Infiltrado Na Máfia escrita por TamY


Capítulo 9
Revelações


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa!!
demorei? sei que sim... mas esse capitulo foi muito dificil de escrever... levei dias escrevendo... então espero que comentem bastante... afinal essa fic é movida por vocês... tenho certeza que gostaram e muito do cap...

boa leitura meninas!



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Depois da conversa com Rodrigo não pude dormir, estava totalmente desperto e por mais que tentasse afastar da minha mente a possibilidade de dar uma chance a paixão que sinto pela senhorita Martins logo me arrependia ser quer ter pensado nisso.

– Não posso! Disse irritado comigo mesmo por ser tão fraco em minhas decisões. – Oswaldo fará um bom trabalho, ele vai protegê-la! Disse tentando acreditar em minhas palavras.

Deixei a bagunça das malas que comecei a fazer em meu estado de irritação enquanto fazia Rodrigo entender minhas razões para me afastar e decidi que precisava relaxar se quisesse conseguir pregar os olhos essa noite, segui para o banheiro com a intenção de um banho demorado liguei o chuveiro e me enfiei embaixo dele deixando que a água morda levasse com ela minhas preocupações...

## Paulina Narrando ##

Já esta de madrugada e ainda não tinha conseguido pregar meus olhos, a visita inesperada de Paola e principalmente a mudança do meu babá não me deixavam dormir... Não conseguia parar de pensar que os dois me escondiam alguma coisa...

– Preciso conversar com ele! Disse a mim mesma decidida a colocá-lo contra a parede e fazê-lo falar o que esta havendo.

Olhei a cadeira de rodas encostada no seu lugar habitual e não pude deixar de me sentir mal, estava decidida a não precisar mais usá-la... E se eu quisesse falar com meu Babá teria de ir ao seu quarto no final do corredor... Talvez esse fosse o momento para voltar a ser como antes, independente...

Com um esforço sobrenatural consegui me arrastar ate a beirada da cama e encostar meus pés no chão... E não pude conter um sorriso de satisfação ao sentir o gelado mármore sob meus pés.

Tomei uma respiração antes de começar minha longa jornada... E com dificuldade consegui me colocar de pé por apenas alguns instantes, logo cai sentada na cama e bufei de raiva, mal conseguia sustentar meu peso sobre minhas pernas... Levei apenas alguns minutos para conseguir me colocar de pé novamente e me apóie à parede para não cair novamente, minhas pernas tremiam diante da carga sobre elas... E com dificuldade conseguir dar o primeiro passo rumo à porta do meu quarto.

Não tinha andado nem meio metro e meu rosto já escorriam suor e minha respiração era difícil... Com muito custo consegui chegar ate a porta... E sorri essa era uma pequena vitoria, agora teria de vencer o longo corredor a minha frente torcendo para que ninguém me pegasse ali... Caminhei a passos lentos, diversas vezes me desequilibrei e quase cai, mas mesmo assim seguia em frente, tive que parar algumas vezes e tomar fôlego.

Quando finalmente alcancei o final do corredor Bati na porta, mas não obtive resposta...

– Carlos Daniel? Chamei quase em um sussurro com medo que alguém me ouvisse e tornei a bater e mais uma vez não obtive resposta, podia ver que a luz estava acesa então levei minha mão ate a maçaneta e a girei e o clique da porta encheu o silencio do corredor.

– Carlos Daniel? Chamei mais uma vez enquanto abria a porta com cautela.

Não o encontrei ali... E o som do chuveiro me chamou a atenção... A porta do banheiro estava aberta... Não me atrevia a entrar no quarto, já ia fechando a porta novamente quanto algo em cima de sua cama me chamou a atenção.

Em cima da cama havia algumas malas, ele estava fazendo as malas... iria embora sem me dizer nada, isso me trouxe lagrimas aos olhos e eu rapidamente as afastei não querendo demonstrar a decepção que sentia, não acreditava que ele seria capaz de ir embora e nem ao menos sem me dizer nada, mas como eu estava enganada.

