Reborn - Life's Game escrita por Absolute Beginners


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Okay...Espero que isso acabe certo e pelo menos um se interesse...
De qualquer maneira, espero que gostem. Sayonara - A.B. and T.Q.R.



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Os seres humanos não tem um grande propósitos no mundo. Não há aquele negócio de fazer a sua marca ou ser lembrado pelo máximo de pessoas possíveis. Seria injusto se houvesse. Nem todas as pessoas podem ser revolucionários de governos autoritários ou filantrópicos que ajudam crianças com fome na África.

Não, essa não é a missão dos seres humanos. Nossa única missão é sobreviver. Se teremos uma vida emocionante, normal ou miserável já não importa. Tudo que precisamos fazer a partir do momento que nascemos é isso: viver.

Devo dizer que atualmente sou bastante inútil neste quesito.

Meu nome é Lilás Willcolls - sim, como a cor. Não, nada em mim lembra a cor. Tudo veio apenas da imaginação dos meus pais. -, e eu tenho 19 anos. Antigamente, antes de todas as tragédias e loucuras desta história acontecerem, eu cursava pedagogia em uma faculdade média no interior de São Paulo. Eu sei, este não é o curso mais emocionante que alguém poderia tomar, mas era o que mais me apetecia.

Minha vida nunca foi lá muito emocionante. Nasci em uma família normal, sem segredos, dramas ou qualquer outra besteira que as protagonistas de filmes geralmente tem. Sou a filha do meio de quatro irmãos, o que significa que tenho um grau de esquecimento saudável entre os meus familiares. Nada que geraria um trauma de infância ou a busca por me auto encontrar.

Minha aparência também é bem típica. Apenas mais um rosto na multidão. Cabelos castanhos, rosto redondo, olhos azuis e altura mediana. Ninguém daria uma segunda olhada, eu garanto.

E sobre minha adolescência? A fase que todas as personagens ganham seus poderes e namorados? Nada digna de uma série de tevê dos Estados Unidos. Notas medianas normais, um ou dois amigos, vários conhecidos e nenhum namorado. Uma típica adolescente brasileira que todos só lembram quando querem pedir uma caneta. Sem anti socialismo, popularidade ou presas.

Acho que já dá para imaginar que eu sou uma daquelas pessoas que só nasceram para gastar o oxigênio e ser coadjuvante da história principal. A missão de apenas viver era a ideal para mim. E eu falhei nela. Não sou uma inútil?

Para começo de conversa, a minha morte não foi como tudo na minha vida: ela foi patética. Esqueça os sacrifícios honrosos, os suicídios dolorosos ou os homicídios sangrentos. Não houve nada daquilo, apenas uma morte ridícula para uma pobre menina comum.

As coisas aconteceram rápido, pelo menos. Eu estava caminhando pela rua quando apareceram duas crianças com armas de água. Uma atirou na minha cara com aquilo e eu tropecei, caindo sobre uma cerca e batendo a cabeça num anão de jardim. É humanidade, alguém morreu de traumatismo craniano por bater a cabeça na droga de um anão de jardim. Dá para ser mais patético?

Bom, as coisas teriam sido melhor se tudo tivesse acabado por aí. Se eu apenas deixasse uma família triste que aprenderia com o tempo a viver sem uma de suas filhas e dois amigos que provavelmente passariam uma semana de luto e depois levariam a vida normalmente. Seria muito mais fácil se do outro lado o que me esperasse fosse os portões do céu e o bom e velho São Pedro ou até mesmo somente o nada.

Seria muito mais fácil se as coisas depois da minha morte fossem normais como foram na vida.

Mas não. Eu não teria tanta sorte. Por isso quando abri meus olhos depois da morte o que vi não era um velhinho gente boa, mas sim um sala de recepção e duas pessoas muitas irritadas. Um menino - bonito - furioso e uma senhora de terno desgostosa que me olhava como se eu fosse a causadora da fome no mundo. E é claro, havia também a frase em uma faixa no meio da sala dizendo:

" Parabéns. Você está morta! ^^

Espero que tenha vivido uma vida emocionante, senão: Meus pêsames. Você está morta. :("

Sério, onde estava a normalidade em momentos fodidos como esse?


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