Acordei em cima do sofá, toda jogada e atrasada para a aula. Só deu tempo de tomar uma ducha, por uma roupa qualquer e sair correndo.

Para variar estava chovendo, cheguei ensopada na escola. Meu cabelo todo bagunçado me deu um ar de "desleixada" ou desleixado, como você preferir. Passei pelos corredores atraindo todos os olhares femininos. Aquele cabelo castanho escuro todo bagunçado, deixando que os piercings da minha orelha aparecessem. Eu parecia aqueles vândalos de mangá.

Podia ver o brilho nos olhos de uma garotinha com cabelo loiro e umas mechas cor-de-rosa. Ela parecia ter uns doze anos e segurava a mão do garoto que vi quando entrei na escola, ele tinha um ar vitoriano eu acho.

Seriam irmãos?

Assim que entrei na sala, um garoto veio falar comigo. Ele tinha olhos violetas e estava usando fones de ouvido.

–Hello Joy!

–Ah, oi.

–Nossa que seco você em! É aula de inglês vamos animar! -Disse ele dando um leve rebolado não muito...hétero.

–Desculpe, mas eu sou fluente, não me animo muito com isso.

–Você poderia me dar umas aulinhas particulares em! Lá em casa talvez.

–N-não, obrigado, acho que seria melhor você levar a sério a aula daqui.

–Ah porque?? Por fav---

–Senta logo ai vamos começar essa droga de aula. -Disse um garoto de cabelo vermelho, que arrastava o braço do outro sem dó nem piedade.

Ao voltar ele se apresentou.

–Olha, vou ser breve e direto. Meu nome é Castiel, gosto de música e não gosto que se entrometam no meu caminho, ouviu?

–Claro Sir. Castiel. -Disse num tom de deboche.

–Ótimo...Ah, e eu não gosto de concorrência ok? Eu ainda sou o melhor. -Falou se sentando em sua carteira bem no fundo da sala.

–Não liga pra ele! Prazer, eu me chamo Alexy.

Não soube como reagir então disse que o prazer era todo meu, e mesmo antes de começarmos a conversar a professora de inglês chegou na sala de aula.

Quando a aula acabou, decidi sair da sala e ir até a cafeteria que havia em frente a escola e ao sair sinto minha manga da blusa sendo puxada. Ao olhar pra baixo vejo uma garota bem pequena e que por sinal queria falar alguma coisa comigo. Eu segurei a mão que puxava minha blusa:

–O que foi? -Disse tentando entendê-la.

–Ela me disse pra vir... -Disse ela apontando para a garota de cabelo branco.

–Ah, e o que ela quer?

–Não é ela que quer... -Disse ela quase chorando e totalmente corada.

–Então é você? Pode me dizer no que posso te ajudar senhorita? -Disse sorrindo.

No mesmo instante ela arregalou os olhos e desviou o olhar rapidamente.

–E-eu sou... ela.

–Não entendi, pode falar mais alto?

–Eu sou a garota de ontem... das mensagens.

–Ah, sim... achei que fosse ter de pedir a jornalista.

–M-mas não sou eu quem está interessada!

–Ah, então tem alguém interessada?

–N-não foi isso que eu q-quis dizer! -Disse ela tampando a boca no mesmo segundo.

–Haha entendo... mas, afinal de contas, o que você quer?

–E-eu não sei... ela só me disse pra vir falar com você... disse que me ajudaria a perder minha timidez.

–Olha, eu estou indo na cafeteria do outro lado da rua, quer ir comigo? -Disse apontando para a porta.

Ela refletiu um pouco sobre a pergunta que fiz, fez sinal de sim com a cabeça e no mesmo instante grudou em meu braço esquerdo.

Comecei perguntando o seu nome, ela não quis falar nada de começo, mas depois disse que era Violette.