Broken. escrita por Anieper


Capítulo 10
Capítulo 10




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Mutano estava vendo a chuva cair. Já fazia uma semana que Clarie tinha ido para a Torre pela primeira vez. Ele já conseguia se sentar e deitar sozinho. E estava quase indo para a cadeira sozinho. Ravena o ajudava no que podia, mas ela sabia que isso o matava, precisar de ajuda para tudo. Não poder fazer coisas simples do dia a dia. Ele se sentou na cama e cruzou os braços. Hoje ele iria para o quarto de Ravena, mas como Clarie iria vê-lo, eles iriam esperar até a fisioterapia acaba. Mutano estava sozinho na enfermaria, como tinha alguém atacando uma loja, ou sabe-se lá o que, os outros tiveram que sair. Suspirando mais uma vez, ele se arrumou na cama e se esticou para pegar a cadeira de rodas. Ele queria ir ao banheiro.

– Vamos lá, Mutano. Você pode fazer isso. – ele disse tirando a coberta de cima dele. – Vamos, você já quase fez isso umas dez vezes.

Mutano primeiro tirou as pernas da cama. Depois puxou a cadeira para que ficasse bem perto da cama e a travou. Da primeira vez que ele foi fazer isso, não sabia que precisava travar e caiu. Depois de respirar fundo e se apoiou nos braços da cadeira e foi movimentando o troco aos pouco para a frente. Depois ele o jogou para o lado e se sentou, com a respiração ofegante por causa do esforço. Ainda ofegante, ele destravou a cadeira e a guiou para o banheiro. A primeira coisa que eles fizeram na torre foi colocar barras nos bainheiros para ajudar ele. Mutano nunca as usou realmente, apenas nas cessões de fisioterapia. Ele travou a cadeira novamente e se apoiou nas barras e se sentou na privada. Depois se suspendeu e com apenas uma mão e muita dificultada conseguiu tirar as calças. Depois de fazer suas necessidades, ele repetiu o processo. Depois foi até a pia lavar as mãos.

– Mutano? – ele escutou a voz de Ravena. – Mutano?

– Aqui, Rae. – ele disse ligando a torneira.

– Oi. – ela parecia pálida na porta do banheiro. – Como chegou aqui?

– De cadeira. O que aconteceu? Está mais branca que o normal.

– Eu me assustei quando entrei no quarto e não te vi. Você estava sozinho e não pode se defender, pensei que...

– Ei. – ele disse levando a cadeira até ela. – Está tudo bem. Meu comunicador, ou melhor, o comunicador que Robin me deu para substituir o meu, estava do meu lado. Qualquer coisa eu chamava vocês. E sempre poderia me jogar no chão e ir me arrastando até algum lugar seguro.

– Eu sei, é só... é a primeira vez que te deixou depois do acidente. – ela disse se abaixando para abraçar ele.

– Eu sei. Está tudo bem, amor. – ele disse beijando a bochecha dela. – Viu? Eu já consigo me sentar sozinho. E eu nem cair.

– Eu estou tão orgulhosa de você. – ela disse beijando ele levemente nos lábios. – Posso te levar para o quarto?

– Claro. É uma honra ser levado por você, bela dama.

Ravena começou a emburrar a cadeira de roda até o quarto, mas não foi em direção da cama, ela foi direto para a porta. Essa era a primeira vez que ele saia do quarto. Mutano viu que metade a escada que tinha para levar até o corredor para a sala, tinha sido transformada em uma rampa. Ravena levou a cadeira direto para lá. Eles desceram a rampa e depois foram direto para a sala.

– Mutano, que bom te ver fora daquela enfermaria. – Cyborg disse assim que o viu.

– Amigo. – Estelar gritou indo até ele. – Estou tão feliz que você esteja aqui.

– Eu também. – ele disse sorrindo.

– Vamos pedi pizza. – Ravena disse levando a cadeira para o lado do sofá. – Temos que comemorar.

– Por que, amiga?

– Porque o Mutano já consegue se sentar na cadeira sozinho. – ela disse sorrindo para o namorado. – Agora, ele pode vim para cá com a gente, sem que tenhamos que trazer ele.

– Isso é ótimo, Mutano. – Robin disse. – É uma grande vitória. Temos mesmo que comemorar.

– Sim. – Mutano disse. – E como é para comemorar minha vitória, podemos fazer um especial vegetariano, não é? Todos devem comer da minha pizza.

– Eu concordo com isso. – Estelar disse.

– Por mim também. – Robin disse.

– Estou nessa também. – Ravena disse.

– Pra mim tanto faz. – Cyborg disse imitando a voz de Ravena.

