Refém... ou não? escrita por Ed Albuquerque


Capítulo 12
Experiências da vida, querida.


Notas iniciais do capítulo

Capitulozinho de madrugs
Era pra ter saído semana passada, mas tenho algum problema em atrasar tudo ajshjssj.
Boa leitura!



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Ler cada palavra me encheu de determinação. Se "E" me escolheu para fazê-la feliz, quem seria eu para lhe negar tal coisa?
Ouvi passos chegando e apressei-me em esconder os diários. "E" entrou estendendo as mãos para tocar as coisas que estavam em volta. Eu não deveria, mas ri um pouco da situação.
– Ri mesmo.
– Oh, desculpa. Como você.. ?
– Audição aguçada. - ela disse batendo com a canela na cama.
– Deixe-me te ajudar. Onde você quer chegar?
– Na cama.
– Ah, mas você já está nela.
– Oh, eu sou mesmo muito independente. Acho até que irei me atrever a procurar o banheiro.
– Cuide-se para não cair da sacada.
– Você não sabe brincar.
– E você não para um momento?
– Falou a pessoa que tá sempre sentada meditando.
– Não seria mais fácil termos ficado em casa? Você conhece tudo por lá, não precisaria disso. - nossa, até parece que a casa é minha.
– Não. Você viu meu caderno? Já falei muito hoje. - ela disse se levantando e procurando pelo maldito caderno.
– Esquece ele, sua voz é maravilhosa. E olha só... você já está andando por aí novamente.
– Não to aqui pra ficar dormin.. - ela tropeçou numa mala que eu já deveria ter arrumado.
– Oh, céus, você está bem?
– O que era aquilo?
– Minha mala.
– Você já não deveria tê-la arrumado?
– Ahm, talvez.
– O que estava fazendo?
– Só vasculhando sua vida um pouco.
– Ah, normal. Coloque num dos diários que eu fui nocauteada por uma mala. - me assusta saber que ela sabe de tudo que eu faço, até que já estou com outro diário.
– Quanto tempo ficaremos?
– Não sei. Quanto tempo você acha que vai demorar para se entender com sua família?
– Talvez o mesmo que vá demorar para você se entender com a sua.
– Olha que ótimo, nunca voltaremos pra casa!
– Me assusta pensar isso.

Uma hora depois, arrumei algumas coisas, mas a maioria eu deixei na mala. Confesso que não sou tão boa nisso, então passei a maior parte do tempo conversando com minha companheira. "E" está deitada, ela insistiu para ajudar, mas eu sei que ela só se sentiria mais perdida por não conseguir arrumar as coisas.
– Acabei! - eu disse olhando para as coisas pela metade.
– Que bom! Achou meu caderno?
– Ah, não - na verdade, achei sim, escondi dentro de uma mala.
– Tem certeza? Não sinto tanta firmeza em sua voz.
– Não o encontrei, senhor comandante - falei com jeito de alguém do exército.
– Descansar, soldado! Comprarei outro qualquer hora.
– Ah, qual é! Continua assim.
– Bem, vamos dar um passeio? Comer alguma coisa?
– Sim, por favor.
Me arrumei e ajudei "E". Deixei-a um pouco mais casual e não tão amedrontadora. Às vezes fico imaginando no que as pessoas pensam quando vêem ela. Eu com certeza ligaria para a polícia se visse alguém todo coberto de roupas e ainda com uma máscara. Então, para maus intendidos não acontecerem, vesti "E" com uma camisa xadrez azul e uma calça moletom, não posso esquecer que xadrez e azul são suas preferências. Quanto à mascara, não posso fazer nada, me sentiria horrível em deixá-la exposta.
– Camila, as pessoas não irão me estranhar com uma máscara?
– Deixem que estranhem.
– Você não se sentiria incomodada com as pessoas nos olhando?
– Você se sentiria?
– Eu não posso vê-las.
– Eu também não.
– Como?
– Porque eu só tenho olhos para você.
– Você é maravilhosa, sabia? - ela disse me dando um selinho.
– Estou aprendendo com a melhor.
– Agora diga-me... de onde tiraste tal cantada? - rimos.
– Experiências da vida, querida.

