Elementar escrita por Mondler


Capítulo 11
Garota dos olhos mágicos


Notas iniciais do capítulo

Alô? Alô. Como vai pessoal? Passei aqui para postar o capítulo novo e para desejar um feliz natal, com muita saúde e alegria! Vocês são muitos especiais pra mim e espero que gostem do presentinho que deixei para vocês. Aliás, aumentei a classificação da história por conta do poder de tortura das Serpentes. Madeline is back!



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Madeline

A dor de cabeça voltou a pipocar. Madeline molhou o pincel uma última vez e rabiscou a tela com paciência, finalizando a pintura. Seu quarto estava bastante bagunçado, com material escolar espalhado pela cama. Ela foi até a janela, observando além do jardim da mansão, fitando a entrada do local.

— Você parece muito preocupada com a ausência do Jimmy! — A voz de Ella chamou a sua atenção.

— Eu só acho estranho o Jimmy ter ido para um acampamento de férias sem me dizer nada! — A garota visitou o tio dele no começo da semana e, parecendo hipnotizado, respondeu mecanicamente para Madeline que o garoto havia viajado.

A fantasminha flutuou pelo quarto, jogando um montão de poeira para cima, depois se aproximou de Madeline, sorrindo.

— Isso me parece amor... — Ela rodopiou e lançou-se para fora do quarto.

Madeline começou a ver espíritos quando completou nove anos, logo depois que seus pais passaram a morar em outro país, para negócios. Ela nunca contou aquilo para ninguém, guardou em seu peito aquele poder sobrenatural, nem mesmo Jimmy sabia. Ficou anos pesquisando o que aquilo poderia significar, mas todas as informações que achava eram irrelevantes.

A garota tomou um banho rápido. Havia descolorido o lado azul do cabelo, agora estava todo vermelho. Seu avô criticou o visual enquanto estavam tomando café, mas ela não ligou. Atrás dele, um fantasma magricelo dançava no ar de um lado para o outro, falando para Madeline não se importar com que o velho resmungava. Aquele se chamava Rob.

— Vou à casa de uma amiga, no final da rua... — Madeline se levantou, rindo das palhaçadas de Rob.

— Você não tem amigos, fique em casa. — O avô pigarreou.

— Desculpe, mas eu não posso fazer isso. — Ela atravessou o grande salão de mármore branco da casa e seguiu a trilha de pedrinhas do jardim, indo para os portões. Uma fantasma gorda se equilibrava no alto de uma árvore, acenando com frequência para Madeline, que lhe deu um breve “bom dia”.

Não havia amiga no final da rua, no lugar disso, Madeline usou a bicicleta que tinha para chegar à um antigo lugar.

***

Nos fundos da antiga cada de Jimmy, ela pôde ver Miranda, o fantasma da mãe do garoto, sentada no balanço. Ela prometeu para si mesma que não conversaria com a mulher, já que não conseguiria manter esse segredo longe do amigo, mas agora as circunstâncias eram totalmente diferentes. Ela se sentou no balanço ao lado do espírito.

— Até que você demorou... — Miranda tinha uma áurea diferente dos outros fantasmas, era mais brilhante e tinha um formato mais definido.

— Você sabe para onde ele foi? — Madeline perguntou com um ar de seriedade.

— Sim, mas não se preocupe, vocês se encontrarão logo.

— O que você quer dizer com isso? Ele está voltando?

— Não é isso. Acha que o seu dom não precisa ser administrado? Admita que ele vem se tornando maior e mais poderoso ultimamente! Você consegue ver mais espíritos... Será levada para um lugar melhor e Jimmy estará lá. — Miranda sussurrou.

Era tudo verdade. Caminhar para a escola era totalmente desconfortável. Andar por uma multidão de fantasmas a observando, tocando-a, admirando o seu poder. Sem falar na dor de cabeça que a destruía.

— Meus poderes precisam ser administrados? Eu estou controlando eles há um bom tempo! Sei que posso continuar fazendo isso. — A garota reclamou, levantando-se do balanço. — E como Jimmy também foi parar nesse lugar?

— Sei que você não pediu isso, mas coincidentemente poderá vê-lo agora. — A mulher começou a desaparecer, enquanto balançava rapidamente na cadeira. — Eles vão usar algo para justificar o seu desaparecimento. Terá a chance de dominar os seus poderes com perfeição! Acredite, você é muito especial, garota dos olhos mágicos. Sinto uma energia negativa rondando o meu filho, não posso fazer nada para ajudá-lo, mas eu sei que você pode. Apenas cuide dele, por favor.

Miranda desapareceu. O coração de Madeline estava bastante acelerado agora, ameaçando pular pela garganta. Que conversa foi aquela? Estava muito confusa. A garota apertou os punhos e correu para fora da casa degradada pelo incêndio. Porém havia algo de estranho na portinhola cercada pelo gramado cinza.

Uma mulher de estatura alta a observava, vestindo uma capa negra que ia até o seu calcanhar. Ela estendeu a mão para Madeline, mas a jovem não fez nada.

— Vamos logo, são tempos difíceis e eu não posso perder o meu tempo com presepada de adolescente! Meu nome é Sterphy. Quando chegarmos a um lugar seguro, juro que te contarei tudo que está acontecendo.

Houve um breve estrondo no final da rua. Os alarmes dos carros estacionados começaram a soar e o chão a tremer. A garota viu algo se rastejar pela calçada. Uma cobra enorme?

— Vamos logo, garota!

Madeline se lembrou da mansão, do avô e dos seus três amigos fantasmas, quando tentou falar sobre eles, foi atingida violentamente por algo que a mulher segurava. Tudo escureceu.

***

O teto se movimentava à medida que a maca em que ela estava deslizava pelo corredor. A garota ouviu uma voz muito familiar vinda de uma sala. Sua ação foi quase unânime. Pulou do equipamento que a carregava e atravessou o salão. Seguiu a voz. Bateu o olho em uma mulher rechonchuda, empurrou-a e escancarou a porta e encontrou, com mais quatro pessoas, Jimmy Lawrence.


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Notas finais do capítulo

Uhuuul. Espero que tenham gostado!



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