Sentia-me tão confusa, porque me sentia assim? Porque a suporta partida dele me afetava dessa forma, não éramos se quer amigo? Ou éramos?

Adentrei o quarto me deixado cegar pela raiva, ele não era diferente, assim como meu pai todo esse tempo estava me manipulando, e agora, quando ganhou minha confiança ia embora, quando prometeu que me ajudaria, apenas vai embora.

Atravessei o quarto, a raiva me impedindo de raciocinar e em um ato de fúria joguei suas coisas no chão do quarto ao jogar a mala acabei derrubando o abajur ao lado da cama e o barulho atraiu sua atenção para minha presença ali.

Senti meu sangue gelar ao ouvir sua voz do banheiro, não o respondi, apenas dei as costas e continuei a seguir meu difícil caminho ate a porta do quarto torcendo para sair dali antes dele me ver.

Mas ainda não era rápida o suficiente em minha fuga e quanto estava quase atravessando a porta senti meu pulso ser agarrado e o puxei me soltando.

– Senhorita Martins, o que faz aqui? Ele perguntou com espanto evidente em sua voz.

Não me virei para olhá-lo, saber dessa forma que ele iria embora estava sendo algo difícil de lidar, não queria admitir, mas não queria que ele fosse e não sabia como fazê-lo ficar, com ele me sentia bem, sentia que precisava dele para continuar bem.

– tenho que voltar para o meu quarto! Foi a única coisa que consegui dizer antes dele fechar a porta impedindo minha fuga.

– você... Disse cheio de surpresa enquanto me olhava com espanto. – esta andando!

– nunca devia ter me levantado! Disse olhando o chão. – nunca deveria ter vindo aqui! Completei cheia de magoa na voz.

– O que veio fazer aqui? Perguntou em surpresa e por seus movimentos sabia que estava recolhendo algumas coisas que eu havia derrubado no chão.

– quando iria me contar? Questionei em tom acusatório.

– contar? Perguntou se aproximando das minhas costas.

– quando contaria que vai embora? Perguntei tentando não demonstrar meus sentimento em minha voz e falhei miseravelmente em esconder o quanto aquilo me perturbava.

– não contaria! Disse em tom serio. – apenas é uma coisa que tenho que fazer! Completou rapidamente.

– sei! Disse suspirando para o quão clichê era sua resposta. – então boa viagem e espero não vê-lo nunca mais! Disse colocando minha mão na maçaneta da porta para abri-la e quando a estava girando senti sua mão sobre a minha me impedindo de continuar minha ação.

– acredite em mim! Pediu encurtando ainda mais sua distancia, podia senti-lo perturbadoramente perto. – preciso apenas ir para o seu bem! Completou.

– Para o meu bem? Perguntei incrédula com sua desculpa esfarrapada e sem sentido algum. - não entendo! Disse ainda sem olhá-lo.

Meu estomago dava voltas diante de nossa aproximação, eu se quer estava o olhando, mas o sentia tão próximo, perturbando ainda mais meus sentimentos que estavam ainda mais confusos, não sabia se quer o que estava sentindo naquele momento... Raiva, medo... meus sentimentos por ele ia de apaixonada a repulsa por aquele homem as minhas costas e não gostava de me sentir dessa forma, me sentia perdida.

– você não precisa entender! Ele disse tão baixo que quase não pude ouvi-lo se não fosse por nossa proximidade.

– não me venha você também com essa! Disse irritada e me virei rapidamente para olhá-lo pela primeira vez, e antes não o tivesse feito, senti meu rosto queimar... Desconcertada e ao mesmo tempo senti algo quente em meu estomago, algo que nunca tinha sentido antes e isso me assustou e muito.

Carlos Daniel estava apenas com uma toalha branca enrolada na cintura, seu peito ainda molhado uma pele bronzeada, ele era mais forte do que os ternos deixavam notar os cabelos bagunçados e aqueles olhos que me olhavam de forma diferente, mas que não me dizia nada, ou eu me recusava a enxergar.

