Em algum lugar de difícil acesso na floresta, os byakugans ativados zelavam pela segurança daquele pequeno refúgio que, há meses, era sua casa.
Em uma das frestas, os olhos perolados de uma bela mulher procuravam minuciosamente por casa movimento que colocasse em perigo seu clã e amigos. Essa rotina repetia-se todos os dias durante os últimos seis meses.

Relembrou que nessas tristes semanas, os últimos momentos de liberdade que tivera, dias antes da perda de seu pai, com o triste fim do último líder do clã, a grande responsabilidade caiu sobre si.
“Não. Não deixe nossa herança se perder”.
O dia em que seus olhos se encontraram com os de seu pai pela primeira vez, estes se fecharam para sempre.
“Eu acredito em você”. Foram as últimas palavras que ouviu daquele homem. Naquele momento, era como um menino indefenso morresse em seus braços.

- Hinata – Chamava sua atenção à amiga Tenten que mantinha uma face angustiada.
- Já sei o que quer me contar. Há pouco passei na despensa.
- O que vamos fazer? Não poderemos sobreviver aqui por muito mais tempo, e nem podemos sair! Somos muitos.
- Não tantos quanto deveríamos ser – falou triste – mas para sair sem sermos descobertos somos muitos.
- Ou morreremos lutando ou morreremos de fome. Prefiro morrer lutando.
- Eu também Tenten. Mas, por enquanto, ficará aqui onde é seguro. Eu resolverei isso.
- Como?
- Vou sair, buscarei ajuda.

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- Você está louca? Ninguém sairá daqui! – berrava furioso.
- Neji se acalme. – falava seria e indiferente ao escândalo de seu primo.
- Já tivemos mortes demais no clã, você é a última líder que nos resta, é o último membro da Bouke sobrevivente, não deixarei que vá.
- Eu irei mesmo assim.
- Hinata, entenda... O clã só tem a você, caso algo te aconteça todos ficaremos sem caminho. Sem ninguém para seguir. Nosso líder morreu e agora só temos você. Hanabi não está mais aqui para te substituir. – Hinata apertou com força os medalhões pendurados em seu pescoço, ambos tinham gravados neles os símbolos do clã hyuuga e um símbolo em japonês. Os tirou de seu pescoço e entregou a Neji.
- Muitos não sabem, mas esse local foi construído há muito tempo pelos primeiros Hyuugas de Konoha. É um abrigo, uma proteção assim como os da Vila. Poucos sabem da existência dele. Há dois anos quando comecei a me preparar e estudar para me tornar líder do clã, Oto-san me deu um medalhão de presente.
- Sim, eu lembro. Foi no seu aniversario de 18 anos. – Neiji interrompeu.
- Exatamente. Ele deu um pra mim um a Hanabi e ficou com outro. Esses medalhões são chaves. Esse abre as portas daqui. Ele tem duas entradas: uma no subterrâneo do Clã e a outra fica na floresta por onde nós entramos . – Hinata tirou de seu bolso um pedaço velho de papel , abrindo-o cuidadosamente.Era um mata e aparentava ser a planta do local, pois tinha dois pontos vermelhos justamente nos onde dissera que eram as entradas . – Fique com ele Neji. Na minha ausência você é o líder do clã. Aqui. Nesta sala – apontou no mapa – São guardados pergaminhos com os segredos do clã... Deve ter algo ensinando a quebrar o selo.
- Você não pode ir! É muito perigoso e...
- Não importa o que você diga, eu vou. Então poupe-se do trabalho.
- Eu não vou deixar ...

A discussão prosseguiu por horas, mas Hinata era teimosa.

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Não foi fácil sair. Havia guardas por toda parte, sem falar nas armadilhas dos próprios Hyugas. Mas ela conseguiu.
Já estava longe do esconderijo seguindo por aquele perigoso caminho.

