Burning Love escrita por B Targaryen


Capítulo 19
Melhor Noite de Todas




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Eu acordei com o peso de Natasha começando a me machucar. Passei meu braço por baixo das pernas dela, de modo que conseguisse levantar com ela no colo e a coloquei no sofá. O relógio do meu celular marcava 4 da manhã e eu pensei que pudesse estar errado, parecia que eu só tinha piscado. Sentei no chão, ainda com sono e a observei. Natasha sempre foi tão linda, não faço a mínima ideia de como chegamos aqui, mas uma das minhas únicas certezas é que... eu amo essa garota, eu quero ficar com ela por todo tempo que eu puder. Depois de alguns segundos, ela abriu os olhos de repente e riu, meio sonolenta.
–Disfarça quando for ficar me olhando, as pessoas vão pensar que você é um perseguidor.
Eu fiquei meio sem graça, mas depois sorri.
–Tão tímido esse menino. - ela completou, sorrindo. Natasha tinha acordado feliz, e tenho que admitir que eu também.
–São quatro da manhã. Eu deveria voltar a dormir. - falei
–Provavelmente. Por que você ta acordado?
–Er...nada. Vamos pro quarto?
Ele me olhou com uma cara de "hum, safado."
–Eu quis dizer pra dormir, juro! - eu disse, rapidamente - A não ser que você queira.
Natasha começou a rir alto, o que me deixou com muita, muita vergonha.
–Você me surpreende mais a cada dia.
–Olha quem fala.
Subimos até o quarto e, chegando lá, ela foi direto pra cama, deitou e fechou os olhos, mesmo com um sorriso bobo no canto da boca. Eu a abracei e logo ela dormiu, mas eu simplesmente não conseguia. Fiquei observando todos os cantos do meu quarto e pensando em coisas aleatórias quando, sem querer, comecei a pensar em Bruno e em Karol se casando, tendo um futuro juntos e então fiquei triste. Seria muito estranho admitir pra mim que, no fundo, eu queria isso com Natasha? No final das contas, acabei levantando. Eram quase 6 horas e fui pra cozinha fazer o café, não era meu dia de cozinhar hoje mas, mesmo assim, não tinha nada pra fazer. Bruno também acordou cedo, o que foi uma surpresa. Ele desceu as escadas com cara de zumbi e deitou no chão, do lado do sofá.
–Quais as chances de eu e você acordarmos cedo no mesmo dia? - perguntou
–Pouca, quase inexistentes. Eu até fiz o café.
–Não quero comer nada. Queria estar dormindo.
–Para, o crianção dessa casa sou eu, não pode sair tomando meu posto assim não. Sai do chão se não eu vou aí pisar na sua cara.
Ele riu.
–Vem sim, sei.
Foi quando eu fui correndo e sentei em cima das costas dele, fazendo peso pra baixo.
–CHARLIE, SEU PUTO! - ele gritou, me jogando no chão. Eu levantei rindo muito e correndo no caso de ele resolver me bater. Bruno só riu e sentou no sofá.
Um barulho na escada chamou minha atenção.
–A gritaria das duas crianças me acordou. - Natasha disse com um ar de brincadeira. Ela sentou do lado de Bruno - Cadê Karol?
–Ela não veio pra cá ontem.
Ela se espantou.
–Isso é bem incomum. Deve ser por isso que ta acordando cedo, não fez sexo ontem.
–Mas o Charlie também te acordado...
–Fazer sexo de dia é um dom.- Natasha concluiu.
Eu intervi:
–EU TO FICANDO COM VERGONHA, GENTE.
Eles riram. Natasha foi andando até mim e me beijou. Depois todos sentamos na mesa e comemos, eu me sentia tão "em família" com eles.
–Eu tenho uma proposta pra te fazer. - Natasha falou, olhando pra mim.
–Já sei que não é coisa boa. - respondi
–Não é nada demais dessa vez, juro. É que o Dougg me mandou uma mensagem uns dias atrás falando que sábado (ou seja, hoje), vai ter uma festa que o povo da nossa sala vai e nos chamaram pra ir.
–Mas...- eu procurei na minha mente motivos pra não ir. Então olhei pra Bruno - Posso?
–Claro que pode! Aja como um adolescente normal e vai nessa festa, pelo amor de Deus.
–Ta bom então.
–Sério? - os dois perguntaram, ao mesmo tempo.
–É, sério.
–Melhor namorado do mundo. - ela falou, me dando um beijo rápido e levantando pra tirar a mesa. - Vou pra casa agora, OK?
–OK. A gente se vê mais tarde então?
–Claro. - ela disse, jogando um beijo no ar e saindo pela porta.
Esse garota ainda me mata.
Passei o dia jogando videogame com Bruno e, quando foi anoitecendo, já comecei a ficar nervoso, criando um monte de situações desatrosas e "e se?"s na minha cabeça. Tomei banho e fiquei indeciso com que roupa vestir.
–Charlie, você parece uma pré-adolescente de 13 anos. - Bruno disse ao ver minha indecisão. Ele olhou as roupas jogadas no quarto e pegou uma blusa e uma calça - Vai com isso. Problema resolvido.
Dei de ombros e segui o conselho dele. Eram quase nove horas quando Natasha chegou na minha porta. Veja bem, eu sabia que ela estaria sexy, só não imaginava o quanto. Ela estava usando um vestido preto, meio curto com umas partes de renda e que era apertado nos lugares certos. Me senti tao atraído por ela que minha única reação foi beijá-lá imediatamente, de surpresa, na porta mesmo. Quando paramos ela disse:
–Nossa, de onde isso surgiu?
–Natasha... você ta linda. Você é a mulher mais linda e mais sexy que eu já vi na minha vida.
–Já ouvi isso muito. - ela brincou, com aquele sorriso provocante dela - Te amo.
Eu não conseguia parar de sorrir.
–Também te amo.

Quando chegamos lá, tinha gente pra todo lado. Reconheci uns poucos rostos, mas estava nervoso mesmo assim, a música estava alta e tinha luzes que me impediam de ver a cara da Natasha direito. Fomos caminhando até o bar e pegamos algumas bebidas. Eu já tinha bebido antes, mas nada parecido com aquilo; ardia, mas de certa forma, era bom. Aos poucos, ela foi me arrastando pro meio daquele monte de gente e eu descobri uma coisa nova sobre a Natasha: ela dançava bem. E quando eu digo bem, eu quis dizer da forma mais sexy já visto no planeta Terra. Estava uma musica bem provocante e, quando ela se mexia daquele jeito... cara, era covardia. Ela me puxava pra dançar junto com ela, então aos poucos fui perdendo a vergonha e dançando junto. Não sabia dançar, mas estava me divertindo. Depois ela me beijou. Me beijou repetidas vezes até perdermos o  fôlego. Foi assim a noite toda; bebemos muito (estranhamente, eu mais do que ela), dançamos que nem uns malucos e nos pegamos o tempo todo. Tudo o que eu queria é olhar ela dançar pra sempre, tudo que eu queria é que aquela noite nunca acabasse.


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