Earth's Death: A Extinção - Interativa escrita por whisperer


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Gentee, uma coisa importante que eu esqueci de falar: Os povs vão variar de acordo com os capítulos, ok? Boa leitura!
Outra coisa é que esse capítulo saiu bem rápido, mas pretendo postar uma ou duas vezes por semana, então não será sempre assim.
Pra quem ficou curioso, essa é a Samanta: http://dicasnainternet.com/wp-content/uploads/2014/06/ruivo-acobreado-e-tendencia-inverno-2014-2.jpg
E essa é a Ju: https://lh6.googleusercontent.com/-60MdY_FkJfU/USERQs-izYI/AAAAAAAAAE4/0xNAk69Qrfc/w800-h800/juliana_Paiva-Fatinha.jpg



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(POV Júlio Borgia)

Acordei com alguém tentando arrombar meu táxi.

Será que eu não consigo ter um minuto de paz, senhor, vociferei.

– Falei pra você que ele não estava morto! – Ouvi uma voz aguda sussurrar do lado de fora.

– Quem é o imbecil que dorme no meio do fim do mundo? – Outra, por sua vez mais suave e delicada, falou um pouco mais alto.

Opa, imbecil? Fim do mundo? Levantei ignorando a dor nas costas de dormir desajeitado no banco do passageiro e abri a porta do carro, me deparando com duas garotas, um casal de idosos e um cara meio “aviadado”.

– Que porra vocês acham que estão fazendo? – Uma das garotas, a loira, deu um pulo quando berrei.

– É, assim, quero dizer... – A mesma tentava se explicar, parecia estar um tanto nervosa.

– Seguinte, meu filho, a gente ta no meio de um surto zumbi, ou seja lá do que for, e o seu é o único carro disponível no momento para nos tirar desse ninho de gente podre, então por favor, sem perguntas e só dirigi. – A ruiva começou a falar sem parar. E que ruiva! Por um momento fiquei meio hipnotizado por aquela garota por dois motivos: Ela era incrivelmente maravilhosa. Segundo: Ela havia me insultado, gritado e sido grossa comigo. – Você é surdo ou tem problema mental?!

– Escuta aqui garota.. – Fui interrompido por alguns gemidos vindos do estacionamento.

Virei-me para ver qual era a mais nova surpresa da vez. Puta merda, não é que a ruivinha tava falando a verdade? Uns doze “troços” vinham andando em nossa direção acompanhados do cheiro mais podre que já senti na vida. Alguns ainda estavam deformados e com partes do corpo arrancadas.

– Tá, beleza, todo mundo pra dentro do carro! – Gritei entrando no banco do motorista e ligando o motor.

A loira sentou na frente comigo, enquanto os outros se espremiam atrás.

– Ninguém nem pense em colocar os pés no banco. – Mandei.

– Já era filho. – Retrucou a ruiva.

Decidi ignorar e acelerei. Fui em direção aos “troços”, que já estavam bem mais próximos que antes. Tentei o possível para não passar por cima de nenhum deles, mas alguns pareciam ser realmente muito burros, pois praticamente se jogavam nas rodas.

Meu táxi vai ficar todo fodido, murmurei.

Continuei acelerando até que cheguei a rua. Haviam carros com as portas escancaradas trancando a passagem, então fui obrigado a subir na calçada. Cada vez apareciam mais e mais daquelas coisas.

– ONDE VOCÊ TIROU SUA CARTEIRA DE MOTORISTA? – Berrou a ruiva.

– Quer ir andando? – 1x0 pra mim. Toma.

Ela ficou quieta e eu continuei dirigindo. Não tinha um destino certo, só desejava sair daquele tumulto de carros e... Acho que posso chamar essas coisas de zumbis.

∴ ∴ ∴

(POV Branca Moraes)

Não é que eu odeie meu irmão, mas aquele moleque consegue ser insuportável quando quer. E ás vezes eu tenho a séria impressão de que ele sempre quer.

– Velho, vaza daqui! – Gritei.

– Quero ver você conseguir me tirar... – Ele provocou.

Eu estava disposta a continuar a briga, entretanto, fomos atrapalhados pelo meu pai eufórico abrindo a porta.

– Peguem algumas roupas e alguns itens importantes, rápido. Esqueçam as malas, esqueçam a viagem.

– Porquê?! A gente não ia ver a vó, papai? – Fiz cara de manhosa.

– Você escutou o que eu disse, Branca? Anda logo!

Aquilo me assustou um pouco. Vamos dizer que eu sou bem... mimada. Meu pai nunca havia aumentado o tom de voz comigo, não como agora.

And, meu irmão, saiu correndo do quarto, provavelmente bem feliz com a ideia louca de sair com quase nada nas mãos. Peguei umas blusinhas, algumas regatas e outras de manga, também peguei uma calça jeans, um short e umas saias. Fui ao banheiro buscar meus itens de higiene pessoal e aproveitei para pegar meu estojo de maquiagem.

Com tudo pronto, desci as escadas e fui encontrar meus pais. Quando estava chegando aos últimos degraus, me deparei com a sala toda revirada e com minha mãe estirada no chão, sangrando. Corri para ajudá-la, mas me assustei com a cena que vi. Seus olhos estavam vidrados e sua face formava uma expressão horripilante.

– FILHA! Branca, venha. Temos que sair daqui.

– Mas e a mamãe?

Ele lançou um olhar triste ao corpo já sem vida como resposta, e me puxou para fora da casa. Entramos dentro do carro e ele deu partida. Meu irmão também não estava lá, e eu nem fiz questão de perguntar o porquê. Sinceramente, eu tinha medo da resposta.

Depois de um tempo com o carro já em movimento, forcei-me a voltar a realidade. Observei o que acontecia por fora da janela e me arrependi no mesmo instante.

Pessoas correndo desesperadas, carros largados, e “coisas” que andavam desajeitadas e deformadas pelas ruas. Aquilo mexeu tanto comigo que mal percebi que o veículo estava parando.

– Pai, o que é aquilo? – Perguntei assustada. Não obtive resposta. – Pai?

Foi aí que entendi o porquê dele não ter se pronunciado. Ele estava se debatendo no banco do motorista e sangue escorria de sua boca.

– Ai meu deus! Pai, fala comigo – Puxei a gola da sua camisa – Pai!

Eu estava entrando em desespero, até que as convulsões pararam, e ele virou lentamente para mim.

Graças a Deus, pensei. Me senti aliviada por um momento. Por um momento.

Ele avançou pra cima de mim e começou a tentar me morder.

– Me larga! O que ta fazendo? – Implorei enquanto fazia de tudo para a porta.

Assim que consegui, me joguei no asfalto e sai andando para longe. Infelizmente, ele começou a ir atrás de mim, junto com outros como ele. Aquela cena me fez tirar forças de não sei da onde e correr, correr muito.

Saí em disparada de volta para casa. Não me pergunte o porquê de voltar, mas achei que era a melhor opção. Estava virando a esquina quando me vi arremessada para cima. Eu havia sido atropelada. Eu havia sido atropelada no meio do fim do mundo. Só podia ser sacanagem.


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Notas finais do capítulo

Júlio é um personagem do Sir D Black.
Branca Moraes é uma personagem da Ester Gonçalves Winchester.
Aos donos dos personagens, por favor digam o que acharam das primeiras aparições, isso ajudaria muito! Bjss gente, até mais! E não esqueçam de comentar!