Tudo posso naquEle que me fortalece escrita por MorgsValdez


Capítulo 2
Capítulo 2 – Itália - Johnny


Notas iniciais do capítulo

PDV do Johnny pessoal :3



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– Dr. Wenceslosh, por favor, eu sei que passou seu horário, mas preciso de ajuda! – gritou uma mulher correndo atrás de Johnny.

– O que a senhora precisa? – perguntou ele.

– Minha filha está doente há alguns dias, eu achei que não fosse grave, mas agora ela tem erupções na pele, diarréia e os olhos estão vermelhos! – chorou a mulher.

– A senhora trouxe a menina até aqui?

– Sim! – falou ela já se dirigindo ao hospital puxando o homem – olhe ela doutor, por favor, ajude minha filha!

Johnny voltou até o hospital e viu a menina por volta de quatorze anos sentada em uma cadeira de rodas, a pele estava amarelada e abatida, as erupções na pele eram nauseantes até mesmo para ele. Ele mandou o enfermeiro levá-la até a sua sala de atendimento, lá ele fez alguns exames de toque e examinou os olhos da garota. Ela sentia dores nos rins, e havia muitas brotoejas em sua pele. Ele não havia visto nada daquele tipo em seu pouco tempo, já que era recém formado, mas ele tinha suas suspeitas.

– Onde vocês moram, foram atingidas por enchente? – perguntou recordando o recente acontecimento em sua cidade.

– Sim, estamos morando na casa da minha irmã, mas em condições precárias, por que doutor?

– Há algum risco de ser Leptospirose. Ela é transmitida pela bactéria leptospira, e com a enchente os ratos podem contaminar a água com essa bactéria. – ele virou para a menina – você andou bebendo água não filtrada?

– Eu... Bebi água da nossa casa, eu senti um gosto estranho, mas não achei que pudesse ser grave. – admitiu a menina.

– Como que você faz algo assim?! Ai meu Deus... – falou a mulher pondo as mãos no rosto. – Doutor, tem como tratar?

– Sim, é melhor deixá-la internada aqui por alguns dias e tratarmos com antibiótico. É bom que ela goste de beber água, pois vamos ter que hidratar bastante seu corpo.

– Mas... Não tenho condições doutor, de manter ela aqui e pagar os remédios. – a mãe da menina ficou vermelha e abaixou a cabeça envergonhada.

– Não se preocupe o tratamento não é caro, vai ser por minha conta. – falou ele afagando o ombro da menina.

– Eu... Obrigada! Que Deus lhe pague doutor! – a mulher o abraçou chorando.

– É graças a Ele que tenho essa profissão, e se Ele os enviou até mim, é porque havia um propósito.

Johnny saiu do hospital e entrou em seu carro, antigamente quando ele via os Estados Unidos, parecia um país tão rico e sem pobreza, mas a verdade é que a vida nas cidades não é muito diferente do Brasil, tem pessoas “bem de vida” e outras com dificuldades, a vida é assim. Ele foi direto para Igreja saindo dali, por sorte não pegou plantão naquele dia, já que era o próximo na escala, mas se Deus mudou seu rumo, deve ter mistério aí. Ao entrar na Igreja cumprimentou os irmãos e as irmãs, e subiu ao altar e sentou ao lado de seu pai, Fabrício o cumprimentou e seguiu lendo sua bíblia mysword.

Começaram os hinos e a benção de Deus começou a se derramar, logo algumas pessoas começaram a falar em línguas, e outras a dançar no espírito, a unção de Deus é a coisa mais linda já vista. O poder dEle é incrível, lindo, sem palavras. Após o encerramento dos hinos do coral, seu pai começou a dirigir o culto, e lhe surpreendeu.

– Missionário Johnny, Deus está te mandando para a Itália para fazer a obra dele, daqui uma semana sua viagem será realizada. – disse ele com orgulho na voz.

O peito de Johnny disparou em muitos sentimentos, felicidade, paz, e um pouco de dor. Itália era o país que Belle sonhava em morar, ela vivia falando naquilo. Por mais que ela falasse com seu pai, ele nunca lhe dava notícias dela, ela pediu para ele não fazer ponte entre os dois. Será que ela estaria lá?

– Que seja feita a vontade do Pai. Amém. – falou Johnny.

– Amém! – falou toda a Igreja.

[...]

Quando o culto terminou Johnny foi para casa com seus pais, ele tinha o apartamento dele, porém não gostava de estar sozinho, as lembranças voltavam e ele não queria mais cometer os erros que havia feito quando terminou com Belle. Sua mãe o confortava, ele sabia que ela o amava incondicionalmente e se sentia mal por vê-lo triste, então tentava o alegrar de todas as formas, principalmente fazendo panquecas. Oh céus, como ele ama panquecas, aliás, era o que tinha para jantar.

– Panqueca verde! – anunciou Leila, sua mãe.

Após a oração, foi um ataque á mesa, ele, o pai e os irmãos adoravam aquela comida em especial, e para sobremesa havia torta de sorvete, pode pedir mais? Ao terminarem de comer foram ao sofá, Johnny ligou seu notebook para ver as redes sociais, enquanto seu pai via alguns vídeos no youtube.

– Danilo, cadê meu fone? – pediu seu pai.

O irmão do meio trouxe os fones, já estava com 10 anos e era muito educado e doce. Johnny se lembrou de quando morava com a avó e Danilo passou uns meses lá, ele e Belle se davam bem, gostavam de ver filmes juntos. O menino ainda perguntava dela para o irmão ou para o pai, mas Johnny não tinha respostas, e o pai não falava nada na frente dele.

Fabrício começou a conversar com alguém pelo chat, ele não viu quem era, mas seu pai dava risada. Ele havia desenvolvido uma técnica para descobrir quando era Belle. Ele chamava a mãe para pedir água, ou algo assim, e quando sua mãe via que o pai falava com Belle, ela dava uma olhada de esguelha para Johnny e saía rápido não querendo demonstrar, mas ele sabia que era ela.

– Mãe, pode me trazer refrigerante? – pediu para Leila na cozinha.

Quando ela trouxe entregou o copo na mão do filho e deu uma olhada para o computador, e então fez exatamente o que ele havia pensado, a olhada de esguelha e saiu rápido para a cozinha.

Ele nunca fazia isso, mas hoje ele levantou rápido de sua poltrona e sentou ao lado de seu pai, imaginando que daria tempo de ver ao menos o sorriso dela, mas não havia ninguém na câmera, e seu pai fechou o computador em seguida.

– Que falta de respeito é essa, rapaz? Querendo se intrometer nas minhas conversas. – disse Fabrício bravo.

– Era ela não era? A Belle. Eu sei que era pai. – Johnny deixou algumas lágrimas escorrerem, mas limpou e saiu porta a fora, indo para o carro.

Tudo bem, ele sabia que ela não queria vê-lo nem pintado de ouro, mas ele não suportava mais aquela dor! Ia conseguir o e-mail dela de algum jeito. Ia entrar em contato com ela. Não ia mais permitir essa dor, ele sabia que ela também o amava. Ela o ama sim.

Uma semana depois...

– Vocês vão junto? – Johnny perguntou surpreso ao ver os pais de malas prontas.

– Sim! – disse Davi pulando no irmão mais velho.

Johnny havia descoberto que Belle estava sim na Itália, e ele ia fazer a obra, mas a procuraria por toda a Itália se necessário.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, reviews para a autora sorrir ein? Sejam abençoados, beijocas!



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