Incomplete escrita por KatCat


Capítulo 30
Am I Destroying Everything That I Touch?


Notas iniciais do capítulo

Olá :3
Até que consegui vir rápido, hum? Huehue
Aproveitem o capítulo e até as notas finais ^^



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Depois do meu "ataque de raiva", eu fiquei trancada no quarto. Loki nem sequer tentou me tirar daqui, e eu iria agradece-lo eternamente por causa disso. Eu só... queria ficar sozinha. Parecia que tinha quatro paredes a minha volta, e parecia que a cada segundo que se passava, elas se fechavam mais a minha volta. Eu me sentia sufocada, como... como se eu estivesse me afogando aos poucos. Tudo à minha volta estava caindo aos pedaços, e eu não conseguia fazer nada para impedir isso.

Eu dormi do mesmo jeito que estava. Apesar de ter passado não sei quantas horas apagada, eu parecia estar sempre cansada, não importa quantas horas passava parada, ou dormindo, eu continuava exausta. Quando eu acordei senti o colchão macio em baixo de mim, e suspirei.

— Você tem que parar de fazer isso — sussurrei, a voz rouca de choro. Eu sabia que ele estava ali. Eu sentia sua presença.

— Quer dormir no chão? Não me atrapalharia nem um pouco em lhe deixar fazer isso — ouvi sua voz debochar, e engoli a resposta mal-educada que me subiu a garganta. Abri os olhos e encarei ele, que estava sentado confortavelmente na poltrona em baixo da janela, que como sempre que eu acordava, estava fechada. Eu fechei os olhos de novo e respirei fundo. Chega de chorar. Você tem que se concentrar na sua irmã e só na sua irmã.

— Vamos logo atrás de Devin — falei dura, me levantando da cama e indo em direção ao armário. Peguei uma roupa qualquer que achei ali dentro e segui até o banheiro, batendo a porta atrás de mim. Eu fiquei um tempo só olhando para a parede do box, enquanto a água quente escorria pelo meu corpo. O que Devin faria quando me visse? Eu não fazia a mínima ideia. E, do jeito que andava tendo "sorte" ultimamente, não queria nem saber.

Eu suspirei e acabei o banho, desligando o chuveiro e me enrolando na toalha. Me sequei e coloquei a roupa. Era uma blusa vermelho sangue de manga três quartos e uma calça leg preta. Assim que acabei de abotoar os botões da blusa, desembacei o vidro do espelho e encarei meu reflexo. Mudei a cor de meus olhos para azuis. E depois castanho. E depois para laranja. Ri pelo nariz e me virei, abrindo a porta e colocando a cabeça para fora. Loki estava no mesmo lugar, mas agora olhava pela janela, que estava aberta. Ele se virou para mim quando ouviu o barulho da porta.

— O que acha de eu ir assim? Aposto que ninguém vai chegar perto de mim — debochei, tentando tirar o clima pesado de antes. Ele riu baixinho, balançando a cabeça levemente.

— Claro. Vai tornar nosso trabalho, tão... mais fácil — disse sarcástico, e eu revirei os olhos, abrindo a porta por completo e saindo.

— Porque você tem que ser tão pessimista? — reclamei, franzindo as sobrancelhas e indo até meu armário — Quero dizer, tudo bem, as coisas não vão ser tão fáceis, mas você está me deixando para baixo!

— Estou sendo realista, não pessimista — deu de ombros, se levantando da poltrona e me seguindo com os olhos, enquanto eu calçava a bota.

— Dane-se, não importa mesmo — suspirei, acabando de fechar o zíper e me levantar do chão, puxando a calça leg que tinha caído um pouco — Continuamos com o plano?

— Se não tiver algo melhor — deu de ombros novamente, e eu bufei.

— Meu Santo! Que bicho lhe mordeu hoje? Credo... — resmunguei, fechando a porta do armário e saindo do quarto. Puxei a calça leg para cima de novo.

— Dá para ficar quieta e parar de fazer isso? — reclamou, olhando para minha calça irritado.

— O que quer eu que faça? Fique sem calça?! — chiei, encarando-o irritada. Uma luz esverdeada cobriu a parte de baixo do meu corpo e sumiu de pois de alguns segundos. Eu coloquei a mão na calça e puxei. Ela nem se mexeu — O que você fez?

A expressão irritada deixou seu rosto e aquele sorrisinho divertido voltou — Lhe fiz um favor — falou simplesmente, passando por mim e indo em direção a porta da frente.

— É melhor isso aqui descolar! — briguei, mas segui-o mesmo assim.