-Sasuke! – Gritou chamando enquanto era puxada por três guardas. Não conseguia lutar contra eles, afinal, eram muito fortes e mesmo que conseguisse não podia, pois poderia machucar os bebês.

Sasuke chegou como uma sombra atendendo o chamado e derrubou um dos guardas de Danzou (assim eram chamados: “A Guarda”. Como uma guarda real, Danzou reinava em konoha fazendo dela seu império ). Só houve tempo de entregar um dos bebês e mais cinco chegaram a arrastando para as correntes daquela enorme jaula, a deixando sem forças (a jaula sugava o chakra).

Sasuke correu para tentar salvar, mas não conseguiu. Foi tudo muito rápido. Os guardas já estavam longe e ele tinha que cuidar do bebê que não parava de chorar.

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Tentava se concentrar, mas as lembranças não deixavam. Passou tantas vezes por aquele mesmo lugar quando voltava de missões... E ela achava que aquela época era tudo muito difícil, se pudesse trocar não pensaria duas vezes. Um movimento a direita a fez despertar das lembranças e esconder-se na escuridão como uma sombra, uma técnica que desenvolveu durante duros treinamentos com seu antigo sensei (técnica das sombras estilo Hunter x Hunter ).

- Nada! Deve ter sido algum bicho, não tem ninguém aqui. – Virou de costas e seguiu seu caminho com agilidade.

Ativou o byakugan e pôde ver pessoas familiares dentro daquela enorme jaula. Ino, Shino e Sakura que segurava um bebê no colo. Seguiu novamente seu caminho rezando para que todos estivessem bem.

.... ....


- Não podemos ficar aqui parados, temos que ir atrás deles.
- Calma, eles já devem ter chegado em Konoha e lá não poderemos fazer nada. A única coisa a fazermos é nos escondermos novamente e treinar, treinar e buscar ajuda.
- Ninguém irá nos ajudar e você sabe.
- Sim eu sei, mas sozinhos não conseguiremos. Só nos resta tentar.
- Não vou me esconder enquanto Sakura esta lá! A matarão!
- Acalme-se Sasuke, não farão nada a ela. Sabem que ela é o caminho mais curto para te pegar.
- Para você é fácil falar, Temari está a salvo.

-Se escondam! – Gritava Sasuke – Eu os esperarei e darei um jeito de atrasá-los.
- Não! –Kiba se aproximou. - Não é o inimigo. – Sasuke o olhou surpreso – É Hinata.
- O que? Ela havia ficado em Konoha! Como conseguiu sair de lá?
- Vamos saber quando ela chegar.

... ...

- É. Foi isso. Nos escondemos por uma passagem enquanto os anciões os atrasavam.

Flash back

- Vá, nós os seguraremos – gritava enquanto a empurrava para dentro.
- Não! Sou a líder e devo ficar e lutar.
- Vá logo, você é a última líder! Deve ser protegida. Não deixe a herança se perder, foi o último pedido de seu pai. Agora vá e proteja nossas famílias, só isso que pedimos a você.
- Mas eu não posso, não vou conseguir, me desculpem.
- Você sempre nos desapontando... Nos deixa na mão quando mais precisamos, quando confiamos a você o que temos de mais precioso, você se recusa a nos ajudar.
- Me desculpem! Juro que os protegerei com minha vida.

Flash back off


- É melhor nós continuarmos . Não temos tempo para detalhes.

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- Ora, meu querido amigo, claro que não farei mal algum a seu filho, isso iria definitivamente contra aos meus princípios. Jamais faria mal a algum um amigo.
- Pois bem, se não se importa levarei Ino comigo.
- Bom... isso já seria um problema, pois a mãe de seu filho é uma traidora e como deve ser punida, não permitirei que saia daqui, ficará viva somente até o seu filho nascer.
- Posso pelo menos vê-la?
- Mas é claro. Guardas! Acompanhem meu querido amigo até as celas.