Burning Love escrita por B Targaryen


Capítulo 17
Rápido demais


Notas iniciais do capítulo

Então, pessoas, primeiramente desculpem a demora, estava passando por um bloqueio criativo além de estar completamente sem tempo mas agora passou e hey, a história continua! ;) Espero que ainda estejam aí.



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Então estávamos eu e Natasha, sentados nas cadeiras da escola, no meio da aula de matemática, eu tentando prestar atenção, já que era uma das poucas vezes em que eu consegui realmente pra escola, enquanto ela estava imersa naquele mundo maluco que ela entra quando começa a pensar muito.

–Charlie. - ela disse com a sobrancelha arqueada - Já parou pra pensar em quanto tudo isso é insignificante?

–Tudo isso o que?

–Estudar, sabe. Tipo, você estuda pra , sei lá, nada.

–Pra ter uma carreira...?

–Você quer ser escritor, pra que precisa disso?

–Porque eu não posso escrever nada se eu não souber quanto é 2+4. As pessoas não vão querer um autor estúpido.

–Você se preocupa demais com o futuro. - foi a conclusão dela.

–Você não?

–Não. O futuro é muito incerto.

E então ela se encostou no outro lado da carreira, longe de mim, o que significava que a conversa estava terminada.

Quando a aula acabou, fomos sentar no muro, como de costume, mas então meu telefone tocou, e era Bruno, então eu atendi porque ele raramente me ligava.

–Fala.

–Você ainda ta na escola? - ele perguntou.

–Hã... sim, porquê?

–Então vem pra casa. Preciso te comunicar uma coisa.De preferencia traz a Natasha, eu precisa da opinião dela também.

–Sobre o que?

–Só vem. Tchau.

E desligou.

–Natasha? -chamei - O Bruno quer falar com a gente, acho.

–Ele pode esperar.

E então fomos pro muro, e ficamos lá conversando um pouco, até resolvermos ir pra casa antes que Bruno me ligasse de novo.

No caminho, ela não deixou eu segurar a mão dela porque afirmou que, se a mão dela estivesse ocupada segurando a minha, não teria como ela me dar um tapa na cara, caso precisasse. Eu achei estranho, mas resolvi não perguntar, ciente de que ouviria mais um monte de coisas aleatorias que provavelmente me fariam rir. E então eu estava completamente ciente de que, apesar de tudo, eu amava essa maluca.

Chegando lá, assim que abri a porta encontrei Bruno sentado no sofá visivelmente nervoso : ele batia os pés no chão, e estava todo inquieto e meio envergonhado.

–O que foi? - Natasha perguntou, rindo.

Ele se levantou e nos olhou nos olhos.

–Sentem. Os dois.

E ao ouvir essa frase, eu voltei a ter 7 anos de novo, me lembrando da última vez em que ouvi essa frase. Eu estava meio emburrado, mesmo sendo meu aniversario, e então meu tio veio e olhou pra mim e pra Bruno e disse essa mesma frase, eu não sei se Bruno lembrava.

Eu me sentei, com medo.

–Relaxa, Charlie, não é nada sério. -Bruno garantiu, sentando do meu lado, e Natasha sentou depois, deixando Bruno no meio. Ele se virou pra ela.

–Natasha. - ele disse. - Você gosta de mim , certo?

–Claro. Sempre tive uma paixão secreta por você.

Ele não se deu o trabalho de rir.

–Eu quis dizer como irmão do seu namorado e como namorado da sua irmã.

"Confuso." Ela murmurou e depois riu.

–Sim, eu gosto.

–Ótimo. Charlie, você gosta da Karol como minha namorada?

–Gosto. Por que você ta perguntando isso?

Ele se levantou e saiu, sem dar explicaçoes. Eu olhei pra Natasha, confuso, mas ela também parecia não entender nada.

Bruno voltou, respirou fundo e disse:

–Eu quero a benção de vocês.

–Pra que? - perguntei

E então ele tirou do bolso uma caixa pequena e quadrada, e a abriu, deixando a mostra a linda e com certeza cara aliança que tinha ali dentro.

–Será que a Karol diria sim?

Alguns segundos de silêncio se seguiram depois do choque, e assim que Natasha abriu a boca pra falar alguma coisa, eu a cortei, protestando.

–CASAMENTO? VOCÊ TA DOIDO?

Eu acho que ele não estava esperando por isso. Eu me levantei do sofá, deixando a raiva fluir - VOCÊS ESTÃO JUNTOS HÁ PORRA DE TRES MESES, NÃO TRÊS ANOS! VOCÊ TA MALUCO MESMO. -falei e então subi as escadas correndo, não deixando ele dar qualquer explicação porque senão eu acabaria dando um soco na cara dele.

Ele estava equivocado, e se ele queria que eu aprovasse essa ideia maluca, que perdesse as esperanças. Pro inferno, todos eles. Cheguei no meu quarto e bati a porta com força e a tranquei, deitei na cama e tentei me acalmar, porém quanto mais eu tentava, mais raiva me dava. Começei a socar o travesseiro. Depois de alguns minutos, eu realmente esperava que Natasha fosse falar comigo, mas ela não foi, o que me deixava com raiva dela também. Abri a porta e fui, em silêncio, ver o que estava acontecendo, como uma criança que espia por trás da porta.

Os dois ainda estavam sentados no sofá, ele segurava o braço dele e os dois pareciam estar tendo uma conversa séria. Era a versão madura da Natasha que poucas vezes eu tive o privilégio de presenciar, e ela falava enquanto ele observava calmamente, parecendo concordar. Ela deveria estar, não sei, dando conselhos pra ele, ou algo do tipo, ela era boa com essas coisas. E então eu me senti extremamente infantil por ter reagido daquele jeito, porém ainda com raiva. Voltei pro meu quarto, deitei na cama, me cobri e fechei os olhos.

O que estava acontecendo comigo? me perguntei.

Mas o fato é que eu não queria que ele pedisse em casamento. Talvez eu estivesse torcendo pra ela dizer não, ou algo parecido.

E só então me ocorreu que a verdade é que eu não queria que ele fosse feliz, eu era egoísta o suficiente pra pensar assim.

E então alguem bateu na porta. Eu fiquei em silencio, pra tipo fingir que não estava ali ou algo assim, não queria falar com o Bruno de forma alguma.

–Charlie? - Natasha chamou, do outro lado da porta. E aí eu cheguei a conclusão de que, já que era ela, eu devia abrir. Caminhei até a porta sabendo que ela iria falar muito no meu ouvido, talvez até ocasionando uma briga, afinal a garota que meu irmão iria pedir em casamento é a irmã dela, e é claro que a Karol merecesse isso, com certeza, mas... será que tinha que ser agora?

Respirei fundo e abri a porta. Natasha me olhou calada por alguns segundos e então disse, ao contrário do que eu esperava, com uma voz calma :

–O que aconteceu lá em baixo, Charlie?

–Eu... eu não sei.

E então ela me abraçou bem forte. Era uma sensação boa. Nós fomos andando até a minha cama, onde eu sentei e ela sentou do meu lado.

–Eu preciso que você me explique porque, Charlie. Por que você é tão contra tudo isso?

E eu não sabia o que responder, então peguei o travesseiro, coloquei no colo de Natasha e deitei ali. Ela sorriu e passou a mão pelo meu cabelo.

Eu olhei nos olhos dela então sorri. Natasha me beijou e depois disse: " vai falar com seu irmão."

E então eu fui.


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