–Ok. Encontrem a Ally depressa. - Peço e ele assente. Ouvi baterem à porta e entreguei a Amber para a Isa e fui abrir a porta. Estranho não está aqui ninguém, até pensei que fossem os nossos amigos. Antes de fechar a porta reparei num envelope com o meu nome no chão e o peguei fechando a porta.
–Quem era?
–Não sei, só lá estava isto. - Levanto a carta para eles verem. Abri a carta e quando li o que dizia, não podia acreditar.

POV Austin

Ainda não posso acreditar no que vinha na carta. As lágrimas agora escoriam sem parar. Não havia como as impedir descer dos meus olhos. Ainda bem que a Sky está no quarto.

–O que foi Austin? O que diz? - Eu limpei as lágrimas dos meus olhos, mas logo voltaram a descer mais.

Nós temos a Ally, se chamarem a policia ela sofrerá as consequências. Se tentarem alguma coisa será ainda pior e se a tentarem encontrar pior ainda. Nós estamos a ver cada passo que fazem. Se fizerem algo que não devem já sabes, quem paga é a tua namoradinha, ou melhor dizendo noiva.

Li para todos ouvirem, larguei a carta, a deixando cair no chão e corri para o quarto. Olhei pela janela e percebi que estava a chover, é muito raro chover aqui em Miami, normalmente está calor. Deixei isso de lado efui até o armário, peguei um casaco e fui ao quarto da Sky.

–Oi Austy. A Ally?

–Ela está com o pai dela.

–Quando ela vem?

–E-eu não sei pequena.

–Onde vais?

–D-dar uma volta. O Alex e a Isa vão ficar aqui e o Dez, a Trish e os outros devem chegar mais tarde. Fiquem aqui até eu voltar, se precisarem de algo é só chamar o Alex.

Eles assentem, eu dei um beijo no topo da cabeça da Sky e saí do quarto dela descendo as escadas até a sala, encontrando a Isa a falar com alguém no celular e o Alex falava com o Oficial Mason e eu simplesmente fui até a porta a abrindo.

–Onde vais? - Pergunta o Alex antes que eu saísse.

–Dar uma volta.

–Onde?

–Não sei, só vou dar uma volta.

–Está a chover.

–A chuva não me incomoda. - Digo e saio de casa. Ao fechar a porta reparei numa pessoa toda vestida de preto se virar e começar a ir embora. Será que...? Só pode ser! Dava para perceber que era um homem, pelo largura dos ombros e pelas roupas, mesmo sendo pretas. Coloquei o capuz do casaco e o segui, tendo cuidado para não ser visto.

Eu não sei se ele já havia percebido que eu o estava a seguir, porque parecia que estávamos a andar ás voltas, mas quando apareceu uma van preta, eu escondi atrás de uma árvore e vi como ele caminhou até ela. Saiu de lá outro homem e eles estavam a falar, mas eu não conseguia ouvir e quando me tentei aproximar chutei alguma coisa que fez muito barulho.

Antes que viessem até mim me virei e comecei a correr.

–NÃO O DEIXEM FUGIR! - Um deles gritou. Se me apanharem, provavelmente vou morrer. Se eu continuar a fugir, eles vão voltar e fazer alguma coisa à Ally. Não sei o que fazer!

–Onde vais? - Pergunta um homem também todo de preto na minha frente me fazendo parar. - Achas que é assim, segues-nos e depois foges. Estás muito enganado.

–Onde está a Ally?

–Não tens nada a ver com isso. Você não recebeu a carta?

–Talvez!

–Eu sei que sim, ou então não nos terias seguido.

–Eu podia estar a passar por aqui.

–Sim, mas sabendo que procuras aquela morena, dá para perceber que não é verdade, até porque estavas a espiar.

–Não, não estava, só quero saber onde está a Ally.

–Temos pena, mas isso não vai acontecer. Vires para aqui foi um erro muito grande.

–Não será o primeiro e eu não tenho medo.

–Mas devias.

–O que vamos fazer com ele? - Pergunta o outro a quem eu havia seguido.

–Matá-lo. - Diz e eu engoli em seco.

–Eu não acho boa ideia, o chefe não quer isso.

–Pois, mas o chefe também não queria que nos vissem e olha no que deu. Você é um desastrado e se o chefe descobrir, vai nos matar é a nós.

–Mas se você o matar ele vai descobrir na mesma.

–Chega! Estás me a enervar. Vê se te calas um pouco, deixa me pensar.

Está é a minha oportunidade, enquanto eles discutem eu posso fugir. Assim que vi que eles não olhavam para mim, comecei a me afastar devagar e assim que estava afastado o suficiente comecei a correr. Corri em direção a casa o mais depressa que consegui.

