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“- Eu te amo Apolo – sussurrou a voz que o deus tanto amava.

– Também te amo moon – respondeu puxando ela mais para si ...”

A luz de sua carruagem dirigia por uma das musas, adentrava calmamente pelo cômodo contratando com a mistura de cores bege e do creme de seu templo.

Estava tudo tão calmo, tão monótono.

Com um suspiro Apolo se levantou, seria o primeiro dia de milênios aturando a sua sina, afinal do que adiantou ter dito todas as mulheres que quis se não teve a única que realmente queria, que na verdade nem percebeu que a amava tanto e agora era tarde demais para chorar o leite derramado.

Terminou sua higiene matinal e sentou na poltrona.

Contar ou não contar ??

Contar, se ela não saber nunca poderá nem por um momento sentir algo por mim, mas é Ártemis ela nunca sentirá algo por mim, não por mim, não pelo maior galinha do olimpo, não pelo que fez uma brincadeira boba por ciúmes e não admitiu antes de ser tarde demais, não por mim, nada mais que ódio.

Apolo não soube por quanto tempo ficou ali mas quando se deu conta que era oito horas da noite andou para fora do quarto indo para a sala ao lado, sentou no piano dedilhando umas notas que não saíram como ele pretendia andou até o teclado e dedilhou as mesmas notas pensando nela, tendo em conta que era pra ela, para ela, ele sempre alcançaria a perfeição, ficou dedilhando as notas do começo soltando as batidas que acompanhavam com perfeição as notas do teclado.

E novamente se perdeu em seus devaneios não percebendo que certa ruiva o via dedilhar as mesmas notas, do mesmo começo, da mesma música, que era uma de suas preferidas, ela sabia que ele poderia muito bem continuar tocando o resto da música, mas ele apenas continuava a tocar o começo, como se alto faltasse, para que a perfeição fosse alcançada.

Observou seu irmão começar com os acordes de novo e dessa vez não se conteve.

Don´t Let Me Go (original) / Non Lasciarmi Andare (italiano)

– I'm watching myself – começou calmamente – Drifting away, A vision so darkened, I cannot stay, I'm reaching out wide, Trying to catch myself before I fall, Too little, too late, Can you save me?

Deu uma breve pausa enquanto observava os dedos de Apolo dançarem lentamente, pelos botões do teclado, e começou aumentando um pouco o timbre.

– Where do we go when we walk on light ?? Who do we call at the edge of night??, Carry me close like the tear drops in your eyes, All I can give you is memories, Carry them with you and I'll never leave, I'll lay my head down, But when I lay my head down. – terminou aumentando automaticamente a voz que foi perfeitamente acompanhada pelo teclado – Don't let me go, Hold me in your beating heart, I won't let go, Forever is not enough, Let me lay my head down on the shadow by your side, Don't let me go, Hold me in your beating heart.

A ruiva deu outra pausa enquanto o loiro voltava as notas calmas.

– So let me freeze time, Before it turns cold, The moments go by, And life goes on, The torturous stars, Are taking every breath I wish I held, The love in my heart, Is never ending – deu uma breve olhada pra Apolo que mantinha os olhos fechados –Where do we go when we walk on light ?? Who do we call at the edge of night??, Carry me close like the tear drops in your eyes, All I can give you is memories, Carry them with you and I'll never leave, I'll lay my head down, But when I lay my head down.

E novamente sua voz se adaptou a música como se uma fosse parte da mesma.

– Don't let me go, Hold me in your beating heart, I won't let go, Forever is not enough, Let me lay my head down on the shadow by your side, Don't let me go, Hold me in your beating heart – seu tom diminuiu – You can't see me, But you still feel me, I only live in your memories, I mean something, Your everything, You lay me down, Take me there.

– Don't let me go, Hold me in your beating heart,I won't let go, Forever is not enough, Let me lay my head down on the shadow by your side, Don't let me go, Hold me in your beating heart – finalizou com um sussurro – Don't let me go, Hold me in your beating heart.

Apolo virou lentamente a cabeça para o lado, seus cabelos loiros desgrenhados refletiram a luz da lua que brilhava no céu, o deixando mais perfeito, seus olhos abriram lentamente os perfeitos azuis com leves tons dourados, encararam os verdes prateados.

Nenhum dos dois queria falar algo, não sabiam o que falar, e estavam perdidos um no outro para tentar.

– Eu te Amo – sussurrou Apolo pegando a pequena mão de Ártemis e colocando em cima de seu peito, seu coração batia mais que uma bateria de rock, sua respiração perto da dela fizeram o coração da ruiva bater mais forte, acompanhando o do deus.

A deusa ficou na ponta dos pés alcançando a orelha de Apolo, se aquilo era um sonho se negava a acordar.

– Non lasciarmi andare, mi tenere nel tuo cœur battant – sussurrou em italiano, sabia que era a língua que ele mais gostava, e que a mesma também amava, sentiu os lábios de Apolo rosarem calmamente em sua bochecha.

– Non ti lascerò andare, sempre non abbastanza – sussurrou de volta, antes de selar seus lábios, Ártemis soltou um muxoxo quando o ar faltou e eles tiveram que se separar – Ti amo la regina della notte.

Ártemis sorriu.

– Anche voi la mia luce amo.

Apolo selou seus lábios novamente

Ambos sabiam que teriam muitos problemas para enfrentar, afinal eram deuses, viveriam para sempre, problemas iriam, problemas viriam, mas também sabiam que enquanto tivessem um ao outro poderiam sempre dar um jeito, seus jeitos.

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