O vidro que formava as paredes da base terrestre da S.H.I.E.L.D. refletia meu cabelo agora dourado. Meus olhos estavam uma cor mel, puxada para o laranja. Loki estava com sua aparência normal, apenas seus olhos um pouco puxados para o azul e o cabelo um mais curto. O plano era: Loki causaria uma pequena “algazarra” no salão principal, eu passaria despercebida entre toda aquela bagunça e iria direto para a sala de controle. Uma vez que eu estivesse do lado de dentro, eu desligaria o sistema de segurança, o que facilitaria chegar até Devin.

Assim que o sistema desligasse, o alarme soaria. Loki daria um jeito de sair de lá, eu não me importava, a única coisa que eu queria era pegar Devin e dar o fora daqui o quanto antes. Depois disso, não podíamos mais arriscar ficar na casa. Logo alguém iria ligar os pontos e as coisas iram por água abaixo. Iriamos para Asgard. Segundo a Rena, ele conhecia um lugar lá que ninguém iria achar-nos e sabia um jeito de sair daqui da Terra sem precisar de ninguém. Eu não acreditava muito nele, mas que outra escolha eu tinha? Ficaríamos lá até eu e Devin conseguirmos atingir 100%. Depois disso? A S.H.I.E.L.D. que se cuide...

Olhei para o reflexo de Loki, que estava parado atrás de mim — Pronto?

— Pronta? — devolveu, saindo de trás de mim, e eu revirei os olhos. Ele abriu a porta de vidro e entrou, enquanto eu fingia ajeitar meu cabelo, olhando no reflexo que o vidro formava. Alguns minutos depois, eu ouvi gritos. Sorri. Pelo menos o Traquinas serve para alguma coisa. Peguei a maçaneta da porta e a puxei. Nem sequer direcionei meus olhos para a muvuca que estava formada no centro do salão, eu só passei correndo por ali e escorreguei por debaixo das catracas por onde as pessoas passavam para entrar. A sala de controle ficava no quinto andar do subterrâneo, mas eu nem sequer passei perto dos elevadores. Abri a porta das escadas e comecei a descer.

Eu ainda conseguia ouvir a bagunça que se formava nos andares acima, mas eu sabia que Loki ia se sair bem. Ele era um deus, afinal de contas. Eu mal tinha contado dois minutos quando cheguei no andar que queria. Assim que abri a porta, eu quase trombei com um monte de pessoas que estavam passando correndo por ali. Ignorei isso e comecei a caminhar com passos rápidos e olhar igual louca para as placas grudadas nas portas.

— Laboratório, sala de reuniões, laboratório de experiências... — resmunguei à medida que lia as palavras escritas nas portas — Sala de controle — li, um sorriso se formando em meu rosto. Olhei de um lado para o outro. Ninguém prestava atenção em mim, e o corredor já estava quase vazio. Coloquei a mão na maçaneta e suspirei. Esteja aberta, por favor, esteja aberta... Girei-a. A porta se abriu. Suspirei aliviada e entrei, fechando-a atrás de mim. Eu fui direto para o computador principal, praticamente avançando no teclado. Meus dedos digitavam furiosamente, e o barulho das teclas era a única coisa que se ouvia ali, além de minha respiração. Apertei “enter”. Uma luz vermelha se acendeu e um som ensurdecedor começou a tocar, mas eu só gargalhei e saí da sala. A adrenalina pulsava pelo meu corpo, e eu só ficava repetindo a mesma coisa para mim mesma em minha cabeça: Décimo primeiro andar, terceiro corredor, sala 18, placa na porta “experimento XIL9”, décimo primeiro andar, terceiro corredor, sala 18, placa na porta “experimento XIL9”...

Meus pés corriam como se eu fosse morrer se parasse. Meu coração parou quando eu parei em frente à porta da sala dezoito, e meu corpo paralisou. Ande logo, Davina! Uma vozinha gritou dentro da minha cabeça, mas eu não conseguia me mexer. Minhas mãos tremiam tanto que parecia que eu tinha Alzheimer. Meus olhos estavam focados nos números. Experimento XIL9. Minhas mãos se fecharam em punhos. Eles usam minha irmãzinha de rato de laboratório. Eu não sei o porquê fiz o que fiz em seguida. Eu só sei que, quando dei por mim, a porta branca estava caída no chão e minha perna direita latejava de dor.

Mas eu não estava prestando atenção nesses detalhes. Meus olhos estavam focados em outra coisa. Uma coisa melhor. A garota de olhos verdes claros e cabelo castanho escuro me encarava de olhos arregalados. Eu já tinha voltado à minha aparência normal quando estava na sala de controle. Minha garganta deu um nó.