Eu não conseguia ver quase nada por causa da chuva e as dores no meu pé estavam piores. Mas assim que vi que finamente havia chagado, rapidamente entrei em casa e fechei a porta a trancando e me encostei nela tentando controlar a minha respiração.

–Onde estavas e porque parece que você esteve a fugir de alguém? - Pergunta o Alex parado na minha frente com os braços cruzados.

–Isso é porque estive.

–Onde estavas?

–Eu ia dar uma volta, eu sabia que a pessoa que deixou aqui a carta não podia estar muito longe daqui. Quando saí, um homem todo vestido de preto começou a se afastar bastante depressa e eu o segui. Não sei onde estávamos quando uma van preta apareceu e ele começou a falar com alguns homens, mas eu me ia aproximar para ouvir o que estavam a dizer acabei por pisar algo, que fez barulho e eles ouviram. Depois eu fugi, mas fui parado por dois deles e aí eles começaram a discutir e eu aproveitei para fugir.

–Você está louco?! Sabes o que podiam ter feito se você não fugisse?

–Eles iam me matar. Mas eu tinha de tentar arranjar uma maneira de encontrar a Ally e ficar aqui sentado não ajuda.

–Nós estamos a tentar tudo garoto. - Diz Mason aparecendo ao lado do Alex.

–Mas esse tudo não chega! - Digo e andei até a sala. O Dez, a Trish, o Dallas, a Kira e o Gavin estavam aqui.

–O que aconteceu?

–Nada! Podes trazer gelo por favor Isa?

–Claro, mas para que queres o gelo Austin?

–Para o meu pé. Como estão o Luke e a Sky?

–Estão a dormir. - Responde o Alex

–Ainda bem. Eles já desceram?

–Sim.

–E vocês contaram o que aconteceu?

–Não.

–Ok, ainda bem. A Amber e o Ethan?

–A dormir no quarto do Ethan, eles choraram até dormir e a Isa disse que era melhor se eles ficassem no mesmo quarto.

–Tudo bem!

–Aqui Austin.

–Obrigado Isa. - Agradeço, tiro os ténis e coloco a toalha que está em volta do gelo sobre o meu pé. Ouvi o celular tocar e tirei do bolso. Por sorte não ficou muito molhado. Estranho, é desconhecido.

–Quem é?

–Não sei.

–Ainda não atendas. - Diz Mason e fala com dois policias que estavam na mesa com vários computadores e máquinas. - Ok, já podes e se for o sequestrador, tenta falar com ele o máximo de tempo possível.

–Ok.

–Já podes. E coloco no viva-voz.

Ligação On (Desconhecido/ Austin)

–.....

–Alô?!

–Olá Austin!

–Como sabe o meu nome!

–Se eu sequestrei a tua namorada ou melhor, noiva, é claro que sei o teu nome.

–Quem fala?

–Isso não interessa. Eu avisei se chamasses a polícia a Ally sofreria....

–Eu já havia ligado à polícia antes de receber a carta.

–Isso não é problema meu.

–Onde está a Ally?

–Isso não te interessa.

–Interessa sim, ela é minha namorada. O que você quer?

–Que não faças nada estúpido como nem à 5 minutos atrás. Da próxima os meus homens não serão tão burros e assim que te virem irão disparar contra ti. Tem mais cuidado. - Eu olhei para Mason e ele acenou para eu continuar a conversar.

–Eu não tenho medo.

–Mas devias, até porque quem paga é a Ally.

–O que quer com ela?

–O que sempre quis. Mas você estragou!

–Eu?

–Sim, você! O aviso está dado. Até a próxima.

–NÃO ESPERE!

–O que você quer?

–Saber o que vai fazer com a Ally.

–Isso não te interessa.

–Eu não vou desistir, eu vou procurar e vou encontrar a Ally, nem que seja a última coisa que eu faça.

–Boa sorte com isso. Mais um aviso, fica atento aos teus filhos e à tua irmã.

–NÃO! AUSTIN!

–Ally? Ally!

–NÃO OS DEIXES MAGOAREM OS NOSSOS FILHOS! NÃO....

–Ally?.....Ally?!...Não!

Ligação Off

Joguei o celular para a frente e bateu no sofá e depois caiu no chão.

–Nós não conseguimos. Mas da próxima não o vamos deixar escapar.

–E se experimentarem com o celular da Ally? Se vos dermos o número será que conseguem? - Pergunta o Dez caminhando até eles.

