podiam almoçar com a gente né? – Diego nos convida e eu lamento.
– Poxa Di, nem vai dar! – eu digo.
– É, vamos pra São Paulo daqui a pouco, só passamos aqui porque tinha alguém bem desesperado. Entende? – Nat diz me abraçando de lado e eu beijo sua bochecha.
– São Paulo? – ele pergunta surpreso – Mas voltam?
– Mas é claro! É que eu e o Alan vamos tocar no casamento da Tia deles! – Nat explica.
– Mas amanhã estamos de volta! – eu complemento.
– Ah... – Karina lamenta.
– Vamos Nat?! – eu digo.
– Vamos, você nos leva até a porta mocinha? – eu digo a Karina.
– Claro Bia! Você é linda! – diz dando um beijinho em minha bochecha, essa garotinha encheu meu coração de amor em poucos minutos – Ah, e você também Nat, é minha loira preferida! – ela diz indo em direção a Nat e abraçando suas pernas, Karina tinha apenas 4 anos.

Diego veste uma camisa e desce com Karina para nos levar até a porta, na verdade, até em casa, ele insistiu tanto que acabamos deixando ele nos levar, como combinado ele nos deixou na casa de Nat. De lá ele disse que iria levar Karina em um parquinho.

POV NATHÁLIA

Ao entrarmos em casa vimos meu pai e Helena conversando na maior intimidade. Será? Não, deve ser coisa da minha cabeça... Helena já havia trazido as coisas dela, de Alan e Bia, pois meu pai iria nos levar até a rodoviária, logo depois Alan chegou, almoçamos e partimos pra rodoviária. Chegamos em cima da hora e logo embarcamos, passamos a viagem bem animados, foram em média 5h de viagem.

Quando desembarcamos em São Paulo, Cida, Tia de Alan e, irmã do pai deles nos esperava. Apresentamos-nos e nos dirigimos até a casa de Mylena para nos arrumarmos, pois tínhamos pouco tempo, e eu nem conhecia o piano que eu ia tocar ainda.

Eu, Bia e dona Helena fomos para um quarto e nos produzimos lá, eu estava vestida num vestido longo azul claro com um leve decote e aberto nas costas e dos lados, um salto preto, os brincos eram pequenos brilhantes e o cabelo era um estilo de coroa de trança, Bia fez em mim uma leve maquiagem e eu já estava pronta.
Bia estava num vestido rosa bem claro, curto, e rendado no busto, ondulou as pontas do cabelo com o modelador de cachos e eu fiz uma trança em cascata nela, os brincos eram pequenos e a sandália era branca, a maquiagem foi mais carregada para o preto, porém esse brilho todo não conseguia ofuscar o brilho de seu coração, ela estava tão feliz por ter feito as pazes com Diego que olhando em seus olhos era possível ver que a cada palpitada de seu coração era o nome dele que soava.
Dona Helena vestia um vestido vermelho longo, e um salto não muito alto preto, fiz nela uma maquiagem bem discreta, ela preferiu deixar o cabelo solto, então modelamos alguns cachos nela que estava com um corte repicado e ficou lindo. Estávamos prontos, quer dizer, nós...

(Vestido das três)

POV NARRADORA

As meninas estavam deslumbrantes, Nathália e Alan tinham que estar mais cedo no jardim da casa onde se realizaria o casamento, estava tudo lindo. Nathália foi a primeira a chegar ao local onde os músicos ficariam. O piano já estava lá, era um belo piano de calda branco, enfeitado com algumas rosas brancas e pétalas ao seu redor, Nathália sentou no banquinho e começou a tocar as respectivas músicas do casamento, apenas balbuciava algumas frases. Em seguida Alan chega, vestido num terno preto com uma gravata azul da mesma cor do vestido de Nathália pois foi o que eles combinaram, porém ainda não tinham visto a roupa que ambos vestiriam. Ao perceberem a presença um do outro, se olharam e ficaram alguns segundos sem dizer nada, apenas admirando a beleza um do outro.

– Quer saber qual é a minha cor preferida? – Alan pergunta.
– Sim! – Nathália assente.
– A dos teus olhos! – ele diz e deposita um leve beijo em sua testa.
– Obrigada! – ela diz sem graça.

No fundo, Nathália queria aproveitar todo aquele clima de casamento e fazer o que seu coração mandava, se entregar definitivamente a uma história de amor mais séria com Alan. Mas o medo, como sempre, a impedia de tudo... Inclusive de ser feliz.

