A Place In This World escrita por Emily S Valentine, Madge Valentine


Capítulo 2
Chapter One Part 2 - Brand New Day


Notas iniciais do capítulo

Emily: Hey queridos leitores (se tiver algum lendo isso). A segunda parte do capítulo já está postada e esperamos reviews em ambas, ok?
Madge: Por favor, sejam bonzinhos, essa é nossa primeira fanfic e as expectativas estão altas em relação as reviews.
Emily: Nos vemos lá embaixo!



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POV. Katniss Everdeen.

Mais um dia de aula, bleh! Eu sei que todos vão dizer: “ - Mas Katniss, esse é apenas o segundo dia de aula.” Não importa, para mim os mais importantes são o primeiro e o último, é claro. Olhei para o relógio que marcava 7h00min. Oh, droga, praticamente atrasada. Levantei-me preguiçosamente e escutei uma movimentação no lado de fora da casa. Ri do fato, movimento nesse fim de mundo é um milagre. Fui até a janela e vi que a casa à venda ao lado da minha estava aberta. Opa, vizinhos novos? Deus! Quem ia se mudar para esse fim de mundo? Onde Judas perdeu as meias, porque as botas ele perdeu algumas cidades atrás. Realmente, quem iria querer vir morar no pequeno condado de Tennessee? Aqui em Perry, Linden?! Alguém que perdeu o juízo, certamente. Ou talvez fosse alguém daqui mesmo mudando de casa. Mas da maneira que essa cidade é pequena e todos ficam sabendo de tudo, era bem capaz de saberem até a data de nascimento do cachorro dos meus novos vizinhos. Parei de imaginar teorias sobre a casa ao lado e fui me arrumar. Fiz minha higiene matinal, coloquei qualquer roupa que achei no closet e desci as escadas com preguiça maior do que quando acordei.

– Bom dia! - Disse Effie, minha mãe.

– Seria um bom dia se eu pudesse continuar dormindo. - Respondi sem humor algum, era incrível como minha mãe ficava bem humorada pelas manhãs e isso parecia me irritar mais do que deveria.

– Ah, docinho, não diga isso. É apenas o segundo dia de aula. - Respondeu ela usando o apelido que Haymitch, meu pai me dera. Não sei porquê isso realmente me irrita. Oh, se eu ganhasse na loteria por adivinhar que ouviria aquela frase logo pela manhã. Não respondi e apenas me sentei ao seu lado à mesa.

– Não seja tão mal humorada Katniss, hoje é um lindo, lindo dia!

Oh Deus, como aquilo me irritava. Fingi um sorrisinho irônico e então ela parou de tentar puxar assunto. Até parecia que minha mãe não sabia de meu belo humor matinal, ela me conhecia há 17 anos! Coloquei um pão em meu prato e comecei a comer. Também não gostava de cafés da manhã, não sinto fome nenhuma, mas era um esforço que fazia para ver minha mãe um pouco menos preocupada. Ela poderia ser meio avoada, mas era amorosa de qualquer maneira. Apenas não conseguia receber esse amor pela manhã. Terminei meu café e subi para meu quarto escovar os dentes. Era realmente um lindo dia, apenas não queria admitir isso a mim mesma. Peguei minha mochila e desci as escadas.

– Tenha um bom dia querida! - Disse minha mãe, apenas sorri de volta me dirigindo à porta.

– Oh, viu que teremos novos vizinhos?

– Vi sim, imagino quem seria o louco de querer se mudar para Linden. - Rebati.

– Como sempre, com seu bom humor matinal, não é Katniss? - Disse Haymitch.

– Oh papai, você me conhece tão bem! - E ele realmente conhecia. Com a mão já na maçaneta da porta, soprei um beijo para ambos e fui a caminho da escola. Já eram 07h45min, estava muito atrasada e decidi que não passaria hoje pela casa de Finnick para irmos juntos.

