– Te falei que meu pai quer reabrir a delegacia? -Falei em voz alta para que killian escutasse. -Pela milésimo vez, sim você já me disse. -Killian falou rindo. -Chato.-Amor, pega a toalha pra mim..?- Killian falou manhoso.
–Isso não é outro joguinho pra me puxar pra o banheiro não, né?
–Claro que não. -Ele gargalhou.
–Espera que eu vou buscar. -Peguei a toalha que estava pendurada atrás da porta do quarto e bati na porta do banheiro.
–Quem é? -Ele perguntou abrindo um pouco a porta, revirei os olhos e ele me beijou.
–Fecha isso! -Falei jogando a toalha nele e empurrando a porta.
–Vem aqui, vem? -Killian me chamou com uma sobrancelha arqueada.-Eu sabia. -Sussurrei rindo.O beijei e voltei pra o quarto. Jurava que tinha colocado meu celular no criado mudo, mas ele não estava lá.
Sorri boba quando quando vi Killian entrando no quarto com a toalha presa à cintura. Seus cabelos negros molhados e seu perfume invadindo não só o quarto como meus pulmões e minha mente inteira.
–O que estava procurando? -Ele falou passando a mã-o no cabelo.
–Quê? Esqueci. -Sorri o abraçando, ele sorriu e colocou os braços em volta da minha cintura. Coloquei meu rosto na cova de seu pescoço e percebi ele arrepiar.
–Isso não se faz Swan...-Ele sussurrou.
–Isso o quê? Isso? -Repeti e ele me agarrou beijando meu pescoço. Estávamos nos beijando até que meu celular tocou.
–Meu celular. -Falei dando um selinho rápido nele e me afastando.
–O quê? -Ele me olhou e fez careta.
–Eu estava procurando meu celular, aqui está ele!-tirei ele do meio das cobertas na cama. -Mas como diabos? Mais
–Hope. -Killian falou indo até o armário.
–O que tem ela?
–Ela que escondeu seu celular aí, inclusive ela está com essa mania de esconder tudo que acha pela frente. -Coisa de filha de pirata, só pode. -Falei é ele saiu do quartinho do closet vestido em uma calça moleton e uma blusa cinza.
–Como assim? -Ele riu.
–Esconder tesouros.. você entendeu.
–Genial. -Ele falou colocando uma mecha dos meus cabelos para trás da orelha.
–Minha mãe tá convidando pra ir no Granny's hoje a noite, vamos?
–Claro, love.
–Papai...? -Hope apareceu na porta arrastando seu cobertor.
–Oi minha pequena, já acordou. -Ele pegou ela no colo e se sentou na cama enquanto eu respondia o torpedo da minha mãe.
–Hope, vamos tomar um bano para ir no Granny's? Que tal? -Falei estendendo os braços para pegá-lá.
–vamos! -Ela riu batendo palmas. Suas mãos eram tão pequenininhas.
–Espero vocês lá em baixo. -Killian beijou o topo da cabeça da menina que sorriu, com as bochechas rosadas. Seus cachinhos loiros todo embaraçado. Preso só uma parte no elástico vermelho.
–mamãe? -Ela falou enquanto eu enchia a banheira.
–Oi?
–Seus olhos são de que cor?
–Verdes, iguais aos do vovô. -Falei tocando seu nariz com meu dedo indicador.
–E os meus?
–Azuis como o mar.
–Iguais aos meus. -Killian gritou de fora do banheiro.
–Hope gargalhou e correu para subir no banquinho e olhar seus olhos no espelho.
–Da cor do vestido da minha boneca! -Ela deu um gritinho.
–Vem, vem.
Dei um banho em Hope e à vesti. Estava frio e já era noite. Coloquei um vestidinho azul marinho com uma fitinha vermelha na cintura, aprendi seus cabelos e coloquei seus sapatinhos pretos. Killian à levou para a sala enquanto eu tomava um banho e me vestia. Coloquei um vestido bege com com um sobretudo preto. -Olha como a mamãe está linda. -Killian falou levantando do sofá com Hope no colo. Desci as escadas sorrindo. Ele me beijou enquanto Hope tapava os olhos com as mãos deixando os dedos separados estrategicamente no lugar dos seus olhos.
–Vamos, já estamos atrasados.
Fechei a porta enquanto Killian ia pra o carro com Hope. Em menos de 10min chegamos no Granny's, estava cheio.
Killian entrou com Hope no colo e segurando minha mão. Logo avistamos minha mãe acenando numa mesa com meu pai e o pequeno Neal. Que não estava tão pequeno assim. Roland entrou com Regina e Henry, ambos riam. Robin entrou depois abraçando Regina por trás e sentando nos bancos do balcão. Ruby paquerava August que tinha voltado para cidade esses dias. Todos estavam felizes. Me sentei de frente aos meus pais e Killian se sentou ao meu lado, colocando Hope sentada em cima da mesa, de frente pra ele. Ela comia as batatinhas do pedido do meu pai. Os dois babavam em cima dela.
Olhei em volta e lembrei.. anos atrás, nesse mesmo lugar, eu pensei em ir embora, abandonar meus pais, minha família, o homem que eu amo, a minha casa. Deixar tudo e ir para NY, se naquele dia me falassem que hoje eu estaria aqui, feliz, com uma filha de três anos, casada com Hook, eu acharia que era loucura, impossível. Hoje não imagino minha vida diferente.
–Emma? Emma? -Minha mãe estalava os dedos na mina frente.
–Desculpe. -Sorri.
–Você está bem? Estou te perguntando sobre o emprego a delegacia, você está longe.
–Claro, bom, o emprego depende do meu pai.
–Killian já sabe? -Ela é olhou desconfiada.
–Sabe..em parte. -Cerrei os olhos.
–Emma..
–Mãe, shhhh.
Aurora entrou no Granny's com seu marido e seus dois filhos, o garotinho que estudava com Neal e o bebê de poucos meses.
–Olha mamãe! Olha! -Hope puxou meu braço. -Um bebê!
–É o irmãozinho do amigo do Neal.
–Mamãe eu quero um irmãozinho, me dá? -Corei e todos da mesa me olharam.
–Papai me dá um irmãozinho igual ao do amigo do Neal?
–Que tal Swan? -Killian me olhou sorrindo e abaixei a cabeça rindo.
–Ei! -Meu pai falou rindo.
–Acho bom, estou com saudades de ter um bebê pra cuidar. -Minha mãe falou colocando uma batatinha na boca.
–Por favor gente. -Falei e Killian me abraçou de lado.
–Estamos providenciando seu irmãozinho, pequena. -Dei um tapa em killian que riu.
–Que foi? Por falta de tentativas não vai ser. -Killian disse arrancando um "Eiiii" de todos da mesa.