Tori desceu ás escadas as pressas, não havia falado com Jade na noite anterior e a pior de todas as ideias era acordar Jade, então ela deixou o assunto para o outro dia.

– BOM DIA! – Gritou Cat rindo assim que viu a morena, a ruivinha estava no sofá com seu notebook. – E ai, já contou para Jade?

– Ainda não, onde ela está? – Perguntou indo preparar o seu café.

– Ela está tomando banho. – Afirmou David saindo do quarto de hospedes que ficava no andar de baixo da casa.

– DAVID! – Gritaram Cat e Tori ao mesmo tempo, ambas largaram o que faziam e correram até o garoto o abraçando e o enchendo de beijinhos.

– Quando você chegou? – Perguntou Cat dando pulinhos de alegria, David a adorava.

– Ontem de tarde. Jade e eu ficamos por aqui esperando vocês, mas não chegaram então saímos e voltamos á noite. Como vocês ainda não haviam chegado, fomos dormir. – Explicou David.

– Nossa, que milagre a Jade ter ido dormir tão cedo! – Disse Cat desconfiada.

– É que ela tinha que me levar para a escola hoje de manhã. – Explicou novamente o West.

– Ah! Por isso que você está assim todo fofinho de uniforme escolar. – Tori esfregou os cabelos dele, o assanhando, o garoto sorriu, concordando.

– Vamos! – Gritou Jade aparecendo e pegando sua bolsa no sofá.

– Não vai tomar café, Jade? – Perguntou Cat.

– Sabe que odeio tomar café de manhã. – Falou aborrecida. – Na verdade, eu deveria estar dormindo. – Jade lançou um olhar irritado para David que se encolheu. – Vamos logo, quanto antes voltarmos, melhor eu aproveito meu tempo sem você. – Foi ai que David sorriu novamente, afinal, sabia que a irmã mentia, adorava ficar com ele. Tori e Cat se entreolharam, nunca entenderiam os West.

– Espera ai! Temos uma novidade! – Disse Cat pulando e batendo a mão juntamente com a de Tori, depois ela empinou o bumbum para que Tori assim o fizesse, e mesmo achando aquilo estranho, a Vega fez e as duas bateram as bundas num cumprimento idiota, Jade revirou os olhos.

– Bom dia, bobonas! – Disse Trina descendo ás escadas e indo para a cozinha e pegando o café recentemente preparado por Tori. Ninguém a respondeu, exceto David que lhe deu um simples “Olá!”.

– Desembucha, Vega. Não tenho todo tempo. – Murmurou Jade.

– Então... Parece que Cat e Robbie vão para uma corrida e precisam treinar, então vão começar a correrem todos os dias na parte da manhã, o que acha de darmos apoio á eles e corrermos também? – Perguntou animada.

– O que? Isso é sério? Poupe-me garota, eu não vou correr com vocês. – Jade já se dirigia a porta quando Tori a impediu.

– E ainda tem a melhor parte, você precisa saber, mas espera, primeiro tenho que verificar a resposta do André que também vai correr conosco. Fica ai, espera! – Disse Tori correndo até seu quarto á procura do celular.

– Até parece que eu vou esperar por ela. – Jade abriu a porta pronta para sair quando Make it Shine irrompeu pela cozinha, era o toque do celular de Tori. Trina olhou para o número que ligava para irmã e soltou o café com um susto.

– Ah, minha nossa! Jack Kong está ligando para Tori. – Disse de olhos arregalados.

– Jack Kong? – Perguntou Jade de maneira curiosa.

– É! O gato que estudava com a gente na turma de Dança na Hollywood Arts. Sempre esperei que ele me ligasse e isso finalmente aconteceu! – Disse Trina.

– Mas ele tá ligando para a Tori. – Tentou Cat.

– É a mesma coisa. Se tivéssemos um telefone fixo, ele estaria ligando para a residência das Vega. Ou seja, ligando para mim. HAHA! – Trina atendeu a ligação confiantemente. – Ah, oi. Não, a Tori não tá, mas quem fala é a irmã mais velha e mais gata dela. Oiii! O que você quer com a Tori? – Jade sorriu malvada, Cat olhava para a Trina como se ela estivesse cometendo um crime.