Deixei que meus olhos passeassem por aquele corpo másculo deleitando-me por apenas um minuto da visão... Percorri meus olhos por seu peito e barriga definida, parando no vale onde a toalha terminava e sei que devia esta vermelha igual a um tomate, mas rapidamente desviei meu olhar desconcertada com minha própria atitude de olhá-lo dessa forma.

– é-é melhor eu ir! Gaguejei desviando meu olhar de seu corpo de forma abrupta.

Sei que ele percebeu meu embaraço, porque pelo canto dos olhos consegui ver seu sorriso diante da minha situação e isso só serviu para aumentar minha raiva por ser sempre poupada das coisas que me diziam respeito, pelo menos era isso que dizia a mim mesma para justificar minha raiva.

## Carlos Daniel Narrando ##

Sai correndo do banho, mal tive tempo de me secar e apenas tratei de me por apresentável para o intruso, e minha surpresa foi ainda maior ao descobrir a única pessoa que jamais esperaria ver ali.

A senhorita Martins estava andando, ela era obstinada e conseguiu... Não podia conter meu sorriso, estava feliz por ela, feliz que não tinha se esquecido de sua promessa em voltar a caminhar e não deixar que o senhor Erico a manipulasse mais... Mas algo estava errado, ela não parecia feliz para nada.

E quando a ouvi me acusar de ir embora sem lhe dizer nada eu não sabia como responder e minhas respostas vagas não pareciam suficiente.

– é melhor deixarmos as coisas como estão! Disse quando ela desviou o olhar de forma abrupta.

E mesmo a conversa sendo seria, não podia deixar de sorrir... vi sua atenção especial ao me olhar e La estava algo que nunca tinha notado nela, apesar de tudo ela não parecia indiferente a mim, me desejava, e sei que não estava enganado, mas poderia eu me contentar em tê-la apenas me desejando? Ela poderia ir se apaixonando por mim com o tempo? Pensava com um luz de esperança crescendo dentro de mim... E como me encantava do seu jeito, como poderia deixá-la? Perguntava-me a olhando cheio de preocupação.

Afastei esses pensamentos, essa descoberta não poderia mudar minha decisão.

– sabe... Eu pensei que você era diferente! Ela disse juntando toda sua coragem e mesmo com o rosto corado forçou-se a me olhar nos olhos. – pensei que poderia confiar em você! E ao dizer isso mais uma vez tentou ir embora, mas a impedi.

Eu não queria ser assim, queria continuar sendo alguém em quem ela confiava... Mas para que? Eu estava de partida. Mas algo me impedia de deixar as coisas como estão talvez a magoa em seu olhar...

– você talvez... Dizia enquanto a olhava. – quando souber o motivo pelo qual vou embora! Continuei a olhando nos olhos. – não queira que eu fique!

– por quê? Perguntou me olhando confusa. – me diga e eu julgo o que eu quero! Completou rapidamente. – me dê à chance de escolha! Pediu.

Respirei fundo e busquei seu olhar... E sei que não deveria continuar se quisesse entrar no avião e partir na manha seguinte, mas como poderia ir sem ter apenas algo que recordar da única que conseguiu me deixar balançado depois de angélica.

Não disse nada, dizer não seria o suficiente e eu mais que ninguém queria demonstrar a ela como me sentia... Aproximei-me e a vi dar um passo atrás, instintivamente sabia que a estava colocando em uma situação difícil e pelo seu olhar sabia que não estava entendendo nada, mas logo entenderia.

Quando já não tinha mais como se afastar me aproximei de seu ouvido e sussurrei.

– vou lhe mostrar porque tenho que ir embora! Disse e em seguida deixei que uma de minhas mãos a segurasse pela cintura e acabei com o pouco de distancia que existia entre nossos corpos, e meu corpo acendeu com nossa proximidade, meu sangue ferveu em poder ter ainda mais, nossos rostos a apenas alguns centímetros, conseguia sentir suas respiração agitada e meus olhos percorreram seu rosto em busca do que ela estava sentindo com essa situação... E sabia que não poderia mais voltar atrás quando meus olhos caíram sobre seus lábios entre abertos.

