Sorvete de casquinha escrita por londonbaby


Capítulo 2
Estou sonhando? Me belisca!


Notas iniciais do capítulo

Foi muito legal escrever e espero ter mais ideias para colocar em outras história :)
Desculpa pelos erros de vírgula(principalmente) e letras comidas e blablabla
lembrando que este é o ultimo capitulo ;)
~Enjoy



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Bibipbibip.... “Droga! Porque não desprogramei essa coisa!” rosno para o meu celular tocando descontroladamente. O pior é que o treco não para até que você dê sinal de vida. “Ainda são 7h da manhã de um domingo” bufei, virei pro lado e voltei a dormir.

Já reparou que as vezes você dorme melhor depois de ser acordado pelo despertador? Aqueles cinco minutinhos a mais são como trinta minutos de sono bem relaxante. Melhor ainda se você tiver um sonho bem feliz com sorvete. Sim, eu tenho uma alma gorda.

Acordei novamente as 10h. Relaxada e bem melhor fisicamente, já emocionalmente não posso afirmar nada. Meus pensamentos sobre eu e Josh me cansaram tanto que eu dormi sobre o diário. Uma vantagem pela situação do despertador irritante foi o fato de poder ter jogado o diário para o lado podendo me esticar completamente sobre a cama.

A fome me chama e vou até a cozinha tomar um café com leite (odeio achocolatado) e comer uma bisnaguinha com requeijão (tem como não amar?!?). Meu celular toca me despertando dos devaneios matinais que me deixam que nem uma múmia durante o café. Atendo e ouço um “Tia Ag! Me leva para tomar sorvete hoje?”, abro um sorriso ao ouvir sua voz “Se sua mãe deixar, levo sim gordinha”, sinto que ela abre um sorriso “Mamãe está aqui do lado e disse que você e o Tio Josh podem me levar!”. Hã? Josh? Como assim? “Gordinha passe o telefone para sua mãe por favor.”, ouço cochichos e risadas mas logo ouço Eloah pegar o telefone “Que história é essa Lô? Você usou sua filha para me juntar com o Josh?”, sua risada fica mais intensa “Não querida, o padrinho dela que a usou...”. De repente ouço uma voz pelo telefone conhecida, “Ele tá aí? Ele planejou isso? Mas porque?” faço gestos com as mãos de confusão mesmo sabendo que ela não pode vê-los. “Ag meu bem, abre seus olhos! Você já tem 24 anos e não é possível que você ainda não se tocou que ele tem uma queda por você!”, ela cochicha e faço uma expressão de espanto e suspiro lentamente contando até três “Lô, você sabe muito bem que sempre gostei dele, mas nunca me permiti sentir nada mais que a amizade...”. Agora é a vez dela bufar “Ag pare de se fechar e usar a Nina como escape para sua solidão e se deixe ser cortejada e amada” eu rio com suas palavras um pouco arcaicas “Tudo bem Lô, diga a ele para me buscar com a gordinha as 15h”, ouço gritinhos da gordinha ao fundo em comemoração antes de desligar o telefone. “E agora o que eu faço?” penso alto.

Olho para o guarda roupa e franzo a testa. O que usar para ir a sorveteria com o cara que tenho uma queda mas que não demonstre que tenho uma queda, mas que ao mesmo tempo chame a atenção dele para que ele tenha uma queda? O relógio apita dizendo que já são duas da tarde e eu ainda nem tomei banho. Estou há meia hora de frente para o armário pensando se coloco um short com uma regata ou vestidinho de verão. De acordo com o aplicativo de meteorologia não há previsões de chuva para tarde de domingo, e o calor pode ser um pouco forte. Bufo pensando no porque dele usar a Gordinha e não me ligar diretamente para me chamar para sair. Logo penso que deve ser tudo imaginação de minhas amigas. Josh apenas quer me rever e está levando a gordinha porque ele não pode vê-la durante a semana. Pronto! Agora faz sentido. Tudo voltou ao normal.

Pego minha carteira, meu celular e as chaves. Fazem dez minutos que o porteiro interfonou dizendo que “Josh e Nina estavam gritando por ela”, seu José sempre foi muito simpático mas a partir do momento que Josh ajudou um filho dele a conseguir um emprego, o homem ficou mais ainda maravilhado e agradecido. Josh pode ter sido um idiota na noite da despedida, mas não tem como negar que ele é um bom homem e que tem um coração de manteiga.