Finnick Odair é meu amigo de infância. Ele é meu vizinho da diagonal. Minha mãe sempre foi muito criativa e antes mesmo que eu nascesse ela já tinha uma pequena loja de roupas. Quando estava grávida, a mãe de Finnick coincidentemente também estava e ia comprar algumas roupinhas de bebê na loja. Desde então, tornaram-se grandes amigas e como Effie gosta de falar pouco, passavam horas a fio conversando sobre seus filhos e dizendo que iriam brincar juntos. Realmente brincávamos, mas ele é dois meses mais velho. Nossa amizade sempre foi como dois irmãos que se odeiam mas não ficam sem o outro. Quando algo sério acontece ele sempre está aqui para me ajudar e eu tento retribuir da mesma maneira. Finnick é muito conhecido em Linden. Muito mesmo! Não duvido se o Condado inteiro de Perry o conhecer. Tudo devido aos seus cabelos dourados e olhos que nos permitiriam ver o Oceano através deles, são tão verdes! (Já eu tenho olhos acidentados, meus cabelos agora são loiros, não gosto nem de comentar da cor antiga.) Sim, meu melhor amigo é o cara da escola, e eu sou apenas ninguém - mesmo que ele insista em dizer que os caras se jogam aos meus pés e que ele tem trabalho para manter todos afastados.

Estava quase chegando à escola quando avistei Finnick rodeado pelos garotos do time de futebol. Ele era o Capitão, é claro.

Um sorriso se abriu em seu rosto e ele veio em minha direção, se afastando dos outros. Finnick dizia odiar os comentários que faziam sobre mim, então nunca me deixava muito próxima a eles.

– Bom dia Katzinha! - Revirei os olhos.

– Péssimo dia, Finnick. - Ele parou em minha frente.

– Ah, Katzinha, qual é? Olhe só para esse céu azul e essas nuvens branquinhas! Posso até ver um unicórnio naquela ali! - Disse apontando para uma que parecia mais uma caneca do que qualquer outra coisa.

– Oh, é Finnick, parece mesmo um unicórnio. Você e sua imaginação fértil. Mas para todos os efeitos, bom dia para o senhor também. - Disse indo em direção a porta de entrada do Linden High School.

– Mas é uma anã mal-humorada mesmo. - Escutei isso quando estava a dois passos dele. Girei nos calcanhares.

– Odair. - Chamei-o.

– Sim? - Ele virou-se.

– Antes que eu me esqueça, vá à merda. - Girei novamente e subi as escadas passando no meio do time inteiro de futebol e dizendo oi para metade dos garotos. Podia ouvi-los murmurar milhares de coisas quando estava mais longe e virei para olhar Finnick. Mandei uma piscadela e vi sua expressão séria, isso me fazia rir. Eu era a irmã que Finn não teve e ele meu irmão que morava do outro lado da rua. Fui até meu armário checar quais aulas teria. A primeira aula era de biologia, com algum professor que não lembro o nome, mas sabia que era a mesma aula de Finnick. Fui caminhando até a sala e quando me sentei em meu lugar. O sinal bateu e os alunos começaram a entrar preguiçosamente em pequenos grupos, algumas meninas rindo e conversando. Todos diziam bom dia uns aos outros, afinal, estávamos juntos na mesma classe há muito tempo. Logo vi Finnick entrar e sorrir para alguém atrás dele. GLIMMER! ARGHHH! Como eu odiava esse ser e como sabia que o sentimento era recíproco. Ele se sentou ao meu lado e ela mandou um sorrisinho irônico para mim. Estava me virando e levantando meu dedo do meio para ela quando Finnick segurou meu braço.