– Jade, vamos, já estou atrasado! – Disse David puxando a mão da irmã, mas Jade se mantinha firme.

– Não, não. Estou esperando algo. Observe! – Falou já sabendo o que iria acontecer.

– Ah, ela tá super ocupada na sexta... Mas eu não! É mesmo? Ah, eu adoro mini golfe fluorescente. É, é, eu conheço o lugar. Tá legal, te vejo lá! – Disse Trina desligando o telefone, nesse exato momento Tori chega à sala e vê o seu celular na mão de Trina.

– Porque estava com meu telefone? – Perguntou Tori.

– Não estava! – Trina jogou o telefone no sofá.

– Você acha que eu não vi você jogar o telefone no sofá? – Perguntou Tori extremamente desconfiada.

– Porque ainda está com roupa de dormir? – Trina tentou mudar de assunto.

– Porque eu acabei de acordar... – Tori pegou seu telefone no sofá e abriu a maior cara de espanto. Jade, Cat e David assistiam á cena. – Jack Kong me ligou? Jack Kong, o asiático gato da HA? O que ele queria?

– Bom... Ele queria saber se você queria ir ao mini golpe fluorescente com ele na sexta, então eu disse que você ia estar ocupada, mas não se preocupe, eu vou! – Explicou Trina cruzando os braços. Jade riu baixo.

– Mas eu não tenho planos na sexta á noite. – Murmurou Tori.

– Bom, agora pode fazer alguns. – Trina ia subindo as escadas debochadamente.

– Eu vou planejar isso. – Falou Tori puxando a irmã pelos cabelos e fazendo ela e Cat gritarem. – GRRR! – Tori grunhia enquanto derrubava Trina no chão e subia em cima dela, a Vega mais velha tentava morder a garota. Cat correu para separá-las. – VOCÊ MERECE! – As duas se estapeavam e puxavam os cabelos uma da outra. Cat gritava descontroladamente enquanto tentava a todo custo fazê-las pararem de brigar, a ruivinha gritou tanto que acabou desmaiando ao lado dos corpos das duas irmãs que mesmo assim não paravam de se engalfinharem.

– Agora podemos ir. – Jade sorriu malvada.

– É, talvez morar com garotas não seja tão nojento assim. – Disse o pequeno David rindo sem parar da cena de UFC na sala de sua casa.

– E ainda dizem que você não se parece comigo. Haha! – Murmurou Jade fechando a porta e seguindo com David para a escola.

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Outra dupla de irmãos que brigavam, eram os Smith, mas aqui tudo era mais controlado, já que eram um casal, e não iriam sair no tapa do mesmo jeito que as Vega.

– Ashley, já disse que não vou fazer isso! – Gritou Zac indo para a cozinha e deixando que sua irmã ficasse no seu quarto falando sozinha.

– Já estou cansada disso, Zac. Você resolve não pagar uma empregada e me deixa essa casa enorme para arrumar sozinha. – Resmungou a garota chegando finalmente á cozinha onde o loiro estava.

– Não quero pessoas estranhas aqui em casa, e se são paparazzi disfarçados que só querem saber um furo de reportagem sobre os futuros donos do Teatro Smith? – Perguntou o garoto voltando á sala com a loira tingida o acompanhando.

– Então porque você traz pra casa aquela jornalista desempregada da sua namorada para cá? – Revidou Ashley atingindo o rosto do garoto com a almofada que ela jogara.

– É exatamente por isso que a trago aqui, porque ela é desempregada. – Disse Zac jogando a almofada que acertara sua cara de volta para Ashley. – E quantas vezes eu tenho que dizer que ela não é minha namorada?

– Então diz isso para ela! – Murmurou a Smith. – Se ela publicar alguma coisa negativa referente à gente, o papai não vai ficar nada feliz.

– Não ligo para o que o Robert pensa. – Falou Zac revoltando-se.

– Ah não? Vamos ver se liga quando tudo isso aqui sumir. Nossa casa, nosso carro, nossas roupas de marca e tudo o que temos.