– Carlos Daniel! Ela tentou protestar, mas antes que pudesse prosseguir deixei que meus lábios pairassem sobre os seus e senti seu corpo estremecer quando finalmente a beijei de forma tão leve como uma pluma tocada pelo vento.

Afastei-me em seguida, temendo de alguma forma sua fúria... A sentia tensa, mas não a via com raiva pelo que acabei de fazer e com a outra mão apoiei em sua nuca com a intenção de impedi-la que se afastasse e deixei que minha língua passeasse por seu lábio superior e em seguida pelo inferior, senti seu corpo tremer com meu gesto e arrisquei uma leve caricia em sua cintura antes de puxá-la para mais perto e sem poder me conter a beijei a provocando, tentando encontrar nesse beijo a desculpa que precisava para ficar.

Ela estava tomada pela surpresa e não ousava se quer se mexer... E a apertei mais contra mim quando senti todo seu peso caindo em direção ao chão me afastei cheio de preocupação.

– tudo bem? Perguntei ainda a segurando para que não caísse.

Ainda movida pela surpresa dos acontecimento demorou a me responder... E comecei a me preocupar que talvez tivesse passado dos limites e agora ela me expulsaria daquela casa naquele momento.

–T-tudo! Gaguejou nervosa. – eu pre-preciso ir! Disse não me olhando, totalmente movida pelo beijo.

Não deixei de notar seu embaraço, suas bochechas vermelhas e La estava o rastro do nosso beijo, seus lábios mais vermelhos que o normal e o leve tremor de seus lábios num indicio claro de sua perturbação pelo beijo.

– não poderia ir embora sem comprovar algo que já sabia! Disse sorrindo feito um bobo enquanto a olhava de forma intensa, mesmo não recebendo dela um olhar de volta.

– comprovar o que? Ela perguntou sem me entender, me olhando cheia de confusão.

Fiquei em silencio a olhando... Apesar do beijo, das caricias... Da forma como a beijei ela ainda não entendia a profundidade de meus sentimentos por ela, talvez precisasse de tempo, talvez minha distancia fosse melhor, ela poderia tomar esse beijo como apenas um erro e esquecer assim que eu fosse embora, mas a pergunta que me fazia naquele momento... Queria que ela se esquecesse do beijo? Ou queria ficar e mostrar a ela o que realmente deseja?

– acho que por hoje chega de descobertas! Sugeri enquanto a pegava em meus braços e a colocava sobre minha cama.

– T-tudo bem... Eu... eu tenho que voltar para o meu quarto! Disse nervosa enquanto tentava se levantar, mas a impedi, depois de beijá-la de forma tão leve não a deixaria ir ate que pudesse ter dela o beijo que tenho sonhado.

– por favor! Pedi me sentando na beirada da cama a sua frente. – ainda não terminamos! Disse exigente enquanto mais uma vez me aproximava.

Estava fazendo todo o contraria que minha mente dizia, devia deixá-la ir, mas fazia o contrario e me senti irritado comigo mesmo por não conseguir ouvir meus próprios pensamentos.

Ela tentou se afastar, tomada pela surpresa ou medo, não sabia dizer, sei que estava me impondo sobre ela, mas ela não parecia brava e isso era o único incentivo que precisava para me aproximar.

– a levarei ate o quarto na hora certa! Sussurrei nossos lábios separados por apenas alguns centímetros, Sua respiração agitada igualando-se a minha.

– não entendo! Ela finalmente conseguiu dizer. – porque esta fazendo isso? Perguntou com a voz carregada de angustia.

A olhei nos olhos por apenas um minuto buscando uma resposta que já tinha desde o momento que a vi pela primeira vez.

– porque te quero! Disse com a voz rouca, carregada de sentimentos...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? kkkkkkkk... não precisa nem de perguntar né?
e então? o que acham?
C.D irá embora depois de tê-la beijado?
e lina? ficou mexida com o beijo... disso ja sabemos, mas ela vai pedir que ele fique ou achará melhor se afastarem?
quero saber a opinião de vocês... me ajudem no proximo capitulo! ;)

Bjus e ate o proximo Capitulo.

TamY
Instagram: @tamy_fics