– Segura o sucesso aí, Katy Perry. - Sim, ele me chamava assim por morarmos em Perry, por meu nome ter as mesmas iniciais e por eu gostar da cantora. Continuei olhando para trás até ver Glimmer se sentar afastada e então fiquei aliviada. Glimmer era o tipo de garota nojentinha que existe em todas as escolas. Era fútil, não era bonita, mas seu pai tinha dinheiro e era dono de lojas fora do Tennessee, algumas até em New York. Ela vivia viajando nos finais de semana e não sei porquê continuava morando aqui. Alguns diziam que deveria ser por sua mãe preferir cidades pequenas, mas algo me dizia que eles não estavam tão bem assim. Suspeito que algumas lojas estão falindo e seu dinheiro acabando... Afinal, em uma das vezes que Glimmer dizia estar indo para Paris no final de semana, a vi sentada no gramado de sua casa e quando ela me viu, correu para dentro. Era por isso que ela me odiava tanto. Primeiro: eu tinha Finnick como melhor amigo e o mesmo me protegia até a morte. Segundo: Ela sempre tentava chamar a atenção dele, mas o mesmo nunca esteve a fim dela. E por fim, eu sabia seu segredinho.

Não notei o dia passar. Fiz algumas anotações, prestei atenção nas aulas, ignorei as piadinhas idiotas dos alunos sobre as matérias, e assim foram minhas três primeiras aulas.

Caminhava para o refeitório, já estava com fome. Entrei na fila, escolhi um sanduíche natural, uma maçã e um suco enquanto ia em direção a mesa de Finnick, Madge e Gale. Madge era uma garota adorável e de todas que conversava ela era a única com quem eu poderia contar sempre. Gale era seu namorado, amigo de Finnick, fazia parte do time de futebol da escola e tinha o poder de deixar algumas meninas babando, mesmo que todas soubessem sobre sua namorada. Ele era alto, pele um pouco bronzeada, corpo muito, mas muito musculoso e era super simpático. Madge e ele se apaixonaram ainda quando criança, mas era aquela coisa infantil: ele enchendo o saco dela e ela sempre braba com o mesmo. Às vezes ela dizia odiá-lo, mas aos 13 anos engataram o namoro e desde então são o casal mais fofo do colégio. Sentei-me ao lado de Madge que sorria me dizendo bom dia. Retribuí da mesma maneira agradecendo pelo mau humor já ter ido embora. Gale estava sentado a sua frente.

– Hey Catnip! Fiquei sabendo que mandou seu amigo à merda. - Revirei os olhos e notei que a cadeira a minha frente estava vazia - a cadeira que Finnick costumava ocupar.

– Oh, Finnick ficou magoado? - ri levemente e logo o avistei andando com a bandeja de lanche nas mãos, nada além de uma maça na mesma. Ele logo se sentou a minha frente.

– Então o senhor galanteador foi mandado à merda hoje? - Disse Madge rindo.

– Depois de um tempo você se acostuma com as demonstrações de amor constantes da Katzinha. Não é, meu amor?

Quase me engasguei com um pedaço de sanduíche, e quando terminei de comer, disse:

– O seu ego está aguçado hoje, não Odair? Oh, ele é aguçado, esqueci desse fato. - Ele apenas revirou os olhos.

– Calma aí, como você sabe disso, Madge? - Ele esperava a resposta e de repente ele olhou para Gale e sua expressão era como "AH! Desvendei o mistério!". - Seu maldito, é pior que as fofoqueiras aqui da escola. - Rimos do comentário, menos Gale que se manteve sério.

– Como você é lento, Odair! - Todos concordaram com meu comentário e a expressão dele se tornou carrancuda.

– E Finnick, não fale assim do meu namorado. Ele não contou nada, apenas perguntou a Kat sobre o ocorrido. - Disse Madge enquanto concordei com a cabeça.

– É a verdade. E não esquenta, eu posso te mandar à merda o tempo todo na frente de qualquer um, assim você não vai ficar brabinho por ver o Gale falar sobre isso, todos estariam falando. - Eles riram do meu comentário e como sempre Finnick não os acompanhou.

– E eu posso lhe chamar de meu amor e KitKat o tempo todo e dizer que você diz isso apenas para me provocar. - O fitei com os olhos semicerrados e ele entendeu o que eu queria dizer. Ele citara os apelidos que mais odiava em toda a face da Terra. Finnick sempre os usava para me irritar.

– Como cão e gato. - Disse Madge esticando a mão sobre a mesa para tocar a de Gale.

