De repente é amor escrita por ladytitania


Capítulo 3
Confissão


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou com mais um capítulo, não tive tempo de revisar então peço que me perdoem por alguma falha.
Pelo título vocês já devem perceber o que vai acontecer, sou bem direta ao escrever, não gosto muito de enrolação, mas quem já leu outras fics minhas está acostumado (rsrs).
Fico grata pelos comentários anteriores e espero que gostem do capítulo...



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Ciel estava de saída da aula, recolheu seus materiais e, depois de esperar um pouco ainda por Elizabeth, saía da sala quando foi puxado pela loira para mais perto da porta, livrando-se assim de levar uma bela trombada com uma moça ruiva que passava pelos corredores correndo e tropeçando.

_Essa foi por pouco. – Disse ele vendo que a ruiva levava consigo algumas caixas de forma desequilibrada.

_Não sabe que quando a inspetora Meirin se aproxima a melhor coisa a se fazer é manter a distância? – Perguntou a garota em meio a um suspiro.

_Nem sei quem é essa mulher. – Respondeu ele confuso.

_É nisso que dá ficar com os olhos vidrados no Professor, se ela tivesse caído com aquelas caixas em cima de você, no mínimo estaria com vários hematomas, se não com alguns ossos quebrados. – Retrucou a garota já caminhando a passos largos em direção à saída.

_Então ela é conhecida por seus desastres? – Perguntou ele apertando o passo para se manter lado a lado de Elizabeth.

_Ela é muito distraída, mas eu particularmente acho que é até fofo e um tanto divertido. – Observou Elizabeth com um breve sorriso, algo que Ciel não via freqüentemente.

_Você sorriu... – Murmurou ele distraído pela beleza do momento.

_O que há com você? – Perguntou ela estranhando o fato.

_N-nada... É que você está sempre irritada e esbraveja por qualquer coisa, um sorriso é como um acessório que você guarda somente para si própria, ou para eventos muito especiais... Dos quais eu nunca participo... – Disse ele em um sorriso nasal.

_Você não participa porque vive me tirando do sério... – Disse ela fazendo bico.

_Então a partir de hoje vou me esforçar para te dar motivos pra sorrir. – Disse ele com meio sorriso no rosto.

Elizabeth sentiu a profundidade das palavras que ele pronunciou, mas não deixaria que pudesse perceber, então arqueou uma das sobrancelhas e ainda de posse de seu bico falou:

_Como se você conseguisse parar de fazer tantas bobagens...

Passaram-se os dias e a sexta-feira finalmente chegou, junto com ela a felicidade, que se espalhava pela sala de aula, afinal, o evento ao ar livre estava sendo esperado com alegria por todos. Havia no entanto, alguém que estava tremendo e com um nervosismo além do esperado.

_Hey Ciel. O que há com você? Não estava tão confiante até alguns dias atrás? – Perguntava Elizabeth tentando provocar o pobre rapaz.

_Fácil pra você falar... Parece que eu vou morrer a qualquer momento aqui. – Respondeu ele com uma das mãos cobrindo seu estômago, que parecia ter um nó.

_Não se preocupe... O pior que pode acontecer é ele te dar um fora. – Dizia ela debruçada na mesa com as duas mãos no rosto e um sorriso sarcástico.

_Consegui. – Disse ele se distraindo de sua preocupação.

_Conseguiu o que? – Perguntou ela confusa.

_Te fiz sorrir. – Disse ele vitorioso.

_Sim, claro. Na verdade eu estou com vontade de gargalhar com essa sua cara de bobo. – Retrucou ela caçoando dele.

_Não importa, hoje você ri de mim, um dia pode sorrir pra mim... – Disse ele, mas essas palavras tiraram completamente o sorriso do rosto dela, que se virou e fingia procurar algo em sua bolsa.

_Tão patético... – Balbuciou ela não dando o braço a torcer pra ele.

Em alguns minutos todos foram sendo conduzidos para o transporte que os levaria até o local do piquenique, ansiosos para passar um dia ao ar livre, todos cantavam canções durante todo o caminho até o tal bosque. Ao chegar lá, foram levando os alimentos e arrumando em grandes mesas feitas de madeira, dessas que tem bancos nas laterais.

_Todos se sintam a vontade para se divertir, contanto, não se aproximem do rio. Nós, professores e inspetores de alunos, vamos preparar a refeição, então desfrutem bem de seu dia de folga. – Anunciou o Professor Michaelis.

Os alunos iam preparando jogos e atividades para aproveitarem ao máximo a tarde no bosque, mas Ciel ainda estava abalado por cada palavra que Sebastian tinha proferido, não que o contexto do anúncio tivesse algo de tão animador, mas somente o som de sua voz se fazia penetrante aos seus ouvidos.

_O Professor foi até o carro buscar talheres, porque não aproveita e vai até lá “conversar”? – Perguntou Elizabeth com sua habitual expressão de insatisfação.

_A-agora?! – Perguntou ele assombrado.

_Você pode não ter outra chance. – Constatou ela saindo de perto dele, mas não tanto, pois queria ficar de olho no que ele faria a seguir.

