Eu já estava acordada, mas não queria me levantar, fiquei com os olhos fechados repassando mentalmente a minha última conversa com Edward, a última conversa que resultaria no fim de nosso namoro. Nós namoramos por sete longos e turbulentos meses.   Desde o dia em que o vi descendo as escadas do colégio nunca mais consegui tirá-lo da cabeça. A cena estava lá, era só eu fechar os olhos pra revivê-la.

“Depois de terminar meu último namoro com um garoto da minha sala eu queria ficar longe dos meninos por um tempo, fui beber água e o bebedor do meu andar estava com defeito, tive então de descer até o primeiro andar pra conseguir água, meu colégio tinha dois andares: no primeiro andar estudava os alunos do 5º ao 9º ano e no segundo andar ficava o ensino médio com duas salas para cada série eu estudava no 2º ano sala A, voltando à cena fui ao primeiro andar e saciei minha sede , estava subindo as escadas olhando pro chão, pensando na aula quando esbarrei nele, Edward Cullen, nunca acreditei nesse papo de  paixão à primeira vista, pois  logo que o vi fiquei sem fala, ele pigarreou e pediu desculpas mas eu não ouvi, fiquei perdida por um tempo, levei alguns segundo pra perceber que estava encarando um estranho e que ele começava a achar graça naquilo, pois ele esboçava um sorriso que por Deus, devia ser proibido por lei, ninguém devia encantar as pessoas daquele jeito só com um sorriso.

—_ Me desculpe, você está bem?  Ele perguntou

—_Ah! Sim, não foi nada eu estava distraída, mas... Você é novo aqui? Quer dizer eu nunca te vi  na escola. - Eu não acreditava que estava dizendo aquilo, mas era mais forte do que eu parecia que ele tinha um imã que me atraía pra ele.

—_É eu comecei hoje, por isso que estou andando pra lá e pra cá procurando um bebedor que funcione você sabe de algum?

—_Estou vindo de um, eu te mostro onde fica - na verdade era só eu apontar o final do corredor, mas eu não podia perder a oportunidade de ficar ao lado dele mais um pouquinho.

Fiquei o resto da aula pensando nele, e acho que não ia conseguir tirá-lo da cabeça nunca mais”

  Bem depois desse encontro casual, nos encontramos mais algumas vezes no corredor, sempre que o via um milhão de borboletas revoa no meu estômago e dava pra ver na minha cara o meu fascínio por ele, Edward estava no 2º ano também, só que na sala B, e eu tinha a oportunidade de vê-lo também nos intervalos, Eu até que tentava disfarçar, mas não tinha muito sucesso nisso, pois meus olhos sempre me denunciavam, até que um dia numa festa ele me puxou do grupo de amigas em que eu estava dizendo que queria conversar comigo, meu coração parecia que ia sair do peito, ele disse que estava apaixonado e que queria me namorar, eu certamente naquele momento era a pessoa mais feliz do mundo.

  Mas a minha felicidade não durou muito tempo, Edward era lindo e carinhoso, mas extremamente autoritário e irresponsável, o completo oposto meu que era muito responsável e apesar de ser filha do delegado da cidade não apreciava o autoritarismo. Ele não gostava de ser  contrariado e era muito ciumento, me deixava horas esperando por ele ás vezes nem ia aos encontros que marcávamos. Mesmo muito decepcionada com ele eu não tinha coragem de terminar pois era inexplicavelmente apaixonada por ele e todos os seus defeitos desapareciam no instante em que ele chegava perto de mim.

   Acontece que um dia ele foi longe demais, confiando no amor incondicional que eu sentia por ele, me deixou em casa e voltou pra festa onde estávamos bebeu demais e ficou com uma outra menina. Quem me contou foi o meu pai que encontrou ele com a menina na picape dele, ambos sem roupa, meu pai o liberou, não o prendeu por  atentado ao pudor  pra que eu não fosse humilhada, mas proibiu ele de entrar em nossa casa. Ele tentou fala comigo no colégio,  eu não quis ouvir,  aceitava tudo menos traição, sofri muito, chorei um oceano inteiro, mas não ia voltar atrás, quem trai uma vez trai sempre, e eu superaria, podia levar algum tempo mas eu superaria.

  Mas o tempo passava eu  não conseguia esquecer, meu coração ainda disparava quando o via, mas eu aguentava firme nunca dei o braço a torcer. Agora ele namorava outra menina e aquilo me doía muito, meus amigos dizem que ele ainda gosta de mim que só esta com outra para me fazer ciúmes o que estava funcionando, pois eu me corroia de ciúmes, Jacob estava me dando muita força, ele conversava muito comigo, e eu me divertia muito com ele.

   Jacob era um garoto grande e musculoso, mas estremamente dezegonsado, não tinha jeiton com as garotas, nunca havia beijado pra valer uma garota, e ele nem gosta de falar no assunto. Agora eu estou empenhada em arrumar uma namorada pra ele.  A maioria das garotas, olha o físico, a condição social. Elas não sabem o que estão perendo, Jacob é um cara incrível. O jeito como ele me entende,me distrai, ás vezes até esqueço que ele é um garoto e acabo falando umas coisas que deixa ele muito encabulado, eu acho lindo o jeito que suas bochechas ficam vermelhas.

   Tenho passado muito tempo com Jake agora ele é o meu melhor amigo, pois é o único que apoia o fato de eu não querer voltar pro Edward, a maioria das minhas outras amigas dizem pra eu perdoar, que homem é assim mesmo e que eu devia levar em consideração o fato de ele ser extremamente lindo e rico. Mas jake me falava para eu seguir meu coração e que estaria comigo não importava a desição que eu tomasse.

  Bem já eram quase sete horas e não demoraria muito Jake estaria buzinando lá fora. Dito e feito mal terminei de tomar café e ouvi a moto dele parando em frente á minha porta antes de ele apertar aquela buzina estridente eu apareci na porta, ele abriu seu sorriso costumeiro e me passou o capacete, subi na moto e me agarrei na sua cintura. Ali eu me sentia segura. sabia que sempre podia contar com ele.

  Mas será que  quando ele arrumar uma namorada ele vai querer ficar tanto tempo assim comigo, estou certa que não.