Damon:

Não podia aceitar isso, não de novo, não as mentiras das minhas próprias irmãs. Como elas puderam? Elas sabiam o que Jéssica significava para mim.

-Damon, por favor me escute! -Ouvi Natália disser.

-Chega Natália! Farei o que for preciso para esse ciclo terminar!

-Você não entende! Sei que deveria ter lhe contado mas eu não pude!

Ignorei suas súplicas e parti, o portal não estaria aberto para sempre, mergulhei no Caos e parti. Se para acabar com o sofrimento da minha amada era necessário acabar com o Tempo... então eu faria.

Natália:

O piso de madeira da velha casa de campo rangia enquanto eu caminhava silenciosamente (ou pelo menos tentava), acordar de madrugada se tornou rotina depois dos últimos acontecimentos. Mas me ensinaram a nunca reclamar, então aproveito para fugir dos olhos dos meus irmãos e aproveitar o nascer do sol.

Saio correndo pela campina, adoro nossa casa de férias, me faz sentir livre, sentir o último resquício de neblina em meu rosto antes de se dissipar. Chego rapidamente ao meu local preferido: o ponto mais alto dos morros, e lá me sento, espero. Enquanto isso me perco em meus devaneios (que também se tornaram constantes com os acontecimentos) penso no que vi, e imagino se era real... o castelo, os monstros, a deusa... disseram que desapareci por dias, mas ninguém acreditou na minha história, menos uma garota isolada chamada Jessica, meus irmãos me proibiram de chegar perto dela, e eu nem sei porque.

Finalmente começou, o primeiro raio de sol tocou meu rosto, seguido por outros, fecho os olhos e deixo o calor penetrar minha pele, aproveito até o máximo, antes de voltar para casa e ser repreendida, mais uma vez.