Ciel então caminhou calmamente até o carro de Sebastian, ia olhando para os próprios pés e balbuciando as palavras que pretendia dizer ao moreno, mas para sua surpresa, ao dar a volta no carro, se deparou com o seu amado Professor caído no chão. Sua mente deu uma volta de trezentos e sessenta graus no instante que o viu, não por estar estirado ao chão, mas pelo fato de estar deitado sobre a inspetora Meirin. Os dois estavam em uma posição um tanto sugestiva e assim que conseguiu se mexer novamente saiu correndo e logo atrás de si ia o Professor, na intenção de explicar o motivo de estarem assim.

_Ciel espere. – Dizia o maior tentando fazê-lo parar, sem sucesso.

Com o coração acelerado, Ciel corria pelas árvores no sentido contrário ao local onde os outros estavam, a cena dos dois juntos não saía de sua mente e algumas lágrimas já começavam a brotar de seu olho já um tanto avermelhado. Tentava enxugar enquanto se apressava em correr mais rápido, não queria que Sebastian o visse daquele jeito, mas em um deslize acabou caindo no rio.

_So-socorro! – Gritava o pequeno, pois não sabia nadar, mas a única coisa que pôde perceber foram grandes mãos que o pegaram por trás, mas a correnteza estava forte e demorou um pouco até que pudessem estar livres das águas.

Desacordado, Ciel tinha flashes de memórias antigas, todas confusas e misturadas, mas lá no fundo ouvia uma voz feminina que gritava desesperada, uma voz conhecida e até parecia que estava muito próxima dele. Dentre todas as coisas que se passavam em sua mente naquele momento, a única que ele podia entender no momento era seu desejo de estar próximo ao seu Professor, e de todas as coisas que podia sentir ao seu redor, as mãos de Sebastian, que o segurava forte contra seu peito, eram um alívio para a dor de seu coração.

Depois de colocar tanta água para fora, já estava sem forças e sentia um forte desgaste físico que não o permitia se levantar e agir como queria, mas esse mesmo estado frágil e desnorteado fez com que ele, sem pensar direito, tomasse uma atitude muito diferente de seu estado habitual, não podia sequer levantar as mãos para chamar a atenção de seu Professor, então abriu somente sua boca para lhe confessar o que sentia...

_Eu gosto de você Sebastian...

Depois de dizer essas palavras ele voltou ao seu estado inerte, desacordado. Diante dele estavam Sebastian e Elizabeth, o maior tinha o tirado das águas e a loira tinha seguido-o assim que o viu correndo pelo bosque, ela achava que algo poderia ter dado errado e queria estar ao lado dele para consolá-lo se tivesse levado mesmo um fora, mas ao contrário disso, escutou a confissão dele bem de perto.

_Você é mesmo corajoso... – Balbuciou ela com um sorriso totalmente desprovido de uma verdadeira alegria.

Sebastian não tinha nada a fazer a não ser correr para junto dos outros, pois mesmo que Ciel não corresse risco de vida, teria que ser levado de volta a sua casa, então o colocou em seu carro e, junto de Elizabeth, o levou embora.

De volta a sua casa, Ciel ainda ficou horas inconsciente, um médico de confiança da família foi chamado para examiná-lo e ainda conversou com Tanaka, o tutor de Ciel, tranqüilizando-o já que nada de anormal tinha acontecido ao rapaz. Depois que o médico se foi, Tanaka agradecia Elizabeth por ter cuidado de Ciel...

_Muito obrigado por cuidar do nosso garoto Senhorita Elizabeth.

_Se eu tivesse mesmo cuidado dele, ele não estaria nesse estado. – Lamentou ela ainda ao lado do rapaz.

_A Senhorita fez o seu melhor e ainda o trouxe aqui, mesmo tendo dito que não voltaria a esta casa. – Disse o doce Senhor deixando o quarto.

A garota então voltou a se sentar em uma cadeira que lhe tinha sido oferecida, já que disse que não sairia do lado de Ciel até que este acordasse, olhava atentamente cada movimento ou qualquer mudança em sua expressão e percebeu que ele já se movia um pouco mais, tentando elevar a mão sobre a cabeça.

_Elizabeth? O que faz aqui? – Perguntou Ciel ao abrir os olhos e se deparar com o olhar preocupado da loira.

_É até engraçado sabe... “Pra variar”, você me deu muito trabalho hoje, mas tenho que admitir que conseguiu dizer a ele como se sente. – Disse ela mudando de um tom irônico para um singelo sorriso sem graça.

_Eu consegui?! Mas e agora o que eu faço quando nos encontrarmos? – Perguntava ele atordoado, porém ela de pronto respondeu:

_Saberemos segunda-feira na aula.


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Notas finais do capítulo

Vou deixar uma musiquinha gostosa de se ouvir aqui, espero que gostem.

Naege jeonhaejwo geudaeui sarangi
Maeumsok gipi neukkil su itdorok
Hollo gyeondilsumaneomneun geudae maeumeul
Nan algo isseoyo
Naege malhaejwo nal sarang handago
Doraseomyeon nan eobseuljido molla
Ije deo isang nan gidarilsuneobseoyo

Tradução~
Diga-me o seu amor
Para senti-lo profundamente dentro do meu coração
Você não pode segurar sozinho por si mesmo
Eu sei
Diga-me que você me ama
Se você se virar, eu poderia não estar aqui
Eu não posso mais esperar por você

If You Give Your Heart
Girls' Day



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