Quando o elevador abre no térreo vejo apenas um vulto e sinto minhas pernas sendo abraçadas por pequenas mãos fofas “Tia Ag! Tio Josh me prometeu que vocês terão um bebê para que eu possa brincar!” olho para Josh com cara de espanto, ele pigarreia “Nina! Não foi isso que eu lhe disse! Crianças...” percebo ele ruborizar e abro um sorriso discreto “Gordinha tenho certeza que você entendeu errado. Tio Josh deve ter te prometido uma nova boneca bebê”, ela faz cara de pensativa e dá de ombros. “Vamos?” viro para Josh e aceno em despedida a seu José. Entramos em silêncio no carro e ajeito Nina em sua cadeirinha.

Após dez minutos chegamos à sorveteria. Este lugar é fenomenal. Não é apenas uma sorveteria, é um parque de diversões para crianças. Nina olha tudo com um grande sorriso e me encara suplicando para que deixasse ela brincar. Como sou uma molenga com aqueles olhinhos viro para ela dizendo “Gordinha pode ir brincar, depois pedimos o sorvete. Enquanto isso eu ficarei aqui com tio Josh te olhando...”. Ela abre um sorriso e dá um beijo em nossas bochechas.

Quando Nina vai para os brinquedos viro para Josh sendo direta “Porque você usou a Nina para me trazer até aqui?”. Ele me olha com um sorriso envergonhado e admite “Achei que se te ligasse você iria dizer um não por causa do que aconteceu no ano passado”, eu o encaro confusa “Do que você está falando Josh?” ele suspira e completa “Quando eu te beijei bêbado poucos dias antes de ir para Vancouver” eu pisco sem parar, incrédula de que ele se lembrava.

Ficamos em silêncio durante uns minutos. Podia não haver palavras, mas nos comunicávamos através de nossos suspiros. Ambos nervosos. Decidi quebrar o clima “Josh o que a Nina disse ontem no seu ouvido depois do parabéns?” ele arregala os olhos e solta um sorriso. Mas não qualquer sorriso. Aquele sorriso que ele deu quando me segurou após a minha quase queda na pizzaria há cinco anos atrás. Meu coração acelera e minha respiração se descontrola. “Nina falou que queria que eu a pedisse em casamento” eu fechei os olhos e comecei a rir de nervoso “ Sério? Essa gordinha não tem jeito!” ele me olhou com a testa franzida, pegou a minha mão direita e me chamou baixinho “Agatha...” eu o olhei e percebi que sua respiração também falhava “Sim?”, respondi. Ele pareceu pensar um pouco, mas logo em seguida abriu aquele sorriso de lado “Qual sabor de casquinha você quer?” ele falou em meu ouvido me fazendo suspirar. Recobrei meus sentidos tentando decifrar sua pergunta, durante alguns minutos fiquei fora de órbita por sua aproximação e a carícia em minha mão. Assim que entendi, ajeitei minha postura e disse “Mista”, ele abriu um enorme sorriso e falou “A minha favorita” de um jeito que fez meu coração encher ainda mais.

Assim que Josh foi buscar nosso sorvete peguei meu telefone com as mãos tremendo e disquei o numero da Lô, eu amo a Mia, mas a Lô é a minha consciência “Amiga preciso te contar uma coisa...”, ouço um grito “Ai meu Deus Ag, a Nina está bem? Você e Josh estão bem? Onde vocês estão, estou indo agora aí!”. “Calma Lô! Estamos todos bem, pelo menos fisicamente... Estou tão confusa.” Ouço um suspiro aliviado “Josh te pediu desculpa pela noite dele bêbado? E agora você o ama ainda mais sabendo que ele a ama desde que te segurou na pizzaria? Vocês irão viver felizes para sempre e ter filhinhos lindos?” Ai. Meu. Deus. “Você sabia? Desde quando? Como assim ele me ama? Casar comigo?”, ouço um pigarro e uma mão no meu ombro. Olho para trás e vejo um sorriso nervoso e duas casquinhas mistas na mão de Josh. “Amiga, preciso desligar...” “Mas Ag...” não ouço mais nada, apenas o encaro e desligo o telefone.

“Que história é essa da Lô e provavelmente o JP saberem sobre o dia da despedida Josh?” eu pergunto nervosa. Ele suspira “Quando voltei de Vancouver quem me buscou no aeroporto foi o JP, ele falou que ia buscar a Nina em sua casa no caminho, mas eu pedi que ele me deixasse primeiro na minha. Tentei desconversar, mas ele insistiu tanto que eu contei. Sinto muito por isso e por ter feito aquilo.” Percebo seu olhar de arrependido, quando ia responder, Nina pula em meu colo “Tio Josh tá faltando a minha casquinha!” Ela fala emburrada. “Não seja por isso gordinha. Quer a minha ou quer que o tio compre uma só de chocolate para você?” Nina se levanta e puxa a mão de Josh até o balcão, pelo jeito ela quer uma de chocolate.