Andamos por aí e chamei-a para comermos em um restaurante que não via há tempos. Sua especialidade é hot dog. Sei que é meio estranho de chamá-la para comer tal coisa, mas é o que me veio à mente. Entramos e fomos ao caixa fazer o pedido.
– O que você quer?
– O que mais vende aqui?
– Acredito que seja hot dog.
– Ah, você vai comer isso?
– Sim.
– Bem, tem salada?
– É sério? - olhei para a atendente e ela balançou a cabeça negativamente. - Não tem.
– Hum... Açaí? - a atendente ouviu e balançou positivamente a cabeça.
– Okay. Vai querer beber algo?
– Não, obrigada.
– Então vai ser um açaí, um hot dog e um suco de laranja. - respondi procurando a carteira, mas lembrei que não estava com dinheiro e vejo "E" estender um cartão para mim. - Ah, obrigada.

Sentamos e esperamos nossos pedidos. "E" estava sentada na minha frente me encarando. Aquele olhar me dava um arrepio na espinha, era como se ela visse minha alma.
– Minhas super habilidades dizem que você está incomodada. Estou lhe constrangendo?
– Oh, não, de forma alguma.
– Então fiz algo que possa estar me constrangendo?
– Também não.
– O que acontece então?
– Por que você se preocupa tanto comigo?
– Não sei, estou me preocupando demais?
– Acho que não estou acostumada com as pessoas se preocupando comigo, perguntando como estou...
– Minha atitude é positiva ou negativa?
– Eu gosto. É bom sentir que alguém se preocupa. - sei que se formou um sorrisinho do outro lado da máscara. - "E", você não gosta de hot dog?
– Não. - nossas comidas chegaram.
– Por quê?
– Já soube de como é feita a salsicha? Tenho certeza que você não iria querer comer. - dou uma mordida em meu lanche.
– Aqui tem alguns outros lanches também. Temos x-burguer, beirute de filé-mignon, e outras escolhas. Não estou desmerecendo seu açaí ou sua salada, mas têm coisas melhores.
– Não duvido que tenham, porém minha lista é um pouco limitada.
– Como assim? - perguntei vendo-a colocar uma colher de seu açaí na boca.
– É que eu sou vegetariana.
– Ah! Sério? Que legal! Como é?
– É muito difícil, precisa-se ter poderes. Eu nem me sinto mais humana. - começamos a rir.
– Desculpa, é difícil encontrar pessoas que não comam carne. Não sabe o que está perdendo!
– Eu imagino. Mas nada é melhor do que provar você. - nesse momento eu engasguei com o suco. - Você está bem?
– Depois eu que sou a dona das cantadas? - falei rindo.
– Acho que esse não é meu ponto forte.
– Ah, eu gostei desse seu lado.
– Meu lado?
– É que você geralmente é tão certa, cavalheira.. É estranho te ouvir dar uma cantada ou falar algo sexual.
– Você está me chamando de chata?
– Não! Eu gosto do seu cavalheirismo, é difícil ver isso hoje em dia. Geralmente as pessoas são caras de pau.
– Mas eu gosto disso em você. Adoro quando dizes as coisas na lata, sem vergonha ou medo. Você me diverte.
– Reclama que eu te chame de chata, mas me chama de sem vergonha e palhaça? - falo dando risada.
– Eu fui desrespeitosa contigo? Desculpa, não era isso que eu queria passar. - dou mais risada com a maneira que ela se desculpa por nada.
– Não se desculpe. Gosto quando você fala dos seus sentimentos.
– Posso te pedir um favor?
– Sempre.
– Essa é uma noite que eu quero lembrar. Poderia me dizer como está?
– A noite está escura e o restaurante vazio.
– É sério que a noite está escura? Achei que ela estaria clara. - dou mais risada com minha falha descrição. - Quero mais detalhes. Como você está hoje? Seja meus olhos.
– Eu estou com uma calça jeans e uma camiseta de algum desenho, achei em um guarda-roupas lá em casa. Meu cabelo está solto.
– Interessante. Como eu estou?
– Você está maravilhosamente linda com uma caça moletom escura e uma camisa xadrez azul. - não comentei sobre a máscara.
– Xadrez azul? Gostei. E o local?
– O restaurante é bem iluminado e o piso claro ajuda a ficar mais iluminado ainda. As mesas são de madeira escura bem envernizada e as cadeiras são da mesma forma.
– E as pessoas?
– Elas estão todas sentadas, algumas sozinhas e outras em dupla. Elas me parecem vazias.
– Somos mais algumas pessoas vazias neste restaurante?
– Não.
– Por quê?
– Porque eu tenho você.
– Eu sou diferente?
– Você parece ter muita vida, não é como essas pessoas vazias.
– Obrigada, eu consigo enxergar agora. - ela fala encostando suas costas na cadeira e ficando totalmente ereta, sua postura é perfeita. Ela já terminou de comer, agora falta eu.

