Vínculo Invisível escrita por Ally


Capítulo 4
Quer tomar um café?


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! ")



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– Obrigada. - Sorri, entregando uma toalha seca á Lysandre.

– Não foi nada.

– Imagina, só salvou a minha vida.

Ele riu, cabisbaixo.

– Eu estou falando sério, se não fosse por você, não quero nem pensar o que aquele homem teria feito... E você ainda me trouxe em casa, sério. Não sei como agradecer.

– Não precisa agradecer, só tenha mais cuidado.

– Claro. Tem certeza que não quer entrar?

– Eu tenho que ir. - Ele devolveu a toalha que secara os cabelos. - Fique bem.

– Até mais.

Fiquei parada na porta vendo Lysandre descer as escadas do prédio. Aquele garoto... Tinha algo familiar nele.

*

Acordei no outro dia com o barulho irritante do despertador. Ainda não estava totalmente bem, mas eu não podia me dar ao luxo de faltar no primeiro dia de trabalho.

– Bom dia! - Exclamei com um sorriso enquanto entrava no Paradis.

– Catherine-chan! - Lily correu ao meu encontro.

Esqueci de mencionar que, as garotas antes de se mudarem para Paris, trabalhavam em um Maid Café no Japão, por isso ás vezes tinham esse hábito de falar em japonês.

– Lily. - A abracei e fomos para á cozinha.

– Bom dia Cath! - Rosa veio em minha direção com uma sacola nas mãos. - Seu uniforme ficou pronto.

Experimentei e se ajustou perfeitamente a cada curva do meu corpo. Era uma roupa de Maid razoavelmente curta, mas nada indecente. A saia era rodada e cheia de babados, que dava um ar sexy á roupa. Ainda tinha o detalhe gracioso, uma tira vermelha em volta do pescoço.

– Catherine-chan você está tão adorável. - Marylin foi a primeira a me ver, enquanto pegava os pedidos na cozinha.

– Kawaii! - Victória apareceu com os olhos brilhando logo em seguida.

– Obrigada garotas. - Ajeitei a roupa. - Ficou bom mesmo?

– Tá parecendo uma toalha de mesa. - Jess disse enquanto pegava uma bandeja.

Revirei os olhos, ignorando-a. O uniforme das Maids eram todos iguais, exceto o de Rosalya, que era dourado no lugar do preto.

– Rosa... Eu não sei como fazer isso. - Apontei Victória que atendia graciosamente um cliente.

– É fácil, primeiro você olha fixamente nos olhos do cliente, então diz: "Seja bem-vindo mestre". Logo depois mostre o belo sorriso que você tem, e se curve. Ele se apaixonará instantanêamente.

Fitei pelo vão da porta, e realmente o cara parecia apaixonado por Victória.

– O próximo cliente que aparecer você tenta.

E então um ruivo, com jaqueta de couro apareceu. Expressão brava e olhar atento. Sério isso produção?

– Vai Cath... - Ela me empurrou e então parei na frente do ruivo.

– Er... Er... - Ele arqueou a sobrancelha. - S-Seja B-Bem Vindo Mestre...

Droga, a minha voz saiu falhada e eu devia estar mais vermelha que um pimentão.

– Hahahahah - O ruivo ria exagerado, desviando a atenção de todos no café. - Eu realmente não esperava que um café de empregadas fosse assim! - Ele limpou as lágrimas de tanto rir, do canto dos olhos e me fitou com um sorriso um tanto hm... Malicioso.

– Eu posso anotar o seu pedido, Mestre? -

– Claro. - Ele deu um último riso. - Um capuccino com creme por favor. - E piscou.

Fui até a cozinha com o pedido, sentindo o seu olhar queimar sobre minha nuca.

– Você se saiu bem Catherine-chan. - Lily falava mais como consolo do que gratificação.

Ah, ruivo maldito.

*

H-3 achei. Já estava decorando o caminho para minha sala. Sentei-me novamente á frente de Nathaniel, que sorriu.

– Catherine!

– Oi Nath. - Dei um beijo em sua bochecha.

– Como foi no trabalho hoje?

Sim, eu tinha contado sobre meu trabalho de meio-período para o Nathaniel. Ele estava me saindo um ótimo amigo.

– Desastroso, no mínimo. - Ele riu e depois fez uma careta.

– Vai melhorar, é questão de costume.

– Eu espero. - Suspirei, e então a professora entrou.

O resto das aulas foram tranquilas, eu já disse que estava amando esse curso? Eram onze horas quando acabou. Eu não tinha dinheiro para o táxi, mas não ia me arriscar a ir apé de novo. Pedi uma carona a Nathaniel que disse que o meu prédio era caminho de sua casa e não teria problemas. O carro de Nath era um Prius branco. Me intimidei um pouco ao entrar, Nathaniel vinha de uma familia rica, mas ele não era esnobe e mesquinho, ele era adóravel. Despedi-me do loiro com um "obrigado" e "te vejo amanhã". Procurava minhas chaves na mochila, quando uma voz familiar invadir meus ouvidos.

– Vejo que não veio sozinha hoje. - Lysandre estava parado em pé, de frente ao meu prédio. Usava o mesmo casaco marrom de ontem, e botas pretas.

– Você me assustou.

– Desculpe. - Ele sorriu, um sorriso de canto.

– Não... Tem problema. Você mora aqui perto Lysandre?

– Er, sim. Quer tomar um café?

– Essas horas? - Sorri.

– Vamos.

Ele segurou minha mão, e o meu corpo arrepiou-se com o toque. Eu não sabia porque, mas confiava naquele cara.

– Então vamos! - Guardei as chaves de volta na mochila.


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Notas finais do capítulo

O uniforme do café é mais ou menos assim,http://img01.cp.aliimg.com/imgextra/i1/1048233260/T20.aRXftXXXXXXXXX_!!1048233260.jpg ^-^



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