Quando eles voltam alguns minutos depois nos sentamos em uma mesa em silêncio. Sinceramente, não sei nem o que dizer ao Josh. Devo falar “Não foi nada, esqueça!” e deixar o tempo apagar coisas feitas e não ditas ou questioná-lo sobre aquele dia, o qual gostaria muito de saber sobre. Se ele gostava de mim porque nunca me disse? Ou então porque viajou, me deixando totalmente confusa e não entrou em contato comigo? Talvez seja melhor deixar isso para lá. Já está tarde e Nina precisa ir para casa, pois amanhã ela tem aula.

Levanto-me e pego Nina sonolenta no colo “Já está tarde, melhor levarmos ela para casa...”. Josh apenas acena positivamente e abre a porta da sorveteria. Quando chegamos no carro, ele me ajuda a colocar a gordinha na cadeirinha, mas antes que eu pudesse me sentar ao lado dela, ele me puxa pela cintura e aponta o banco do carona, sento-me e ele fecha a porta.

O caminho até a casa de Lô foi rápido e silencioso. Ao chegarmos, JP vem até o carro e retira Nina que já estava dormindo, ele acena se despedindo e entra em casa. Ouço um suspiro vindo de Josh “Agatha precisamos conversar.” Meu coração bate mais intensamente, não sei o que fazer. AI. MEU. DEUS. “Sobre o que Josh?” eu pergunto fingindo estar calma. “Sobre nós” ele diz parando em frente ao meu prédio. “Olha Josh, não precisa se preocupar eu entendo que naquele dia você estava sobre efeitos do álcool e que esse impulso foi provocado por curiosidade, vam...” não pude completar a frase. Os lábios de Josh estavam sobre os meus. Aqueles lábios vermelhos e quentes que eu tanto sonhei durante um ano. Meus olhos se fecham, uma respiração profunda sai pelo meu nariz, minhas mãos suadas vão até a sua nuca trazendo-o mais para mim.Não pare, é o que eu peço mentalmente. Infelizmente, em momentos como esse no qual estamos vivendo a emoção esquecemos que nosso organismo necessita muito de um gás chamado oxigênio. Pra quem não conhece ele é o vilão dos beijos apaixonados com os quais sonhamos durante toda uma vida. Enfim, quando sentimos que o querido oxigênio fez-se necessário soltamos um suspiro mútuo e juntamos nossas testas. ESTOU SONHANDO? Me belisca.

“O que você ia dizer Agatha?” ele ri, fazendo carinho com o polegar em minha bochecha. Eu dou a língua e digo “Ia dizer para deixar aquele beijo para lá porque esse foi incrível”. Rimos. Gargalhamos. Acho que rimos tanto que nos falta ar agora de vez. “Preciso de água” Josh afirma. Eu aceno concordando e o convido para subir ao meu apartamento. Ao passar pela portaria, seu José abre um sorriso suspeito para nós dois, solta uma risadinha e diz “Sempre suspeitei”, fingimos não entender e ao entrar no elevador começamos a rir. Será que tanta felicidade é pecado?

Após bebermos agua decidimos sentar no sofá e conversar, afinal não esclarecemos nada e precisamos ver se estamos os dois pensando o mesmo. Não tem nada pior do que descobrir que estamos em páginas diferentes quando iniciam um relacionamento. CARA SERÁ QUE ESTAMOS EM UM RELACIONAMENTO? Me segura.

