Katniss e Peeta - Reaproximação escrita por pce19


Capítulo 38
Capítulo 38 - Final


Notas iniciais do capítulo

Eu queria apenas agradecer a todos os que leram minha Fanfic, e especialmente aos que comentaram ^^
Essa é minha primeira então estava MUITO insegura ... suas observações, críticas e elogios com certeza influenciam meu modo de escrever.
Espero que apreciem o capítulo final de Katniss e Peeta - Reaproximação.

Beijos a todos *---*



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O cansaço chega, e me levanto para ir embora, Peeta percebe e vem me acompanhar. Nos despedimos de Delly e Henry agradecendo a noite maravilhosa e desejando felicitações aos pombinhos.

– Haymitch – Peeta e eu vamos até um canto do cômodo onde ele está – nós já vamos indo, quer ir conosco?

– E perder mais um pedaço do bolo? Claro que não, garoto – ele sorri

– Tudo bem então

– E também – ele se vira indo para o outro lado – não estou nem um pouco a fim de ser vela de vocês.

– Você não …. - tento explicar já com o rosto vermelho de vergonh

– Boa noite, lindinha – ele se vai acenando para nós de costas.



A noite está belíssima. A lua brilha com força total sobre nós, juntamente com as estrelas. Uma brisa leve sonda a noite, fazendo meus cabelos voarem um pouco. Peeta entrelaça as mãos com as minhas, o que me faz estremecer. A sensação das mãos dele nas minhas me traz tranquilidade. Estamos em silêncio, apreciando o momento até que ouço Peeta murmurar a canção da árvore-forca. O ritmo constante me embala e logo estou cantando baixinho, enquanto ele faz o som.



“ …. Não mais estranho seria

A gente se encontrar à meia noite

Na árvore-forca

Você, você, vem pra árvore

Onde o homem morto clamou

Para o seu amor fugir

Coisas estranhas aconteceram aqui

Não mais estranho seria

A gente se encontrar à meia-noite

Na árvore forca …”



Quando eu paro, os tordos que estão ao redor assobiam a canção. Como fizeram no dia em que estava no lago com Cressida, Pollux, Gale e outros. Fico encanta ouvindo-os.

– Eu disse – Peeta fala baixinho – até eles param para te ouvir



Me deixa enrubescida, eu me aproximo dele, e aconchego minha cabeça em seu ombro, enquanto já nos aproximamos da Aldeia dos Vitoriosos. Chegamos ao meu jardim, e então me afasto dele.



– Eu vou tomar um banho e já volto, ok? - ele ainda segura minha mão

– Tudo bem – balanço a cabeça – vou fazer o mesmo, e espero você.

Peeta se aproxima, o que faz meu estômago ganhar vida novamente, e um frio percorre minha espinha. Ele beija minha bochecha, bem, não exatamente minha bochecha, o canto da minha boca. Um beijo quente e dócil. Eu fico imóvel, desejando que ele me beije de verdade. Ansiando por seus lábios, mas não tenho coragem de tomar a iniciativa como antes. Nos Jogos e nas nossas aparições para a Capital era mais fácil beijá-lo, era encenação, e quanto mais real parecesse melhor seria. Mas aqui, somos apenas nós. E eu não quero parecer uma mentalmente desequilibrada que está se atirando para ele.

Ele se afasta e se dirige à sua casa, e então vou para a minha.

Tomo um banho quente e rápido de chuveiro, passo o creme no corpo e visto um confortável pijama de shorts e regata na cor azul. Eu me deito, e Buttercup se aconchega a mim. Enquanto o acaricio, o cansaço vai tomando conta de mim à medida que vou pensando em todas as coisas que passei nesses últimos meses. Tento lutar contra o sono, quero esperar Peeta chegar, mas ele acaba vencendo, e logo estou em total escuridão.



O tubo que me sobe até a arena dos jogos está à minha volta. Estou presa dentro dele, em um quarto totalmente branco, que faz meus olhos arderem com tamanha claridade. Eu bato no vidro procurando uma saída, e viro-me a 180 graus, e me deparo com uma maca. Nela está um garoto dos cabelos loiros, preso por cintas que evidentemente o estão machucando pois seus braços estão vermelhos, seu braço está ligado à uma especie de soro viscoso que entra em sua veia, e em sua cabeça à fios ligados que aparentam estarem eletrocutando-o pela maneira como sua testa está avermelhada. Ele pinga de suor e murmura coisas inaudíveis, seus olhos que já foram azuis estão novamente nublados e as pupilas dilatas. Peeta está sob tortura, bem na minha frente.

– Peeta! - eu bato no vidro enquanto meu estômago se revira com a cena – Peeta! - bato com mais força



Ao ouvir minha voz ele grita. Mas um grito de pavor, há medo escancarado em sua expressão.



– Katniss! - ele berra – Katniss!

– Peeta! Olha pra mim! Peeta! - as lágrimas já correm pelo meu rosto. A máquina que controla seus batimentos cardíacos aumenta rapidamente, e eu observo sua respiração acelerar – Peeta! - bato e chuto o vidro na tentativa de quebrá-lo.



Uma porta se abre, e quem entra por ela me deixa imóvel. Snow. Ele sorri pra mim, olha para Peeta com um olhar de pena, e adentra a sala acompanhado de um pacificador. Para ao lado de Peeta, que continua a se debater.

– O que está fazendo com ele?! - eu grito

– Olá Senhorita Everdeen – cínico – é um prazer revê-la

– Solta ele agora! Deixa ele em paz!



