Broken. escrita por Anieper


Capítulo 1
Capítulo 1




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O céu estava escuro. O tempo fechado. Todos em Jump City andavam de um lado para o outro rapidamente. Apesar de ainda ser cedo, o céu estava escuro. As nuvens pesadas tampavam qualquer rastro de luz. Na torre em formato de T, os adolescentes que vivam ali estavam ocupados. Ravena estava em seu quarto meditando, Cyborg estava na garagem trabalhando no seu carro, Estelar estava em seu quarto arrumando seu guarda roupa, enquanto conversava com sua larva de estimação, Robin estava na sala de provas e Mutano estava fazendo um lanche. O titã verde estava animado. Ele tinha comprado ingressos para o campeonato de mundial de luta livre. Ele passou horas na frente do computador esperando que fosse colocado à venda, mas valeu a pena. Afinal, aquela seria a última luta do ídolo dele. Mutano comeu seu lanche e foi falar com os amigos.

– Oi, Cyborg. – ele disse entrando na garagem.

– Fala, Grama Verde. – o titã cibernético disse sem olhar para ele.

– Então, se lembra daquela luta que queríamos ir ver? A final que vai passar hoje? Eu conseguir os ingressos. Vamos? Vai ser incrível. Pelo menos, eu espero que seja, passei horas sentados para compra esses ingressos extras. Como a luta começa as sete, acho que podemos sair daqui as cinco, ou...

– Desculpa, Mutano, mas não posso ir. Tenho que termina isso aqui. – Cyborg disse sem dá muita atenção para o amigo disse. – Deixe para a próxima.

Mutano se sentiu magoado, mas não demostrou.

– É, deixa para a próxima. – ele disse saindo da garagem.

Mutano respirou fundo e foi atrás de Estelar. A amiga adorava luta. Ela sempre falava que lembrava ao um esporte que ela assistia com o pai em seu planeta.

– Estelar? Posso entrar? – ele perguntou depois de bater na porta.

– Claro, amigo. – ela disse abrindo a porta para ele. – Em que posso ajudar?

– Bom, é que hoje é a final do campeonato de luta. E queria saber se você não queria ir comigo. – ele disse sorrindo.

– Desculpe, amigo, não posso. Tenho que lavar meu cabelo. – disse passando a mão na cabeça. – Ele ainda tem um pouco de gosma por causa da nossa luta com Plasmo.

– Tudo bem. Quem sabe da próxima vez. – ele disse antes de se virar e deixar ela sozinha.

Mutano foi atrás do Robin. Ele o encontrou na sala de provas fazendo algumas anotações.

– Robin? – ele chamou da porta mesmo.

– Oi? – sem olhar para ele.

– Hoje vai ser a...

– Se for me convidar para sair, não posso. Tenho coisas mais importantes para fazer.

– Tudo bem.

Mutano se virou e saiu. Faltava apenas Ravena. Mas ele sabia que ela não aceitaria sair com ele. Ela nunca aceitava quando estava com raiva. Mas como das outras vezes ele foi atrás dela. Mutano sabia por causa do cheiro dela que ela estava no quarto dela. Então, ele seguiu para lá. Ele hesitou antes de bater. Ele já tinha levado não de três de seus amigos, por que levar mais um? Mas e se ela estiver de bom humor e aceitar ir ele? Ele nunca iria se perdoar por perde essa oportunidade. Mesmo com medo, ele bateu na porta.

– Vai embora. – Ravena disse sem abri a porta.

– Mas, eu queria saber se você não queria...

– Não. – ela o cortou. – Vai embora, Mutano.

Ele foi. Mutano se virou e segui para seu quarto. Quando fechou a porta, olhou para a mesa onde os cinco ingressos estavam. Ele foi lentamente até lá. Ele pensou que seus amigos ficariam contentes. Dois dias antes eles estavam falando de como queriam assisti essa luta. Robin até pensou em usar sua fama para conseguir entra sem ingresso, e agora, nem deram atenção. Mutano se deitou na sua cama e esperou as horas passarem. Quando deu quatro horas, ele tomou banho e se trocou. Ele decidiu colocar uma roupa civil, mesmo. Quando ele saiu da torre eram quatro e meia. Mesmo tendo tentado convidar os amigos, ele deixou um recado na mesa da sala, falando que tinha ido assistir a luta.

Como era do outro lado da cidade, ele foi de ônibus. Robin ainda não tinha aceitado a ideia dele ter um lambreta e Cyborg não quis construir uma, pois estava muito ocupado. Mutano esperou pacientemente no ponto, quando ele entrou no ônibus teve que dá alguns autógrafos, mas mesmo assim, estava deprimido. Quando ele chegou ao lugar onde a final aconteceria, estava tão triste que pensou em ir embora, mas essa era sua última chance de ver seu ídolo lutando. Quando a luta começou, ele se animou. Ele torceu, gritou, riu e comemorou. Apesar de ter se virado umas duas vezes para fazer algum comentário com um de seus amigos, apenas para lembra que eles não estavam ali.