–Podemos tentar. Seria ótimo se ela ainda o tiver. Vem aqui garoto. - O Dez foi e eu simplesmente corri as escadas antes que dissessem mais alguma coisa. Entrei no quarto da Sky, e ela e o Luke estavam a dormir abraçados. Isso me fez lembrar de mim e da Ally e algumas lágrimas caíram dos meus olhos.

Cobri os dois e fui até o quarto do Ethan. Ele e a Amber dormiam tranquilamente e eu fiquei ali a observá-los.

–Eu vou salvar a vossa mãe. Eu vou trazer ela de volta para nós. Eu prometo. - Sussurro acariciando o cabelo deles. Beijei o topo da cabeça de cada um, os cobrindo e fui para o meu quarto.

Assim que entrei, me joguei na cama e deixei todas as lágrimas que segurava descerem pelo meu rosto. Eu não sei o que fazer. Se eu tentar alguma coisa vão magoar a Ally, eles até podem vir atrás dos nossos filhos e da Sky. Eu não posso deixar isso acontecer.

Eu quero mesmo saber que a levou. Como é que sabem tanto sobre nós?! Quem quer a Ally?! E não é só um! Eu sinto que conheço esta pessoa. Me levantei da cama e fiz uma coisa que não faço por um longo tempo.

POV Alex

Depois de ver o Austin correr para as escadas decidi que era melhor o deixa sozinho por um tempo. Eu não sei o que ele está a sentir, mas se acontecesse o mesmo com a Isa eu não sei o que faria. Não sei quanto tempo fiquei a pensar, só sei que ao fim de um longo tempo ouvi o Dez gritar.

–Conseguimos! - Grita e caminhei até ele rapidamente.

–O que conseguiram?

–Localizar a Ally! Eles estão numa casa abandonada, não muito longe daqui.

–A sério?

–Sim. Eu e os meus homens vamos pedir reforços e vamos já para lá.

–A esta hora? - Já era quase 20h.

–Sim, não podemos perder tempo, acho que temos sorte em a termos localizado. Eu não sei se a chuva vai parar ou não, por tanto temos de avançar já.

–Eu quero ir com vocês. - Diz o Dallas se levantando do sofá e caminhando até nós.

–Eu não acho isso boa ideia. Não sabemos quem são. Eles podem ser profissionais e não ter piedade e disparar contra quem se meter no caminho.

–Eu não me importo. A Ally é minha irmã. É meu dever a proteger.

–Tudo bem, você pode vir, mas vai fazer tudo o que eu disser e vai ficar no carro.

–Talvez, se eu tiver de entrar com vocês então é isso que farei.

–Isto não é uma brincadeira garoto.

–Eu sei e é a vida da minha irmã que está em risco. Eu sei que estas coisas de encontrar pessoas normalmente demoram dias e semanas, para não falar meses, mas isto só mostra que eles não são profissionais, se o fossem, não haveria maneira de os localizarem, pelo menos não já.

–Isso até pode ser verdade, mas não vamos arriscar, se quer vir fica no carro.

–Está bem!

–Ótimo. Agora vamos que os reforços já estão a chegar lá.

–Eu também vou!

–Nem penses Kira.

–Eu não vou ficar aqui a olhar para o teto enquanto você vai para lá.

–E eu não vou deixar você ir para lá. Desculpa Kira, mas não.

–Está bem, não vou insistir, mas tem cuidado.

–Eu tenho. - Diz a beijando depois e vai embora com os policiais.

–Eu vou ver a Victória está bem Alex?

–Sim babe. E eu vou avisar o Austin. - Digo a beijando e corri para as escadas. Se as crianças estão todas a dormir, eu acho que ele está no quarto. Caminhei até a porta do quarto e bati. Como não tive resposta decidi entrar e quando entrei no quarto, não podia acreditar.

–Austin!! - Ele olhou para mim assustado.

POV Ally

Acordei e estava tudo escuro, quase tudo, havia uma luz no fundo do...bom de onde estou. As minhas mãos estão presas atrás da cadeira e os meus pés também estão presos.

–Olha só quem acordou. - Diz um homem com um capuz na cabeça me impedindo de ver o seu rosto, ligando a luz.

–Quem é você e o que quer de mim?

–Com o tempo perceberás quem sou e por agora nada, se o teu namoradinho fizer alguma coisa aí sim, talvez te aconteça algo.

–Oh, ela já acordou! - Diz o que parece pela voz uma mulher.

–Sim, queres alguma coisa?

–Sim, eles chamaram a polícia.

–O QUÊ? Só espero que não nos encontrem!

–O que vamos fazer agora?

–Mandar uma carta de aviso. - Diz e começaram a escrever a carta numa mesa que ali havia.

