Fall escrita por SkinnyLove


Capítulo 4
Capítulo 3- Uma noite divertida.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas está aí, gostaria que deixassem suas opiniões! :)



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–Natsu...

...

Meus pensamentos estavam confusos naquele momento, eu estava abraçando um garoto que não via fazia anos, era algo surreal, o único que me arrancava sorrisos em meus dias mais tristes, que havia ido embora sem me dizer nada, estava diante de mim, e eu estava envolvida em seus braços.

Milhares e milhares de coisas invadiram meus pensamentos, tanta coisa havia acontecido, tanta coisa havia mudado... E em meio a mais um de meus tropeços eu o encontrei.

Foram assim poucos minutos, até nos darmos conta do que estávamos fazendo, me desenrosquei de seus braços e disse:

–O que você está fazendo aqui?- em tudo aquilo que estava em minha mente, foi o que consegui dizer. Mas antes que ele pudesse me responder alguns garçons passaram pelo corredor, ele se afastou e saiu andando. Não entendi o que aconteceu. Fiquei parada, intacta, e antes que ele virasse o corredor ele sussurrou:

–Te mando uma mensagem.

Mesmo que eu continuasse achando estranho tudo que estava me acontecendo no momento, entendi o que ele quis dizer, conversaríamos depois. Resolvi sair de lá, e ir atrás dele para pegar os pedidos, assim como era de início.

O encontrei no balcão e ele segurava algumas bandejas. Me aproximei e ele disse:

–Você pode pegar aquelas ali.

Não respondi, apenas segui e as peguei, e assim, fomos os dois em direção à mesa, sem trocar palavras e nem olhares. Distribuímos as bandejas, conforme os pedidos e nos sentamos.

Parece que ninguém havia notado nossa saída um tanto demorada, não havia tido nenhuma pergunta e nem pausa na conversa e brincadeiras para nos perguntar onde estávamos.

Depois de algumas horas no café, todos decidiram ir embora, nisso, acabo descobrindo que Levy é praticamente minha vizinha, e nós voltamos para casa juntas, conversamos sobre vários assuntos, tentando conhecer mais uma a outra.

Descobrimos muitos pontos em comum, filmes, livros, bandas, músicas, atores... E outras coisas. A azulada era realmente inteligente, e comecei a sentir uma amizade nascer entre nós duas.

Creio que Levy sentiu a mesma coisa em relação a mim, pois nós conversávamos como se nos conhecêssemos a anos, e fazia muito tempo que eu não me sentia assim.

Quando chegamos até onde eu morava, olhei em direção a janela que estava aberta, talvez tivesse esquecido de a fechar quando saí. Perdi-me um pouco em meus pensamentos, e Levy me salvou deles:

–Lucy, por que não pega algumas coisas e dorme lá em casa?- ela disse se sentindo animada.

–É claro, entre um pouco, vou arrumar alguma roupa. - respondi sorrindo.

Entramos, e a bagunça em minha casa era menor já que eu havia arrumado um pouco do que estava espalhado da mudança.

Levy se sentou no sofá que estava na sala, lhe dei o controle para que procurasse alguma coisa na televisão enquanto eu pegava algumas roupas.

Entrei em meu quarto, peguei um pequeno short e uma blusa larga para que pudesse dormir, já que não gostava muito de usar pijamas, peguei uma roupa para colocar no dia seguinte, alguns itens de higiene pessoal, e um conjunto de roupas íntimas.

Fui até a sala para dizer a Levy que estava pronta, e assim que a chamei, ela desligou a TV, e eu tranquei as coisas da casa, e assim fomos.

Andamos por alguns metros após o lugar onde eu morava, e chegamos até uma casa pequena, porém muito bonita, que era onde a azulada morava, assim que entramos pude ver que tudo estava em seu devido lugar.

Vi alguns livros em cima da mesa de centro da sala, e várias flores espalhadas pela casa.

Levy me convidou para entrar, assim que estava dentro da casa, ela me levou diretamente para seu quarto onde coloquei minha bolsa e trocamos de roupa para ficarmos mais confortáveis.

Coloquei minha blusa que por sinal era de uma de minhas bandas favoritas um short curto, também coloquei meias quentes e Levy me emprestou chinelos, já que esqueci-me de pegar os meus, prendi meu cabelo em um coque desfiado e assim estava pronta para uma noite de besteiras.

Minha nova amiga não estava muito diferente, colocou uma blusa qualquer e uma calça confortável, usava apenas uma faixa em seus cabelos um tanto rebeldes, que por sinal os deixavam simplesmente lindos.