Davina? — sua voz não havia mudado. Continuava final e musical. Eu mandei tudo para o Inferno naquela hora e entrei no quarto igual um raio, me jogando em cima dela. Lágrimas escorreram pelo meu rosto — Oh, meu Deus... — ela sussurrou, retribuindo o abraço. Um soluço escapou pela minha garganta e eu perdi as forças, caindo de joelhos no chão, levando-a comigo.

Me desculpa — pedi, com a voz esganiçada — Me desculpa, me desculpa, me desculpa — chorei, apertando ainda mais meus braços em torno do pescoço de Devin. Eu não acreditava que ela estava realmente ali, na minha frente, com os braços em volta de mim. Era demais para mim.

— Para — pediu, a voz embargada. Ela me empurrou um pouco para trás e me olhou nos olhos — Para, Davina. Isso não foi sua culpa, está me entendendo? Nada disso foi.

— Que bonitinho vocês duas, podemos ir agora? — ouvi uma voz masculina falar atrás de mim, e olhei para trás, vendo Loki parado perto da porta. Eu fiz uma careta. Ele estava usando aquele elmo de chifres dourados retardado dele, e um cetro dourado, com uma pedra verde na ponta, estava em sua mão direita. Uma parte de mim comemorou vitória. Eu sabia que ele queria alguma coisa nesse lugar.

— Você tem que ser sempre tão apressado assim? — Devin resmungou, me ajudando a levantar. Eu já havia desgrudado dela, mas continuava com a mão em seu braço. Me sentia como se por alguma razão eu a larga-se, ela desapareceria. E eu não deixaria isso acontecer. Mas uma coisa que ela havia falado havia chamado minha atenção.

Sempre? — repeti, alternando meu olhar entre os dois. Loki sorriu malicioso.

— Você realmente não achou que eu fiquei surpreso com a sua persistência em não acreditar em uma palavra que sai da minha boca, achou? — perguntou, sorrindo com escárnio. Minha boca se abriu um pouco, e seu sorriso aumentou — Andem logo — mandou, saindo de perto da porta. Eu e Devin nos entreolhamos, e ela deu de ombros levemente, seguindo ele. Eu fui atrás. Não soltaria ela por nada.

— O que faremos agora? — Devin perguntou, chegando perto de Loki, que encarava o corredor, agora vazio.

— Davina e Devin Clairemont — ouvimos uma voz ironizar do outro lado do corredor, e nós viramos. Nick Fury estava parado com os braços cruzados na ponta do corredor da direita, com os braços cruzados e uma expressão nada boa. Trinquei os dentes e minhas mãos se fecharam em punhos — Eu esperava qualquer coisa de vocês, realmente, menos... isso — falou com desgosto, os olhos direcionados para Loki, que o encarava entediado. Eu ameacei dar um passo em sua direção, mas Devin agarrou meu braço, me puxando para trás.

— Não vale a pena — sussurrou no meu ouvido, sem largar meu braço. Eu me mantive no mesmo lugar, mas com um olhar assassino para Fury. Ele retribuiu meu olhar — Vamos embora, Davina — falou, voltando a me puxar para trás. Eu andei para trás, mas ainda não desviei meus olhos de Fury. Seus olhos brilhavam de raiva.

— Eu não faria isso se fosse você, senhorita Clairemont — me alertou, e eu ergui o queixo em desafio.

— E porquê? Vai me matar? — debochei, apontando com a cabeça para a arma que ele segurava na mão direita.

— Não você — respondeu, um brilho maldoso surgindo em seu olhar, e ele deu um passo para o lado. Dois agentes da S.H.I.E.L.D. seguravam Chloe com força pelos braços, impedindo-a de fazer qualquer movimento brusco. Seus olhos estavam lacrimejados e a minha mascara debochada caiu. Meus olhos se arregalaram e eu tentei dar um passo para frente, mas já era tarde demais.

Fury já havia se virando para trás e disparado. A bala atravessou o crânio de Chloe. Eu não sei o que aconteceu, só sei que tudo ficou escuro de repente e eu senti o chão ceder. A última coisa que pensei foi: Eu estou destruindo tudo em que toco?


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Notas finais do capítulo

Prevejo mais ameaças que nunca contra o Fury agora :v Tenho que admitir, comecei a chorar quando a Davina encontrou a Devin! Suhaushuahsas Bem, espero que tenham gostado desse capítulo, eu realmente amei escrever ele. Vocês realmente não acharam que Loki iria na S.H.I.E.L.D. só para ajudar Davina, não é? Vamos lá gente, qual é, é o Loki oxê suhaushuahsuahs De presente pelo capítulo grande, os fantasminhas podiam me dar comentários? *-* Até depois, meus anjos. Mais uma vez, aqui o link do grupo no face: https://www.facebook.com/groups/lokianddavina/