Eles riam enquanto Ravena fazia o pedido. Mutano e Cyborg foram jogar vídeo game. Ravena expulsou Cyborg do lado do namorado e se sentou perto dele. Clarie chegou com a pizza e comeu com eles. Ela também ficou feliz por Mutano ter conseguido se sentar sozinho. Ela estava se recuperando muito bem e rápido. Mesmo caindo e ás vezes ficando nervoso por não conseguir fazer alguma coisa, ele sempre tentava novamente. Assim que eles terminaram, Mutano, Ravena e Clarie foram para o quarto da empata, que era onde Mutano ia ficar. Como eles iam casar daqui a um mês, eles decidiram que era melhor ele já ficar com ela. Eles ainda não tinham conseguido falar com a Patrulha. E isso estava deixando Mutano tenso. Ele queria os pais com ele naquele momento.

Ravena e Clarie assistiram ele ir para a cama. Clarie deu umas dicas para ficar mais fácil, como ele apoiar os pés no chão, usar as barras sempre que possível. Depois eles foram para a academia. Cyborg tinha feito uma parte apenas para Mutano. Ali tinha tudo o que o metamorfo iria precisar e mais. Eles passaram boa parte da tarde trabalhando para fortalecer os braços de Mutano. Depois fizeram os exercícios das pernas. Como Mutano estava mais animado hoje, Clarie disse que ele podia tentar tomar banho sozinho se se sentisse a vontade. E é claro que ele estava super animado com isso. Ravena concordou, mas disse que ficaria ao lado dele caso precisa de ajuda. Eles foram para o banheiro depois de se despedir de Clarie. Mutano teve algumas dificuldades e no fim precisou de ajuda. Mas ele estava orgulhoso de si mesmo. Ele só precisou de ajuda no final e para quem estava tomando banho como um bebê foi incrível. Ravena o ajudou a se vesti e depois deitou com ele na cama.

Mutano estava lendo um gibi, enquanto Ravena meditava. Eles estavam no quarto deles. Mutano tinha tomado banho novamente sozinho, apenas com um pequena ajuda dela no final e na hora de se trocar. Eles estavam esperando Clarie. Hoje seria o último dia que ela ria nessa semana. Depois ela ia um dia sim um dia não.

– Ei, pessoal, A Clarie chegou. – Robin disse batendo na porta do quarto.

– Estamos indo.

Ravena esperou Mutano ir para a cadeira para emburrar. Robin tinha comprado uma para ele, que chegaria daqui uma semana. Os dois chegaram na sala de treinamento e viram Cyborg conversando com Clarie em um canto. Eles não pareciam ter notado a presença os dois. Então, Mutano foi sozinho com a cadeira, o mais silenciosamente que podia.

– OI, GENTE. – ele gritou, fazendo os dois pularem assustado.

– Mutano, isso não se faz cara. – Cyborg disse olhando para ele de cara fechada.

– Menos papo, mais ação. – ele disse indo até as barras. – Para de flertar com a minha fisioterapeuta.

Ravena riu ao ver os dois corados e foi ajudar o namorado que estava tentando se pendurar nas barras.

– Certo, Mutano. – Clarie disse se aproximando deles. – Vamos trabalhar.

Eles começaram a trabalhar. Eles estavam no meio de um exercício quando a porta foi aberta violentamente.

– Aiiiiiii. – Mutano gritou quando caiu de costa no chão com tudo. Ele se assustou quando a porta bateu e perdeu o equilíbrio.

– Gar. – Ravena gritou correndo até ele.

– Ai meu deus. – Rita disse correndo até onde eles estavam.

– Estou bem. – ele disse fechando os olhos para ver de a ar diminuía. – Estou bem.

– Temos que virar ele. – Clarie disse. – Não era para doer, aqui é acolchoado.

Eles vivaram Mutano e Clarie passou a examinar as costas dele.

– Mãe. – ele disse olhando para Rita. – Você veio.

– Estávamos em uma missão. Assim que escutamos as mensagens vinhedos correndo. – ela disse pegando a mão dele. – Desculpa, não queria te assustar.

– Tubo bem. – ele disse tentando sorrir.

– Está tudo bem. Mas acho melhor fazemos uma radiografia. – Clarie disse olhando para Ravena. – Consegue se levantar sozinho?

– Acho que si. – ele disse.

Mutano se virou no chão e se sentou. Ele estava ofegante, como das primeiras vezes que ele fazia isso.

– Não dá. Está doendo. – ele disse colocando as mãos nas costas.

– Tudo bem. – Clarie ia pegar ele para levantar, mas Mutano foi envolto por uma aura preta.

– Eu já disse que amo seus poderes? – Mutano perguntou enquanto a namorada o levava para a enfermaria.

– Já. – ela respondeu deitando ele na cama. – Cyborg, precisamos de você na enfermaria, é o Mutano. – ela disse pegando seu comunicador.

– Estou indo. – ele respondeu.

– Está doendo muito? – ela perguntou segurando a mão dele.

– Não. – respondeu olhando para a mãe. – Estou feliz que vocês tenham chegado. Precisava ver vocês, saber que estão ao meu lado.

– E vamos ficar até quando você precisar. – disse beijanto a testa dele.


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