Carolina, a filha de Poseidon escrita por Ana Lepikson


Capítulo 4
Capítulo 4 - trago porblemas


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal! Primeiramente eu queria me desculpar pela demora desse capítulo. E eu queria agradecer à Maria Emanuelle que favoritou a história! Valeu mesmo, Maria! Vou tentar ler a sua fanfic também. Aproveitem o capítulo e favoritem se gostarem.



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Olhei em volta e tudo parecia normal (exceto é claro de eu estar no chalé 3 - OMG), mas mesmo assim meu irmão gritava para que eu acordasse.

– O que foi, criatura? - pergunto, acordando.

– Sem querer colocar pressão, já colocando, tem um monstro aqui.

– Como assim um monstro?

– Um monstro! -falou ele, tenso. - Sabe como é, peludo, com cheiro de chulé, barulhento, com sede de sangue de semideus...

– Eu sei o que é um monstro! - Falei - Não sou burra!

– Claro que não, você tem a bênção de Atena...

– Como ele entrou? - perguntei, ficando nervosa. - Que monstro é?

– Eu não sei, é um bicho estranho.

Saí correndo do chalé e vi uma multidão atrás de uma coisa muito alta, peluda e com cheiro de chulé. O corpo era coberto de pelos longos, fedidos e escuros. A cabeça era grande e tinha duas orelhas enormes de cachorro. Tinha oito olhos espalhados pela parte de cima da cabeça, asas de gavião e uma tromba de elefante. Tinha um rabo de onça pintada e dentes de crocodilo. Uma grande mistura de animais.

Eu sabia quem tinha que procurar.

Fui correndo buscando um rabo-de-cavalo loiro na multidão, com Percy atrás.

– Annabeth! - chamava.

Um outro filho de Atena gritou (em meio àqueles urros do monstrengo era preciso gritar para ser ouvido):

– Está no chalé!

Fui correndo para o chalé 6, com meu irmão lerdo atrás de mim.

– Annabeth!

– O que foi?

Ela saiu de lá com uma caneta na mão.

– Venha, entre! O monstro não pode saber onde você está!

Eu entrei e logo vi que o chalé de Atena era um sonho meu. Paredes cobertas de livros. As camas pouco importavam, estavam amontoadas num canto. Tudo era absolutamente organizado. Várias escrivaninhas de madeira arrumadas em fila, e até aquelas que estavam sendo utilizadas estavam organizadas.

Percy ficou hesitando em entrar.

– Vem logo, cabeça-de-alga. Eu deixo você entrar. Só dessa vez... - disse Annabeth. Percy fez um gesto com a cabeça, agradecendo. - Carol, sinta-se em casa. O chalé 6 vai sempre estar de portas abertas para você, que é nossa irmã.

– Aqui é incrível. - elogiei.

– É mesmo, não é? Mas escuta, não temos tempo para admirar o chalé. Esse monstro está aqui por uma causa: você.

– Eu imagino. Mas que diabos é essa coisa?

– Um Mixte. Ele é um animal muito raro, nunca foi visto até agora. Originário de roma, o Mixte serve aos titãs. - explicou Annabeth folheando um livro sobre monstros.

– Legal. Um monstro romano com nome esquisito sedento de sangue. O que podemos fazer para se livrar dele? - perguntou Percy. - Eu quero ajudar.

– Olha, você já vai ajudar bastante se ficar quieto. - falou Annabeth. - Esse Mixte provavelmente serve ao deus ou deusa, ou titã, que quer matar você. Ele é perigoso, mas pode ser muito útil para nós.

– Acho que entendi. - falei. - O Mixte pode nos levar ao seu "mestre", certo?

– Isso, mas ele não pode sentir o seu cheiro. Ele foi criado para perseguir você.

Percy nos olhava conversar, boiando.

– Então como podemos fazer? Eu não quero ficar olhando as pessoas lutarem para me defender sem fazer nada. - reclamei.

– Essa é das minhas! - Comemorou Percy, finalmente dizendo algo.

– Shh! - pediu Annabeth. - É claro que eu sei disso, por isso vamos ter que usar alguma coisa para disfarçar o seu cheiro. Algo com cheiro forte.