Fomos até a cozinha fazer algumas besteiras para comer, já que antes de sair de casa havia pego algumas guloseimas não tivemos que preparar muita coisa.

Fizemos brigadeiro, estouramos grandes baldes de pipoca, e pegamos um pote de sorvete que estava no freezer de Levy, nos dirigimos até a sala com todas as besteiras que tínhamos e nos sentamos no chão rindo de uma piada um tanto idiota contada por mim.

–Lucy, o que acha de assistirmos alguns filmes?

–Acho legal Levy, podemos assistir alguns de terror – disse lançando a ela um olhar malicioso.

–Você tem certeza? – ela disse insegura, já podia notar que não era seu tipo de filme favorito.

–Ora Levy, não tem que ficar com medo, são só filmes. – disse tentando a deixar mais tranquila.

–Certo então... – ela respondeu, e ligou seu notebook na televisão.

Assistimos alguns filmes e dei alguns sustos até a baixinha ficar aterrorizada demais e decidirmos assistir a uma comédia romântica para descontrair.

Já era bem tarde, e já tínhamos comido todas (sim, todas) as besteiras que havíamos levado para a sala, então decidimos conversar sobre mais alguns assuntos, e então Levy me perguntou:

–Eu vi você e Natsu darem uma sumida... – ela me lançou um olhar malicioso – mal se conhecem e já se querem? – ela riu e eu senti um rubor subir pelas minhas bochechas.

Coloquei a cabeça entre meus próprios joelhos e respondi:

–Não é isso! É que... – não terminei o que tinha para lhe dizer.

–Agora tem que me contar! Somos amigas, preciso saber! – aquelas palavras me trouxeram certa felicidade, uma amiga... já desconhecia o que era ter uma...

–Certo... Então vou te contar tudo, mas é algo que nunca compartilhei com ninguém que não fosse minha tia que cuidou de mim...

Comecei a falar tudo sobre meus pais, Natsu e minha tia Ellie, lhe contei o que havia atormentado minha infância, e também o que havia acontecido no café quando Natsu me chamara para ir até o balcão.

Quando terminei de falar, Levy me encarou com um olhar pensativo, e logo abriu um sorriso enorme e começou a saltitar pela casa:

–Lu-chan vai ter um namoradooo, Natsu e Luc se reencontraram e agora teremos um novo casalzinho, teremos uma relação e eu a batizo de Nalu! - Levy começou a fazer planos e a dizer coisas sem sentido, eu já não entendia o que ela queria dizer, ela havia ignorado toda a parte trágica de minha história, e feito um alvoroço com uma relação que não existia.

–Ei, ei, ei, Levy, você está pirando... e parece que não escutou nem metade do que eu disse! Eu e Natsu fomos amigos na infância... Mas só.

–Ora Lucy, eu escutei sim, mas o que é triste temos que deixar para trás, afinal, você veio para cá em busca de novas coisas, e acabou encontrando alguém que lhe foi muito importante, não tem coisa melhor!

Pensei um pouco no que ela disse... Não estava errada, então eu respondi:

–Você deve estar certa Levy-chan, qualquer dia nós iremos conversar, e sei lá o que vai acontecer, mas agora o que precisamos fazer é dormir!- eu disse e levantando e pegando um pouco de nossas bagunças.

–Ok, ok, Lu-chan, mas ouça minhas palavras, isso não vai acabar assim! - ela disse com seu tom de malícia.

Colocamos tudo na pia, e fomos para nossas camas, com um ar condicionado refrescando tudo, Levy me deu uma coberta e assim nos deitamos a azulada já havia dormido, mas antes de eu ir, peguei meu celular na esperança de que certa pessoa tivesse me enviado a mensagem, mas estava sem sorte.

No dia seguinte, resolvi ir um pouco mais cedo para casa, já que era sábado, não tinha que me preocupar com escola (sim, comecei minhas aulas em uma sexta-feira), levantei arrumei minhas coisas sem acordar Levy, coloquei uma ordem na cozinha, e saí sem fazer barulho.

Andei até minha casa pensando em tudo que havíamos conversado, e como Levy havia se tornado especial em apenas um dia.

Cheguei até a porta da estadia e olhei para minha janela, que novamente estava aberta, só podia ser um problema no fecho, tinha certeza que havia deixado tudo trancado antes de sair.

Subi as escadas, e abri a porta que continuava trancada, quando entrei, levei um grande susto, mas ao perceber, consegui dizer:

–Você aqui?


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só! Até mais :*



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