– Ah então você acha que não podemos bancar tudo isso? Que tudo que temos é por causa do papai? Quer dizer, Robert. Não, não é. EU SOU UM ÓTIMO ATOR E ATÉ JÁ FIZ UMA SÉRIE FAMOSA, ALÉM DO DINHEIRO QUE TENHO GUARDADO DAS PEÇAS QUE ATUEI. E VOCÊ É UMA EXCELENTE COMPOSITORA, TÃO TALENTOSA QUE PODERIA VENDER SUAS MÚSICAS PARA PESSOAS QUE PAGARIAM UMA FORTUNA PARA TÊ-LAS. – Gritou o loiro já perdendo a paciência.

– Você acha que sou mesmo uma boa compositora? – Perguntou Ashley já mais calma.

– Maravilhosa! – Falou Zac baixinho.

– Obrigada. Talvez você tenha razão, somos mesmos bons no que fazemos, não precisamos do dinheiro do papai. – Os dois se jogaram no sofá, ambos abraçados. – Mas isso ainda não resolve o problema com a Jennifer. Ela é uma jornalista, não importa se esteja desempregada, e pode causar problemas para a gente. Além de que ela já sabe vários podres seus.

– O que te faz acreditar que eu tenha podres? E que se eu os tenho, ela sabe? – Perguntou Zac fingindo magoa.

– Porque a maioria dos seus podres você praticou com ela. – Afirmou a Smith de forma segura.

– Ei! Isso não é... Tudo bem, é verdade! Tomarei mais cuidado, e terminarei com ela logo. – Declarou pensativo.

– Tem certeza? Só pedi para tomar cuidado com ela e não para terminar com ela, não quero que faça nada por mim. – Insistiu a garota.

– Relaxa. Quero terminar com ela porque ela fala demais, é irritante e muito, muito pegajosa, além de dar em cima dos caras na minha frente, fora que ela tem desejos e teorias sexuais muito estranhas. Argh! – Os dois riram. – Além disso, não estávamos namorando, lembra? – Ashley gargalhou alto.

– Bom, tudo está resolvido, exceto que você ainda tem que me ajudar com essa casa, qual é? Eu até lavei nossos carros ontem e arrumei toda a casa, até mesmo o seu quarto. Ou você contrata uma empregada, ou me ajuda com coisas que não sei fazer, tipo... Aparar o jardim e outras coisas que pensarei depois. – Declarou Ashley lhe impondo um ultimato.

– Ok, depois irei aparar o jardim. – Consentiu Zac.

– Depois nada, vai fazer isso agora! – Ordenou Ashley sorrindo debochadamente. Zac deu um pulo do sofá e encarou a falsa loira.

– Alguém já te disse que você é igualzinha à mamãe? Argh! Isso é horrível! – Resmungou o garoto.

– Tem certeza que isso é mesmo horrível, Zac? – Perguntou indo atrás do garoto que dirigia-se para a frente da casa.

– Não! – Sussurrou ele saindo da casa e sorrindo agradavelmente lembrando-se de sua mãe que morreu quando eles eram crianças. Fechou a cara logo, antes que Ashley visse o sorriso que se formara em seu rosto. – Alguém já te disse que pintar o cabelo de loiro não te faz parecer com a mamãe?

– Até parece! – Resmungou a garota e os dois começaram a discutir de novo, depois disso riram alto quando viram no que isso tudo havia se transformado. Depois Ashley entrou na casa para fazer o almoço enquanto Zac ia pegar a tesoura de jardinagem para aparar aquelas plantas.

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Jade finalmente chegara à HA com David, iria lhe deixar na porta da escola, mas o garoto insistira para que ela entrasse chegando a fazer até carinha de pidão e Jade murmurou algo o xingando, mas o acompanhou mesmo assim, pois não resistia àqueles olhinhos castanhos claros brilhantes que não se pareciam nada com os dela.

– Você sabia que hoje chegou um novo professor de atuação? – David sorria animado puxando a irmã pela mão para dentro da escola. Aquela escola que tinha lhe dado boas lembranças de sua adolescência. Espantou essa ideia, afinal, não era tão velha assim, tinha muito que aproveitar ainda.

– Tanto faz, Dave! – Murmurou o apelido carinhoso que usava quando não havia ninguém por perto dos dois. Chegaram finalmente na sala de aula do Sikowitz, um professor esquisito que ensinara a todos eles quando estudavam na Hollywood Arts, Jade sorriu lembrando-se do louco careca que os ensinava. Até para uma viajem á outro país ele fora com eles. – O que aconteceu com o Sikowitz?