– Estranhe-os quando não discutirem. É apenas uma forma de demonstrar amor. - Gale disse pegando a mão de sua namorada. Ri do comentário. Apesar de tudo, não suportaria uma vida sem o Odair para me aborrecer, assim como acredito que ele não também não. Somos irmãos, isso é fato.

– Cortando o assunto dos pombinhos - começou Finnick - vou ganhar vizinhos novos, acreditam?

– Como se fosse apenas em frente a sua casa, não é? - Disse realçando o fato de que a casa ficava ao lado da minha e de frente para a de Finnick.

– Você entendeu, Catnip. - Disse usando o apelido que Gale me dera. Até hoje não entendo qual o motivo.

– Só quero saber quem é louco de se mudar para Linden.

– KitKat e seu sonho de sair da pequena cidadezinha para qualquer outra fora do Tennessee. - Madge disse. Não que eu não gostasse do Tennessee, não gostava do fato de Perry ser tão pequena. Mal conseguia esperar o dia de ir cursar música em alguma universidade da cidade grande. Talvez, quem sabe, até em Julliard? Ri do pensamento e vi uma mão estalando seus dedos em minha frente para chamar minha atenção, era de Madge.

– Oh sim, voltando ao assunto – comecei - esse sonho vai se realizar no começo do ano que vem, como todos sabem. Não estou trabalhando duro desde meus 14 e guardando dinheiro desde os 10 para continuar aqui.

– Sabemos disso Kat, e sabe que vai fazer falta, não sabe? - Disse Madge.

– Vocês quem deveriam repensar, assim todos poderíamos ir para a mesma universidade. Ou para a mesma cidade, até poderíamos dividir nossa casa. - Madge olhou para Gale com a expressão de quem pergunta se poderia ir junto. Ela sempre comentara comigo sobre seu sonho ser o mesmo que o meu, e originalmente esse sonho era nosso. Mas desde que Gale entrou definitivamente em sua vida seus planos mudaram.

– Não quero viver longe de você. - Gale disse a ela. Oh Deus, como esses dois eram fofos!

– E você não precisaria. Sabe que pode vir morar junto conosco, como a própria Kat disse. - Ela acariciou a mão dele. - Você é o segundo melhor jogador da liga de futebol daqui, sabe que conseguiria uma bolsa de estudos fácil. - Ele parecia pensativo, entretando apreensivo. Madge esperava uma resposta, porém, ela não veio e a garota apenas separou suas mãos e voltou a comer. Fiz o mesmo que ela, terminando com meu lanche. Finnick estava comendo sua maçã preguiçosamente e Gale de cabeça baixa. Finnick tombou a cabeça para o lado, me dando um aviso para sairmos, para dar espaço ao casal. Concordei e me despedi de ambos, que responderam com um tom tristonho.

– Eu deveria ter ficado calada. - Disse me sentindo culpada pela atmosfera desconfortável que acabamos de deixar atrás de nós.

– Não foi sua culpa Catnip, relaxa. Você sabe que ela sempre teve o mesmo sonho que você e ele nunca pensou em sair daqui. Mas eles vão achar um jeito, sempre acharam.

– Espero que achem logo. Finni - disse chamando-o pelo apelido que ele odiava, a marca de balas. (http://www.superprix.com.br/content/images/thumbs/0001851_bala-fini-regaliz-tubes-acido-morango-80g.png) – Já pensou em ir comigo? Afinal, assim como Gale conseguiria uma bolsa de estudos, você também. Você é o Capitão do time. - Sua expressão era vazia. Ele nunca gostou muito da ideia.

– Oh, Kats, diferente desses dois, quando você pegar o avião para ir embora, eu estarei soltando fogos de artifícios em comemoração. - Soltei um riso estridente de seu comentário. Ele nunca conseguiria ficar um dia sem falar comigo.

– Oh Finni, você não consegue ao menos ficar um dia sem falar comigo. - Desafiei.

– Isso é um desafio?

– É claro!

Ele pensou um pouco.