Quando a luta acabou, ele estava mais animado. Mutano se assustou quando olhou as horas. Ele não pensou que fosse tão tarde. Já eram três da madrugada. Ele foi para ponto de ônibus. Mutano andava distraído. Repassando os melhores momentos da luta na sua cabeça. Tinha sido incrível. Pena que não tinha nenhum de seus amigos com ele. Mutano parou em uma avenida. Ele esporou que o farol para pedestres abrisse com alguns adolescentes que também tinham ido assisti a luta. Ele sabia disse por que estavam sentados perto.

– Você não é um dos titãs? – Um deles perguntou.

– Sou. – ele respondeu sem dá muita atenção.

– Cara, eu sou seu fã. Vocês são incríveis.

– Obrigado. – ele disse quando o farol para eles ficou verde. – De quem você gosta mais?

– Da Ravena. Acho ela linda. – disse sonhador.

Mutano não conseguiu segurar o riso. Ravena parecia ter mais fã do que Estelar. E olha que ela quase nunca era simpática com as pessoas. Ela podia até ser uma heroína, mas não era daquelas que ficavam falando com fãs. Na verdade, ela os evitava. Dificilmente acenava para eles, e quando o fazia, estava com a cara fechada. Mas aparentemente isso a tornava popular e querida.

– Ela é. – Mutano disse.

Eles continuaram conversando enquanto iam para o ponto. Mutano e os adolescentes estavam conversando. O jovem titã estava um pouco mais distante dos outros. Ele não queria ficar tão perto assim e estava feliz por encosta em alguma coisa. Estavam todos distraídos, e esse foi o erro deles. Mutano, assim como todos, apenas notou o que estava acontecendo quando foi tarde demais.

...

Ravena abriu os olhos de repente. Ela sentiu uma coisa estranha no peito. Lentamente sentou-se na cama. Eram três e meia da manhã. Ela se levantou e foi na cozinha pegar água. Quando chegou viu Estelar, Robin e Cyborg sentados no sofá assistindo alguma coisa na TV. Sem dá muita atenção, ela pegou seu copo da água e ia em direção ao seu quarto novamente quando um papel que estava no chão chamou sua atenção. Ela foi até lá e pegou.

Fui na luta. Volto assim que acaba.

Mutano.

– ...Fico triste por essa ser minha última luta. – ela escutou.

– Vocês viram o Mutano? – ela perguntou de repente.

– O que? – os outros perguntaram olhando para ela.

– Mutano. Vocês o viram?

– Não. – responderam juntos.

– Ele foi para a luta e ainda não chegou. – ela disse depois de fazer uma limpa na torre com os seus poderes.

– Vai ver, ele ainda está a caminho. – Robin disse sem dá muita atenção. – Logo ele chega.

Ravena bebeu sua água, mas isso não foi o suficiente. Ela foi para a cozinha preparar seu chá. A empata deu um pulo quando o telefone da torre tocou. Todos olharam para o aparelho sem fazer nada por alguns minutos. Aquele telefone só tocava quando alguém da prefeitura ligava para eles, mas estava muito tarde para isso. Robin, deu os ombros e foi até o aparelho.

– Alô? – ele disse. – Quem está falando? – ele escutou. – Sim, é daqui. Robin... O que? Quando? – Todos olharam para o líder que estava pálido. – Como ele está? Estamos indo para ai. Obrigado.

– Robin? – Ravena chamou quando ele desligou o telefone. – O que foi? Quem era?

– Era do hospital central. – ele disse fechando os olhos. – Mutano sofreu um acidente e foi levado para lá.

– O que? – os outros três perguntaram juntos.

– Não temos tempo. Precisam da gente lá.

Todos correram para seus quarto e trocaram de roupa rapidamente. Eles foram o caminho todo em silêncio. Eles não sabiam o que falar. Quando eles chegaram ao hospital receberam a notícia que o amigo estava passando por uma cirurgia.

– Com licença. – disse uma menina se aproximando deles. – Vocês são os titãs, certo?

– Sim. – Cyborg respondeu.

– Meu irmão estava com o Mutano quando o acidente aconteceu. – ela disse chamando a atenção dos outros. – Ele me pediu para ver como ele está, já que ninguém dá noticias.

– Ele está passando por uma cirurgia. – Robin respondeu. – Seu irmão pode falar? Quero saber o que aconteceu. Quem nos ligou disse que não sabia.

– Bom, ele pode, mas não sei se as enfermeiras vão deixar vocês entrarem, elas não querem deixar por já ter passado do horário de visita.

– Pode deixar isso comigo. – Ravena disse. – Me leve até seu irmão.

As duas foram andando pelo corredor. Robin achou melhor apenas um deles ir, e como Ravena era a mais controlada, ela foi. Elas andaram em silêncio. Ravena repetia seu lema baixinho, para não perde o controle de seus poderes. Por fora ela estava calma, mas por dentro estava ficando louca sem saber o que tinha acontecido.

– Vocês não podem entra. – Uma das enfermeiras disse assim que as viu indo para o quarto.

– Eu sou Ravena, dos titãs. O irmão dele estava no acidente, preciso falar com ele.

– Eu sei quem você é, mas as regras são para todos. – disse sem se abalar.

