Over Side escrita por nina heilige


Capítulo 14
Contando minha historia


Notas iniciais do capítulo

oi gente,eu acho que to sumidinha,mas mesmo com minha vida na loucura consegui um tempinho pra fazer mais um capitulo pra vocês,espero que gostem e se emocionem tanto quanto eu a escrever esse capitulo da Julia,espero que riam do final alias porque eu também ri. não esqueçam de comentar por que isso me ajuda muito a seguir em frente e também estou um tanto feliz pelos views estarem subindo cada vez mais.se tiverem uma opinião seja mal ou boa ou alguma pergunta comentem ta,blz,agora curtam muito o capitulo,bjs.
p.s.:minha vontade de escrever pra vocês era tanta que escrevi mais de 2.000 palavras,e isso me deixa mais feliz ainda.



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p.o.v. Julia

Nesses meu últimos três meses minha vida ficou agitada,acordar cedo,aula,estudos,ensaio com meu violão para o show de talentos que alias já esta chegando. Meus dias conversando com o Arthur eram ate divertidos,ele fazia palhaçadas com o Shawn,fumava um pouco sendo que eu não gosto mas não me importo,as vezes íamos para o lago ficar falando da nossa péssima vida. As partes que ue mais gostava dos meus dias era quando era aula de ed.fisica que os meninas olhavam as meninas jogarem futebol e quando era o contrario era melhor ainda porque eu podia ver a barriga tanquinho sem roupa do Arthur.

Uma vez quando estávamos juntos ele me contava das visitas da mãe dele,parece que a mãe dele vai se separar do pai por pegar ele transando com a vizinha,Arthur me disse que já sabia mas não podia machucar a mãe. Eu falei pra ele mandar todo mundo se foder e começar a viver a vida,em um primeiro momento ele riu da minha cara por ter dito aquilo mas eu acho que ele entendeu porque foi isso mesmo que ele fez,ou quase. Quando o pai dele e sua madrasta vieram visitar ele,ele mandou os dois se foderem com o bebe que ela esta esperando dele e ainda pra situaçao ficar melhor ainda o pai dele saiu com o nariz sangrando por ter quebrado e com um olho roxo e o estomago doendo por causa de um murro dado por Arthur.

Agora,eu estou ensaiando Poison & Wine do The Civil Wars pra tocar no show de talentos com o Arthrur,quando ouvi alguém batendo na minha porta. Me levantei da minha cama e fui atender a porta,era Michael,um dos funcionários da Over.

–senhorita Chay?

–sim Michael

–chegou essa carta pra você,é de um parente seu,acho que de sua vó.

–ah sim,pode me dar

Michael me entregou o envelope branco endereçado a mim,virei e atrás tinha a letra da minha vó, achei estranho ela ter me mandado a carta,eu não falo com ela a anos,abri o envelope e tirei o papel que estava dobrado varias vezes,abri a carta e comecei a ler.

Minha querida neta,

sei que esta em Over,e que não temos muito contato por causa de suas ações do passado mas eu tenho que te contar uma coisa muito difícil que eu não sei se você vai aguentar.

Hoje de manha quando fui visitar seu pai na prisão outra vez,tinha um corpo sendo levado pro cemitério,achei estranho mas nunca achei que fosse acontecer,era seu pai naquele saco preto,é difícil de acreditar mas sim,era seu pai.

Queria ter mais informações então falei com um guarda,ele disse que ele entrou em um briga com um cara e acabou batendo a cabeça e morrendo. Me desculpe por te dar essa noticia péssima querida,perder seus pais não é fácil,já passei por isso. Emfim,era só isso que tinha que te dizer.

Com amor,

nona.”

Comecei a chorar desesperadamente caída no chão pela morte do meu pai,ele podia não se parecer como um pai depois da morte da minha mãe mas ele era meu pai de qualquer forma,de sangue. Fui pro meu banheiro e me sentei no chão chorando com as mãos na cabeça,peguei minha gilete que guardava em uma caixinha debaixo da pia e comecei a me cortar,cortei meus braços,dos dois lados,por inteiro. Me levantei e sai do quarto correndo com meus braços sangrando,cheguei na porta do quarto de Arthur e bati na sua porta chorando. Ele abriu a porta e ficou com a boca aberta por me ver,chorando e com o braço cortado e sangrando.

–Julia? - entrei no quarto de Arthur sem ao menos falar nada

–Flor? O que aconteceu? - ele me perguntou outra vez,comecei a chorar forte outra vez,sem pensar duas vezes corri e o abracei. Ele achou estranho no começo,eu pude sentir mais depois ele relaxou mais entendendo que eu estava mal e então me abraçou forte. Aquele abraço naquela hora estava significando muito pra mim,estava me dando uma esperança muito grande no meu coração. Eu me afastei ao sentir um liquido escorrendo por suas costas.