Ele faz uma expressão de negação:



– Não é assim que se cumprimenta um velho amigo.

– Você está morto! Morto! Nos deixa em paz – bato no vidro – Peeta, olha pra mim! - ele dá um grito extremamente alto.

Snow caminha um pouco, e olha para ele.



– Por favor! - eu imploro – Deixa ele em paz, me mata no lugar dele, por favor

– O amor é mesmo trágico não? - ele coça o queixo – ele pediu a mesma coisa, para estar em seu lugar. É claro que atendi a esse nobre pedido, quem consegue negar algo ao amante desafortunado tão gracioso do Doze, não é mesmo? - ele vem até bem próximo a mim – Já percebeu que tudo aquilo que a senhorita sempre prezou, se foi? Sua dócil irmãzinha voou pelos ares...

– Não fala da Prim! - eu grito até minha garganta doer batendo no vidro, com muito ódio dentro de mim

– Sua mãe não suporta a ideia de ficar perto de você – a voz dele era uniforme e não saia do tom – Seu primo – ele diz 'primo' com desdém – está mais distante do que possa imaginar, e com certeza agora beija outro par de lábios no Dois, seus amigos mortos, seu Distrito destruído. É Senhorita Everdeen, onde toca há destruição. E é preciso conter isso, não concorda?

– Me mata logo, por favor, me mata – eu choro e soluço

– Seria fácil demais – ele sorri e se afasta, ficando perto de Peeta e tocando sua testa enquanto seu corpo sofre espasmos – é uma pena, o garoto realmente te amava.

– Tira as mãos dele! Não toca nele!

– Sabe o que é melhor disso tudo? - ele acena para o pacificador, que de repente apanha um arco e aponta-o bem para o peito de Peeta, Snow olha pra mim e sorri – ele pensa que ele – aponta para o pacificador – é você. Vai ter mais um pouco do sangue daqueles que você amou, em suas mãos. Atire.

– Peeta! Não! - ele chama por meu nome. Nesse instante a flecha atravessa seu peito, seus olhos arregalam, e o som de seu coração para, como na arena do Massacre, eu enlouqueço e bato no vidro o mais forte que posso, o sangue dele começa a escorrer sob a maca, eu choro descontroladamente e grito o tempo todo – Não! Não!

– Katniss! Katniss! - a voz dele surge em meu ouvido - Hey! Katniss! - seus fortes braços tentam me envolver, enquanto eu ainda me debato e choro – Katniss! - ele me sacode

– Peeta – eu sussurro em meio aos soluços, e agarro seus braços – ele matou você, matou, matou – as palavras saem engasgadas e sem sentido – Com uma flecha … tortura … minha culpa … seu sangue – meu corpo se move num ritmo constante, vou para a frente e para atrás, com as mãos trêmulas e o coração a mil

– Shh – suas mãos me seguram – era só um pesadelo

– Snow, Peeta – eu choro – Snow tirou você de mim, ele te matou, bem na minha frente, ele atirou uma flecha bem aqui – eu coloco a mão sobre seu peito, abrindo parte de sua camisa procurando o ferimento, e então sinto seu coração batendo tão forte quanto o meu. Vivo – Você tá vivo – eu bablucio

– É claro que estou – ele segura minha mão junto ao seu coração – está sentindo? - sua outra mão passa sobre minha cabeça – eu to aqui Katniss, vivo, com você. Snow não pode nos fazer mal. Tá tudo bem. Você só teve um pesadelo.

– Era tão real... era – eu gaguejo – Peeta – eu o chamo e começo a chorar com a cabeça em seu peito, e ele me acolhe

– Shh... vai ficar tudo bem – sua mão acaricia meus cabelos – tudo bem, eu to aqui, com você. Sempre – ele sussurra, eu levanto minha cabeça e ele limpa minhas lágrimas, já estou mais calma.

– Sempre? - pergunto olhando em seus olhos, que está azuis de novo e direcionados aos meus.

Ele não repete o 'sempre'. Mas faz algo melhor que isso. Segura meu rosto em suas mãos, e se aproxima de minha boca. Me beija. Seus lábios fazem meu corpo estremecer, me provoca arrepios, eu retribuo com a mesma paixão o beijo dele, segurando suas costas, enquanto uma de suas mãos desliza sobre minha cintura e me puxa para mais perto. A princípio seu beijo é doce e suave, mas logo se transforma em algo quente e selvagem, Peeta me puxa cada vez mais junto de seu corpo, e deixa suas mãos deslizarem sobre mim. Sua mão chega a barra da minha camisa e eu penso que ele vai tentar tirá-la quando ele a coloca em minha cintura por debaixo do tecido, então eu recuo um pouco, porque o medo dele me ver me despida, e observar o quanto sou feia, me faz despertar. Nós nos olhamos, e encostamos nossas testas. Depois de alguns segundos, ele indica que é melhor deitarmos. Ainda de conchinhas, ele me beija o pescoço e eu seguro sua mão sobre a minha. Ao pé de meu ouvido ele diz:

– Você me ama. Real ou não real?

E com todo o meu coração eu respondo:

– Real – viro-me o beijo mais uma vez, aninhando minha cabeça em seu peito, ouvindo as batidas do seu coração vivo. Sabendo que ouvir esse som, também é a única coisa que me mantém viva, então eu adormeço. Nos braços daquele que eu sempre amei. Nos braços do meu garoto do pão.

~ FIM ~


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