Katniss e Peeta - Reaproximação escrita por pce19


Capítulo 17
Capítulo 17




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Bip, bip, bip, bip. O som é único e constante. Bip. Meus olhos doem quando tento abri-los. Bip. Algo aperta meu rosto. Bip. Ergo meu braço e tiro a máscara de inalação que está presa em meu nariz. Bip. Fios prendem meu corpo a maquinas. Bip. O medido de batimentos continua a fazer o som. Bip, bip,bip. Hospital, eu estou novamente num hospital, a lembrança do 13 me assusta e sento na cama com rapidez emitindo um alto suspiro.

– Katniss! - uma jovem senhora de branco entra correndo no quarto, lançando seus braços sobre mim. Ela está magra, com os olhos fundos e avermelhados. Mãe. Seus braços me seguram e sinto seu corpo tremer enquanto ela soluça.

Permaneço imóvel, e ela passa as mãos sobre meu rosto e cabelos.

– Mãe - as palavras saem tao baixas que quase não escuto - Mãe - falo mais alto dessa vez - Onde a gente tá? A gente tá no Treze? No treze de novo?

– Não, não meu amor - ela vai se recuperando do choro e segura minhas mãos - nós estamos no Quatro, no melhor hospital do distrito, Katniss. Querida - sua mão toca minha bochecha – você sumiu por dois dias. Haymitch a encontrou na floresta e estava muito debilitada e então...

– Eu fui caçar.

– Isso

– Mãe - meus olhos ardem e as lagrimas vem com força - Mãe eu matei ela, eu matei. Matei a patinha mãe, matei a Prim - eu choro e soluço

– Shh - ela me abraça – não, você não fez isso, shh ... se acalma, tá tudo bem, tudo bem. Você não matou a Prim entendeu? - ela segura minha cabeça com as duas mãos - Katniss! - ela grita – você me ouviu?

Faço que sim. Mas a única coisa que vejo é aquele pato morto.

– Escuta - ela se levanta - eu trabalho aqui, irei ve-la sempre ok? Mas agora preciso voltar. Coma um pouco - ela aponta para uma bandeja ao meu lado - e descanse - ela me beija - Eu amo você - e sai.

Na bandeja há um copo de água, gelatina roxa e uma tigela com um caldo de aspecto alaranjado. Eu como sem muita vontade, e deito de novo olhando para a janela.

Chuva escorre levemente pelo vidro e adormeço sem pensar em nada.

– Escolha! - a voz de Snow me desperta.

Estamos na sua mansão, nas janelas chove fortemente fazendo barulhos estrondosos.

– Escolha! - ele grita

Eu tento levantar e entender a cena. Estou amarrada, como Peeta ficava preso no 13, ele está na minha frente com uma rosa branca nas mãos. Ao seu lado direito há uma menina agachada, ela tem cabelos escuros e chora muito, um pacificador aponta uma arma para sua cabeça.

– Escolha Katniss Everdeen!

Ao seu lado esquerdo a cena é igual, porem a menina agachada é loira e usa tranças.

– Faça sua escolha - ele aponta a rosa para o lado direito - Rue - e depois para o lado esquerdo - ou Prim? - e sorri

– Não! - eu me debato - deixa elas em paz - tento me soltar

– Vamos Senhorita Everdeen! Faça sua escolha - ele continua apontando a maldita rosa branca.

– Não toca nelas! - eu grito – não toca nelas!

Ele sorri

– Mate as duas

– Não! - eu grito mas o som da minha voz é abafado pelo som dos tiros, e os corpos das duas caem.

Snow sorri ao me ver chorar até não poder mais e joga a rosa em meu colo.

– Não! Não! - grito ate minha garganta doer.

Acordo me debatendo na maca do hospital, enfermeiras entram seguidas de um senhor. Dr. Aurelius.

– Katniss, se acalma - ele diz, mas sua voz soa longe

– Snow! - berro - Snow! Snow as matou!

Parte de mim sabe que foi mais um pesadelo, mas a outra parte continua em estado de choque. Liquido vermelho e quente escorre do meu braço, rasguei meu pulso ao me debater e o lugar onde ficava a agulha estourou ferindo meu braço.

– Calma - uma das mulheres de branco tenta me segurar, e eu estapeio seu rosto com tanta força que minha mão arde.

– Não! Não! Não toque em mim!

Enquanto grito, escuto a palavra morfina bem suave saindo da boca do Dr. Aurelius, e sinto uma picada em minha perna, e tudo escurece novamente.

– Bom Dia desmiolada!

Meus olhos tentam identificar quem esta sentado em minha maca, comendo minha gelatina.

– Vamos - meu ombro sacode – acorda

Esfrego minhas vistas e a vejo. Seu cabelo cresceu na altura dos ombros, e suas cicatrizes aumentaram, ela possui olhos fundos de quem não dorme há dias, a imagem da Morfenácea se faz na minha frente, mas na verdade é Johanna.

– Johanna – balbucio

– Finalmente! Isso são modos de tratar a visita? Pelo menos senta!

– Seu cabelo...

– É ... ainda tenho! Não são luxuosos como o da Effie mas ainda estão aqui - ela passa a mão sobe a cabeça

– O que tá fazendo aqui? - me sento

– Comendo sua gelatina, não é evidente?

Eu sorrio. Ela não muda mesmo.

– Dr Aurelius também esta me tratando. E disse que faria bem pra mim visitar vocês.

– Vocês quem? - meu corpo dói

– Ah , você sabe - ela dá mais uma colherada na gelatina que hoje é verde - aquilo que muitos chamam de - ela pausa - amigos. Ja vi Annie, Peeta

– Peeta? - ergo meu corpo num impulso

– Ei , calma aê noiva! - ela me segura e volta para a gelatina

– Como é que ele tá?

– Melhor que você com certeza. - ela termina e coloca o pote em cima da mesinha. - Ah! No meu distrito nunca visitamos um doente sem levar um presente - ela pega um objeto transparente e coloca em minhas mãos.

– Uma mamadeira? - pergunto confusa.

– Lê a etiqueta

Procuro e então encontro a inscrição "morfina", e mesmo sendo triste uma risada aflora dentro de mim e eu a deixo escapar.

– Para suas doses diárias - ela sorri e levanta-se retirando meu soro do apoio – Vem.

– Onde nós vamos?

– Só me segue.

E eu a acompanho.


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