Eu olhei em volta e observei o lugar, isto parecia uma casa velha, as duas janelas que aqui haviam, estavam com tábuas de madeira, o que impede alguém entrar ou sair. Há quanto tempo estarei aqui?

–Eles já chamaram a polícia e mesmo assim você diz que é para não o fazerem.

–Sim sua burra, eles não sabem que nós sabemos que eles chamaram a polícia e assim terão mais cuidado com o que vão fazer!

–Está bem. Eu vou levar a carta para aqueles imbecis a levarem até casa deles.

–Está bem. - Diz e ela sai desta sala.

–Agora nós Ally.

–Como sabe o meu nome?

–Sabendo.

–O que você quer comigo?

–Nada de especial, só te ter para mim e mais ninguém.

–Porque você quer isso?

–Porque eu te amo. Sempre te amei e mesmo depois de todos os meus erros eu sei que também o fazes.

–Você é louco!

–O que você quer. Espero que te tenhas despedido da tua família porque nunca mais a verás.

–Isso não é verdade, eles vão me procurar e encontrar.

–Eu não tinha tanta certeza disso.

–O que você quer de mim?

–É estranho que ainda não tenhas percebido quem sou, mas......

–Temos problemas. - Diz a mulher entrando na sala de repente.

–O que queres dizer com isso.

–Aqueles idiotas apanharam o Austin, mas logo depois ele escapou.

–NÃO! Que imbecis, não sabem fazer um único trabalho em condições. Parece que o Austin não percebeu o que dizia na carta. Vamos fazer uma ligação. - Diz pegando o celular e colocando no viva-voz.

Ligação On (Austin/ Desconhecido)

–Alô?!– A voz dele parecia tão triste.

–Olá Austin!

–Como sabe o meu nome!

–Se eu sequestrei a tua namorada ou melhor, noiva, é claro que sei o teu nome. - Como é que ele sabe que sou noiva dele?

–Quem fala?

–Isso não interessa. Eu avisei se chamasses a polícia a Ally sofreria....

–Eu já havia ligado à polícia antes de receber a carta.

–Isso não é problema meu.

–Onde está a Ally?

–Isso não te interessa.

–Interessa sim, ela é minha namorada. O que você quer?

–Que não faças nada estúpido como nem à 5 minutos atrás. Da próxima os meus homens não serão tão burros e assim que te virem irão disparar contra ti. Tem mais cuidado. - Assim que disse isso senti o meu coração bater muito rápido. Eles quase o mataram! Eu não sei o que faria se isso tivesse acontecido.

–Eu não tenho medo.

–Mas devias, até porque quem paga é a Ally.

–O que quer com ela?

–O que sempre quis. Mas você estragou!

–Eu?

–Sim, você! O aviso está dado. Até a próxima.

–NÃO ESPERE!

–O que você quer?

–Saber o que vai fazer com a Ally.

–Isso não te interessa.

–Eu não vou desistir, eu vou procurar e vou encontrar a Ally, nem que seja a última coisa que eu faça.– Sorri ao ouvir isso. Eu sei que ele me vai encontrar. Eu acredito que sim.

–Boa sorte com isso. Mais um aviso, fica atento aos teus filhos e à tua irmã.

–NÃO! AUSTIN! - Grito para que ele me ouvisse.

–Ally? Ally!

–NÃO OS DEIXES MAGOAREM OS NOSSOS FILHOS! NÃO....

Ligação Off

–....... DEIXES ELES MAGOAREM NINGUÉM.

–Sua.....quem te mandou falares. - Diz largando o celular na mesa e caminhando até mim.

–Eu. Ele não vos vai deixar magoar os nossos filhos nem a irmã.

–Eu também não o ia fazer, a não ser que fosse mesmo necessário.

–Ele vai nos encontrar e vocês vão presos.

–Não Ally, nós não vamos! Quando as coisas estiverem mais calmas, nós vamos nos mudar e nós vamos finalmente ser felizes.

–Nunca! Eu não te conheço e eu nunca iria te amar.

–Você conhece. Eu achei que você gostava realmente de mim, eu voltei para ficar contigo, mas o Austin havia chegado primeiro. Mas eu sou uma pessoa que não desiste.

–Hey. Precisamos falar. - Diz a mulher na porta.

–Eu já volto. - Diz e sai fechando a porta. Quem poderão ser? Eu não tenho inimigos. Ele diz que gosta de mim, por tanto não é meu inimigo e por mais que pense não consigo pensar quem possa ser.

Só espero que o Austin me consiga encontrar, ele parecia mesmo triste. Pelo menos ele tem os nossos filhos e.......

–Estamos de volta Ally. - Diz como eles se aproximaram de mim e eu arregalei os olhos.

–Vocês?!