–ai meu deus me desculpe Arthur

–o que porque?

–eu te sujei de sangue

–sangue?

Ele tentou se virar vendo o sangue escorrendo suas costas.

–Julia?de onde veio...Julia?o que é isso no seu braço

Eu me joguei no chão chorando mais,ele se abaixou pra ficar da mesma altura que eu,suas mãos pegaram meu queixo,então ele me fez levantar minha cabeça. Ele me olhava nos meus olhos ai então ele me abraçou mais uma vez dessa vez demorando mais,ele me soltou e olhou nos meus olhos outra vez.

–eu me corto Arthur,desde meus 5 anos,eu me corto,toda vez que eu recebo alguma noticia ruim ou fico triste de repente eu me corto,eu não consigo mais ser forte Arthur eu não estou aguentando mais,eu sofro depressão Arthur,eu só preciso de um abraço agora,por favorito.

Ele me abraçou outra vez e ficamos assim

–o que aconteceu pra você fazer isso hoje?

–meu pai,ele morreu Arthur,meu pai morreu,ele morreu na prisão

–eu sinto muito flor,eu sinto tanto

eu me afastei dele querendo olhar nos seus olhos,eu o olhei. Seus olhos não tinha nem um indicio de pena,mas sim,seus olhos pareciam famintos,eles pareciam que sofriam por dentro.

–Arthur,eu preciso te contar,tem três meses que eu não me corto,por causa de você Arthur,eu parei de me cortar assim que virei sua amiga,você me faz bem

–flor,você também me faz bem,minha vida toda mudou por sua causa e eu te agradeço por tudo

–Arthur...

–sim

–eu preciso te contar por que vim parar aqui

–não precisa não,você não esta pronta

–eu estou sim,eu quero contar pra você

–tudo bem,se você quer,se acha que já esta pronta pra me contar,vá em frente,eu vou te ouvir e te prometo que não vou te julgar

–obrigado Arthur

cheguei mais perto dele e o abracei.

–bom,eu tinha cinco anos quando minha mãe morreu de leucemia,eu fiquei tao acabada e tao destruída pelo o que aconteceu com ela que eu achava que o mesmo poderia acontecer comigo, então eu me isolei,fiquei sem falar com meu pai ainda mais depois que ele começou a beber e eu comecei a me cortar,com 9 anos eu ainda me cortava e ficava isolada,e teve um dia que eu fui me cortar que eu acidentalmente cortei meu pulso muito fundo. Eu fui parar no hospital e como eu tinha perdido muito sangue eu precisava de uma transfusão,mas só tinha um problema,meu tipo sanguíneo é um dos mais raros que existem por ser o negativo e o único que tinha esse tipo era meu pai. Ele fez a transfusão para me ajudar e depois disso começamos a nos falar mais que antes,eu comecei a comer perto dele e as vezes ate assistir televisão.-ele estava olhando pra mim fixamente,sem dizer nem uma palavra- Foi quando eu tive depressão por saber que eu saber que eu tinha leucemia mieloide cronica por ser causada pela genética foi então que eu comecei a me cortar mais e com 13 anos eu fiz outro corte profundo no pulso,parei no hospital de novo só que meu pai não podia fazer a transfusão de sangue dessa vez porque ele estava preso por beber demais. Felizmente encontraram uma mulher que era o negativo e ela fez a transfusão me salvando dessa vez,so que eu fiquei internada por dois dias porque eu tinha perdido muito mais sangue daquela vez. Eu contei ao meu medico sobre a leucemia e ele disse que tinha um tratamento que daria certo ainda mais por esta bem no começo da doença. Ela é tratada por uma medicação chamada de terapia-alvo, é quando a pessoa toma um comprimido por dia que age diretamente no alvo, corrigindo o defeito genético. Por sorte e por minha imunidade aumentar rapido eu consegui vencer a leucemia só que não antes de vir pra ca,na verdade as vezes eu ate tomo o comprimido para a leucemia não voltar. Agora a parte que faltava.

–se quiser pode parar flor

–não,tudo bem. Quando eu tive alta do hospital meu pai não foi me buscar e como eu sabia ir pra casa sozinha eu simplesmente fui,e esse foi meu erro. Quando estava passando por um beco um cara veio atrás de mim,ele me pegou e...e...eu não consigo... -comecei a chorar de novo enquanto ele me abraçava

–não tem problema,pode parar

–ele me estuprou. Ele abusou sexualmente de mim enquanto eu tinha 13 anos,13 anos. Ele me violentou e eu apaguei. Quando acordei estava novamente no hospital,cinco dias depois a policia me levou em casa por eu não correr o risco de sofrer outro abuso,e meu pai novamente não foi me buscar por esta bebendo. Quando cheguei em casa ele estava sentado no sofá,despachou o policial e depois que soube que estava tudo seguro ele me bateu,me bateu ate eu sangrar por não ter esperado ele,por eu ter nascido,ele me disse que minha mãe morreu por minha culpa,ele me disse isso. Eu consegui fugir dele ate a cozinha,eu peguei uma faca e tentei esfaqueá-lo mas ele acabou pegando a faca de mim e me esfaqueando um pouco abaixo das minhas costelas.