Depois de acabarmos de comer, andamos um pouco pela cidade. O centro é dividido por uma praça, esta praça é como se fosse uma enorme faixa, de cada lado há uma avenida e do lado das avenidas há lojas e restaurantes. É como se fosse uma simetria, lojas/avenida/praça/avenida/lojas. Andamos pela praça e eu descrevia várias coisas para "E".
As pessoas que haviam ali estavam estranhando a magnífica pessoa ao meu lado. Quando "E" passava por elas, todas se afastavam, pais chamavam suas crianças para perto e os policiais ficaram postos nos observando. Eu simplesmente ignorei e dei um selinho surpresa em "E".
– O que foi isso?
– Eu gosto muito de você, sabia?
– Há algo errado?
– Você é muito desconfiada.
– Experiências da vida, querida.

Voltamos para o hotel por volta das 10 da noite. Fomos para o quarto e sentei numa poltrona observando "E" tirar suas roupas.
– Será que tem alguém me olhando pela janela ou minha intuição está falhando? - comecei a rir.
– A cortina está fechada.
– Então tem alguém me olhando ou minha intuição está falhando?
– Acho difícil sua intuição falhar.
– Então tem alguém me olhando?
– Talvez.
– Pessoa que está me olhando, poderia me ajudar à chegar no banheiro?

Levei-a ao banheiro e lhe ajudei tirando suas últimas roupas. Certifiquei de deixá-la segura dentro da banheira e saí. Separei uma roupa para ela e deixei sobre a cama. Sentei-me novamente na poltrona esperando-a terminar. Não sei o que fazer, amanhã terei que ver minha família, isso me deixa tensa. Uns 10 minutos depois eu a vi sair de toalha pela porta.
– Por que não me chamou para te ajudar? Você poderia ter escorregado. Poderia ter batido em algo. Poderia ter se machucado... - fui cortada pela voz que tanto amo.
– Acho que tenho uma mãe de verdade agora. Camila, não sou incapaz. Agradeço sua preocupação, mas não gosto de depender de alguém. - me senti mal, realmente acho que extrapolei.
– Desculpa.
– Tudo bem. O que está fazendo?
– Só estava sentada ali na poltrona.
– Está pensando em algo?
– Em amanhã. Não estou disposta a ver minha família.
– Você consegue! Tome um banho e pense um pouco.
– Boa ideia.

Tirei minha roupa e dei uma última olhada para "E", ela estava vestindo um casaco. Enchi a banheira, entrei e me pus a pensar. Parece ser estranho toda minha relutância. Quero dizer, eles são minha família, não é? O que há de tão mau em visitá-los? Temo que eles não deixem-me ficar com "E". Mas, pensando bem, eu já sou adulta, eles não podem me negar de estar com quem eu quero.
Pensei e pensei, até que me vi decidida à ir amanhã. Eu irei arrasar na cara deles. Levantei da banheira e me cobri com a toalha. Saí do banheiro e estranhei não ver meu montinho de roupas ambulante. Me vesti e dei uma boa olhada pelo quarto.
– "E"?
– Camila, minha linda, estou aqui. - escutei sua bela voz vinda da sacada. Dei um sorriso e andei até lá. Me assustei ao "E" deitada no chão.
– Você está bem? O que aconteceu?!
– Estou ótima. - dei um suspiro de alívio e me acalmei.
– O que está fazendo?
– Estou apreciando esta bela noite.