– Aposta aceita, Catnip. Como você irá perder, será assim: Eu ganharei e então você irá me tratar com muito carinho perto de todos. - Ri da maneira como ele achava que poderia ganhar.

– Como você vai perder, terá que ir comigo para a universidade. A aposta está estendida por mais dois dias. - Disse sorrindo. Sua expressão era um pouco pensativa e ele estava prestes a argumentar quando eu disse:

– Oh, não vai conseguir ficar sem a Katzinha por três dias? - Agora ele parecia desafiador.

– Aposta aceita Kats, até amanhã, porque você não vai resistir por tanto tempo. - Disse ele estendendo a mão para me cumprimentar. Antes de apertar, estabeleci algumas regras.

– Só te chamarei "carinhosamente" - fiz aspas na palavra - por uma semana. E de onde você tira tantos apelidos irritantes? - Estendi minha mão para ele.

– Oh, quer saber mesmo, Kats? - Disse ele apertando minha mão. Droga, se eu falasse agora, perderia a aposta no primeiro segundo. Apenas lhe lancei meu olhar semicerrado e fui em direção a sala. As outras três aulas passaram lentamente e eu estava cansada. No caminho para casa fui pensando besteiras aleatórias, e quando cheguei, a casa ao lado já estava sem a placa de vende-se. Enquanto isso, minha casa estava vazia, minha mãe deveria estar em sua loja e meu pai em seu escritório, que ficava a algumas quadras. Troquei de roupa, preparei meu almoço, escovei os dentes e fui para o trabalho. Trabalho como atendente da loja da minha mãe. Pois é, eu trabalhava na Everdeen's Clothes. Minha mãe disse que não queria que eu trabalhasse então eu ficaria em sua loja, pois assim, se eu precisasse faltar devido às provas, chegar atrasada ou sair mais cedo não haveria problemas. Contando que tudo envolvesse o colégio, pois os estudos estavam sempre primeiro lugar na visão de meus pais, consequentemente, também na minha. Eu gostava dessa condição e gostava ainda mais por saber que se trabalhasse até sair do colegial, eles pagariam os primeiros meses de despesas até eu achar outro trabalho na cidade em que pretendo morar. Meu salário era para pagar a passagem até a cidade que escolheria - que ainda não sabia qual era - e o resto guardaria como poupança. Meus pais pagariam minha faculdade como os pais de qualquer adolescente.

Quando estava chegando à loja avistei minha mãe no caixa fazendo algumas contas.

– Hey, mãe! - Disse entrando na loja. Eram 02h30min da tarde, estava adiantada. Meu expediente começava as 03h00min. Por um lado era bom, sairia mais cedo.

– Filha, meu amor, que bom que chegou. Acabaram de chegar algumas roupas novas, poderia me ajudar a organiza-lás nas prateleiras?

– Claro.

Passei a maior parte do tempo ajudando a organizar a loja. Mesmo sendo em uma cidade pequena, é era muito movimentada. Em épocas de festas, minha mãe precisava contratar mais duas pessoas para ajudarem e Madge sempre era uma delas. Gostava quando ela vinha, sua companhia era agradável, tinha assuntos interessantes e sempre acabávamos falando do futuro. Seu futuro incluía Gale –obviamente - e em um futuro próximo, ela gostaria de convencê-lo a ir para uma boa universidade fora de Linden. O meu não incluía ninguém em especial, talvez Finnick se ele perdesse a aposta agora.

– Amorzinho, vamos. Está na hora de fecharmos a loja. - Disse minha mãe me tirando de meus pensamentos. - Já são quase 20h00min. - Olhei para o relógio que marcava 19h45min.

– Oh, finalmente! Estou morta. - Não notei que poderia ir embora mais cedo e acabei ficando mais do que precisava. Poderia sair mais cedo amanhã, ou até entrar mais tarde. Já tinha arrumado todas as prateleiras e manequins com novas roupas quando fechamos a loja e fomos a caminho de nossa casa. De longe conseguia enxergar muitos caminhões parados em nossa rua, pessoas andando com móveis de um lado para o outro o tempo todo. Que diabos estava acontecendo aqui?!