– Bom, temos meia hora pra passar as músicas! Vou pro meu violão! – ele diz.

Eles passam todas as músicas, enquanto os restantes dos convidados chegam. Logo, se dá início à cerimônia. Saiu tudo lindo, como sempre é quando Nathália e Alan estão juntos. Nathália tocava com toda a verdade de seu coração, como se estivesse tocando e cantando não tão somente para deixar a cerimônia agradável, mas para algo específico, alguém específico... Alan não era diferente, cada vibração das cordas, era seu coração dizendo: “Nathália, Nathália, Nathália...”.

Ao fim da cerimônia, iniciou-se a festa. Muita musica, muita dança, muito amor...

– Você me concede esta dança?! – Alan intima Nathália.
– Só essa! Depois temos que arrumar as coisas, esqueceu que nosso embarque é em poucas horas? – ela diz e ele a puxa para o meio do salão.
– Não, minha linda! – ele diz.
– Eu amo essa música!!! – ela diz animada ao ouvir a música que eles vão dançar.

“Let me inside where the stars they won't find everything
Cramped in a space
It's my kinda race though you're feeling me chase you down
Put on a nicer change of clothes I'm
Casual inside but no one knows I fall into this craving

And these wonderfully dull days
They all feel so far away
And I've stretched my skin to the nail

But no, way, out from the inside of trains, wreck
All we remember, you hope
It's just where we left it through your window pain”


Enquanto tocava a música, eles conversavam:

– Nat, queria te fazer uma pergunta! – Alan inicia depois de minutos de silêncio.
– Pode fazer! – ela diz com os braços entrelaçados em volta do pescoço de Alan.
– Eu sempre quis tocar nesse assunto, mas você nunca quis falar sobre, porém eu acho que temos intimidade o suficiente pra falar disso agora. – Alan diz.
– Fala logo. – Nathália diz séria.
– Gostaria de saber daquele seu namoro! – ele diz.
– Não acredito que você vai me fazer lembrar de uma das piores épocas da minha vida! – ela diz soltando-o e cruzando os braços em seguida.
– Nathália a gente é amigo, melhores amigos, até mais que isso... – ele diz tentando convencê-la a se abrir.
– Eu nunca falei sobre isso nem com a Rê, não sei se me sinto a vontade. Logo agora Alan, a gente ta num casamento, era pra ser legal. – Nathália protesta.
– Vamos entrar! Temos que arrumar as coisas, e aproveitamos pra conversar! – ele diz pegando em sua mão e levando-a para dentro da casa.

Eles chegam até o quarto onde estão suas coisas e sentam-se em um divã grande e confortável.

– Pode começar! – ele diz.
– Bem... – ela começa – Henrique, era o nome dele. Não foi meu primeiro namorado, mas foi meu primeiro homem! Tive pequenos envolvimentos antes dele, porém ele foi o único que durou um pouco mais. Éramos parecidos em muitas coisas, ele adorava me ouvir cantar, e eu adorava as coisas que ele escrevia. O problema, era que certas vezes ele demonstrava uma frieza incrível, como se eu fosse uma máquina pra ele, enquanto eu estivesse fazendo bem o meu papel de namorada estava tudo ótimo entre nós, mas quando por algum motivo eu estava frágil e acabava por não corresponder as expectativas dele, ele mudava completamente. Eu tinha 16 anos, era normal que um dia eu estivesse bem e no mesmo dia mais tarde eu estivesse mal, mas ele não entendia isso. Ele era um homem e queria uma mulher, mas eu era apenas uma menina. Apesar dele ser uma ótima pessoa, ele não demonstrava o sentimento que todo namorado deveria ter pela namorada. Quando fizemos uns 4 meses de namoro, ele começou a me pressionar para... Você sabe o que. Minha vontade era sempre agradá-lo, para ver se as coisas melhoravam entre a gente, porque eu gostava dele de verdade e queria sempre vê-lo feliz. Então depois de tanta insistência, eu cedi. – Nathália diz e seus olhos enchem de lágrimas – E foi a pior escolha que eu poderia ter feito na minha vida, não posso negar que ele me tratou como uma princesa, mas o problema foi no dia seguinte...
– O que houve no dia seguinte?


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Notas finais do capítulo

CHOQUEI!!!! Dêem aquela comentada, bjoos *-*



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