Voltei para o quarto, não sei o que fazer. Sentei na poltrona novamente, apenas para deixar o tempo passar. Fiquei olhando para o teto, procurando por coisas que me fizessem pensar.
– O que você está fazendo? - ela perguntou
– Estou me perguntando a mesma coisa.
– Quer vir apreciar o nada comigo?
– Melhor do que apreciar o nada aqui sozinha. - levantei, deitei ao seu lado e olhei para o céu, a camada de poluição não me permitia ver as estrelas no céu. - O que você fazendo aqui mesmo?
– Apreciando a noite.
– Como?
– Feche os olhos e sinta a brisa no seu rosto. Isso te faz lembrar de algo? - fiz o que ela disse e senti quando estava em Portugal apreciando um aqueduto. Uma sensação ótima me veio.
– Oh, eu sinto.
– Fico feliz.
– O que você sente?
– Não sei. Liberdade, talvez.
– Liberdade? Do que você lembra, afinal?
– Lembro de quando era criança. Eu deitava no chão da porta de casa, olhava o que acontecia do lado de fora pela frestinha sob a porta e sentia a brisa entrar por essa pequena passagem. Isso me enchia de determinação.
– Por que liberdade?
– É que eu fazia isso todas as noites quando minha mãe me deixava trancada em casa. Eu passava horas presa naquela pequena casa e fazer isso, ver e sentir aquele pouco de fora, era meu pequeno pingo de liberdade.

Eu simplesmente não sabia o que dizer, por isso fiquei calada. Somente a abracei e ficamos ali sentindo a brisa. Depois de um tempo ela levantou e deu as mãos para me ajudar a levantar. Então me puxou para dentro do quarto.
– Você tem um longo dia amanhã. Tens que dormir.
– Vai ser difícil.
– Tenta aí.

Deitei do lado esquerdo da cama e esperei "E" deitar ao meu lado, mas ela só procurou pela poltrona e sentou-se.
– O que você está fazendo? - perguntei.
– Sinto que não é certo deitarmos na mesma cama. - não entendi nada
– Por quê?
– Ah, não sei. Você merece mais que eu dormindo ao seu lado.
– Para de besteira.
– Não é certo dormir contigo.
– Desde quando você começou a falar asneiras? Se você não vier aqui, eu vou aí. - disse já me levantando.
– Camila, deite-se. - ela me falou num tom sério.
– Me obrigue, querida. - falei desafiando e indo até ela. Sentei em seu colo e peguei em suas mãos, coloquei as mesmas em minha cintura e me encostei sobre seu corpo, jogando o meu para trás.
– O que pensa que está fazendo? - ela continuava séria.
– Tentando te fazer mudar de ideia e ir pra cama comigo. - falei sexy num duplo sentido. Ela encostou seu rosto próximo à minha nuca sussurroi no meu ouvido.
– Posso fazer o que eu quero aqui mesmo. - falou mordendo minha orelha e beijando meu pescoço em seguida.
– Não duvido, querida. Mas acredito que na cama seria melhor. - não estou disposta a perder nossa pequena disputa.
– Talvez você esteja certa.
Ela levanta ainda com meu peso em cima, às vezes me surpreendo com sua força. Sinto seus beijos pelo meu ombro esquerdo e depois sua mão no ombro direito, massageando-o, enquanto sua mão esquerda continuava em minha cintura, mas depois passou para meu abdômen, me excitando. Então ela me vira de frente para si e eu encaro seus olhos azuis, eles pareciam ainda me desafiar. Eu não penso duas vezes em lhe beijar. Aquele beijo foi quente, só ele já me deixava louca. "E" foi me empurrando lentamente para a cama, até que senti as bordas da mesma na parte de trás do meu joelho. Ela então me empurrou e eu caí sobre o colchão macio. Fiquei uns 5 segundos vendo-a encarar-me, depois sua mão quente em meu abdômen fêz-me arrepiar. Ela ficou sobre mim, me beijando e lentamente levou minha cabeça ao travesseiro. Mas então ela afastou-se e eu só pensava "Mais! Mais!"
– Agora você vai dormir. Boa noite, querida. - eu não acreditei no que estava ouvindo.
– Não, não, não. Volte aqui. - ela foi deitar ao meu lado na cama.
– Você ganhou nossa pequena batalha, mas não vai conseguir o grande prêmio.
– Não faça isso comigo. - eu me viro pra ela. Ela me vira de costas para si e me abraça, fazendo ficarmos de conchinha.
– Você vai me pagar por isso, querida. - rebati indignada.
– Espero que eu te pague de um jeito gostoso, querida.
– Isso eu é quem irá decidir. Boa noite, querida.