Percy fez menção de falar.

– Cala a boca, cabeça-de-alga! - reclamou Annabeth, tentando pensar.

– Mas eu...

– Shh!

– EU SEI ONDE TEM UMA COISA ASSIM, CARAMBA! - Gritou. - Por Zeus!

– Desculpe - pediu Annabeth. - O que é?

– Existe cheiro mais forte que cheiro de peixe? - falou Percy com um sorrisinho.

– Eu não vou sair por aí com um peixe podre no bolso, se é isso que está pensando. - avisei. Sabe, qualquer coisa pode sair da boca do meu irmão.

– Não, claro que não. - garantiu ele. - Eu pensei em usarmos um pouco da Fragrância del Mar. Foi um perfume que meu pai me deu há um tempo, e eu achei que nunca ia usar, mas...

– Ela tem cheiro de que? - falou Annabeth sem gostar muito da ideia.

– Do mar, Annabeth. Dããr! - Annabeth o olhou, ameaçadora. - Ok. Ele tem cheiro de água salgada, mas tem um produto químico que faz os monstros, animais e bichos estranhos sentirem um cheiro forte de peixe.

– Com "bichos estranhos" você quer dizer sátiros? - perguntei.

– Basicamente.

– Percy, vá buscar esse perfume estranho e volte logo. - pediu Annabeth. Percy fez o sinal de "sentido" e saiu correndo. - espero que isso funcione. Nem tudo que vem de Poseidon é garantido que preste. - murmurou ela.

Percy voltou com um vidro em forma de concha.

– Aqui!

– Ótimo. - disse Annabeth. - Acho que devíamos testar primeiro. Percy, chame Grover. - Ele saiu correndo para chamá-lo. - Pessoal, alguém me vê um pedaço de papel? - pediu Annabeth para os irmãos.

– Pode ser rascunho? - perguntou um menino parecido com Annabeth com óculos quadrados.

– Tanto faz.

O menino entregou um papel todo rabiscado e Annabeth borrifou um pouco da fragrância no papel. Nisso, Percy voltou com Grover.

– Grover, cheire isso e me diga o que sente. - pedi.

Ele fungou e torceu o nariz.

– Eca! Parece sardinha podre mergulhada em esterco de vaca.

– Perfeito. - comemorou Annabeth. Eu borrifei um pouco em mim.

Grover saiu, sem entender o porquê de eu passar um perfume com cheiro de peixe pode.

– O primeiro problema já foi resolvido. - disse Annabeth. - Mas ainda temos outro.

– Qual? - perguntei, curiosa.

– Você sabe lutar com alguma coisa? -perguntou Annabeth franzindo as sobrancelhas.

– Bem, não. O máximo que sei é brincar com meu arco e flecha de plástico. - falei.

– E você é boa? - perguntou ela.

– Não sei. É um arco e flecha de plástico, Annabeth!

– Isso é um problema maior. - comentou Percy.

– Sério? Eu nem tinha reparado. - falou Annabeth, sarcástica. - Bem, vamos torcer para que dê certo. Você vai vir atrás de mim e de Percy, que sabemos lutar com espada. Não dá tempo de treinar nada agora.

Saímos, Annabeth com sua adaga em mãos e Percy com Contracorrente ainda em forma de caneta, o que parecia meio ridículo. Fomos ingressando na multidão que atirava flechas no monstro enorme, mas elas só lhe faziam pequenos furinhos, como acupuntura. Passamos por todos até chegar nas costas do monstro.

– Acho que o melhor jeito é matá-lo primeiro. - falou Percy.

– Mas aí ele viraria pó e não conseguiríamos distinguir a pessoa que o comanda. Devemos deixá-lo inconsciente. - falou Annabeth analisando o monstro do tamanho de um edifício.

– Verdade. Algumas facadas na cabeça dele devem adiantar, não? - disse ele.

– Sim. Vamos escalar. - disse Annabeth.

E lá ia eu escalar um monstro do tamanho de dez andares.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu que inventei a história do Mixte. Ele não existe de verdade.
Se gostaram, favoritem, comentem! Isso ajuda!!



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