– Parece que vai ficar uma semana no hospital por causa de problemas intestinais. – Explicou David.

– O que aconteceu? – Perguntou Jade demonstrando preocupação, mas logo escondendo sua expressão.

– Lane disse que o Sikowitz comeu algo que estava debaixo da sua cama fazia três semanas, então ele foi internado. – Explicou novamente.

– Nossa! – Jade admirou-se, mas nem tanto, afinal, o antigo professor já tomara a água de um coco estragado, o que tinha lhe provocado visões que admitiram que uma garota irritante e sem talento entrasse na escola. Há essa altura, a garota irritante e sem talento chamada Trina já havia parado de apanhar da Tori. Que pena! – E então, já posso ir para casa?

– Não, espera, você tem que conhecer o Senhor Oliver. Ele é canadense, e todos os meus amigos disseram que ele é gente boa. – Falou David entrando na classe. Jade revirou os olhos, afinal, não queria ver um canadense feio e chato dando aula á uns pirralhos.

– Nossa! – Falou novamente depois que se deparou com uma classe lotada de garotos com a mesma idade de David que brincavam, gritavam e empurravam coisas e pessoas para todos os lugares, mas além daquela zona, um homem se destacava. O seu cabelo era negro e liso, além de ser brilhantemente sedoso, sua face era livre de qualquer mínimo sinal de barba, o que Jade adorava, pois barbas a incomodavam, sua boca era pequena com traços delicados, seus olhos eram castanhos, e ele era musculoso, não tanto como a maioria das estrelas de Hollywood, mas sim, era musculoso, e sua pele era morena. Todos os traços os remetiam ao seu país de origem, o Canadá, e não, ele não era nem um pouco feio. Beck olhou para a porta da sala que se abre, uma morena linda está parada lá acompanhada de um garoto que parecer ter 10 anos, ela é incrivelmente maravilhosa e está olhando para ele. Naquele momento, ele sabe, ela é a garota da casa e do carro, a garota que ele viu saindo da casa perto da residência de Zac Smith e a garota com quem André conversava no sinal de trânsito. Ele sabia, sabia que estava certo esse tempo todo, ela não era feia, pelo contrário, era a garota mais linda que ele já havia visto desde que chegara em Los Angeles, e ainda mais, a garota mais linda de todas, mais até do que as garotas do Canadá. Se Branca de Neve fosse descrita como sendo pálida e de lábios incrivelmente vermelhos, a princesa não acreditaria se visse a morena, que a superava com certeza. A própria Rainha Má e o espelho mágico admitiriam na hora que a vissem que a morena era a mais bonita do que a rainha e a Branca de Neve juntas. Talvez isso fosse uma comparação fantasiosa, mas e daí? Aquela comparação servia muito bem para definir a morena á sua frente. Com olhos extremamente azuis, cabelos negros com mechas e lábios naturalmente vermelhos sem nenhuma amostra de maquiagem a olho nu neles, a garota era espetacular. Ela usava maquiagem pesada nos olhos, realçando o azul profundo que emanava deles. Suas roupas pretas e cheias de taxinhas faziam Beck acreditar ainda mais na sua teoria de que aquela era a garota que procurava. Nem se deu conta de que já tinha saído do palco na sala do Sikowitz e ido se aproximar da garota na porta da sala.

– Olá! Ual! – Disse sem pensar.

– Oi, eu sou o David e essa é minha irmã, Jadelyn West. Você é o Senhor Oliver? – Perguntou David vendo que a irmã estava sem fala.

– Oh, olá David, fico feliz em conhecer mais um de meus alunos. Pode ficar a vontade, daqui a pouco, começaremos a aula. – Beck falou e só bastou isso para que David corresse de encontro a seus amigos deixando os dois sozinhos. Jade ainda encarava o canadense sem nem saber o que dizer. – Bom, eu sou o Beck, Beck Oliver, mas talvez isso você já saiba por causa do David.