Tentei dormir, demorei um demasiado tempo. Aquela respiração em meu cangote estava me deixando extasiada. Sinto que minha pessoa especial não demorou muito para dormir, já eu fiquei sentindo o calor de seu corpo se misturando ao meu. Percebi que seu sono era um tanto perturbado, "E" às vezes dava pequenos pulinhos, como se estivesse levando um susto. Gostaria de saber o que ela sonha que tanto a aflige, mas gostaria mais que eu fosse um novo sonho para ela. Dormi bem tarde, acredito que já era madrugada, e acordei mais tarde ainda. Me virei para ver se "E" ainda dormia, levei um susto com aqueles olhos azuis me encarando.
– Me assusta encarar assim.
– Finalmente acordou? Bom dia!
– Finalmente? Que horas são?
– Duas da tarde.
– Nossa, dormi muito. O que temos pra hoje? - falei me espreguiçando.
– Sua família. - escutar isso me deixou para baixo.
– Ah, é. Que horas terei que ir?
– Quando quiser, mas aconselho que seja cedo, assim poderemos explorar um pouco a cidade.
– Então irei agora mesmo. - falo já me levantando.
– Querida, coma seu café da manhã primeiro. - percebi a linda bandeja prata sobre a poltrona.
– Ah, obrigada. - falo já mordendo uma torrada.

Termino de comer, tomo um banho e me arrumo para ir encarar meus problemas. Ajudo "E" a parecer mais amigável e descemos de elevador ao estacionamento.
– Eu dirijo?
– Eu posso dirigir, mas não garanto que chegaremos com vida ao nosso destino.
– Me agrada a ideia de não chegarmos ao nosso destino, mas ainda quero viver - respondo rindo.

Sei todo o caminho até minha casa, mas fico dando voltas até me sentir confiante para enfrentar o que me esperava em casa. Depois de 10 minutos da saída do estacionamento e mais 10 adiando, eu estaciono em frente a minha casa, do outro lado da rua, e fico pensando no que dizer.
– Vai ficar tudo bem. - ela coloca a mão em minha coxa e a abriu com a palma para cima.
– Você vai comigo? - respondi colocando minha mão na sua
– Não, mas estarei aqui. - ela cruzou nossos dedos.
– Então chegou a hora. - abro a porta.
– Boa sorte. - "E" beija minha mão e a solta

Eu dou-lhe um selinho e atravesso a rua. Olho para o portão de madeira e toco a campainha em espera. Escuto barulhos do lado de dentro e me arrepio ao ver a porta se abrir.


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Notas finais do capítulo

É impressionante minha energia de madrugada, em outra vida eu deve ter sido uma coruja.
Perguntinha: não sei se vocês perceberam, mas eu não coloquei nenhuma fala de outros personagens além das meninas. Vocês preferem assim?
Sua opinião e crítica é sempre bem-vinda



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