Josh pega em minha mão e começa “Agatha, primeiro gostaria de me desculpar pelo covarde que fui há um ano atrás. Você não sabe o quanto eu queria ter feito aquilo em outra circunstância. Quando te vi pela primeira vez entrando naquela pizzaria em seu aniversário já estava ao seus pés. Seu sorriso, seu choro de alegria por saber que te amavam, o seu jeito estabanado e alegre. Você já me tinha ali. Não sabe o quanto me arrependi de não ter perguntado seu nome naquela hora que você estava em meus braços. Tenho raiva de Mia até hoje por ter interrompido aquele momento nosso. Você saiu correndo e eu não pude ir atrás porque tinha que atender outras mesas. Quando fui lhe procurar, você e seus amigos já haviam partido. Um tempo depois tive que voltar para Vitória por causa de minha mãe doente e nunca mais lhe vi. Mas, graças ao destino, um amigo muito querido meu havia me chamado para ser padrinho de sua filha justamente na época em que eu voltava a Niterói para terminar minha faculdade. Lembro-me que meu amigo dizia sempre para mim que tinha uma “prima gata e solteira que eu ia me amarrar” e que ela seria a madrinha junto comigo. Você não sabe a alegria que senti quando vi que era você essa prima. Mas como eu sou um covarde de carteirinha não falei nada e apenas fingi não te reconhecer, achei que seria melhor sonda-la para saber se você havia sentido a conexão que eu senti no dia da pizzaria. Durante este tempo percebi o quanto você era maravilhosa e esforçada para conseguir realizar seus sonhos, além do fato de ser dedicada a Nina como se fosse sua filha. Infelizmente não senti que você correspondia aos meus sentimentos. Na noite que eu ia me declarar você apareceu com um colega da faculdade anunciando seu namoro. Não te culpo por isso, você merecia mesmo ser feliz. Apenas culpei a mim mesmo. Depois de quatro anos lutando comigo mesmo eu decidi contar a alguém sobre esse sentimento que eu tinha por você. Escolhi a pessoa errada, pois este idiota me aconselhou a “beber para esquecer”. Quando recobrei meus sentidos estava na sua porta tocando a campainha e quando você abriu a porta não hesitei, lhe beijei. Eu estava bêbado mas estava totalmente consciente o quanto você também queria aquele beijo. Quando você me perguntou naquele momento o porque, eu disse aquela frase, mas na verdade queria dizer que eu era completamente apaixonado por você desde o momento que eu te vi, mas infelizmente eu tinha aquela maldita viagem para Vancouver. Não queria faze-la esperar por mim, mas na verdade eu fui egoísta e não quis te pedir nada porque tinha medo de você me esquecer ou apenas reconhecer o grande babaca que eu era. Agatha, estes foram os 365 dias mais longos da minha vida. Cada hora que passava eu tinha mais vontade de te ligar, mas me recusava por medo de você não me atender. Quando voltei e JP me questionou o que havia acontecido eu contei tudo a ele. Precisava desabafar e foi o melhor que eu fiz. O único conselho que ele me deu foi “faça o que o seu coração manda”. Passei aquela semana toda com vontade de te ver, mas queria estar preparado para dizer tudo o que eu sentia sem tremer ou chorar, eu queria provar que te amava. Quando você chegou naquela festa com o Lucas fiquei completamente desnorteado por vê-lo segurando em sua cintura do jeito que eu gostaria de estar. A noite era de Nina mas você era a luz daquela festa para mim. Decidi então pedir ajuda a um anjinho que entrou em minha vida e mudou tudo. Nina. Disse a ela que eu queria ter bebês com você porque queria dar a ela um priminho. Ela abriu aquele sorriso para mim e disse “deixa comigo titio”, quando ela te fez aquela pergunta e eu vi sua reação, sorri pois sabia que apesar de tudo que lhe fiz você ainda sentia algo por mim. Naquela hora que você me perguntou o porque eu estava sorrindo era porque a gordinha cochichou no meu ouvido “pronto titio agora é só você dizer que ama ela e casar porque quero meu priminho de presente no meu próximo aniversário e a dona cegonha pode demorar”. Eu sorri e fiz que sim com a cabeça. Decidi então traçar um plano para te conquistar. Mas ao te ver sentada naquela mesa pensativa e tão linda, decidi que o plano deveria ser realizado o mais rápido possível. Passei a noite seguinte a festa pensando em como ia aborda-la e dizer tudo que eu sentia. A Eloah me ajudou muito também quando colocou o telefone no viva voz e eu te ouvi suspirando, dizendo que gostava de mim e parecia confusa, ali foi a confirmação de que eu estava no caminho certo. Queria te agarrar dentro do carro e dizer tudo isso mas achei que precisava ter uma hora certa. Quando ouvi você dizer “mista”, pode parecer ridículo, mas para mim aquilo foi um sinal. Na volta eu ia lhe dizer tudo isso mas Nina ali me deixou nervoso e decidir adiar. Agora estamos aqui. Eu sou um louco, egoísta e covarde, mas sou um louco pelo seu sorriso, egoísta por nunca querer dividir o seu amor com ninguém e um covarde que sempre terá medo de um dia você acordar e perceber que você é muita casquinha para meu sorvete misto. Agatha Monteiro você aceitar ser minha única, linda, gostosa e perfeita casquinha?

Susto. Lágrima. Coriza(eca). Suspiro. Sorriso. Choro. Taquicardia. Mais lágrimas. Mais lenços. E apenas uma palavra “SIM!”.

Todo sorvete, um dia quase derreteu, mas ao encontrar sua casquinha teve um significado e fez alguém feliz por simplesmente existir.


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Notas finais do capítulo

Quero mandar um beijo pra minha fã #1 minha mãe que leu minha história sem saber que era minha e elogiou muito rs
E as queridas gotinhas lá wsp que me apoioram muito (:
Um beijo e um cheiro a todos que visualizaram esta fic *-*



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