Formidable escrita por Cannibal


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

WSEYJLKGFBKWÇSJDB GENTENEY ♥ O ESPECIAL DE AVALANCHES KWEUBJFWCJL EU TO GRITANDO MESMO



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O clima em Paris era nublado, frio. Minha garganta arranhava, meu ouvido doía. Era a primeira vez em semanas que consegui levantar da cama.

Ja fazia quase um ano desde havia saído de Vancouver, deixando as chaves do meu antigo apartamento com Hanji, abandonando meu emprego e, finalmente me resolvendo com Erwin. Confesso que as vezes sentia falta dele, uma vontade estranha de simplesmente abraça-lo ainda queimava em meu peito. Eu não chorava mais, mas também não dormi por quase uma semana.

Depois de passar uma noite mal dormida em um hotel barato, fui atras da única pessoa que poderia me ajudar – de mal humor, mas mesmo assim, era alguém com quem sempre mantive contato. Afinal, ele havia me criado. O choque ao me ver em frente a sua porta, foi tanto que Kenny quase caiu. Eu contei tudo a ele, e deixei claro que era só até arrumar um lugar para ficar e me firmar em um emprego. Não demorou muito para que isso acontecesse. Morava em um sobrado cedido pela tia de Kenny, não neguei. Afinal, eu não tinha que pagar nada. O emprego de dois períodos em uma escola no centro me deixava cansado demais, e distraído o suficiente para não pensar em Erwin.

Olho para a janela do quarto, a chuva já caia forte, fazendo um barulho alto ao se chocar com o vidro. Lembrei do dia em que o conheci. Todo molhado no metrô, esperando o último horário para o centro, dentro das cabines, nós sentamo um de frente para o outro. Aqueles olhos castanhos me encararam com intensidade. Isso aconteceu por uns dois meses.

Em uma noite fria ele veio até mim.

–Qual seu nome? – ele perguntou.

–Rivaille. E o seu?

O rapaz de olhos castanhos se sentou ao meu lado dizendo :

–Patrick.

Universitário, 26 anos; cursava literatura na mesma universidade que eu me formei. Ironia. As conversas com Patrick eram variadas, desde as noticias do jornal as estreias no cinema. Nos tornamos amigos, e quando um dos professores dele desafiava a sala a escrever algo eu o ajudava a revisar, ali mesmo nas cadeiras alaranjadas do vagão. Por varias vezes enquanto falava com ele, eu simplesmente esquecia do meu dia. Ele me fazia rir, uma coisa que não fazia a muito tempo.

Um dia ele me chamou para um café, haveria uma apresentação do seu clube de poesia. Ele leu uma das originais dele e confesso que foi uma das coisas mais bonitas que já ouvi em minha vida. Naquela noite fria no metrô ele me beijou.

Foi a primeira vez que parei de pensar em Erwin.

O progresso desse “relacionamento de cura” foi lento, suave. Comum. Patrick era tudo que eu queria. Ele conseguiu curar as feridas que eu mesmo fiz ao voltar com Erwin.

Sinto o piso frio sob meus pés depois de uma banho quente, fungando alto eu amarro firme o cordão do meu – não era meu exatamente – roupão e sigo até meu quarto. Patrick ainda dormia.

–Hey – digo cutucando seu ombro, ele estava babando no meu travesseiro – Patrick, levante.

Ele gemeu, protestando em levantar, mexendo-se na cara e puxando os cobertores sobre o rosto. Os fios ruivos ainda apareciam.

–Patrick.

–Só mais cinco minutos...- a voz saiu rouca.

–Você disse isso quando levantei para tomar banho. – abro as portas de meu guarda roupa, pegando um pijama limpo. – Estou com fome.

Patrick riu, sentando-se enquanto bagunçava o ninho ruivo de sua cabeça e bocejava, passando as mãos pelo rosto e me olhando pelo espelho da porta. Ele sorria. Sempre sorria para mim.

–O que foi? – pergunto.

–Sua voz melhorou. – dou de ombros. – E seu nariz não esta mais escorrendo.

–Já pedi pra parar com isso.

Ouço-o se levantar e caminhar até mim. Sinto seu peito nu roçando em minhas costas, respirando fundo em meu pescoço, beijando minha orelha, me fazendo encolher enquanto me arrepiava. Tremendo ao abotoar minha camisa de malha fria.

–Eu adoro esse cheiro, – sussurrou, apertando de leve minha cintura, prendendo meu quadril ao seu. Os lábios pousaram em minha nuca, fazendo os arrepios voltarem - je te aime...

–Para com isso. - minha voz saiu falha.

–Não é mentira, e você sabe. – de repente, ele me pegou no colo.

E mesmo pedindo para me por no chão, ele me carregou até a cama, atacando meu pescoço com beijos, apertando minhas coxas com leveza, prendendo-as em torno de sua cintura. Todas as minhas manhãs eram assim.

Eu nunca havia me sentido tão bem.


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Notas finais do capítulo

quero só ver os comentários -q



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