– Não, não sabia. – Jade recuperou o bom senso, afinal, não ia ficar ali fazendo papel de boba. O cara era bonito, de fato era, mas nem por isso ela ia ficar sem fala e o deixando interpretar que ela era como essas meninas de hoje, nervosinhas, risonhas e simpáticas. Ela era Jade West, não tinha que deixar nenhum cara intimidá-la, mesmo que fosse no bom sentido. – Na verdade, nem fazia questão de estar aqui. Então, adeus! – O sorriso de Beck sumiu na mesma hora. Ela não gostava dele. Beck passara o domingo inteiro imaginando como a garota que procurava era e quando finalmente ele a conheceu, ela não era nem um pouco simpática e perceptiva. Mas culpou-se, afinal, ela era de Los Angeles. Os Estados Unidos era muito diferente do Canadá, e se os países eram diferentes, imagine as garotas deles.

– Não, espere! – Falou pegando o pulso dela, pois a garota já havia dado as costas, assim que ele a puxou para que ela o encarasse, Jade soltou seu braço bruscamente do dele e o encarou irritada.

– O que pensa que está fazendo? Não pode por a mão em mim desse jeito!

– Desculpe, Jadelyn. – Falou quase num sussurro. Estava ficando decepcionado com tudo aquilo. Não por causa dela, mesmo com o mau-humor da garota, Jadelyn ainda parecia um sonho para ele, mas tinha medo de decepcioná-la e assim decepcioná-lo em seguida, caso isso acontecesse. Queria deixá-la feliz, mas parecia impossível.

– Não me chame assim, meu nome é Jade. Jade, entendeu? – Perguntou voltando a caminhar para fora da sala. Beck olhou para as crianças que faziam uma zona na sala, não queria ser um péssimo professor logo no primeiro dia, mas precisava ir atrás da garota.

– Exercício de interpretação. Vocês são velhinhos com dor de barriga. – Disse aos garotos e eles começaram a atuar enquanto Beck saía correndo da sala.

– Jade, espere! Desculpe, eu não sabia que não gostava de seu nome, é que seu irmão te chamou assim e... – Tentou Beck depois de alcançá-la na porta da escola.

– Pare de ficar pedindo desculpas á cada cinco minutos. – Ordenou irritada. Perguntava-se porque aquele garoto tinha que ser tão bonito e certinho ao mesmo tempo?

– Desculpe! – Ela revirou os olhos e ele apertou os olhos percebendo a mancada que dera. – Sabe, segundo meu horário, o Sikowitz tinha agendado um show rápido de dança e atuação para hoje, mas como ele está fora por três dias, vai ser no Teatro Caixa Preta, pensei que podia ficar para dar uma olhada.

– Pensou errado. Adeus! – Disse encarando aquelas olhos castanhos pela última vez e virando-se para a saída. Beck levou às mãos a cabeça, perguntando-se o que fizera de errado. Voltou para a sala de aula e acompanhou os alunos para o Teatro Caixa Preta. Jade olhou pensativamente para a escola, queria ir para casa, mas algo lhe puxava para dentro daquele prédio, talvez fossem as lembranças de sua adolescência, ou os cabelos incrivelmente sedosos do novo professor.

– Talvez seja as lembranças da minha adolescência. – Disse para si mesma, indo comprar algo para beber no Asphalt Café e com o intuito de em seguida voltar para dentro da escola. Beck anotava os melhores pontos das apresentações em seu caderno de anotações. Os outros professores estavam gostando de seu trabalho, de suas advertências e recomendações para com os pequenos, até outros professores o faziam de vez em quando. Algumas mães e pais haviam ficado para ver as apresentações de seus pequenos filhos, as coisas estavam movimentadas lá no Teatro. Estava feliz pela Hollywood Arts ter o contratado, mesmo como professor substituto, agora eles precisavam de cada vez mais professores, já que á HA havia aberto mais vagas para que crianças estudassem lá. Escutou o barulho da porta do Teatro se abrindo e virou o rosto para ver quem havia chegado, inacreditavelmente Jade tinha entrado segurando um copo grande de café e sentado na ultima fileira vazia.

Próximo Capitulo:

“Você até já me deu um apelido sexy.”

“O vi hoje trabalhando de jardineiro.”

“Tenho um encontro com uma garota espetacular.”