– Por que tanta movimentação? - Perguntei à minha mãe.

– Devem ser os novos vizinhos. Reformando a casa inteira, pelo visto. Olhe todos esses caminhões! Estão ocupando toda a rua.

Fomos andando pela calçada e perdi a conta depois que passei de 10 caminhões. Os nomes das lojas escritas nos caminhões não pertenciam a Linden. Só poderia ser alguém da cidade grande e com muito dinheiro para comprar tantas coisas. Tudo isso caberia naquela casa? Móveis novos entravam o tempo todo, latas de tinta e provavelmente as pessoas que estavam saindo e entrando eram os pintores. A fachada da casa que antes era um azul turquesa agora tinha um tom amarelo suave, com portas e janelas brancas. Totalmente adorável.

– Os novos moradores devem estar ansiosos para mudarem-se, a casa já está inteira está pintada! - Comentou minha mãe. Apenas concordei com a cabeça e entramos em nossa casa. Estava subindo as escadas quando escutei uma batida na porta e fui atender. Era Finnick. Droga, eu não podia respondê-lo! Estava me virando para chamar minha mãe e ele disse:

– Kats, você esqueceu-se do nosso trabalho de história? - Meu sorriso se abriu instantaneamente. O fitei e ele estava com as mãos sobre a boca.

– Ahhhh Odair! Eu sabia que você não aguentaria um dia sem mim! Agora você vai poder ficar até na universidade, o tempo todo comigo!

– Não Kat, espera... - ele estava realmente desesperado. Comecei a rir freneticamente. - Isso é injusto, era sobre trabalho!

– Não, o acordo era não nos falarmos, Odair.

– Droooooga! - Ele disse.

– Eu venci e você não consegue viver sem mim, nem ao menos algumas horas.

Ele revirou os olhos.

– Podemos ir fazer o trabalho, por favor? Já que eu perdi a aposta por causa dele.

– Claro, entre. - Disse abrindo passagem para ele.

Finni e eu ficamos conversando por muito tempo e esquecemos o trabalho. Paramos apenas para jantar as 20h00minh e quando voltamos, falamos sobre o novo vizinho, sobre algumas pessoas do colégio até finalmente começarmos o trabalho. Quando estava acompanhando Finnick até a saída de casa, ele puxou assunto:

– Não se atrase amanhã, Katzinha.

– É como pedir para a terra parar de girar. Esse é o fluxo natural das coisas. Se eu não me atrasar algo errado deve acontecer. - Ele riu e chegamos à porta, quando abrimos podíamos ver que alguns caminhões continuavam ali.

– Kat, quem sabe esse vizinho novo não é alguém da nossa idade? Quem sabe até alguém legal?

– Finni e suas ideias mirabolantes inspiradas em filmes. Não se esqueça que pode ser uma garota. Um casal com apenas cachorros. Ou até uma família grande que não nos deixará dormir com choros de bebê à noite. - Congelei com a ideia. Linden era pequena e por isso não tínhamos problemas com vizinhança. Quase nunca.

– Bom, vamos torcer para que não seja a última opção. - Disse ele me dando um beijo no topo da cabeça e indo até sua casa. Ele acenou da porta e então eu entrei. Estava muito cansada e o trabalho de história me deixou ainda mais exausta. Subi direto para o banho, já eram 23h30min, precisava dormir logo. Depois do longo banho já eram 00h00min e eu me joguei na cama deixando a inconsciência me levar, afinal amanhã seria um novo dia.


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Notas finais do capítulo

Emily: Então é isso, leitores. O que acharam? Comentem, acompanhem a história, digam tudo o que passou pela mente de vocês.
Madge: Se vocês gostarem até o próximo final de semana tem um novo capítulo!
Emily: Para quem gosta de spoiler continue lendo essa nota, quem não gosta até o próximo capítulo!






SPOILER ALERT: No próximo eles finalmente irão se encontrar e festas estão por vir! O que será que vai rolar nessa festa?



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