Eu levantei minha blusa e ele pode ver a cicatriz que eu tinha abaixo das costelas,ele passou a mão na cicatriz enquanto eu me arrepiava por seu toque.

–eu fugi dele dando um chute nas suas bolas e fazendo ele acertar a faca na sua perna depois dele ter me esfaqueado,fugi mesmo com o lado da minha barriga doendo,encontrei a policia e prenderam ele. Me mandaram pra um orfanato mas eles eram muito maus comigo,então com 14 anos eu fugi e fui pra minha antiga casa,ela estava vazia e meu pai não ia voltar tao cedo e como eu não queria ficar la eu pus fogo nela,queimei tudo,tudo e depois eu me escondi num deposito e quando ficava com fome eu roubava e foi ai que me colocaram aqui,eu tinha 14,14 anos eu fiquei presa aqui por cinco anos, e em todos esses anos eu não parei de me cortar,so quando viramos amigos e hoje que eu recebi a noticia da morte do meu pai tudo voltou,eu o odiava mais não queria que isso acontecesse,ele era tudo que eu tinha,e minha vó,eu mal falo com ela.

Ele me abraçou novamente e beijou meu cabelo.

–você tem a mim agora Julia,agora vem,vamos limpar esse sangue.

Ele me levou pro seu banheiro e me pos sentada na pia,pegou um pano seu e molhou,ele passava o pano nos meus braços inteiros cortados tentando tirar o sangue.

–sera que pode tampar o olho por dois minutos mais ou menos?

–o que?por que?

–preciso tirar o sangue das minhas costas

–eu posso ficar la fora

–é claro que não,você não vai fugir de novo

ele saiu do banheiro antes mesmo de eu tentar protestar,entrou outra vez com uma cueca na mão,fechou a porta e pegou a chave.

–eu to com essa pano aqui,eu vou prender ele nos seus olhos se importa?

–e porque eu não posso ver você tomar banho?

–isso é serio? Você acabou de me contar a historia mais triste que eu ouvi e agora tá me pedindo pra me olhar tomar banho?

–eu já vi o James pelado qual seria a diferença?

–talvez,porque somos pessoas diferentes e somos amigos certo?

–certo,mas não tem nada haver eu não poder olhar você pelado

–Julia,por favor?

–ok

ele tampou meus olhos,e eu pude ouvir ele tirando a roupa,ele entrou no box e ligou o chuveiro,dois minutos depois e água foi desligada e ele saiu do box. Ouvi ele se roçando na toalha e não pude deixar de curiosidade,levantei um pouco a toalha que ele colocou nos meus olhos e eu quase surtei por ter visto a bunda dele nua. Que bunda era aquela meu deus?podia ser branquinha mas era linda,uma linda,deliciosa e gostosa bunda que me deu vontade de apertar. Voltei a tampar meus olhos quando ele estava se virando mas não contive meu sorriso.

–você me viu pelado não foi?da pra ver pelo seu sorriso malicioso

–aham,e aproposito você tem uma bundinha linda

–ninguém nunca me disse isso -podia sentir seu sorriso enquanto ele falava

–é por que ninguém é corajoso o bastante e quem viu sua bunda tirando sua mãe e seu pai provavelmente achou meio indevido falar

–mas eu gostei,e também mesmo sem ver ela nua por assim dizer,sua bunda também é linda

abri um sorriso maior ainda e nos rimos mais

–pode olhar agora,ja to de calça

–preferia você pelado- disse pra ele quando atravessei a porta do banheiro

–você pode dormir aqui se quiser

–o que?

–não quero transar com você,não agora pelo menos,so não quero te deixar sozinha

–e porque eu deveria aceitar?

–você quer mesmo dormir sozinha,e eu sou uma companhia muito boa a noite

não pude deixar de sorrir com seu comentário,assenti e deitei na cama com ele. Começamos a conversar olhando um para o outro ate que eu fechei os olhos por estar quase dormindo. Ouvi ele sussurrando me dizendo boa noite e depois beijando meus lábios ate que finalmente dormi ao seu lado.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado do capitulo da Julia,ate o próximo capitulo e vao com deus meus anjos,bjs



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