– Escuta aqui, meu amigo está passando por uma cirurgia agora mesmo, por que foi atropelado. Eu quero saber o que aconteceu com ele. E se você não me deixar entra agora, eu te mando para outra dimensão. E uma onde eles torturem estranhos. Então, sai já da minha frente.

A mulher não disse mais nada.

– John, essa é Ravena dos titãs. – a menina disse quando elas entraram no quarto. – Ela quer saber o que aconteceu.

– Como Mutano está? – ele perguntou se sentando.

– Ele está no meio de uma cirurgia. – Ravena disse. – Pode me dizer o que aconteceu?

– Bom, as coisas estão um pouco confusas, mas eu me lembro de sair da luta e encontra com Mutano na avenida. A gente começou a conversar e fomos assim até o ponto de ônibus. Estávamos esperando o ônibus quando escutamos o som de freios. – ele franziu o cilho. – Não sei bem o que aconteceu. Me lembro de Mutano gritando para termos cuidado e depois um animal verde estava na minha frente e dos meus amigos. Ele recebeu todo o empaqueto todo. Acho que cai e batia a cabeça, não sei. Mas quando consegui me concentra novamente, ele estava desmaiado na nossa frente, sangrado. Ligamos para o resgate e não me lembro muito mais do que isso. Ele salvou nossas vidas.

– E o motorista? – Ravena perguntou.

– Quando voltei a mim, não via nada. Me falaram que ele fugiu. – ele disse.

– Acho que depois Robin vem conversa com você para saber mais detalhes. – ela disse indo para a porta. – Melhoras e obrigada.

Ravena saiu do quarto e voltou para a sala de esperar. Os outros olharam para ela. Depois de explicar tudo o que tinha escutado. Eles se sentaram e esperaram. Nenhum deles falou nada. Apenas ficaram ali, sentados olhando para o nada. Estelar as vezes deixava escapar um soluço e sempre que alguém passava ela os olhava como uma criança esperançosa. Aos poucos os familiares de todos que estavam com Mutano, foram chegando. Ao todo, foram dez pessoas atropeladas. Robin tinha se afastado para conversa com os policiais quando o médico finalmente apareceu.

– Vocês são os titãs? Amigos do Mutano? – ele perguntou parando ao lado da porta.

– Sim. – Cyborg disse se levantando.

– Como o amigo Mutano está? – Estelar perguntou indo até o médico.

Robin se aproximou correndo. Ele não queria perde o que o médico tinha para lhe dizer.

– Bom, o quadro dele é grave, mas ele está estável. Ele perdeu muito sangue, e como ele muda de forma, não sabíamos se seria bom ou não misturar o DNA humano com o dele. Então, demos apenas soro. – ele disse e ficou aliviado quando Cyborg fez um aceno com a cabeça mostrando que aprovava a escolha. – Ele quebrou cinco costelas, a perna esquerda e o braço direito. Tivemos que fazer uma cirurgia as pressas para estanca uma hemorragia interna, ele sofreu uma contusão e está com um coágulo cerebral. Estamos dando remédios para controla-lo, por enquanto não teremos que operar.

– O que mais? – Ravena perguntou depois de estudar as emoções dele. – O que você está com medo de nos contar?

– Bom, ele sofre o empaqueto todo, e isso pode ter custado mais caro do que imaginamos. – o doutor hesitou um pouco. – Ele sofreu um trauma grave na coluna, não posso falar se ele vai sofre ou não alguma complicação ou dano.

– Você quer dizer que...

– Talvez, ele pega os movimentos das pernas. – ele confirmou o que Cyborg ia pergunta.

Estelar começou a chorar, Robin se sentou em choque, Cyborg ficou parado olhando para o nada e Ravena... Bem, ela explodiu algumas cadeiras, antes de volta a controlar seus poderes.

– Ravena? – Robin a chamou.

– Eu estou bem. – ela disse depois de respirar fundo algumas vezes. – Eu quero vê-lo agora. – ela disse olhando para o médico que estava assustado.

– Eu... ele está na... Acho que...

– Eu posso ajudar. – ela disse. – Posso curar algumas das feridas dele, talvez até o trauma da coluna. Mas tem que ser rápido. Se demorar muito...

– Eu... Não sei. – ele disse olhando para os outros.

– Deixe ela entrar. – Robin disse. – Ela pode ajudar.

O médico concordou e mandou Ravena o seguir. Ela colocou uma roupa de hospital e entrou. Mutano estava deitado na cama ligados a vários aparelhos. O médico tinha deixado eles, já Robin queria conversa com ele, mas deixou uma enfermeira no quarto como medo do que Ravana poderia fazer. Ravena se aproximou da cama e colocou as mãos no peito dele. Ela sentiu uma lágrima descer, mas mesmo assim se concentrou em seus poderes de cura. Logo uma luz azul saia de suas mãos. As feridas do rosto dele foram sumindo. O batimento dele ficou mais forte e ritmado. Ravena usou toda energia que podia, mas não sabia se tinha feito o bastante.

– Fique bem. – ela disse baixinho antes de encosta os lábios nos dele.


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